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O Método Pilates é uma prática de exercícios amplamente conhecida por seus benefícios no fortalecimento do corpo, melhoria da flexibilidade e promoção do bem-estar geral. No entanto, é importante destacar que, assim como qualquer modalidade de exercício, também existem as contraindicações do Pilates

Embora seja uma forma de exercício de baixo impacto e geralmente seguro para a maioria das pessoas, existem certas condições médicas e lesões específicas que podem tornar a prática do Método inapropriado ou requerer ajustes nas rotinas de treinamento.

É fundamental estar ciente destas contraindicações para garantir a segurança e eficácia dos praticantes durante as aulas.

Ao iniciar a prática de alguma atividade esportiva é comum e extremamente correto, a preocupação se aquele determinado exercício é indicado para o seu caso, que não irá gerar lesões ou comprometer as já existentes.

O dicionário define contraindicação como o ato ou efeito de contraindicar, de mostrar os efeitos negativos ou prejudiciais de um medicamento, remédio ou tratamento já indicado, ou o desaconselhamento de alguma situação. E no Pilates não seria diferente. 

Existem situações específicas que o paciente não é aconselhado a realizar o Método, pois se enquadra em um dos casos de contraindicações do Pilates. Vamos conhecer quais são elas? Acompanhe a seguir e boa leitura!

Quais são as contraindicações do Pilates?

Na prática clínica, conheci poucos alunos em que não indicaria realizar os exercícios e posturas de forma absoluta. 

A quase totalidade são restrições: alguns não podem ficar ajoelhados, outros têm limitações posturais por disfunções como Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), mas todos sempre são questões adaptáveis. Portanto, classifico essas restrições mais como cuidados do que contraindicações do Pilates.

Algumas questões beiram a obviedade, como atender pacientes com fraturas ou em crises de labirintite, mas vamos falar melhor sobre elas.

Quais grupos podem participar das aulas de Pilates? 

1. Gestantes

Primeiramente irei citar o decúbito – não faz sentido colocar uma grávida em decúbito ventral causando pressão na região, independente da fase em que se encontra. 

Podemos dizer que esta é uma das principais contraindicações do Pilates. É mais comum utilizarmos posições ajoelhadas, 4 apoios ou sentadas para esse público. 

Outro mito que encontrei na prática clínica é de que a gestante não pode praticar Pilates, principalmente no primeiro trimestre. O que acontece é que muitos médicos pedem para ela aguardar o segundo trimestre se a paciente for sedentária. 

Caso já seja uma aluna que praticava Pilates, não há problema, você já conhece suas dificuldades, dores e limites. 

Durante esse período, há a liberação do hormônio conhecido como relaxina – sendo responsável pelo amolecimento das articulações e ligamentos pélvicos que facilitam a passagem do bebê. 

Por esse motivo é muito fácil o instrutor confundir flexibilidade e alongamento da grávida com a ação hormonal – outro ponto a ser observado nessa fase.

2. Hipertensão arterial sistêmica

É comprovado cientificamente que atividade física é benéfica para HAS. No Pilates temos dois pontos muito importantes que auxiliam o portador da popularmente conhecida como “pressão alta“ – exercícios de baixo impacto e controle de respiração. 

Além disso, a possibilidade de ajustes de decúbitos devido a grande variedade de exercícios é outro facilitador ao paciente. Mas alguns cuidados devem ser tomados:

  • Não realizar posturas invertidas (de cabeça para baixo);
  • Evitar manter os membros inferiores elevados e estáticos por longos períodos;
  • Sempre questionar durante a aula se o paciente está sentindo algum desconforto. 

Importante aqui ressaltar que a observação por parte do fisioterapeuta deve acontecer, pois sabemos que muitas vezes, na ânsia de melhorar, o paciente não relata exatamente o que está sentindo.

  • Exercícios que exijam mudanças bruscas de decúbitos: dê preferência para aqueles em que o aluno possa estar concentrado em apenas uma posição, para conseguir coordenar movimento e respiração simultaneamente;
  • Combine com seu paciente o monitoramento antes e depois da pressão arterial. É necessário também sempre evoluir em prontuário o resultado de ambas as aferições;
  • Evitar respirações curtas, rápidas e apnéia, pois elas aumentam os níveis pressóricos;
  • Para a segurança do profissional sempre peça laudo de liberação médica e arquive junto com o prontuário do paciente.

3. Público idoso e infantil

O grupo idoso se diferencia do infantil justamente na idade. Mas você já parou para pensar em como eles têm semelhanças quando falamos em atendimento?

Em ambos, muitas vezes, apenas uma explicação não é necessária – é preciso repetir e até mesmo demonstrar. Os exercícios que você prescrever devem ser sempre individualizados, pois só dessa forma terá segurança no atendimento. 

São dois públicos que se dispersam e desconcentram com muita facilidade – então será necessário mais atenção de sua parte, por isso indico ter menos alunos em aula nesses momentos. 

Nos dois casos também é importante o contato com a família, em que você estará sempre enviando feedbacks sobre a evolução do paciente.

Nestas duas fases de vida o Pilates é extremamente benéfico, seja para estimular o retorno de funções já perdidas ou para o início de um novo ciclo, ou seja, não têm contraindicações do Pilates para estes dois grupos, muito pelo contrário, é extremamente recomendado! 

4. Lesões existentes 

É comum o pensamento que o Pilates é apenas uma atividade física, e que, portanto, não é reabilitativo em casos mais agudos. 

Mas por ser uma atividade de baixíssimo impacto e de atendimentos focados sobre o caso clínico, são os casos que os resultados mais aparecem. 

É indicado sim o tratamento pós-operatório com o Método, contanto que o paciente traga a liberação médica. Aqui percebo muito uma máxima de que “estou com dor não devo mexer”, e isso também é um mito.

Tratar a dor com movimento não é o mesmo que movimentar no local da dor. O fisioterapeuta deve explicar ao paciente o porquê disso e deixar com que ele se sinta mais seguro, relaxado e confiante – só assim os resultados irão aparecer.

5. Paciente oncológico

Talvez aqui seja a grande dúvida que percebi em questionamentos no consultório. A busca por qualidade de vida é o grande objetivo de quem está atravessando esse momento difícil e sabemos que a atividade física pode auxiliar nesse quesito. 

A fadiga é o sintoma mais citado por esse público, além de dores e abatimento psicológico. 

Como o Pilates promove aumento de força muscular, relaxamento através de alongamentos e mobilidade articular, permite o convívio social através da interação com outros colegas presentes na aula.

O paciente sente-se motivado e apresenta melhora do quadro geral em questão de disposição. 

É sempre importante salientar que o indivíduo que está em tratamento contra o câncer não é um paciente comum, por isso indico a procura de um profissional especializado neste tipo de público.

Conclusão

Dado o que foi exposto até aqui, podemos perceber que não há contraindicações do Pilates absolutas para a prática do Método, mas sim cuidados: pontos a que o profissional deve estar mais atento ou se especializar mais. 

A infinidade de exercícios e posturas impossíveis permite que uma gama enorme de alunos possam se beneficiar da prática. 

Cabe a você, fisioterapeuta, saber indicar e zelar pelo seu paciente.


























Grupo VOLL

Formação Completa em Pilates (Presencial)

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