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Pense por um momento nesse assunto. Você usa os pés quando vai se levantar, quando está em pé, quando caminha, corre, sobe e desce escadas, os usa até para sustentar seu peso quando vai se sentar. Se você pratica alguma modalidade esportiva eles são ainda mais exigidos!

Sendo assim, iremos produzir uma série com alguns artigos para você perceber a importância de cuidar dos seus pés. Nessa primeira matéria vamos abordar toda a explicação sobre os pés e a importância dele para a nossa locomoção diária. Acompanhe com a gente!

Estrutura dos pés

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Para realizar as atividades cotidianas, ou de lazer, ou esportivas, é necessária a locomoção humana, e esta depende em primeira instância do caminhar. Seja de forma estática ou dinâmica, ao apoiar o peso corporal sobre os pés a força da gravidade ativa um estímulo muscular, que faz com que nosso corpo mantenha o equilíbrio nessa pequena base de suporte, esse é um dos principais motivos da importância de cuidar dos pés.

Podemos observar a função biomecânica dos pés durante a fase de apoio da marcha, que constitui o toque do calcanhar até a retirada do hálux do solo. Ao tocar o solo, o pé gera uma força de reação do solo contra si, que é absorvida pelo corpo humano. (Wieczorek et. al., 1997 e Seligman et. al., 2006)

Os pés absorvem o impacto durante a marcha (graças à biomecânica de seus arcos longitudinais); são a parte do membro inferior com função de base sólida e estável para o corpo, atuando como alavanca para a locomoção (Morton, 1937); recebem a descarga do peso corporal quando estamos parados ou nos locomovendo.

Segundo Ren et al. (2008), o pé humano é uma estrutura muito complexa que é formada por músculos, numerosos ossos, ligamentos e articulações sinoviais.

O pé humano apresenta uma das maiores variedades estruturais do corpo: ele recebe e distribui o peso corporal, se adapta a superfícies irregulares e atua como uma alavanca rígida que impulsiona o organismo durante a marcha (LEDOUX e HILLSTROM, 2002).

O pé humano é constituído de 26 ossos, sendo: sete tarsais, cinco metatarsais e 14 falanges. A parte posterior do pé é formada pelo talus, pelo calcâneo e pelos cinco ossos tarsais (navicular, cubóide e três cuneiformes), esses ossos formam a região denominada meio do pé. Já a parte anterior é formada por cinco ossos metatarsais e os dedos, os quais se constituem em 14 falanges, onde cada dedo é formado por três falanges, exceto o hálux que possui duas falanges (VILADOT, 1987; GOULD, 1988; MANFIO 2001). Esse membro é dividido em dois arcos, um longitudinal (constituído por um arco medial e um lateral) e outro transverso (constituído por um arco proximal e um distal) (GOULD, 1988).

Funções dos pés

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O pé é o único componente do corpo humano que estabelece contato direto com solo, oferecendo grande variedade de funções biomecânicas durante a locomoção, como, por exemplo: corpo e apoio de propulsão, estabilidade, absorção e manutenção de impactos. Ao amortecer esses impactos do terreno, o pé transmite forças de reação à parte superior do corpo, mantendo a estabilidade corporal. Ren et al. (2008) sugerem que as funções do pé são altamente dependentes das fases da marcha, que é uma das principais características da locomoção humana.

Essa estrutura que faz parte dos membros inferiores do corpo humano tem como principais funções auxiliar na locomoção e na estabilidade corporal (GRIFKA, 1989).

Os pés são tão importantes que, através deles, é possível detectar patologias relacionadas ao resto do corpo (Correia et. al., 2005)

Classificação dos tipos de pés

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De acordo com estudos de Viladot (1987) existem três tipos de pé: pé normal, pé plano ou chato e pé cavo. Essa classificação se dá através da observação do arco longitudinal do pé, que pode ser mais acentuado ou diminuído, dependendo da formação genética e do estímulo dado, principalmente na infância.

