Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) o AVC (Acidente Vascular Cerebral) é a terceira maior causa de morte natural na população adulta mundial e a primeira no Brasil.
Muito desse ranking nacional, deve-se a falta de informação da população, pois não há conhecimento dos sintomas e assim demoram em procurar atendimento hospitalar.
Popularmente conhecido como “derrame”, o AVC ocorre quando os vasos que enviam sangue ao cérebro estão rompidos ou com algum bloqueio, assim o sangue não chega a determinadas áreas cerebrais, ocasionando a perda das funções dos neurônios o que causa os sintomas e sinais, que irão depender da parte do cérebro que foi afetada.
É uma patologia que afeta pessoas de diferentes idades, porém é mais comum em idosos, portadores de colesterol alto, hipertensos, fumantes, diabéticos e cardiopatas; é mais raro na infância.
Definindo os Tipos de AVC
Existem dois tipos principais de AVC, o hemorrágico e o isquêmico.
HEMORRÁGICO
É quando um vaso sanguíneo ou uma artéria rompe, ocasionando um sangramento cerebral. Podendo ser provocado por uma hemorragia intra-cerebral (quando um vaso sanguíneo rompe dentro do cérebro) ou hemorragia subacnóidea (quando um vaso sanguíneo sangra na superfície do cérebro para a área entre o cérebro e o crânio).
ISQUÊMICO
É o tipo mais comum de AVC. Ocorre quando há obstrução de uma ou mais artérias que levam o sangue para o cérebro.
Podendo ser provocado por uma trombose cerebral (formação de um coágulo de sangue se forma em uma artéria principal em direção ao cérebro), uma embolia cerebral (quando o bloqueio causado pelo coágulo se forma em um vaso sanguíneo em alguma parte do corpo e acaba sendo levado ao cérebro através da corrente sanguínea) e por um bloqueio (que ocorre nos pequenos vasos sanguíneos da parte mais profunda do cérebro).
Existe ainda, o AIT (Ataque Isquêmico Transitório), conhecido como “mini-AVC”, ocorre quando há um bloqueio temporário no fornecimento de sangue.
Deve ser tratado como uma emergência, seus sintomas são muito parecidos com o do AVC, porém são temporários, durando alguns minutos ou horas e desaparecendo por completo em 24 horas.
O AIT é um sinal de que uma parte do cérebro não está recebendo sangue suficiente, sendo assim, é um sinal de que há riscos de ocorrer um AVC no futuro.
Sintomas e Sinais Causados pelo Acidente Vascular Cerebral (AVC)
Os sinais e sintomas do AVC devem servir de alerta, quando notados deve-se procurar um médico imediatamente, pois o tratamento é mais eficaz quando iniciado nas primeiras horas.
Fraqueza dos Membros
Um dos sinais bem típicos do AVC é a fraqueza assimétrica dos membros, podendo variar de uma fraqueza leve até uma paralisia total, afetando apenas um membro (um braço ou uma perna) ou ainda dois membros do mesmo lado.
Costuma surgir rapidamente e pode surgir apenas como um formigamento e leve fraqueza e evoluir em algumas horas para uma grande perda de força muscular.
Assimetria Facial
Mais um sinal típico é a paralisia facial assimétrica. O sinal mais notado é o desvio da boca em direção contrária ao lado paralisado.
Também é importante saber que na paralisia facial causada pelo AVC a metade superior da face é preservada, desta forma o franzir da testa, o levantamento das sobrancelhas continuam intactos.
Às vezes a paralisia pode ser muito fraca, sendo difícil de detectar, uma boa saída é pedir para que a pessoa sorria ou assovie desta forma será facilmente notada.
Alterações da Fala
Muito comum é a alteração da fala. Sendo as mais comuns a afasia (incapacidade em nomear objetos, coisas, cores, números…) e a disartria (dificuldade em articular as palavras, deixando a fala enrolada e de difícil compreensão).
