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A dor é uma das queixas mais comuns em consultórios de fisioterapia e Studios de Pilates, entretanto, os pacientes raramente nos consideram como a primeira opção para o tratamento de dores crônicas.

Muitas vezes eles preferem tentar o uso de medicamentos e alternativas que aliviam o incômodo de forma temporária e não efetiva. Há ainda quem espere que essa dor se torne incapacitante e comprometa suas atividades diárias.

E quando esses pacientes chegam até o Studio de Pilates, como propor um tratamento de dores crônicas efetivo, que não se concentre em aliviá-las temporariamente, mas totalmente? Esta é a pergunta que este artigo busca esclarecer, e a resposta envolve o Pilates. Vamos entender por quê? Acompanhe!

O que é a dor crônica?

Podemos classificar a dor de acordo com o tempo que ela se mantém. Sendo assim, ela pode ser aguda ou crônica.

Quando aguda, observamos um trauma ou lesão, há presença de processo inflamatório e geralmente se resolve num curto período. Ela apresenta um papel importante em nossa sobrevivência pois nos protege de insistir em movimentar a região inflamada, o que auxilia o processo de desinflamação.

Mas quando essa experiência se prolonga, podemos classificá-la como crônica, e já não tem esse papel protetor, pois se torna um processo patológico. Por definição, a dor crônica persiste por mais de três meses e muitas vezes não encontramos associação com lesão tecidual.

A dor crônica pode resultar em hipervigilância e, em alguns casos, os pacientes diminuem sua socialização e desenvolvem medo do movimento.

Atualmente a IASP, International Association for the Study of Pain (Associação Internacional do Estudo da Dor, em tradução livre), define a dor como “uma experiência sensitiva e emocional desagradável associada, ou semelhante àquela associada, a uma lesão tecidual real ou potencial”.

Frequentemente encontramos uma alteração no processamento da dor, em que há hiperatividade, facilitação e inibição do sistema de modulação da dor, onde podemos destacar os sistemas opioides noradrenérgico e serotoninérgico.

Portanto, hoje sabemos que os neurônios que participam dessa função não causam dor exclusivamente.

As áreas responsáveis pela dor convergem em áreas relacionadas às emoções, memória e tomada de decisões. Isso pode justificar as queixas e comprometimentos além da questão física.

Dentre os mais comuns podemos destacar: alterações de sono, irritabilidade, déficit de atenção, alteração de movimentos.

Além disso, os pacientes que não buscam o tratamento de dores crônicas perdem a qualidade de vida, muitas vezes se afastam do emprego, e podem também diminuir atividades sociais, seja devido a dor ou por questões financeiras, o que pode intensificar o incômodo e se tornar um ciclo de retroalimentação para a perpetuação do quadro.

Como aplicar um tratamento de dores crônicas efetivo?

Dada a complexidade clínica desses pacientes, o tratamento de dores crônicas ideal é o que leva em consideração o acompanhamento multidisciplinar de acordo com suas necessidades individuais.

Diferentes abordagens podem ser combinadas, como o tratamento farmacológico, cirúrgico, recursos eletrofísicos passivos, terapias manuais, e se tratando de dores musculares ou de tensão, o fortalecimento dos músculos da região afetada é uma alternativa eficaz.

Com o avanço dos estudos sobre dor, sabemos que não existe uma única abordagem que funciona 100% para todo mundo, e que cada paciente deve ser avaliado como único.

Mesmo que alguns remédios e terapias manuais ajudem em casos de dor crônica muscular, o padrão de ouro para tratá-las são os exercícios físicos, uma vez que eles ajudam a regular o desequilíbrio da resposta analgésica do nosso corpo.

A atividade física é capaz de estimular nossos sistemas opioides e regulam o sono. A longo prazo, as consequências são maior definição muscular, melhora de performance e da autoestima do praticante

Contudo, temos que lembrar que, em alguns casos, os pacientes podem apresentar medo do movimento ou sistema nervoso hiperativo, impedindo a resposta analgésica esperada induzida pelo exercício.

Nesses casos, é interessante aplicar uma exposição gradual à atividade física, além da combinação com outras modalidades terapêuticas para estimular a regulação do sistema nervoso.

Sabe-se também que essa resposta ao exercício pode ser obtida trabalhando outras partes mais distais à área da queixa principal do paciente, e uma boa estratégia pode ser começar por essas regiões distais com esses indivíduos.

Principais dores crônicas que chegam ao Studio de Pilates

Nos Studios, as queixas de incômodos estão principalmente associados à:

  • Dor lombar crônica inespecífica;
  • Cervicalgia;
  • Osteoartrite de joelho;
  • Dor no ombro;
  • Fibromialgia;
  • Artrite reumatoide;
  • Enxaqueca. 

Qual o papel do Pilates no tratamento de dores crônicas?

E como o Pilates pode ajudar nesses casos, fazendo parte do tratamento de dores crônicas?

Como vimos, o exercício físico é imprescindível no manejo desses pacientes. E o Pilates demonstra-se uma ótima modalidade, pois além de apresentar boa aceitação entre os pacientes, o Método trata os sintomas físicos e também emocionais da dor.

Seus princípios permitem que o praticante tenha mais consciência e integração do próprio corpo durante a prática.

A construção de sequências respeita o princípio da fluidez e gera desafios, que pouco a pouco são vencidos pelo aluno, proporcionando autonomia sobre si e confiança no seu corpo, o que reverte a rigidez aumentada pela dor.

Além dos benefícios físicos, que são o aumento da força muscular, da mobilidade e da consciência corporal, quando praticado em grupos ou dupla, o Pilates estimula o convívio social, amenizando as consequências sociais da dor crônica.

O MAT Pilates é uma das modalidades mais acessíveis, podendo ser praticado em qualquer lugar como parques, condomínios, academias ou em casa, tento acompanhamento presencial ou online, e sem a necessidade de acessórios.

O repertório do Pilates trabalha o corpo de forma integral e o seu domínio nos permite que infinitas combinações e construções sejam feitas, tornando as aulas diversificadas e estimulantes ao paciente, o que também contribui para a constância do tratamento.

Conclusão

A dor crônica é uma experiência complexa e suas consequências vão além do aspecto físico, comprometendo emocionalmente e socialmente os pacientes.

Para ser eficiente o tratamento de dores crônicas deve ter como objetivo a finitude da dor, e não apenas sua pausa temporária.

É importante que esses pacientes fortaleçam seus músculos, aumentem sua funcionalidade e autonomia, e trabalhem a flexibilidade para diminuir a rigidez. E o Pilates é uma ótima ferramenta para isso.

Os pacientes devem ser acolhidos e encorajados à prática de exercícios físicos, à mudança de hábitos e à recuperação da autonomia nas atividades diárias.


























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