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A fibromialgia também é conhecida como Síndrome de Joanina Dognini. Ela é uma doença reumática e crônica que se caracteriza por dores musculoesqueléticas difusas e migratórias.

Um paciente com fibromialgia também possui aumento da sensibilidade a vários estímulos, mas você sabia que o Pilates na fibromialgia pode ser muito eficiente?

Estima-se que cerca de 2% a 3% dos brasileiros sofram de fibromialgia no Brasil. Desses casos, a maioria acontece em mulheres. A cada dez pacientes, oito mulheres procuram o Studio de Pilates com essa patologia. Ao redor de 85% dos casos são diagnosticados em mulheres. A idade média das pacientes com a patologia varia entre 35 e 50 anos.

Existem outros fatores de risco além do sexo, sendo eles genéticos. Há maior chance de ocorrer em pacientes que possuam parentes próximos que já tenham sido diagnosticados com a fibromialgia.

Quem já possui algum tipo de doença reumática também tem maiores probabilidades de desenvolver a fibromialgia. O paciente com fibromialgia sente de 3 a 4 vezes mais dor do que aquele que não tem a patologia.

Não existe uma causa única e específica para o problema. Na verdade, ela está relacionada a diversos fatores, como:

  • Depressão;
  • Fadiga;
  • Ansiedade;
  • Alterações do sono e cognitivas;
  • Pós-situações de traumas ou estresse intenso, sejam eles físicos ou psicológicos.

Além das dores e alta sensibilidade, existem alguns sintomas correlacionados, como:

  • Cefaleia tensional ou enxaqueca;
  • Parestesia;
  • Tontura;
  • Outros.

Quem possui fibromialgia pode sofrer com a piora dos seus sintomas em algumas situações. Elas incluem esforço físico, estresse emocional, infecções, exposição ao frio e má qualidade do sono.

Pensando nisso, preparamos este texto para que você possa entender um pouco mais sobre essa condição e como o Pilates na Fibromialgia pode ser eficiente. Continue lendo!

Diagnóstico da Fibromialgia

Para entender como funciona o Pilates na fibromialgia, é preciso antes ser atendido por um conjunto de especialistas. São eles:

  • Médico reumatologista;
  • Psicólogo;
  • Fisioterapeuta;
  • Nutricionista.

O médico reumatologista é o mais especializado para guiar o diagnóstico e tratamento do paciente fibromiálgico. É ele que recomenda os medicamentos, dosagem e duração do tratamento.

Os medicamentos são usados com base nos sintomas e ajudam a:

  • Reduzir a dor;
  • Melhorar o sono;
  • Aliviar a fadiga e cansaço;
  • Tratar a ansiedade e depressão.

São usados vários tipos de medicamentos no tratamento da fibromialgia sendo eles: analgésico, relaxantes musculares e antidepressivos.

O diagnóstico é bastante difícil. São diversos sintomas apresentados aos médicos, fazendo com que a patologia seja confundida com outras doenças. Normalmente, é feito com base nos seguintes sintomas que o paciente apresenta:

  • Episódios de dor difusa por mais de 3 meses consecutivos;
  • Outros sintomas que são comuns na patologia.

Também é preciso pesquisar o estilo de vida do paciente. Não existem testes laboratoriais que possam realizar o diagnóstico. Muitas vezes o médico solicita exames para eliminar a possibilidade de outras doenças com sintomas parecidos.

Os esforços para diagnosticar a fibromialgia adequadamente são de extrema importância. Sem um diagnóstico claro é difícil ou até impossível programar um plano de tratamento adequado.

Protocolo de Avaliação para Fibromialgia

Para diagnosticar a fibromialgia, o médico utiliza um protocolo que palpa 18 pontos anatômicos bilateralmente. Se o paciente relatar dor em pelo menos 12 desses pontos o diagnóstico será positivo para fibromialgia. Isso é relacionado com situações relacionadas à dor, especialmente para saber se ela vem acompanhada de:

  • Sensação de parestesia;
  • Espasmo muscular localizado;
  • Nódulos;
  • Tremores;
  • Sudação;
  • Sensação de rigidez nas articulações e nos músculos;
  • Queimação.

De acordo com Smythe, Buskila e Gladman (1991), em casos individuais pacientes com menos de 11 pontos dolorosos poderiam ser diagnosticados com fibromialgia. Para isso seria preciso que eles apresentassem outros sinais que sugerissem o problema.

Entendendo o Tratamento

O tratamento com medicamentos, psicoterapia e redução do estresse podem ajudar no controle dos sintomas.

Exercícios físicos: fazer uma atividade aeróbica por 20-30 minutos, cinco dias por semana também melhora a condição cardiovascular.

