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Atualmente as queixas de dores nas costas ocasionadas por desvios posturais vêm aumentando nos consultórios médicos e estúdios de Pilates.

Observa-se que o estilo de vida contemporâneo adotado com o uso prolongado de tablets, smartphones, posturas inadequadas, falta de atividade física, stress, fumo e obesidade prejudicam cada vez mais a saúde da coluna.

Muitos trocaram a atividade física pelo uso de computadores, inclusive trabalhadores estão preferindo o home office ficando mais ligados as suas rotinas trabalhistas em frente ao computador.

A sociedade tem ficado mais tempo sentada, gerando sobrecargas na coluna ainda mais quando não sentam de forma adequada.

A coluna vertebral participa da proteção da medula e nervos espinhais, suporte de peso do corpo, promove aumento da flexibilidade no corpo, e tem um papel importante na postura e locomoção.

Portanto, hábitos inadequados podem provocar desvios anormais na região ou tornar mais acentuadas as curvas (normais) já existentes, dentre essas alterações encontra-se a hiperlordose.

Muitos alunos procuram ou são encaminhados ao Pilates por queixas de dor lombar e em outras articulações ocasionados pela hiperlordose.

Por isso, é de grande importância que o instrutor tenha conhecimento sobre esta patologia e sua biomecânica para traçar um plano de aula adequado.

Sendo assim, explicaremos sobre esta patologia que leva tantas pessoas a buscar aulas de Pilates seja por encaminhamento médico, indicação de outros alunos ou por conta própria.

O que é Hiperlordose Lombar?

São poucos os alunos que procuram um tratamento para hiperlordose em decorrência somente do desvio postural, até porque a maior parte não é dolorosa e não é debilitante enquanto se apresenta moderada.

Assim geralmente a busca ocorre somente após alguns episódios de quadros dolorosos mais intensos e diminuição da flexibilidade na coluna.

A lordose lombar é uma curva apresentada no plano sagital lombar com vértice anterior, que pode ser observada na radiografia de perfil quando utilizado o método de Cobb.

A Scoliosis Research Society (SRS) determinou que os ângulos fisiológicos apresentam intervalo de 31 graus e 79 graus, então a hiperlordose é evidenciada quando se identifica a curva com um ângulo superior ao fisiológico.

Dessa forma, denomina-se hiperlordose lombar o aumento da lordose na região lombar, que pode estar associada a uma anteversão pélvica (projetar o “umbigo” para frente).

Nota-se que a anteversão pélvica pode estar ligada a um desequilíbrio dos músculos flexores, particularmente o reto abdominal, a uma insuficiência dos músculos extensores do tronco devido a paralisia dos espinhais lombares, e a fraqueza dos músculos do glúteo, assim como a retração do íliopsoas.

O indivíduo com esta patologia, em geral, apresenta dor lombar principalmente após um longo período em pé, abdômen mais anteriorizado e flácido, aumento de celulite nas regiões glúteas, diminuição da mobilidade na região lombo-sacra e tensão dos músculos lombares, entre outros sintomas dependendo de patologias associadas.

Principais Causas da Hiperlordose Lombar

Por se tratar de um desvio postural, muitas podem ser as causas da Hiperlodose Lombar, sendo as principais:

  • Má postura;
  • Obesidade;
  • Gravidez;
  • Deformidades genéticas;
  • Movimentos repetitivos;
  • Lesões;
  • Hérnia de disco (pela postura adotada para diminuir a dor);
  • Fraqueza e encurtamento de grupos musculares;
  • Espondilolistese (escorregamento das vértebras).

Diagnóstico da Hiperlordose Lombar

Ao realizar o diagnóstico da hiperlordose é necessário um exame completo investigando sobre a saúde e as condições físicas do indivíduo.

Observam-se fatores de risco como por exemplo osteoporose, obesidade, doenças congênitas…

No exame físico, se determina anormalidades na coluna através do toque e observação, e se verificam os graus de amplitude de diversos movimentos, atitudes posturais utilizadas no dia a dia, força muscular e encurtamentos.

Importante não deixar de fazer uma avaliação neurológica, analisando se ocorrem adormecimentos, dores reflexas ou não, alterações de sensibilidade e de função motora, e alterações em órgãos (observando a sua inervação).

Sempre complementando os exames de imagens com a avaliação física para traçar um plano de exercícios e tratamento adequados para o aluno.

Classificação da Hiperlordose Lombar

Conforme Barbosa et al (2011), a Scoliosis Research Society classifica a hiperlordose lombar como:

  • Postural: dividida em constitucional e atitude hiperlordótica;
  • Congênita;
  • Pós-Laminectomia;
  • Neuromuscular;
  • Secundário a Espondilólise;
  • Secundária a Espondilolistese.

Quais os tipos de Tratamento para a Hiperlordose Lombar?

O tratamento não necessariamente será cirúrgico. Por ser uma patologia multifatorial, no tratamento o aluno deve ser interpretado de forma global para não somente tratar, mas prevenir futuras recidivas de lesões, dores e tensões.

A terapêutica pode envolver:

  • Uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, se houver dor;
  • Redução do peso corporal, se necessário;
  • Fisioterapia, com eletroterapia e cinesioterapia;
  • Reeducação Postural Global;
  • Coletes, para controlar a evolução da curvatura;
  • Palmilhas posturais, caso haja necessidade;
  • Cuidados diários nas atitudes posturais;
  • Tratamento psicológico;
  • Acupuntura, Osteopatia, Quiropraxia;
  • Pilates;
  • Entre outros.

