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A osteoporose é reconhecida como importante problema de saúde aqui no Brasil existindo, inclusive, um programa governamental de conscientização com foco na prevenção.

Atualmente, estima-se que existam 121 mil fraturas de quadril por ano no nosso país, o que pode representar até mesmo risco de morte, de acordo com a idade de quem se lesiona. A fratura de colo de fêmur é bem comum para os pacientes com osteoporose, e tem alta incidência de morte oferecendo grande risco, principalmente para os idosos.

Em estudo realizado em São Paulo, constatou-se que 33% das mulheres, que já haviam passado pela menopausa, apresentavam osteoporose na coluna lombar e no fêmur. Para completar as estatísticas, dados de 2013 confirmam que o risco de quebrar um osso em função da osteoporose é consideravelmente maior em pessoas com mais de 50 anos.

E o que esses dados sobre fratura têm a ver com osteoporose? Tudo!

Nossa experiência profissional mostra que as fraturas oriundas de um quadro de osteoporose é uma situação recorrente nas pessoas de meia idade/idosas que nós avaliamos e tratamos em nossas clínicas. Vamos entender um pouco mais tudo isso?!

O que é a Osteoporose?

Osteoporose é uma doença metabólica, que acomete os ossos de forma sistêmica e desenvolve-se durante o processo de envelhecimento do corpo. Ao longo da vida, o osso está em constante remodelamento, ou seja, o tecido ósseo “velho” é substituído por tecido ósseo “novo”.

A osteoporose ocorre então, quando os ossos não fazem essa remodelação como deveria, ficando mais fracos e menos densos, gerando maior risco de fraturas. A diminuição da densidade óssea pode gerar alterações da microarquitetura e da resistência óssea, aumentando sua fragilidade.

As fraturas geradas em função de um quadro de osteoporose são chamadas de fraturas de fragilidade e normalmente ocorrem em função de um pequeno trauma, que em uma situação normal não acarretaria tamanha lesão.

Esta condição costuma ser assintomática: os pacientes não têm dor ou limitação de movimento, e muitas vezes só descobrem que tem osteoporose em exame de rotina ou quando ocorre uma situação de fratura.

Quando o quadro atinge estágio mais avançado, o paciente pode relatar dor, que pode ser decorrente de fratura por stress, principalmente em coluna ou quadril, que recebem mais carga no dia-a-dia.

As mulheres tem maior propensão de desenvolver osteoporose que os homens por ter ossos mais finos e leves e, principalmente, por ter uma queda drástica da densidade óssea com a menopausa (e o desequilíbrio hormonal gerado em função disso).

Segundo estimativas, a proporção de osteoporose chega a seis mulheres para um homem a partir dos 50 anos.

A prevalência dessa condição tende a aumentar se pensarmos que a curva populacional de idosos vai aumentar nos próximos anos. Por esse motivo é importante ter um plano de prevenção, e para os casos em que já existe a fraqueza óssea o tratamento deve ser seguido para evitar a diminuição progressiva da densidade óssea.

Principais Causas da Osteoporose

A osteoporose ocorre por um desequilíbrio na produção-destruição de células ósseas: o corpo passa a absorver mais tecido ósseo do que produzir, gerando uma deficiência.

Isso pode ocorrer por influência de fatores genéticos, mas pode ter relação ainda com a produção de minerais, com as condições hormonais, ou ainda com fatores externos, como doenças e uso de medicamentos.

A principal causa está relacionada com o processo de envelhecimento e com a menopausa.

Os ossos crescem até os 21 anos aproximadamente, até os 35 anos têm aumento da sua densidade e a partir de então iniciam o processo de perda progressiva de massa óssea. É um processo fisiológico e natural do nosso corpo. Os indivíduos que não obtiveram quantidade adequada de densidade óssea podem ter uma perda precoce desse tecido levando à osteoporose.

No caso da mulher, com a menopausa a produção de estrogênio diminui consideravelmente, e como este hormônio é responsável por retardar o processo de perda de massa óssea, a diminuição da sua produção leva a consequente redução da densidade óssea.

