Junte-se a mais de 150.000 pessoas

Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade!

Qual o seu melhor email?

*Esse conteúdo é científico e pode ser utilizado para pesquisas*

Assim como os músculos esqueléticos respondem aos estímulos através de exercícios físicos, os músculos respiratórios também, na qual a função muscular respiratória é de extrema importância para a vida. .

Evidenciando este contexto, o Método Pilates surge como forma de condicionamento físico que proporcionará um bem-estar ao indivíduo e diversos benefícios tanto para mente quanto para o corpo. 

Os benefícios do Pilates para doenças respiratórias são proporcionados por conta do controle dos músculos trabalhados nos movimentos de forma mais consciente possível, que envolvendo a respiração, trazem alterações benéficas à função pulmonar devido aos movimentos respiratórios realizados.

O Método permite um adequado funcionamento de todo sistema, mobilização de volumes pulmonares de forma adequada e eficaz, melhorando a troca gasosa e o fluxo sanguíneo, evitando o acúmulo de secreções pulmonares (que contribuem para o aparecimento ou agravamento de várias doenças respiratórias) fortalecendo o sistema imunológico, que é importante para a prevenção de doenças como gripes e resfriados, além de auxiliar pessoas que já possuam doenças respiratórias crônicas (SOUSA et al., 2017; ZANONI, 2016).

Principais doenças respiratórias

O padrão respiratório considerado normal é composto pelos movimentos toracoabdominal que é caracterizado pela amplitude e sincronia do movimento do compartimento torácico e abdominal, no entanto pode ser influenciado pela idade, sexo, composição corporal e doenças respiratórias. (MAGAZONI et al., 2019; ZANONI, 2016)

Atelectasia e Asma

Alterações na biomecânica da caixa torácica causam compensações posturais, que irão sobrecarregar os músculos inspiratórios.

Pode-se observar nas doenças respiratórias como a atelectasia que possui diminuição da expansão da caixa torácica e a asma que em episódios de crises, há um aumento do volume residual e o uso excessivo da musculatura acessória da respiração que contribuem para uma restrição na mobilidade do tórax, causando assim assimetrias, problemas musculoesqueléticos e movimentos compensatórios que sobrecarregaram ainda mais os músculos utilizados na respiração.

Na asma, doença inflamatória crônica das vias aéreas que, quando expostas aos agentes irritantes, prejudicam a respiração, limitando o fluxo de ar devido à broncoconstrição, principalmente na expiração, a reeducação respiratória e o desbloqueio torácico promovido pelos exercícios aumentam a mobilidade costovertebral, melhoram as funções ventilatórias e respiratórias para evitar o aumento do volume residual (FRANCO et al., 2014) 

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

Na doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) pode se destacar retificação da hemicúpulas diafragmáticas e das costelas que resultam em uma menor pressão abdominal, e consequentemente, terá uma menor expansão da caixa torácica inferior, levando assim à  uma diminuição da mobilidade costal e maior uso da musculatura acessória da respiração. 

Além dessas alterações musculares, os pacientes com DPOC tendem a assumir ombros elevados e protraídos, retificação da cifose dorsal na região interescapular, escápulas abduzidas e rodadas, aumento do diâmetro anteroposterior do tórax, aumento da lordose lombar, tensão muscular variável em toda musculatura do pescoço, ombros, face e coluna, além de alterações na posição de cabeça, quadril e membros inferiores (TORRI, 2017; SILVA et al., 2016).

Fibrose cística

A fibrose cística por possuir um caráter crônico com infecções pulmonares frequentes, gera um ciclo de dispneia-sedentarismo-dispneia, consequentemente facilita a fadiga da musculatura respiratória. 

No entanto o Método Pilates vem com propósito de reequilibrar os movimentos toracoabdominal, demonstrando ganhos na força muscular respiratória, aumentando a força muscular respiratória, redução na sensação da dispneia . (FRANCO et al., 2014).

Princípios do Método Pilates

O Método Pilates foi criado por Joseph Pilates no início da década de 1920, com princípio da obtenção do condicionamento físico na aplicação dos seis princípios básicos: Centro, Concentração, Controle, Precisão, Respiração e Fluidez. 

É utilizado a “respiração lateral” como padrão respiratório, concentrando-se na respiração lenta, profunda e contínua durantes os exercícios, tendo os músculos abdominais, glúteos e paravertebrais lombares como centro de força (powerhouse), que estabilizam de forma estática e dinâmica o corpo. (SOUSA et al. 2017; MAGAZONI, 2019)

Baseia-se em todos os movimentos, como alongamento dinâmico e trabalho resistido, no qual envolve contrações musculares de alto ou baixo limiar, envolvendo contrações isotônicas, e sobretudo isométricas, com ênfase associados à respiração, na qual a inspiração se prepara o movimento e na expiração ocorre a execução, ou seja, os músculos inspiratórios e principalmente os expiratórios serão ativados. Portanto, o Método Pilates promove saúde integral, atuação total do corpo e a respiração (SOUSA et al. 2017; JESUS et al., 2015; MAGALHÃES et al. 2018).

