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A Esclerose Múltipla é uma doença neurológica crônica e autoimune (as células de defesa do organismo atacam o próprio Sistema Nervoso Central – SNC), provocando lesões cerebrais e medulares. Atinge a substância branca do SNC, com lesões inflamatórias que aparecem circunscritas de perda de mielina dos nervos.

A causa da doença é ainda desconhecida e atinge jovens com idade entre 20 e 40 anos, com maior incidência em mulheres e tem sido foco de muitos estudos possibilitando assim uma significativa evolução na qualidade de vida dos pacientes.

A Esclerose Múltipla não tem cura e pode apresentar diversos sintomas. Os mais comuns são: fadiga intensa, fraqueza muscular, dores articulares, alteração do equilíbrio e da coordenação motora, disfunção intestinal e da bexiga e depressão. Vai depender da região afetada.

É uma doença neurológica não contagiosa, não suscetível à prevenção, não é mental, não tem cura e seu tratamento consiste em desacelerar a progressão da doença. Um dos exames realizados para o diagnóstico é a Ressonância Nuclear Magnética.

 

Tratamento para a Esclerose Múltipla

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Os tratamentos medicamentosos disponíveis para EM buscam reduzir a atividade inflamatória e os surtos ao longo dos anos contribuindo para a redução do acúmulo de incapacidade durante a vida do paciente. Além do foco na doença, tratar os sintomas como os urinários e a fadiga é muito importante para a qualidade de vida do paciente.

Os medicamentos utilizados na EM devem ser indicados pelo médico neurologista que irá analisar caso a caso. Segundo a Associação de Esclerose do Brasil (ABEM), estima-se que haja 35 mil portadores de Esclerose Múltipla no Brasil.

A EM é uma doença crônica de longa duração, fazendo da reabilitação um processo importante para a manutenção da funcionalidade e melhora na qualidade de vida. Assim, o exercício físico é bem tolerado e induz melhorias relevantes no funcionamento físico e mental de portadores de EM. Já que a doença pode tornar as atividades da vida diária um desafio.

Mesmo com as limitações que a esclerose causa, existem algumas estratégias como fortalecimento, alongamento e treino de equilíbrio e aeróbico de baixa intensidade que auxiliam o paciente no dia a dia ajudando a manter-se móvel, produtivo e independente.

 

Entre as formas de tratamento, a prescrição de exercício físico funciona como uma estratégia terapêutica eficiente para minimizar a perda da capacidade funcional. Além disso, proporciona benefícios psicológicos e físicos, trazendo diversas vantagens ao indivíduo como a melhoria no condicionamento físico, qualidade de vida e funcionalidade. Pacientes com EM apresentam frequente redução da mobilidade, equilíbrio e estabilidade de tronco. Assim, o método Pilates, oferece um trabalho baseado na estabilidade do tronco, visando melhorar o controle dos músculos estabilizadores do corpo.

Este método é um programa de treinamento físico e mental que considera o corpo e a mente como uma unidade. Consiste em seis princípios básicos sendo eles: concentração, precisão, controle, centralização, respiração e fluidez.

A base do Pilates está no fortalecimento do centro de força “Power House”, ajudando a melhorar a postura, facilitando a realizar movimentos equilibrados, melhorando o controle motor das extremidades.

Desse modo todos poderão usá-lo de forma mais eficiente aprimorando seu desempenho nas atividades da vida diária e profissional. O método visa à melhoria da qualidade de vida e funcionalidade e tem se demonstrado eficiente na prevenção e no tratamento da EM, porém os exercícios devem ser realizados sempre com acompanhamento.

