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Durante o processo do envelhecimento, algumas pessoas, em sua maioria mulheres e idosos, podem se deparar com uma patologia comum: osteoporose. A doença que provoca um enfraquecimento progressivo dos ossos já atinge cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil, e é responsável por mais de 9 milhões de fraturas por ano no país.

Segundo os números do Ministério da Saúde (MS), do International Osteoporosis Foundation (IOF) e da Associações de Pacientes e de Combate à Osteoporose (Fenapco), uma a cada três mulheres com mais de 50, anos tem osteoporose, sendo que 75% dos diagnósticos são feitos somente após a primeira fratura. Mas não são só as mulheres, um em cada cinco homens também sofrem com a patologia.

Dentre esses dados, é estimado que apenas uma em cada quatro fraturas receba o tratamento adequado. Por isso vamos nesse texto falar da importância do Pilates como tratamento para a osteoporose.

Causas de Osteoporose

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Essa patologia é caraterizada pela redução da densidade mineral óssea e degradação da sua microarquitetura, dificultando a realização das funções dos ossos (movimento, proteção e estrutura) e facilitando a ocorrência de fraturas.

A primeira causa da osteoporose é a diminuição do estrogênio, em decorrência do envelhecimento, do climatério, retirada dos órgãos reprodutores sem reposição hormonal. Somado a fatores genéticos, inatividade física e alimentação desequilibrada, a patologia pode acelerar o desenvolvimento.

A segunda causa pode ser decorrente de distúrbios de ordem renal (insuficiência) ou hormonal (tireoide, paratireoides ou adrenais). Componentes externos como uso de drogas diversas como, corticoides, barbitúricos (sedativos ou calmantes), anticonvulsivantes e excesso de hormônio para tireoide, também podem causar a patologia.

Entre as causas orgânicas temos, a falta de estrogênio, deixando de estimular os osteoblastos e envelhecimento, que reduz a quantidade de hormônio do crescimento e funções anabólicas protéicas deficientes, causando deficiência na reposição da matriz óssea.

E para explicar melhor os fatores externos, temos a falta de estresse físico nos ossos, pois ele percebe que “não precisa ser forte” pois é pouco utilizado, desnutrição extensa, capaz de impedir formação de matriz óssea, deficiência de vitamina C, que auxilia na secreção das substancias intercelulares por todas as células, inclusive formação de osteóide pelos osteoblastos.

A famosa Lei de Wolff, diz que o formato ósseo somente é determinado pelas cargas estáticas impostas. E Segundo Nigg, as Leis físicas são fatores principais que influenciam a modelagem e remodelagem óssea.

Diferentes tratamentos para a osteoporose

 

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Diversos são os artigos que demonstram a eficiência da atividade física como prevenção e tratamento da osteoporose. Muitas alunas que não fazem reposição hormonal e praticam Pilates e/ou atividades físicas, chegam aos 70 anos sem apresentar alteração óssea. Outras alunas que pude acompanhar, começaram as aulas de Pilates com osteoporose, passaram a ter osteopenia e depois a remodelação óssea total, após um período de pratica prolongado.

A recuperação é mais rápida quando há praticas diárias de exercício, e para quem sai do sedentarismo e faz poucas aulas por semana apresentam resultados a longo prazo. É possível avaliar esses resultados através das densitometrias ósseas, realizadas periodicamente, pelas mulheres que já estão no período pós menopausa.

Desde 2008 atuando com Pilates, percebi que somente a atividade física, não é capaz de apresentar resultados satisfatórios, a alimentação é um aliado muito importante: Pois é necessária uma ingestão correta e equilibrada dos alimentos que serão aproveitados de forma tal que possa contribuir no processo de remodelação do tecido ósseo. A atividade física vai potencializar a reposição do cálcio nos ossos, mas se não houver oferta de cálcio, isso será mais difícil. Nem todas as pessoas que possuem a patologia fazem uso de hormônios pós menopausa, por diversos motivos.

Atualmente, está caindo por terra, a ideia de que atividades aquáticas são as mais indicadas no tratamento da osteoporose por não permitir impacto nos ossos, pois acreditava-se que o impacto era maléfico. As atividades aquáticas devem oferecer um fortalecimento muscular capaz de estimular os ossos, para isso é necessária uma orientação específica, processo de adaptação ao meio liquido, supervisão constante, controle de cargas e avaliação multidisciplinar periódicas. Aulas coletivas e falta de orientação levam ao agravamento do quadro, e se a atividade for realizada contra a vontade do aluno, fatores psicológicos podem ser afetados.