 Os benefícios do Pilates para Doenças Respiratórias

O Método Pilates é indicado por melhorar a força muscular, flexibilidade, promover controle postural, consciência corporal, percepção do movimento, beneficia o desempenho funcional e qualidade de vida. 

Ou seja, o Pilates para doenças respiratórias traz inúmeras vantagens aos pacientes, pois apresentam compensações posturais que sobrecarregam seus músculos inspiratórios. (SOUSA et al, 2017; MAGALHÃES et al. 2018; TORRI et al., 2017).

Por meio da respiração contribui para o reequilíbrio da função pulmonar, mobilidade tócaco-abdominal, aumento do volume pulmonar, aumento da saturação periférica de oxigênio (SpO2) e modificação do padrão respiratório. (SOUSA et al, 2017; MAGALHÃES et al. 2018; TORRI et al., 2017).

A “respiração lateral” favorece a expansão lateral torácica, aumentando assim o espaço para expansão pulmonar, que associada aos músculos estabilizadores do tronco resultará em um aumento na resistência respiratória, aumento na força respiratória, aumento na pressão inspiratória máxima e na pressão expiratória máxima (MAGALHÃES et al. 2018; ZANONI, 2016).

Além disso, outros músculos que auxiliam a inspiração (escalenos, intercostais, peitoral maior e menor, serrátil anterior e esternocleidomastoideo) estão envolvidos nos exercícios do Método Pilates, podendo ser fortalecidos, de forma que também contribuem para o aumento da força muscular inspiratória (TORRI et al., 2017).

 Conclusão

O Método Pilates traz diferentes exercícios que possibilitam a melhora do condicionamento respiratório e muscular.

Constitui-se em uma alternativa inovadora e eficaz para o tratamento de pacientes com alterações, considerando todos os benefícios dos princípios do Pilates para doenças respiratórias.

Além de ser um ótimo aliado para a imunidade, ajudando a prevenir doenças como gripes e resfriados, auxilia também pessoas que já possuem doenças respiratórias crônicas.

 

Escrito por: Liga Acadêmica de Fisioterapia Respiratória e Tabagismo – LAFREST – FEPI (Joyce Mara de Souza, Mariana Ferreira e Tainara Nielly Alves).

Orientado por: Profa Pâmela Pereira

 

Referências

FRANCO C. B., RIBEIRO A. F., MORCILLO A. M., et al. Effects of Pilates mat exercises on muscle strength and on pulmonary function in patients with cystic fibrosis. J Bras Pneumol. v40, n5, p.521-527, 2014.

JESUS L. T., BALTIERI L., OLIVEIRA L. G., et al. Efeitos do método Pilates sobre a função pulmonar, a mobilidade toracoabdominal e a força muscular respiratória: ensaio clínico não randomizado, placebo-controlado. Rev Fisioterapia e Pesquisa. v.22, n.3, 2015.

SILVA K. S., PORRAS A. V. R, COSTA C. C., et al. Influência do Método Pilates nas alterações pulmonar, postural e psicossocial observadas na asma. Rev Fisioterapia Ser., v.11, n.4, 2016.

MAGALHÃES Á. A. S., FIGUEIREDO C. M. M. Método Pilates na reabilitação pulmonar e condicionamento físico em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica. Rev Brasileira de Fisiologia do Exercício, v.17, n.1, p.9 – 51. 2018.

MAGAZONI V. S., BOAVENTURA C. M., BORGES L. H. F. A influência do Método Pilates sobre as pressões respiratórias máximas. Rev Eletrônica da Reunião Anual de Ciência. v.9, n.1, 2019.

SOUSA M. E., MARTINS D. J. N., GONZAGA D. B. Influência do Método Pilates na função cardiorrespiratória de idosos. Revista Expressão Católica Saúde. v.2, n1, 2017.

ZANONI G. R. Avaliação longitudinal do efeito do tempo de prática de pilates solo na cinemática respiratória. Rev RiUfes. p.19-24, 2016.

TORRI B. G., BARROS R. J., OLIVEIRA A. Q., et al. O Método Pilates melhora a função pulmonar e a mobilidade torácica de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica. Revista Fisioterapia Brasil. v.18, p.56-62, 2017.


























Grupo VOLL

Formação Completa em Pilates (Presencial)

O nome deve ter no mínimo 5 caracteres.
Por favor, preencha com o seu melhor e-mail.
Por favor, digite o seu DDD + número.