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Antes de falar sobre o Pilates como reabilitação, precisamos entender um pouco mais sobre o Método e saber o porque ele é tão eficaz quando utilizado em tratamentos.

O Método Pilates foi idealizado pelo alemão Joseph Hubertus Pilates (1880-1967), que teve sérios problemas de saúde na infância como asma, bronquite, raquitismo, e isto fez, com que ele buscasse por exercícios de ganho de força muscular e que trabalhasse a respiração, sendo estes diferentes dos exercícios da época.

Devido a sua saúde fraca, ainda na infância ele se tornou autodidata e aprofundou seus conhecimentos em anatomia, física, biologia e na medicina tradicional chinesa. O método criado por Joseph teve influências, desde o yoga, artes marciais e o estudo dos movimentos dos animais.

Anos depois Joseph foi para Nova York, e durante a viagem ele conheceu Clara, uma enfermeira, e obtiveram afinidades por apresentar interesse pela saúde e de como manter o corpo saudável.

Eles abriram juntos um estúdio que ficava próximo ao ballet de New York, onde vários bailarinos passaram a praticar o método, que de início era chamado Contrology (Contrologia) que tinha por definição a integração da mente, corpo e espirito.

Inicialmente o trabalho de Pilates teve uma grande repercussão entre os bailarinos, que em geral se machucavam muito, e logo descobriram que o Pilates como reabilitação funcionada de forma mais rápida, além de propiciar uma melhora na força muscular e na postura.

Joseph Pilates veio a falecer em 1967. Os motivos da causa da morte não foram muito esclarecidos, e na época do seu falecimento o Método Pilates era conhecido por um grupo restrito, formado por bailarinos, atores e clientes ricos que tinham treinado no seu estúdio.

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Clara deu continuidade ao estúdio, junto com alguns alunos de Joseph. Um deles foi Ron Fletcher, no qual Clara lhe deu permissão para difundir o nome e o trabalho de Joseph Pilates.

Estudos recentes indicam que o Pilates é uma ferramenta útil na reabilitação, pois ele tem como objetivo a melhora de força, coordenação, mobilidade e ganho de um movimento eficiente. Estes princípios estão presentes durante a reabilitação, por isso o método tem apresentado bons resultados no tratamento de pacientes.

O Pilates leva muito em consideração a questão biomecânica e foca muito em movimento eficiente, com carga adequada.

Ele também obedece uma sequência de módulos que se divide em: básico, intermediário e avançado, onde são realizados exercícios no solo (Mat Pilates) e nos aparelhos, que passam por variações nos ângulos, na carga e na frequência dos movimentos de acordo com a necessidade do paciente.

Os exercícios de Pilates como reabilitação devem ser feitos suavemente com o máximo de atenção e não devem ser executados automaticamente. (GALLAGHER; KRYZANOWSKA, 1999)

O Pilates tem como principal foco a respiração, articulação da coluna, organização da cabeça, pescoço e ombros, alinhamento das extremidades e descarga de peso, integração do movimento, alongamento axial e controle de centro.

O método atua no sentido de alinhar os 3 pontos da coluna vertebral, occipital, região dorsal media e sacro, respeitando suas curvas fisiológicas, lordoses cervicais e lombares, e cifose torácica.

Somado a isso, há a utilização de abdominais (em especial o transverso do abdômen), formando um centro alinhado, forte e equilibrado, que constitui a base para todos os movimentos do corpo humano. (BLUM, 2002)

Neste contexto, o método Pilates como reabilitação parece ser uma alternativa interessante para o tratamento de distúrbios musculoesqueléticos e para a manutenção da saúde e qualidade de vida.

Pilates como ReabilitaçãoPilates-como-reabilitação-6

O Pilates tem sido um aliado muito importante na reabilitação, pois seus exercícios são bem completos e trabalham com pouco impacto. Os mesmos são realizados de maneira segura, sempre dentro da amplitude permitida.