Quando há uma força que incide sobre o tecido ósseo, ocorre uma deformação temporária, que pode ser medida, de acordo com sua magnitude e direção da força, da distância aplicada, do braço de alavanca, por exemplo. Cargas dinâmicas são mais eficientes para deformação óssea do que as cargas estáticas. Essa deformação é o estímulo que o osso precisa receber. Se o músculo estiver muito mais forte do que o osso, a ocorrência de uma fratura.

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Então o que fortalece os ossos? 

Uma atividade que fortalece os ossos de forma efetiva, segundo estudos, é a corrida, mas nos deparamos na rotina de trabalho, com pessoas que são sedentárias ou inativas e com diagnóstico de osteoporose, portanto teremos uma grande trajetória até inserir o aluno na corrida, e para alguns será extremamente difícil por diversas dificuldades ou patologias.

Então outros estudos, verificaram que a vibração de baixa intensidade também é uma forma de ajudar na remodelação óssea. Porém, alguns casos de utilização de vibração para tratar osteoporose podem gerar crises de labirintite, quedas, tonturas. Se a osteoporose surgir num individuo com idade avançada, esse tratamento não será possível através de plataformas vibratórias, por exemplo.

Alguns alunos, possuem osteoporose na coluna vertebral, que compõe um risco maior de sofrer uma fratura. As fraturas e as quedas sofridas por idosos são fatores que geram insegurança, mudança de hábitos e de postura, mesmo sendo consequências da perda de funções orgânicas ao longo dos anos. Entre as causas de quedas, podemos citar: hipotensão postural, diminuição da circulação cerebral, condução dos impulsos nervosos deficiente, sistema visão-audição-equilíbrio em declínio, uso de mais de 4 medicações por dia e fatores externos (calçados, moveis, tapetes, atividades diárias).

As vertebras fracas, com fraturas ou osteoporose, podem alterar a posição da coluna e da postura do idoso, prejudicando a estabilidade pela alteração do centro de gravidade, que fica deslocado anteriormente.

Vertebras lombares, rádio distal e quadril, são as regiões ósseas que mais sofrem fraturas, respectivamente, ocorrem normalmente nessa ordem. Aspectos que devem ser lembrados pelos profissionais que atendem a terceira idade, para que a prevenção seja realizada de forma consciente.

O Pilates e a osteoporose

 

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O Método Pilates, tem ganhado muitos adeptos nos últimos anos, e vamos concordar que é uma atividade completa, e repleta de benefícios amplamente conhecidos pelos praticantes. O aluno que possui osteoporose pode beneficiar-se e experimentar a melhora da patologia ou eliminar totalmente. Como isso ocorre?

Quando realizamos uma contração muscular, os tendões realizam uma tração no tecido ósseo, causando o estimulo de deformação e se necessário será realizada a remodelação. Atividades de fortalecimento unidirecional, não oferece tanto estímulo quanto as que desafiam o equilíbrio e atinge grupos maiores de músculos.

No Pilates, aplicamos exercícios que trabalham a musculatura do corpo todo, superficial e profunda, isometricamente, concentricamente, excentricamente, além da correção da postura e do processo que ativa da musculatura que circundam a coluna vertebral, e tudo isso com segurança.

Portanto, o estimulo que a musculatura recebe no Pilates é completo, e se os músculos estão “presos” aos ossos, todos os músculos que são estimulados fazem o estimulo necessário para remodelar o tecido mineral ósseo. Segundo estudos, o trabalho muscular excêntrico é o que se mostra mais eficaz no aumento da densidade mineral óssea, em relação ao trabalho concêntrico, sendo o primeiro mais osteogênico.

Portanto, o Pilates é uma atividade que comprovadamente pode ser utilizada na prevenção e tratamento da osteoporose.

Dicas

Dica de ouro: Para associar a vibração de baixa intensidade com o fortalecimento no Pilates, o instrutor pode aplicar os exercícios de membros inferiores no cadillac (Leg Series) com as molas posicionada nos pés do aluno através das alças de pés, aluno em decúbito dorsal, lateral ou em pé.

Durante a execução, o instrutor fará pequenos toques nas molas e assim elas vibrarão sutilmente, exigindo que a musculatura suporte os pequenos movimentos controlando a musculatura envolvida. É possível obter resultados mais rápidos se toda aula, ou a maior parte dela, for planejada procurando atingir a musculatura que envolve a área afetada pela patologia.

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Outro exercício possível de ser realizado é em pé no cadillac, fortalecendo os músculos do quadril, com a mesma forma de vibrar a mola.

Na chair, colocando uma almofada de propriocepção para a aluna sentar, estimulando a propriocepção e ativação da musculatura paravertebral e de membros inferiores.

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E você, tem alunos com osteoporose? Tem alguma dica de exercício legal? Deixe seu comentário!


























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