Outro fator que influencia para o desenvolvimento da osteoporose é a falta de nutrientes relacionada à produção de cálcio.

A má absorção, ou a falta de cálcio no organismo pode comprometer a absorção deste pelo osso, uma vez que esses nutrientes são distribuídos para outras partes do corpo contribuindo para suas funções, e se estão diminuídos no organismo, faltam para a produção de tecido ósseo.

Tipos de Tratamento para a Osteoporose

Uma vez presente no tecido ósseo, a osteoporose tem difícil chance de reversão.

Dessa forma, tratamento tem como principal objetivo evitar que essa condição evolua e agrave, e evitar que o paciente sofra fratura em função dessa fragilidade óssea. Em casos de dor, as intervenções também terão como objetivo a analgesia e o conforto do paciente.

O tratamento é escolhido e modificado conforme a causa da osteoporose e conforme as condições que o paciente apresenta.

Para as mulheres em que é constatada a baixa produção do estrogênio, pode ser feita a reposição hormonal, conduta que não tem consenso médico e ainda gera muitas dúvidas por parte do pacientes, que por vezes, recorrem aos tratamentos alternativos com medicamento naturais.

Para a deficiência de cálcio e vitaminas o médico pode optar em realizar a suplementação, tanto de cálcio quanto de vitamina D (importante no processo de manutenção óssea).

Além da suplementação, a alimentação também deve ser controlada, não deixando faltar os principais nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo. Para tanto, muitas vezes a intervenção da nutricionista junto ao paciente torna-se importante.

Para os casos de fraturas podem ser necessárias intervenções cirúrgicas para correções, conforme necessidade de cada paciente.

Por último, mas não menos importante, falamos da atividade física como tratamento.

A prática de exercícios é ESSENCIAL para os pacientes com osteoporose, porque aumentam o aporte e a fixação do cálcio no osso, além de desenvolver o condicionamento muscular e evitar a ocorrência de quedas.

Como ações secundárias, os exercícios diminuem as dores articulares que podem estar associadas a essa condição e auxiliam na manutenção do peso. Importante lembrar, neste caso, que o aumento de peso aumenta o risco de fraturas. Podemos incluir nessa categoria tanto exercícios aeróbicos como exercícios de força e flexibilidade.

Pilates para a Osteoporose

Como estamos falando em exercícios, não poderíamos deixar de falar do Pilates, certo? Mais que certo, perfeito!

O paciente que opta em realizar o Pilates como prevenção e como tratamento nos casos de osteoporose é muito beneficiado com o Método, porque além de praticar uma variedade de exercícios a fim de desenvolver a musculatura, estará praticando uma atividade segura, com baixo risco de provocar qualquer lesão ou sobrecarga para os ossos.

Os exercícios de tração e tensão realizados através do Pilates melhoram a força e a flexibilidade, favorecendo a remodelagem óssea.

Além disso, promovem a melhora do equilíbrio e da coordenação, habilidades que devem ser trabalhadas para evitar quedas e possíveis fraturas. Para os casos mais graves, em que o paciente apresenta alteração postural em função da fragilidade dos ossos da coluna, o Método pode auxiliar para a melhora do alinhamento postural.

Os pacientes que tem dor referida em articulações – principalmente joelhos, punhos e coluna – poderão praticar o Método sem medo, uma vez que os exercícios não irão gerar grandes impactos sobre a articulação, evitando a irritabilidade e a dor.

Os exercícios mais recomendados, além de oferecer baixo impacto, devem ser direcionados para o fortalecimento de membros superiores e inferiores e para trabalho de estabilizadores da coluna.

Os fatores de risco para osteoporose envolvem hábitos de vida, como o sedentarismo.

A prática do Pilates torna-se recomendável, então, não somente para tratamento, mas como forma de prevenção e ganho de qualidade de vida para pacientes abaixo dos 50 anos também.

Quando falamos de pacientes com osteoporose, na maioria das vezes, estamos nos referindo à pacientes idosos. Mais um ponto a favor do Pilates, que pode ser realizado em qualquer idade, sem oferecer risco de lesão quando orientado de forma adequada por um profissional capacitado.

