É muito comum encontrarmos clientes que apresentam uma falta de estabilidade na região toracolombar. Essa instabilidade pode causar dores na coluna, assim como compensações em diferentes regiões do corpo.
No livro “Treinamento funcional no Futebol”, Thiago Passos e Sandro Sargentim citam:
“A definição de estabilização toracolombar é manter as vértebras na posição neutra, sem sobrecarga indesejada nas bordas das vértebras ou nos ramos nervosos. A ação do transverso do abdômen, do oblíquo interno e do grande dorsal em conjunto gera uma força de estabilização vertical na região lombosacral.
A ação do transverso do abdômen e do oblíquo interno, devido a disposição horizontal e diagonal de suas fibras, gera uma tração lateral da aponeurose toracolombar.”
A ação do grande dorsal gera uma tração diagonal na aponeurose toracolombar.
Esta ação conjunta, chamada força de “corseti”, e é a força que resiste contra forças extensoras e flexoras, e transfere cargas da pelve para o quadril e do quadril para os membros inferiores.
A estabilização toracolombar é aplicada na técnica Pilates através de um posicionamento neutro da coluna e de uma pressão intra-abdominal gerada pela respiração tridimensional e profunda.
Os autores Cholenicki, Juluru e McGill (1999) citam que a pressão intra-abdominal acontece devido a uma ação mecânica simples, ocasionada pela ação do transverso do abdômen.
A contração do transverso do abdômen realiza uma compressão contra as vísceras e os órgão internos (entre eles o diafragma e o assoalho pélvico).O diafragma quando pressionado para cima pelo aumento da pressão intra abdominal, traciona as vertebras para diminuir as forças compressivas sobre
a L4 e L5. (Devido a sua inserção nos corpos vertebrais da 2ª e 3ª vértebra lombar).
Os exercícios de estabilidade da região toracolombar são utilizados na técnica Pilates e no treinamento Funcional, criando a base para um trabalho de fortalecimento de Core efetivo e eficiente.
Um treinamento da estabilidade toracolombar é indicado como trabalho preventivo, para um trabalho de reabilitação e de treinamento físico independente do nível do aluno e de suas restrições de movimento.
É ideal o trabalho acontecer dos músculos locais para os globais, iniciando com um trabalho eficiente de respiração, com baixa intensidade, e priorizando os músculos como transverso do abdômen e assoalho pélvico, para depois exigir um trabalho de músculos globais como oblíquos e grande dorsal.
O conjunto de musculaturas da fáscia toracolombar garante uma estabilidade adequada para um trabalho de força seguro, tenha como prioridade realizar esse trabalho em todas as sessões de treino.
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Renata Gailey e Alessandra Gailey
Treinadoras do Método Integrado Mormaii
Gostei muito do texto, bastante didático para quem, como eu, saiu ou está saindo de sua primeira crise gerada por uma (no meu caso, duas) hérnias de disco lombar. As minhas são em L1-L2 e L3-L4 sendo esta última estrusa. Porém, estou no RJ. Assim, se vocês tiverem algum contato nesta cidade, peço uma ajuda para assim que puder, começar a trabalhar com o pilates.
Agradeço desde já,
Fernando Galvão.