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Neste artigo irei abordar um breve resumo sobre algumas das patologias neurológicas que mais recebo em minha clínica de atividade física supervisionada.

Nos últimos anos, muito tem sido comentado sobre o Método Pilates, seus benefícios e indicações como uma técnica de reabilitação entre os diversos profissionais da área da Saúde. Com destaque especial para a reabilitação neurológica associada a este interessante método.

Pacientes com Patologias Neurológicas apresentam sequelas como:

  • Alterações de Tônus Muscular
  • Déficit do Controle Motor
  • Diminuição de Força Muscular
  • Alteração do Equilíbrio
  • Dificuldade na Marcha
  • Distúrbios Sensitivos
  • Diminuição da Flexibilidade
  • Contraturas Musculares
  • Alterações Posturais e Respiratórias
  • Dificuldade de Concentração
  • Raciocínio
  • Memória

Além disso gasta mais energia para realizar uma atividade, fatores, estes que levam a diminuição da independência física e, consequentemente, à diminuição da qualidade de vida.

Pilates nas Patologias Neurológicas

Com os exercícios do Pilates trabalha-se o equilíbrio muscular, pois fortalece e alonga a musculatura globalmente mantendo a flexibilidade, a tonicidade e a força muscular.

Como se preconiza a qualidade do movimento e não a quantidade deste, a precisão dos movimentos e a concentração durante os exercícios são indispensáveis, melhorando assim o controle motor, a consciência corporal e a coordenação dos movimentos.

São exercitados constantemente durante as sessões os músculos profundos sustentadores da coluna (multífidos), os abdominais (destaque para o transverso do abdômen), o assoalho pélvico e os glúteos.

Tudo isso melhorando a postura, estimulando o controle de tronco, prevenindo a incontinência urinária (perdas constantes de urina), melhorando a marcha e o equilíbrio do paciente.

Por fim, o trabalho da respiração, que é a base do Método em questão, diminui as complicações respiratórias, que são importantes agravantes da expectativa de vida desses pacientes, além de melhorar a oxigenação cerebral, estimulando a formação de novas conexões, diminuindo a ansiedade e o estresse.

Isso sem falar dos benefícios de se praticar uma atividade física, de encarar um novo desafio e de se superar a cada dia com exercícios variados.

Acidente Vascular Cerebral (AVC), Doenças de Parkinson e Alzheimer, Esclerose Múltipla, Paralisa Cerebral, incoordenação motora e distrofias musculares são algumas das patologias neurológicas que veremos e que se beneficiam deste método.

Este benefício se deve à importante relação dos princípios do Método com os objetivos na reabilitação dessas doenças. O tratamento deve ser todo adaptado para a deficiência neurológica e os resultados podem ser sentidos e observados em poucas sessões.

O paciente com alguma das Patologias Neurológicas tem que se preocupar em procurar um profissional devidamente capacitado a identificar e atender às suas reais necessidades.

Se uma minuciosa avaliação for realizada, os exercícios poderão ser direcionados especificamente ao seu quadro clínico, melhorando, então, a sua independência e sua qualidade de vida.

Acidente Vascular Cerebral (AVC)

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, estima-se que a doença cerebrovascular permaneça entre as quatro principais causas de mortalidade até o ano de 2030. A doença pode provocar sequelas permanentes, o que gera necessidade de adaptação familiar, demanda constante do sistema de saúde e custos.

O acidente vascular cerebral (AVC) compartilha com as doenças cardiovasculares os fatores de risco, como tabagismo, dislipidemia, hipertensão arterial, diabetes, obesidade e sedentarismo.

Efeitos do AVC

As dificuldades a seguir, podem ser apresentadas por alguém que teve um AVC:

  • Perda do Controle Voluntário dos Movimentos Normais
  • Dificuldades para Engolir
  • Incontinência Urinária e Fecal
  • Problemas Sensoriais
  • Problemas Psicológicos e Emocionais
  • Problemas de Compreensão

Após um AVC podem ocorrer alterações sutis e importantes nos relacionamentos entre o paciente e seus familiares, o que pode conduzir ao isolamento dentro da família e na comunidade.

Fatores que influenciam na Recuperação

Alguns pacientes de Patologias Neurológicas terão uma recuperação quase completa de um AVC, enquanto outros podem ter dificuldades consideráveis. Muitos fatores podem influenciar no resultado.

Alguns desses fatores são:

  1. Qualidade do Tratamento na Reabilitação
  2. Motivação do Paciente e da Família
  3. Idade do Paciente
  4. Persistência do Estágio Flácido
  5. Atraso no Tratamento

Esses fatores têm uma influência negativa na recuperação do AVC.

Doença de Parkinson

O parkinsonismo é definido como uma vasta ca­tegoria de doenças que apresentam diminuição da neuro­transmissão dopaminérgica nos gânglios da base, estando estas classificadas em:

  1. Parkinsonismo Primário
  2. Secundá­rio
  3. Plus
  4. Heredodegenerativas

A Doença de Parkinson (DP) é uma afecção crônica e progressiva do sistema nervoso, caracterizada pelos sinais cardinais de rigidez, acinesia, bradicinesia, tremor e instabilidade postural.

Apresenta uma etiologia idiopática, porém acredita-se que os seus surgimentos provem de fatores ambientais e genéticos, podendo interagir e contribuir para o desenvolvimento neurodegenerativo da DP.

