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Sabemos que as complicações na coluna podem variar desde disfunções ósseas até complicações com músculos, nervos, ligamentos e por ai em diante, o tratamento deve ser feito sempre com orientação médica e com cuidado, pois se trata de uma área de extrema importância, que oferece mobilidade e capacidade de movimento ao corpo. Um exemplo de patologia da coluna é a Espondilólise e Espondilolistese.

Complicações nessa área do corpo podem trazer além de muita dor e desconforto, prejuízos ao bom funcionamento do corpo em geral, pois muita das vezes obrigam outras articulações a trabalharem mais ou menos do que o necessário, dependendo do caso.

No artigo de hoje iremos falar sobre dois tipos de patologias que atingem frequentemente a região lombar e lombo sacral, sua definição e o tratamento com o método Pilates.

Definindo a Espondilólise e Espondilolistese

A espondilólise e espondilolistese na coluna se apresentam geralmente na lombar e lombo sacral, devido às características da coluna nestes setores.

Na formação da coluna lombar, como um todo, você pode observar a presença dos seguintes ângulos, que nos ajudam a compreender este tipo de patologias da coluna vertebral:

ÂNGULO SACRO: valor médio de 30º, formado entre declive do patamar superior da primeira vértebra sacra e horizontal.

ÂNGULO LOMBRO-SACRA: valor médio de 140º, formado entre o eixo através da 5ª vértebra lombar e o eixo sacro.

ÂNGULO DA INCLINAÇÃO DA PÉLVE: valor médio 60º, formado entre a linha que liga o promontório sacral e a borda superior da sínfise pública, em relação à horizontal.
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‏Tendo em vista estes ângulos, o setor débil da coluna é denominado, segundo Kapandji, na junção lombo sacral – devido à inclinação do patamar superior da primeira vértebra sacra, há uma tendência de deslocamento para frente e para baixo da quinta vértebra lombar.

Devemos acrescentar a força da gravidade, que também favorece este deslizamento.

Os motivos que levam a espondilólise e espondilolistese são diversos. Podemos citar como principais causas: processo degenerativo, mais comum em pessoas adultas, fraturas por fadiga e até mesmo estresse com alguns esportes, fatores de crescimento, entre outros.

Nestes casos, o ARCO POSTERIOR se destrói, produzindo a espondilólise.

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‏Sintomas da Espondilólise

Nas radiografias é possível observar a fratura e deslocamento (se houver). Já a ressonância magnética é usada para observar com mais detalhes se há compressão do nervo.

No geral, os pacientes sentem dor crônica na região, causada pela constante tensão dos músculos. Esta dor se irradia para as nádegas e membros inferiores, causando alteração sensorial motora, aumento da lordose lombar, tensões e espasmos nos músculos posteriores da coxa, bíceps femoral e alterações na marcha.

Através de estudos radiológicos pode-se determinar o grau de deslizamento em quatro etapas:

Grau 1: deslizar entre 1% e 25%.

Grau 2: deslizante entre 26% e 50%.

Grau 3: deslizante entre 51% a 75%.

Grau 4: deslizante entre 76% a 100%.

O tratamento nos graus 1 e 2 normalmente é feito com medicação, repouso e atividade física especifica para cada caso; as de grau 3 e 4 podem necessitar de tratamento cirúrgico.

O tratamento irá depender de vários fatores, tais como idade, estado geral de saúde, o grau de deslize e os sintomas do paciente.

Como devemos trabalhar com Pilates?

Primeiro, temos de solicitar um atestado médico autorizando o paciente a fazer Pilates.

Contraindicação: devemos saber onde há espondilólise, tomando cuidado para evitar exercícios de hiperextensão e extensão da coluna na área afetada, o deslocamento anterior do corpo vertebral e aumento a lordose lombar.

Evite fazer posições que causam desconforto.

Do meu ponto de vista, o objetivo é estabilizar e fortalecer a área lombo-pélvica, mobilidade e flexibilidade na área, reduzir os sintomas do paciente, conseguindo integrar estes objetivos para as atividades da vida diária, para que o paciente possa alcançar um movimento fluido, natural e indolor que limitam suas atividades diárias.

Exercícios indicados para Espondilólise e Espondilolistese

Estabilização e fortalecimento da zona lombar-pélvica:

Encontrar o alinhamento do core, com movimentos pélvicos em anteversão, retroversão, lateralidade e inclinações da pelve, até encontrar a posição neutra da cintura pélvica (ver artigo anterior “PILATES NÚCLEO: como encontrar os Pilates core”)

Fortalecimento da zona lombar-pélvica, ativando o assoalho pélvico, multifidus e transverso abdominal (ver artigo anterior “CORE PILATES: como encontrar o core no Pilates”)

Exercícios de Mat:

*Decúbito dorsal, com joelhos e quadrisflexionados, e pés apoiados no solo. Essa posição é adotada para evitar tensão muscular, aumentando a lordose lombar; a partir desta posição executar:

  1. Movimento na pélve para encontrar a posição neutra, flexionar o quadril e logo após estendê-lo até tocar o pé no solo novamente. Repita com a outra perna, ou repita de forma bilateral, sem alterar a posição da pelve neutra.
  2. Deslize um dos pés no solo até estender o joelho e quadril completamente, sem alterar a posição neutra da pelve. Após, flexionar novamente sem alterar a pelve neutra; repita com a outra perna e, em seguida, bilateralmente.
  3. Series de exercícios abdominais, single leg stretch, double leg stretch (se o aluno pode manter a pelve em posição neutra apesar da extensão de quadril e joelhos sem apoio no solo), tesouras, criss cross. Enfatize para trazer suas pernas em direção ao peito, flexionando quadril e joelhos para estimular o alongamento da região lombar.

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*Em posição quadrúpede, executar os movimentos da cintura pélvica até encontrar a posição neutra.*

Exercícios de Chair

  1. Footwork, manter o alinhamento adequado e estabilização lombo-pélvica.
  2. Standing footwork, leg pump front, side e crossover, mantendo o alinhamento neutro.

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Exercícios no Reformer

  1. Série de braços com as pernas em cima do aparelho, para evitar o aumento da lordose lombar.
  2. Coordenação, estender quadril e joelhos (somente se o aluno controla seu centro e pélvis estável).
  3. Long  Stretch, (somente se ele controla o centro), evitar fazer o exercício se forçar o aumento da lordose lombar, apoio de modificação nos joelhos para reduzir a demanda sobre a execução do exercício.
  4. Série de Short box, round back, flat back e twist solo (apenas se não forçar o aumento da lordose lombar e se o paciente controla o centro).

Exercícios no Cadillac

  1. Em pé ao lado do aparelho: expansão na Chest, reverter a expansão do tórax, saudação, Hugh a tree, realizar todos os exercícios em uma posição ereta, verifique o alinhamento correto lombo-pélvico, de modo a reforçar o centro.

Concluindo…

Mais de 54 mil brasileiros sofrem de problemas de coluna, de acordo com dados da Agência Brasil, o número assusta e nos dá a consciência de que precisamos dar a essa parte do corpo mais importância, nos preocupando com mais com hábitos errados e colocando sempre nossa saúde em primeiro lugar.

O método Pilates foi criado com o propósito de recuperar e manter a saúde do corpo em geral, levando o paciente a ter uma vida mais saudável e produtiva.

Você tem algum aluno com espondilólise e espondilolistese? Conta pra gente!


























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