Os exercícios do método são feitos de acordo com o ritmo do paciente e a progressão é realizada de maneira proporcional ao desempenho do mesmo, além disso dentro do ambiente do Pilates podem ser realizadas, adaptações para que o paciente realize os exercícios com segurança.

Por exemplo no caso de um pós-operatório de joelho, as cargas e a amplitude de movimento podem ser modificadas, tornando assim a reabilitação no Pilates segura.

Assim, torna-se indispensável que o instrutor tenha amplo conhecimento da técnica e da patologia em questão, além de realizar uma avaliação previamente.

Pilates X Fisioterapia

O Pilates é um método de trabalho muito eficiente na recuperação de lesões, como já falamos anteriormente.

No entanto, muitas vezes ele não pode ser substituído pela fisioterapia convencional, já que muitas técnicas que são usadas na fisioterapia são importantes na recuperação de algumas lesões.

O Pilates deve vir como um aliado durante o tratamento fisioterapêutico e tem papel importante na continuidade da reabilitação do paciente.

Indicação do Pilates na Reabilitação e PrevençãoPilates-como-reabilitação-2

O método tem recebido muitas indicações de médicos, não só no Pilates como reabilitação mas também na prevenção de lesões, como no caso de atletas profissionais. O Pilates também tem sido indicado para gestantes.

Alguns estudos apontam que os exercícios do método, por trabalhar a musculatura abdominal e do assoalho pélvico, promove a prevenção da diástese abdominal e da incontinência urinária, além de promover um relaxamento e bem-estar nas gestantes, através do trabalho efetivo de respiração que é realizado durante as aulas.

Outro público que tem se beneficiado com o Pilates, são os idosos, pois com os exercícios do método tem se um ganho de força e melhora da mobilidade, que geralmente estão alteradas devido a presença de doenças degenerativas, como a artrite, artrose, além do trabalho de coordenação e equilíbrio que podem ser realizados no ambiente do método.

Um estudo realizado por LEVINE et al. (2007), apontou o Método Pilates como forma de prevenção e reabilitação. Segundo o seu estudo o método pode ser usado tanto no período pré-operatório quanto no pós-operatório de artroplastia de quadril e joelho.

No primeiro período, o método ajuda a aumentar força, mobilidade e ganho de amplitude de movimento (ADM) da articulação acometida e das adjacentes, o que melhora a função e a flexibilidade. Após o processo cirúrgico, o método foi utilizado com os mesmos objetivos do período pré-operatório.

De acordo com o estudo, o Pilates foi eficaz nessa população por permitir exercícios precoces e que respeitassem os limites de movimentação, como flexão do quadril até 90º, bem como auxiliar no aumento de resistência dos músculos adjacentes.

Dentre as indicações na reabilitação e na prevenção através do Pilates estão as lombalgias, que tem sido motivo especial de estudo, provavelmente devido a sua alta incidência e ao alto custo com seu tratamento.

As causas e o tratamento das lombalgias, ainda são um desafio para os profissionais, mas o Pilates tem sido muito indicado, principalmente na prevenção, uma vez que os estudos comprovam que a inatividade é muito prejudicial nestes casos.

Quando a causa da lombalgia é devido à uma instabilidade, os exercícios do Pilates como reabilitação atuam de maneira satisfatória, pois o método trabalha de maneira eficiente a contração dos músculos multífidos, transverso abdominal, que são músculos estabilizadores e possuem um papel importante na reabilitação no casos de lombalgia.

Outra vantagem do método é que progressão dos exercícios são realizadas de acordo com as necessidades do paciente.

Como aplicar o Pilates na Reabilitação?Pilates-como-reabilitação-1

O Método Pilates é uma ferramenta eficaz na reabilitação, quando aplicado de acordo com seus princípios. Um diferencial na reabilitação é que ele permite um atendimento individualizado, e o profissional deve realizar uma avaliação minuciosa para identificar as alterações presentes devido a lesão.