Além de tratar, ou prevenir, a osteoporose, o Pilates estará atuando no alivio das dores, na agilidade e na resistência dos idosos, auxiliando na independência e no bem estar dos mesmos.

Já ficou entendido que precisaremos trabalhar condicionamento muscular dos pacientes que nos procuram com esse problema. Mas como podemos ser mais efetivos com essa informação?!

Bom, a massa óssea está relacionada com a ação da musculatura sobre o osso. A partir disso, podemos pensar que os exercícios gravitacionais são mais efetivos para estes casos. Então uma aula adequada de Pilates, deve incluir exercícios em pé, buscando otimizar o efeito dos exercícios executados e aumentando a densidade óssea.

Restrições de exercícios para pacientes com Osteoporose

Como já observamos anteriormente, a quantidade e variedade de exercícios que podemos aplicar com os nosso pacientes que tem osteoporose é imensa.

Não existe uma restrição pontual de exercícios que não devem ser aplicados com esses praticantes, mas devemos adequar a dificuldade da sequência e o desafio proposto de acordo com as condições de cada um.

Nos exemplos práticos tentamos dividir a linha de exercícios conforme o grupo de pacientes, justamente para sugerir uma linha de abordagem para os nossos colegas instrutores.

Por exemplo, se o paciente que vamos atender é idoso (70 anos), tem diagnóstico confirmado de osteoporose e não pratica exercícios, vamos montar nossa aula com exercícios mais básicos, que não ofereçam riscos de lesão ou de QUEDA (e isso é muito importante) durante sua execução e ainda que contemplem os objetivos que queremos alcançar com este paciente.

Além do cuidado para adequar a aula de acordo com as condições de cada pessoa, devemos evitar aplicar exercícios que possam gerar carga excessiva sobre as articulações, caso o paciente ainda não tenha força suficiente para controle do movimento.

Novamente chegamos às condições do paciente: a pessoa que já tiver maior força muscular e melhor controle corporal poderá executar exercícios mais desafiadores e com apoios em um só membro, na mesma medida que as pessoas com menos força não deverão ser expostas à exercícios unipodais em que pode ocorrer má distribuição de carga e lesão óssea.

Dessa forma, o ideal é evitar exercícios unipodais no início e inseri-los ao longo da evolução do paciente.

Cuidados durante o Tratamento da Osteoporose

Os cuidados com o paciente que tem osteoporose entrelaçam-se com as restrições de exercícios que são aplicados a eles. Como não existe um exercício que não possa ser realizado em função da osteoporose, as restrições e os cuidados em relação a sua aplicação são muito parecidos.

Devemos ter muito (muuuuuuito) cuidado para que o paciente realize o exercício com a máxima segurança, uma vez que se ele sofrer uma queda durante a execução da sequência pode resultar em fratura.

O ideal é evitar exercícios que ofereçam instabilidade na fase inicial de tratamento; quando o paciente já tiver melhor condicionamento e consciência corporal podemos arriscar aos poucos evoluir com tais exercícios.

Outra observação importante que não devemos ignorar: o paciente não pode sentir dor durante o exercício. Se isso acontecer, devemos analisar o que está acontecendo. Algumas possibilidades podem incluir:

  • Dificuldade da Sequência: o exercício proposto pode ser muito difícil para a fase em que o paciente se encontra.
  • Qualidade do Movimento: o paciente pode estar fazendo o exercício errado! Então é muito importante acompanhá-lo durante a sequência para evitar que isso aconteça.

Concluindo…

Resumindo, nos casos de osteoporose, bem como em qualquer situação que envolva a nossa atuação junto aos pacientes, devemos realizar uma avaliação adequada.

Além disso traçar um plano de tratamento-aula de acordo com cada situação, observar como transcorre a evolução e o que não está surtindo o efeito desejado e fazer os ajustes quando necessário.

É uma receita simples: para o paciente a regra é seguir os exercícios, cuidar dos hábitos diários e ter disposição. Para nós, terapeutas e instrutores é: boa avaliação + respeito às individualidades + criatividade + Pilates, Pilates e Pilates. Não tem erro!


























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Formação Completa em Pilates (Presencial)

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