Confusão Mental
Pode haver desorientação mental. Perdendo a noção do tempo, não sabendo do dia/mês/ano que está; pode também acontecer a desorientação espacial, quando não há o reconhecimento do local. Múltiplos AVCs podem causar a demência.
Alteração na Marcha
A dificuldade de andar é uma sequela muito comum no AVC. São causadas por desequilíbrios, a própria fraqueza muscular e alterações da coordenação motora.
Geralmente, quando há problemas na coordenação motora, a marcha fica descoordenada, sendo arrastada, uma vez que a dificuldade de dar o passo é muito grande.
Tem vezes nas quais a falta de equilíbrio impossibilita a posição bípede, fazendo com que a pessoa caia para o lado se não tiver apoio. O AVC pode causar tonturas e por esse motivo a pessoa não consegue deambular.
Fora os citados acima, também é muito comum ocorrer dores de cabeça fortes e persistentes e dificuldade para engolir.
Como o Método Pilates Auxilia nas Sequelas do AVC
O Pilates proporciona controle e fortalecimento muscular, ambos afetados após um AVC, desta forma o Método se torna um importante complemento para a recuperação das sequelas.
Com os exercícios do Método Pilates o equilíbrio do paciente será refeito, permitindo que as conexões responsáveis pela sensação de segurança sejam estabelecidas e a realização das atividades cotidianas seja novamente restabelecida.
Haverá também a melhora na recuperação dos movimentos, da respiração, postura e coordenação motora, saindo daquele tratamento convencional que consiste em exercícios de alongamento e exercícios leves; sem falar que os resultados aparecem mais rápido, fazendo com que o paciente se anime e não se entregue, continuando o tratamento.
O método aplicado pós-AVC, tem como objetivos principais manter os movimentos nas articulações preservadas e ganhar mais amplitude de movimento nas que foram afetadas; melhorar a coordenação motora assim como a postura; trabalhar a consciência corporal, equilíbrio tanto o estático como o dinâmico; diminuir os efeitos das alterações que o AVC causa no tônus muscular.
Desta forma, a qualidade de vida do paciente melhora, tornando-o mais independente em suas atividades diárias.
Todos os exercícios devem ser iniciados da maneira mais fácil para a realização, sempre respeitando os limites do paciente e adaptando conforme o quadro patológico.
Conforme o paciente for evoluindo, alcançando os objetivos traçados, os exercícios também evoluem, aumentando então o grau de dificuldade dos mesmos, desta forma, mantendo o paciente sempre ativo.
Concluindo…
O Método Pilates possui princípios que são de grande ajuda para uma pessoa que sofreu um AVC pois proporcionam uma atividade física segura e com características que envolvem a concentração e o controle o que estimula o cérebro.
Além disso, uma vez que ajuda na concentração, equilíbrio, força, consciência corporal, o Método Pilates trabalha, desta forma, não só o físico, mas também o mental, aumentando a força muscular, equilíbrio e ganho de amplitude de movimento, além de proporcionar segurança e melhora na qualidade de vida do paciente.
Como os resultados através do Pilates tendem a aparecer mais rápido, o paciente também melhora o seu psicológico, aumentando sua autoestima e confiança, dessa forma torna-se mais ativo e participativo no tratamento.
Bacana.
Nossa que legal este artigo!!!
Uma dúvida, o pilates, nos casos de reabilitação pós AVC, é uma terapia complementar ou pode ser a terapia de escolha, única?
Há alguma evidência que o Pilates atua tb na neuroplasticidade?
Obg
Eu tive um AVC Isquemico trombotico e infelizmente paralizou meu lado esquerdo e por esse motivo tive um deslizamento em duas vertebras L5 e S1 causando assim espondilolistese de grau I e II sinto muitas dores na lombar e no ciático e tenho falta de equilibrio, falta de força nos membros superior e inferior. Gostaria de saber se é possivel fazer pilates até pq a minha médica proibe pq o problema ja esta afetando a minha médula.
Gostaria de saber onde tem pilates p quem sofreu AVC no bairro Castelo e Ouro Preto bh, por favor