O pé cavo apresenta aumento do arco longitudinal-medial que, quando acentuado demasiadamente, faz com que a parte média da planta do pé perca todo o contato com o solo. Já o pé plano ou chato, apresenta uma diminuição acentuada ou total desaparecimento do arco longitudinal-medial, o que gera uma rotação da parte anterior externamente; a ausência desse arco diminui as propriedades de absorção de impactos do pé, o que causa grande desconforto.

As principais deformidades dos pés são: pé valgo, varo e equino. Zanatti e Gallaci (1989) relatam que entre as causas mais frequentes de distúrbios nos pés estão os fatores causadores de estresse, que podem estar relacionados ao calçado e à mecânica da marcha.

Há, também, o fator congênito, em que a criança já nasce com a deformidade.

Concluindo…

Como pudemos ver, nós usamos nossos pés o tempo todo, e dependemos deles para mais do que o “simples” caminhar. Eles são nossos alicerces, nos ajudam a manter o equilíbrio, a correr, além disso existem tipos diferentes de pés: normal, cavo e plano. Os pés também podem apresentar deformidades congênitas e posturais (equino, varo e valgo).

Dado todos esses dados é de se imaginar a importância de cuidar dos pés, por isso, para os próximos artigos, vamos falar mais sobre a estrutura dos pés (músculos, ligamentos, tendões), os movimentos que eles realizam, como os calçados podem ajudar e como não podia deixar de faltar, algumas dicas para relaxar – com Pilates, é claro!

Fique ligado!

 

Referências
CORREA, L.A.; PEREIRA, S.J.; SILVA, G.M.A. Avaliação dos desvios posturais em escolares: estudo preliminar. Revista Fisioterapia Brasil, v. 6, n.3, 2005.
GOULD, J.S. The foot book. Willians & Wilkins (ed.), Baltimore, USA, 1988. p. 345.
GRIFKA, J. A construção do calçado de esporte e os problemas dos pés. In:Schuhtecknik + abc, traduzido e adaptado por Mirlam S. Myllus, Tecnicouro, Novo Hamburgo, v. 11, n. 4, p. 56-60, 1989.
LEDOUX, W. R.; HILLSTROM, H. J. Acceleration of the calcaneus at heel strike in neutrally aligned and pes planus feet. Gait & posture, v. 15, n. 1, p. 1-9, 2002.
MANFIO, E.F, Um estudo de parâmetros antropométricos do pé. 2001. 178f. Tese (Doutorado em Ciência do Movimento Humano) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2001.
MORTON, D.J. Foot disorders in general practice. Journal of the American Medical Association, v. 109, p. 1112-9, 1937.
REN, R.; HOWARD, D.; REN, L.Q.; NESTER, C.; TIAN, L.M. A Phase-Dependent Hypothesis for Locomotor Functions of Human Foot Complex.Journal of Bionic Engineering, v. 5, p. 175–180, 2008.
SELIGMAN, L.; ESTIVALET, P.S.; SILVA, M. P. M.; LIBARDI, H. Teste de absorção de impacto em materiais para calçados. Lecturas: Educación Física y Deportes, Revista Digital. Buenos Aires, v. 11, n. 99, 2006.http://www.efdeportes.com/efd99/calcados.htm
VILADOT, P. A Patologia do antepé. 3ª edição. São Paulo: Roca Ltda, 1987. 303 p.
WIECZOREK, S.A.; DUARTE, M.; AMADIO, A.C. Revista Paulista de Educação Física, São Paulo, 11(2): 103- 15, jul./ dez. 1997 CDD. 20. ed. 612. 76.
ZANETTI, E.; GALLACI, C. In: Unir a medicina ao calçado é a nova tendência mundial. Tecnicouro, Novo Hamburgo, v. 11, n. 4, p. 16-20, 1998.


























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