No início pode ser trabalhado o controle da dor, e nesta fase o objetivo é evitar maior irritação da lesão, reduzir a dor e restaurar a ADM sem dor. Orienta-se o paciente a evitar forças destrutivas sobre a lesão durante as suas atividades diárias.

Nos exercícios iniciais movimentam-se as regiões distais ou proximal ao local da lesão, ou no caso de uma lombalgia inicia-se com estabilização da pelve, para depois iniciar as mobilizações.

Em um segundo momento inicia-se a restauração da amplitude de movimento, perdida devido a lesão. Pode-se modificar alguns exercícios para que o paciente possa fazer de maneira eficiente já que a amplitude esta diminuída.

Conforme a evolução do paciente, aumenta-se a carga e amplitude dos movimentos, também inicia-se o trabalho de propriocepção dentro das possibilidades do paciente.

Durante o Pilates como reabilitação é necessário o instrutor ficar atento, pois cada paciente vai reagir de maneira individual ao tratamento, por isso é de suma importância avaliar e reavaliar, é se necessário regredir no tratamento para obter uma recuperação satisfatória.

Outro fator que é muito importante é a orientação deste paciente, quanto as suas atividades laborais. Ele também deve ser orientado quanto a realização de exercícios que possam ser feitos em casa.

Assim que a mobilidade e a força muscular tenham sido restauradas, pode-se aumentar os níveis de dificuldade dos exercícios proprioceptivos e trabalhar de maneira especifica em determinados casos. Se seu paciente for um atleta por exemplo, você deve focar os exercícios de acordo com as suas necessidades esportivas.

Vantagens do Método Pilates

O método Pilates como reabilitação permite um trabalho individualizado, e é uma ferramenta importante no processo de tratamento.

Ele proporciona um trabalho consciente dos movimentos, e se respeitado os princípios do Pilates, os riscos são mínimos, o que evita o surgimento de lesões.

Mesmo quando existem contra-indicações relativas, os exercícios podem ser adaptados, como em casos de gestantes, pós-operatório, ou após alguma lesão.

Enfim, o Método Pilates se bem aplicado ajuda no processo de prevenção e recuperação de lesões, além de promover qualidade de vida através da sua prática, visando não só o trabalho do corpo, mas sim uma integração entre o corpo e a mente.

Concluindo…Pilates-como-reabilitação-3

Portanto, ficou claro que o Pilates como reabilitação pode ser utilizado no tratamento de diferentes populações e disfunções.

Sempre procurar seguir os princípios do método e respeitar as individualidades e as características especificas de cada indivíduo, além de permitir um trabalho multidisciplinar.

Ou seja, saber dialogar com outros profissionais, principalmente nos casos de reabilitação onde cada profissional tem um papel importante neste processo.

O Pilates é um método transformador e se bem executado tem grandes resultados com a sua prática, contudo são necessárias mais pesquisas que comprovem a eficácia deste método tão transformador.

Referências Bibliográficas
  • SILVA, A.C, L; G.; Mannrich, G. Pilates na Reabilitação: uma revisão sistemática. Fisioter. Mov, Curitiba, v.22, n. 3, p. 449-455, 2009.
  • Comunello, J, F. Benefícios do método Pilates e a sua aplicação na reabilitação, artigo de revisão, Instituto Salus, 2011.
  • DALLASTA, V, C. O Pilates na reabilitação fisioterapêutica em idosos: Uma Revisão. Revista Uningá, Uningá, v.15, n.1, p.44- 47, 2013.
  • PILATES JH, MILLER JW. A obra completa de Joseph Pilates, Phorte, 2009.
  • MUSCOLINO JE, CIPRIANI S. Pilates and the “powerhouse”, Journal of Bodywork and Movement Therapies, v.8, p.15- 24, 2004.


























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