No gerenciamento de estresse: buscar uma atividade agradável ou verbalizar uma frustração para reduzir o estresse e melhorar a saúde mental.

Técnicas de relaxamento: respiração profunda, meditação, ioga, exercícios aeróbicos e outras atividades que reduzem os sintomas de estresse.

Buscar por grupos de apoio, como por exemplo, um fórum para terapia e troca de experiências entre pessoas com uma condição ou objetivo similar, como depressão ou perda de peso.

Psicoterapia que tem como foco a modificação de comportamentos, respostas emocionais e pensamentos negativos associados a um distúrbio psicológico.

Técnicas de tratamento quiroprático no ajuste da coluna vertebral e massagem dos músculos das costas para aliviar a dor.

No alongamento, esses exercícios podem melhorar a flexibilidade e a condição física.

Terapia do exercício gradual: exercícios físicos que começam numa intensidade média e aumentam gradualmente ao longo do tempo.

Massagem: relaxa a musculatura tensa.

Acupuntura: inserção de agulhas em pontos específicos do corpo para aliviar a dor e tratar outros distúrbios. Uma forma de medicina tradicional chinesa.

Por tudo isso, que nós, profissionais do Método Pilates, conseguimos aliviar a dor e a qualidade de vida desses pacientes. São exercícios de baixo impacto nas articulações, que trabalham a respiração ajudando na diminuição da ansiedade, flexibilidade, relaxamento, fortalecimento, trabalham a postura, a musculatura do tronco e abdômen, equilíbrio e ainda ajudam na questão de elevar autoestima e diminuição do estresse como também na socialização, pois contribui para melhorar as questões psicológicas.

Pilates na Fibromialgia

Primeiramente, deixamos claro ao nosso paciente como é sua situação. A fibromialgia é uma doença ainda sem cura específica. Portanto, é importante que a pessoa mantenha uma rotina regular de exercícios e não procure ajuda somente quando surgir a crise.

Seus exercícios de Pilates na fibromialgia não devem ser com intensidade muito baixa, mas sim de intensidade moderada a intensa. Até mesmo a intensidade do exercício pode levar à melhora do paciente e do seu quadro álgico.

Também devemos incluir nas aulas exercícios de fortalecimento, flexibilidade e aeróbicos. O ideal é indicar a esse paciente que, além de manter a rotina dos exercícios ele mantenha suas atividades da vida diária normalmente.

Outro ponto importante é a avaliação. Ela é essencial, seja no momento do diagnóstico preciso da fibromialgia ou depois quando o paciente chega até o fisioterapeuta ou educador físico para praticar o Pilates na fibromialgia. Teremos um papel importantíssimo na vida desses pacientes fibromiálgicos.

Como Usar o Pilates na Fibromialgia

Um dos princípios básicos do Método Pilates que nos ajudará muito no tratamento é a respiração.

Normalmente, pacientes com fibromialgia têm a musculatura tensa e fadigada. Então, a respiração vai ajudar a melhorar a oxigenação das fibras musculares.

É possível tratar e desenvolver uma forma de intervenção positiva com o Método Pilates na fibromialgia. Ele é uma ferramenta importante que ajuda a melhorar a qualidade de vida dos alunos e pacientes com fibromialgia.

Um de nossos principais cuidados é manter uma rotina de exercícios de alongamento e fortalecimento dos grupos musculares mais utilizados.

Pacientes com fibromialgia que chegam até o Studio de Pilates em busca de tratamento vem um pouco desacreditados. Eles provavelmente já testaram vários tratamentos isolados sem muitos resultados. Dentre eles temos o tratamento medicamentoso, um dos mais procurados antes do Pilates.

É muito comum ouvir queixas de pacientes que não acreditam que podem melhorar. Eles chegam ao Studio de Pilates com muita dor espalhada por várias regiões do corpo. Muitos profissionais têm dificuldade de lidar com esse quadro que pode ser assustador.

Alguns têm dor tão intensa que chega a interferir na vida social do paciente e suas atividades diárias. Eles buscam principalmente um controle da dor através do Pilates e adquirir melhor qualidade de vida.

O paciente precisa saber que o tratamento é complexo e de longo prazo. Ele precisa dar continuidade aos exercícios, portanto precisa ter um mínimo de prazer na sua realização. A princípio, os exercícios serão de intensidade moderada e devem causar o mínimo possível de dor e desconforto após sua realização.

Dicas para o Tratamento

As sessões de Pilates na fibromialgia têm uma duração de 60 minutos. Nos últimos 5 a 10 minutos realizamos um relaxamento com a bola.

