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Ao ler o título deste artigo, muitos podem estar pensando que se trata de um assunto básico. A intenção é essa, quero dissertar sobre o básico, a base, o alicerce estrutural para o movimento corporal, o Power House.

Para o mestre Joseph Pilates, essa era a parte mais importante do corpo, o principal fundamento de seu Método de exercícios físicos. A “construção” do Power House é o primeiro degrau quando se começa a subir a escada do Método Pilates.

Realizar exercícios sem a estabilização desse grupo muscular pode causar dor e lesão por sobrecarga das estruturas corporais. A inadequação do movimento corporal, pode comprometer a precisão e o aprendizado motor do aluno.

Joseph e o centramento

O mestre Pilates, brilhantemente, elaborou a base para os exercícios físicos. Partindo das observações de fenômenos durante a sua prática de exercícios físicos, constatou que é de extrema necessidade realiza-los com a estabilidade de um centro de força.

O Power House parte da área entre a base da sua caixa torácica e a linha que vai de um quadril ao outro, fortalecer este cilindro é o maior objetivo do Pilates.

Pilates  nomeou este princípio de “Power House” ou centro de força. Isso porque é o ponto focal para o controle corporal.

Menezes discorre que o centro de força se constitui pelas quatros camadas abdominais: o reto do abdome, oblíquo interno e externo, transverso do abdome; eretores profundos da espinha, extensores, flexores do quadril juntamente com os músculos que compõe o períneo.

Este centro de força forma uma estrutura de suporte, responsável pela sustentação da coluna e órgãos internos. O fortalecimento desta musculatura proporciona a estabilização do tronco e um alinhamento biomecânico com menor gasto energético aos movimentos.

A construção

Toda construção de uma estrutura é iniciada pelo seu alicerce, uma ponte, uma casa, um viaduto, etc. Basta olharmos para a natureza: uma árvore começa a se formar pela sua raiz.

Nosso corpo não é diferente, a nossa formação psicomotora é similar. Segundo Freud, o nosso ego (eu) não é formado apenas por sua parte consciente, é também embasado por uma porção da psique humana que não é plenamente percebida pela nossa consciência. É o chamado “inconsciente”, que é composto pelos nossos instintos, desejos, medos e lembranças.

Nosso desenvolvimento motor também se estrutura partindo de uma base de estabilidade motora: o tronco, que estabiliza o esqueleto axial.

Quando nascemos, somos constituídos de ações reflexas para nossa proteção e sobrevivência. A partir das informações por atitudes reflexas, vamos desenvolvendo o nosso córtex motor, e passamos a assumir um maior controle dos movimentos corporais.

Sempre questiono: Será que ao assumir um maior controle do motor cortical vamos permitindo uma maior desestabilização do tronco? Não sei, mais o fato é que até a nossa pratica espiritual deve estar estruturada em uma base sólida.

“Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque tinha seus alicerces na rocha. Mas quem ouve estas minhas palavras e não as pratica é como um insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande a sua queda” (Mateus 7).

Músculos do Power House

Os músculos que formam o Power House sustentam a coluna, os órgãos internos e a postura, formando um cilindro de estabilidade ao redor da cintura.

Entre os músculos estão:

  • Parede abdominal anterior (músculos flexores) – reto abdominal, oblíquos externos e internos e o transverso abdominal;
  • Parede abdominal posterior (músculos extensores) – eretores da coluna, transverso espinhais e quadrado lombar;
  • Extensores do quadril – glúteo máximo, isquiotibiais e cabeça posterior do adutor magno;
  • Flexores do quadril – iliopsoas, reto femoral, tensor da fáscia lata e adutores da região anterior da coxa;
  • Assoalho pélvico (períneo) – levantador do ânus, coccígeo, perineais transversos profundos.

Joseph acreditava que esses músculos seriam a fonte de energia de todo o nosso corpo, nosso centro e ponto de partida para todos os movimentos. Isso mais recentemente veio a ser comprovado pelo Dr. Paul Hodges e a equipe de australianos estudiosos da estabilização da coluna lombar.

Erros comuns

Existe uma série de erros comuns que o aluno pode cometer enquanto realiza os exercícios que utilizam o Power House. É preciso que o instrutor sempre fique atento durante os movimentos.

Entre os principais erros está ficar com a cabeça desalinhada, ficar com os ombros elevados, o braço de apoio em hipertensão de cotovelo, lombar em extensão e girar o tronco na volta do pedal.

Não é difícil ter  ao menos um cliente que não faça o movimento corretamente, muito mais quando é iniciante, por isso, sempre peça para seu aluno contrair o quando puder os músculos abdominais,  ainda mais quando ele estiver fazendo o exercício em um equipamento.

Conclusão

Em qualquer exercício realizado no Método Pilates, o principal é sempre manter o foco para o posicionamento adequado e a contração do “Power House”.

É importante pensar que o tronco deve funcionar como um estabilizador básico, para que os movimentos distais possam ser realizados de forma a não ocorrer compensações. Esse é o foco principal e o diferencial para os outros métodos de treinamento.

Portanto, é fundamental que os instrutores e praticantes do Método Pilates estejam atentos na construção e na contração do Power House. Realizar exercícios sem a devida contração do Power House, jamais será Pilates.


























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