Pilates para Hiperlordose Lombar: Como o Método pode ajudar?

O método Pilates apresenta um infinidade de benefícios no tratamento da hiperlordose lombar pois trabalha o corpo de forma global e interessante, por ser uma técnica dinâmica que visa alongamento, flexibilidade e força.

Se preocupando com as curvas fisiológicas do corpo e tendo como centro de força o abdômen sendo trabalhado em todas as atividades.

Esta proposta de trabalho se pauta em atingir a plena saúde física, mental e espiritual através do exercício consciente.

Segundo Dillman (2004), o principal objetivo do método Pilates é a centralização que visa desenvolver a força abdominal, resistência e controle para manter uma postura boa e preparar o corpo para realizar as atividades funcionais do cotidiano.

A técnica apresenta uma ampla variedade de exercícios que ajudam a aliviar dores crônicas e prevenir lesões melhorando o condicionamento físico, consciência corporal, coordenação motora, e alinhando a postura.

O aluno de Pilates nota desde o princípio a melhora da postura, pois desde as primeiras aulas os exercícios bem executados levam o corpo para o eixo vertical, fortalecendo a musculatura e levando ao alinhamento das articulações.

Dessa forma, o indivíduo sente mais agilidade e harmonia nos movimentos, menos tensões musculares, e mais disposição para se manter na postura ereta.

Observa-se que a transformação vai ocorrendo a medida que a aluno domina a prática dos exercícios, acionando a musculatura profunda do abdômen, denominado por Joseph como “Centro de Força” ou “Powerhouse”.

Então os movimentos são realizados com atenção não somente na execução correta do grupo muscular trabalhado, mas no corpo em sua totalidade.

Com o passar do tempo vê-se a estabilização e relaxamento dos grupos musculares que estão envolvidos diretamente e indiretamente nas ações musculares para correta manutenção da postura.

Conforme Kendall et al, a postura de cada indivíduo será determinada por cadeias musculares, fáscias, ligamentos e estruturas ósseas, que possuem solução de continuidade, são interdependentes entre si e abrangem todo o organismo.

Então o método por atuar no praticante em todos os aspectos consegue atuar neste sistema de forma integral.

 Como descrevia o inventor da técnica:

Pilates desenvolve um corpo uniforme, corrige posturas erradas, restaura a vitalidade física, vigora a mente, e eleva o espírito. Através do Pilates, você primeiro adquire o controle completo do seu próprio corpo e depois, através da repetição adequada de seus exercícios, você gradual e progressivamente consegue ritmo e coordenação natural em todas suas atividades subconscientes.

Joseph Pilates

Concluindo…

Na frase atribuída à Joseph Pilates: “Uma boa postura pode ser adquirida com sucesso somente quando todo o mecanismo do corpo está sob um controle perfeito.

O caminho segue como uma coisa natural”, percebemos o quanto a técnica é eficaz no tratamento de desvios posturais, pois atua na musculatura de forma harmônica trabalhando o ser em sua totalidade.          

Dentro deste contexto notamos a preocupação que Joseph teve em elaborar uma técnica de grande abrangência.

Mas não adianta aplicar os exercícios sem conhecimento técnico das patologias, pois se aplicada inadequadamente pode prejudicar o sistema do indivíduo a curto e longo prazo.

Nota-se que em decorrência do atual estilo de vida a procura pelo método é cada vez mais frequente considerando que a atividade traz benefícios ao bem-estar e qualidade de vida em pessoas de todas as idades e gêneros.  

Segundo Dillman (2004) o simples motivo do Método Pilates, estar se tornando cada vez mais popular é o fato de que ele funciona, priorizando áreas do corpo de fundamental importância para estética e funcionalidade.

Sendo assim, torna-se imprescindível as constantes atualizações dos instrutores para um atendimento de qualidade.

Espero que este artigo tenha auxiliado no esclarecimento de algumas características desta patologia que cada vez mais está presente nos consultórios médicos e em nossos estúdios de pilates.

Bibliografia

BARBOSA, Jorge; FILIPE, Fernanda; MARQUES, Elsa; SANCHO, Joaquim. Hiperlordose Lombar. Revista da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e Reabilitação, Lisboa, v. 20, n. 2, 2011.

CAMARÃO, T. Pilates no Brasil: Corpo e movimento. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

DILLMAN, E. O Pequeno Livro de Pilates: Guia Prático. Rio de Janeiro: Record, 2004.

HALL, Carrie M.; BRODY, Lori Thein. Exercício Terapêutico: Na Busca da Função. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.

KENDALL, P.F.; MC CREARY, E.K.; PROVANCE, P.G. Músculos, Provas e Funções. 4ºed. São Paulo: Manole, 1995.

SILER, B. O Corpo Pilates: Um Guia para Fortalecimento, Alongamento e Tonificação Sem o Uso de Máquina. Tradução Ângela dos Santos São Paulo: Summus, 2008.

TRIBASTONE, F. Tratado de Exercícios Corretivos Aplicados à Reeducação Motora Postural. Tamboré: Manole, 2001.


























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