Damos sempre preferência ao atendimento individual, já que esses pacientes precisam de uma atenção especial. O atendimento varia dependendo da sua condição física e psicológica do dia da sessão.

Indicamos para o paciente praticar o método até mesmo quando está com dor. A tendência é que a dor aumente sem a prática de exercícios e ele precisa ter noção disso.

Usamos quatro aparelhos do Pilates Clássico: Reformer, Chair, Barrel e Cadillac. Também utilizamos exercício no solo usando magic circle, bolas, bozu, faixas elásticas e outros acessórios.

O primeiro passo no tratamento do paciente fibromiálgico é realizar exercícios para ganhar flexibilidade e mobilidade.

Uma boa opção para começarmos a despertar esse corpo da inatividade seria o trabalho de mobilidade articular. É possível aliar esses exercícios com o ganho de força moderado. No Pilates temos a grande vantagem de poder aliar tudo num único exercício.

Em alguns casos muito críticos de fibromialgia teremos pacientes mais delicados e minuciosos. Sugerimos começar o trabalho do Pilates na fibromialgia com sessões de 40 minutos de exercícios.

O 20 minutos restantes podem ser utilizados para aliviar as dores mecânicas. Esse alívio serve para as dores mecânicas geradas durante a prática de atividade física.

Utilizamos nesses casos a eletroterapia. Normalmente seguimos essa conduta durante as duas primeiras sessões. De qualquer maneira, não podemos deixar que o paciente deixe o Studio de Pilates sem um trabalho adequado de mobilidade e força.

Dicas de Exercícios de Pilates na Fibromialgia

Nas primeiras aulas:

No cadillac: Rolling Back e Spine Stretch

No Reformer: Mermaid, Front Splits, Sid Splits, FootWork, Running e Bridge

Na chair: Pump one leg e Hamstring Stretch

No barrel: Stretches Back, Stretches Front e Horse

Nas aulas em que o paciente já não apresenta um quadro álgico tão elevado, vamos intensificando os exercícios:

No cadillac: Tower, Sit Up e Breathing

No Reformer: Long Spine, Elephant e Leg Series one Leg

Na chair: Pumping one Leg e Going Up-Front

No barrel: Situ up, Horse com uso de faixa elástica e Leg extension

*São apenas alguns exemplos dos exercícios utilizados no Studio com pacientes fibromiálgicos.

Vale ressaltar que o tratamento deve continuar mesmo após o alívio das dores, o paciente precisa estar ciente que o tratamento é longo e não deve ser interrompido.

Conclusão

Para pacientes com fibromialgia existe uma vida antes e após o Pilates. A vida de antes era com dores diárias e momentos de infelicidade. Hoje a dor que sentem é somente devido à intensidade dos exercícios a qual eles chamam de “dor boa”.

Isso é realmente comprovado cientificamente. Existe uma liberação de hormônios e neurotransmissores que são estimulados com a prática dos exercícios.

Ao final da aula de Pilates o paciente/aluno já se sente revigorado, com uma grande sensação de bem-estar. Após isso, as melhoras na qualidade de sono e estado emocional acontecem. Possibilitamos para esse paciente até mesmo uma diminuição na dosagem dos remédios.

Para obter todos esses benefícios uma boa alimentação é importante. Precisamos da ajuda de uma nutricionista para complementar o tratamento.

O intestino deve funcionar muito bem nos pacientes com fibromialgia. Ele é o segundo órgão que produz mais neurotransmissores em todo o corpo. Dentre eles temos as cerotoninas e endorfinas, que melhoram o bem-estar, prazer, humor e ajudam a diminuir as dores.

Devemos sempre orientar o paciente para conduzir o tratamento com o auxílio de uma equipe multidisciplinar de profissionais.

É possível que o indivíduo passe por recaídas até mesmo devido à depressão que muitos dos pacientes apresentam. Temos que estar preparados e ter em mãos motivos para entusiasmar nossos pacientes, um deles é a variedade dos exercícios.

Se você conseguir motivar a pessoa a continuar praticando o Pilates na fibromialgia mesmo em seus piores momentos você ganhou um paciente para a vida.

A partir do momento que o corpo aprende a fazer os movimentos dos exercícios com maior eficácia motora, ele precisa de menos esforço e compressão de musculatura e nervos para se mover. O paciente consegue aplicar isso em suas atividades da vida diária, diminuindo as crises de dor e tornando-as menos intensas.

Os efeitos do Método Pilates são muito positivos na redução da dor, melhora da qualidade do sono, capacidade funcional e aspectos psicológicos.

Referências

https://Community Oriented Program for Control of Rheumatic

Smythe, Buskila, Gladman, 1993.


























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Formação Completa em Pilates (Presencial)

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