Afirma-se ainda que o processo de envelhecimento está intimamente interligado a esta afecção devido à aceleração da perda de neurônios dopaminérgicos com o passar dos anos.

A etiologia é tida como idiopática, mas estudos acreditam que a DP pode ser decorrente de um conjunto de fatores, sejam eles genéticos, toxinas ambientais, estresse oxidativo, anormalidades mitocondriais e/ou alterações do envelhecimento.

A Doença de Parkinson fisiopatologicamente deve ser considerada como uma afecção neurodegenerativa, progressiva, caracterizada pela presença de disfunções monoaminérgicas múltiplas, incluindo déficits dos sis­temas dopaminérgicos, colinérgicos, serotoninérgicos e noradrenérgicos.

Sinais e Sintomas

Para melhor compreensão sobre as áreas cerebrais acometidas da segunda das Patologias Neurológicas apresentadas, dividiu-se em seis estágios.

Estágio 1

Ocorre o comprometimento do núcleo motor dorsal dos nervos glossofaríngeo e vago, além da zona reticular intermediária e do núcleo olfatório anterior, constituindo assim um processo neurodegenerativo quase que totalmente localizado nas fibras dopaminérgicas que inervam o putâmen dorso-lateral.

Estágio 2

Existe o comprometimento adicional dos núcleos da rafe, núcleo reticular gigantocelular e do complexo do lócus cerúleos.

Estágio 3

Observa-se o acometimento da parte compacta da substância negra do mesencéfalo.

Estágio 4 e 5

Já nesses estágios há comprometimentos das regiões prosencefálicas, do mesocórtex temporal e de áreas de associação do neocór­tex e neocórtex pré-frontal, respectivamente.

Estágio 6

Ocorre o comprometimento de áreas de associação do neocórtex, áreas pré-motoras e área motora primária.

Tratamento

Atualmente, o tratamento visa o controle dos sintomas, pois nenhuma droga ou tratamento cirúrgico impede a evolução da doença.

O tratamento tem de ser individualizado, pois cada paciente tem seus sinais e sintomas, diferentes e devem ser respeitadas. O objetivo é manter o paciente o mais independente possível.

Doença de Alzheimer

A Doença de Alzheimer (ou Mal de Alzheimer como é mais conhecido) é a causa mais comum de demência, sendo esta uma doença degenerativa, incurável, mas que possui tratamento. Ela foi descrita pela primeira vez, em 1906, pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer, de quem herdou o nome.

Das Patologias Neurológicas é a patologia neurodegenerativa mais freqüente associada à idade, cujas manifestações cognitivas e neuropsiquiátricas resultam em uma deficiência progressiva e uma eventual incapacitação.

Em geral, o primeiro aspecto clínico é a deficiência da memória recente, enquanto as lembranças remotas são preservadas até um certo estágio da doença.

Além das dificuldades de atenção e fluência verbal, outras funções cognitivas deterioram à medida que a patologia evolui, entre elas a capacidade de fazer cálculos, as habilidades visuoespaciais e a capacidade de usar objetos comuns e ferramentas.

O grau de vigília e a lucidez do paciente não são afetados até a doença estar muito avançada. A fraqueza motora também não é observada, embora as contraturas musculares sejam uma característica quase universal nos estágios avançados da patologia.

A Doença de Alzheimer caracteriza-se, histopatologicamente, pela maciça perda sináptica e pela morte neuronal observada nas regiões cerebrais responsáveis pelas funções cognitivas, incluindo o córtex cerebral, o hipocampo, o córtex entorrinal e o estriado ventral.

As características histopatológicas presentes no parênquima cerebral de pacientes portadores da Doença de Alzheimer incluem depósitos fibrilares amiloidais localizados nas paredes dos vasos sanguíneos, associados a uma variedade de diferentes tipos de placas senis, acúmulo de filamentos anormais da proteína tau e conseqüente formação de novelos neurofibrilares (NFT), perda neuronal e sináptica, ativação da glia e inflamação.

Tratamento

O tratamento das Patologias Neurológicas visa minimizar os sintomas, proteger o sistema nervoso e retardar o máximo possível a evolução da doença. Os inibidores da acetilcolinesterase atuam inibindo a enzima responsável pela degradação da acetilcolina que é produzida e liberada por algumas áreas do cérebro.

Deve-se procurar também, um tratamento de reabilitação desse paciente comprometido funcionalmente para novamente desempenhar suas atividades da melhor maneira e pelo menor tempo possível, com mais autonomia.

Os principais aspectos da assistência são preventivos, elaborados para manter o indivíduo mais ativo e independente possível. No maior grau a atividade deve ser encorajada para manter a força, amplitude de movimento e estado de alerta.

Conclusão

Por hoje pararemos por aqui com as Patologias Neurológicas.

No próximo artigos falarei sobra mais algumas patologias referentes à neurofuncional, e em breve postarei alguns artigos mais detalhados de cada patologia.

Espero que gostem, até a próxima!

 

Referências
  • Revista Brasileira de Hipertensão 8: 280-90, 2001
  • MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada. Manual de rotinas para atenção ao AVC. Brasília: Ministério da Saúde, 2013
  • Revista Neurociências 2011;19(4):718-723
  • Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas na Doença de Alzheimer, 2013
  • Revista de Psiquiatria RS. 2008;30(1 Supl).
  • Arquivo de Neuropsiquiatria 2005;63(4)


























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