Além disso, é um método que visa o alinhamento postural e estimula a percepção corporal. Também trabalha muito a parte respiratória (um dos possíveis agravantes devido à fraqueza), e pode melhorar a expansibilidade pulmonar e da caixa torácica, e a função expiratória que exige mais força. As aulas devem respeitar um ritmo menos intenso e os movimentos selecionados devem atender às necessidades de cada paciente, respeitando as limitações motoras que ele apresenta, podendo-se modificar a forma de execução para permitir que o paciente se movimente. Portanto, vale ressaltar que por se tratar de um paciente que exige cuidados especiais, o fisioterapeuta deve ter conhecimento da EM, ser especializado e deve conhecer bem as limitações impostas pelo quadro e pela doença, para assim ser capaz de estimular as funções motoras, sem causar fadiga ou outros danos que possivelmente agravariam muito sua condição.

O uso dos aparelhos permite que o paciente se sinta mais acolhido, de forma que aquele que não consiga se manter em pé, possa realizar um exercício na posição deitada no Reformer por exemplo, que simule uma caminhada segura.

 

O Pilates no tratamento da Esclerose Múltipla

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Pilates pode ajudar na reabilitação de esclerose múltipla mesmo em pacientes que estão com sintomas avançados da doença, mostra uma pesquisa realizada na Universidade Queen Margaret, na Escócia. Pacientes portadores de EM já cadeirantes, foram avaliados em relação à postura, a intensidade das dores e da fadiga antes e depois de começarem as aulas de Pilates. Desses pacientes avaliados, 15 realizaram a reabilitação com o método Pilates e outros 8 pacientes foram acompanhados paralelamente sem participar das aulas.

Ao final de 12 semanas, foi possível observar uma melhora significativa nas dores no ombro e no pescoço dos pacientes que fizeram as aulas de Pilates. Os resultados foram publicados na revista “Research Matters”, editada pela Sociedade de Esclerose Múltipla de Londres. Os pesquisadores lembram que ainda são necessários estudos com maior número de participantes para validar os resultados.

Além dos cuidados com a postura no dia a dia, é preciso orientar os familiares quanto à realização das atividades da vida diária, pois quanto mais o paciente for estimulado, maior será sua independência e isso também faz com que haja uma melhora de sua autoestima.

Aline Apelbaum, 35 anos, foi diagnosticada com Esclerose Múltipla em março de 2004. No início fez academia: “embora a EM não tivesse grande impacto na minha vida, nunca gostei muito da dinâmica e do ambiente academia”. Também tentou a natação, mas o problema era a temperatura da água que causava mais fadiga. ”Eu caminhava relativamente rápido, mas comecei a ter muita fadiga, tropeços e quedas”.

Segundo ela, o Pilates foi a atividade que mais atendeu suas necessidades. Então desde 2006 vem praticando o método. Mesmo assim ficou parada por um ano e meio devido aos surtos mensais que estavam ocorrendo. Fez Fisioterapia e assim que se sentiu mais forte voltou para o Pilates. “É essa consciência corporal que eu nem pensava que fosse importante que o Pilates me trouxe, você tem que se concentrar fazer o exercício bem feito mesmo que com menos repetições.”

Aracely Rodrigues, 34 anos, teve seu diagnóstico de Esclerose Múltipla em 2015, chegou a ficar um período internada, já fez pulsoterapia e procurou o Pilates por indicação médica. “Sempre fui à academia, mas devido à fadiga não conseguia mais. Então procurei o Pilates para qualidade de vida e para me exercitar.” Segundo ela o Pilates trouxe muitos benefícios para sua vida como melhora do equilíbrio, concentração e consciência corporal. “Depois do Pilates comecei a perceber meus limites.” Hoje além do Pilates, ela faz fisioterapia na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

 

Concluindo..

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Apesar de ser uma doença sem cura conhecida, seu tratamento junto com o Pilates tem gerados uma melhora e um retardamento da doença em pacientes que possuem Esclerose Múltipla.

No Brasil, houve um aumento da procura e da indicação do método Pilates como forma de reabilitação para pacientes com EM. No entanto, não há muitos estudos de Pilates especializados nesse caso que possuem como tratamento da Esclerose Múltipla.


























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