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“Janeiro Branco” é o mês da promoção da saúde mental. O tema de 2023 é “A Vida pede Equilíbrio”. E nessa retomada à “vida normal” que esse início de ano traz, a demanda por serviços associados à área da psicologia vai aumentar.

Se por um lado é uma excelente notícia para nós, profissionais da saúde, por outro precisamos estar preparados para contribuir para a melhoria dessa realidade.

Então, imagine essa situação: um cliente em potencial te procura porque está passando por um período de dificuldades emocionais. E ele te pergunta: “Como o Pilates pode ajudar a melhorar minha depressão?” 

Neste artigo eu trago algumas informações sobre a fisiologia por trás do movimento e que vão te auxiliar a desenvolver argumentos para convencer o seu cliente de que, sim, é possível melhorar a saúde mental praticando Pilates!

Vamos conhecer alguns dados sobre saúde mental? Acompanhe a seguir! 

A saúde mental no Brasil e no mundo

No documento The Burden of Mental Disorders in the Region of the Americas (O Fardo dos Transtornos Mentais na Região das Américas), de 2018, a Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta o Brasil como o país com o maior número de pessoas ansiosas no mundo. 

A depressão, seguida da ansiedade, aparecem como principais causas de afastamento do trabalho, representando os transtornos mentais mais incapacitantes na população produtiva mundial. Além desses, existem outros transtornos: desenvolvimento, transtornos alimentares, síndrome do pânico, bipolaridade, deficiência intelectual, etc.

Somado a isso, estamos em um cenário pós-pandemia em que houve um aumento dos diagnósticos de transtornos mentais. Até 2030, a OMS calcula que a depressão será a doença mais comum entre todas as populações mundiais.

Alguns fatores fisiológicos que influenciam a saúde mental

Existem diversos fatores fisiológicos que contribuem para a saúde mental e neste texto, vou abordar apenas alguns deles. 

O metabolismo cerebral é a chave desse processo. Com 86 bilhões de neurônios, o cérebro humano necessita não só de substâncias químicas, mas de uma excelente qualidade de comunicação entre eles.

As células nervosas trabalham intensamente, utilizando glicose e oxigênio como nutrientes

Elas são especializadas e totalmente dependentes do metabolismo aeróbico. Por isso, quando o metabolismo cerebral desacelera, as mitocôndrias cerebrais são afetadas, refletindo na saúde mental

Como sabemos, a mitocôndria é a moeda energética da célula. A pessoa pode apresentar sintomas como oscilação brusca de humor, tristeza, irritação e desmotivação. 

Essa desaceleração do metabolismo cerebral ocorre, por exemplo, com o aumento de peso corporal, com o sedentarismo, com o processo de envelhecimento, a má alimentação, poucas horas de sono ou sono de má qualidade, além das doenças crônicas, como a obesidade, diabetes e a hipertensão.

Tudo isso promove alterações hemodinâmicas (menor fluxo de sangue e de oxigênio) e as consequências são, além da diminuição da velocidade da atividade mitocondrial, a redução da quantidade de neurotransmissores (dopamina, noradrenalina, adrenalina e serotonina). 

Estes elementos químicos são biossinalizadores com funções específicas e promovem a sensação de alegria e bem-estar.

Outra consequência é a diminuição das sinapses neuronais e a piora da qualidade delas. 

Com o tempo ocorre uma disfunção mitocondrial, alterando o perfil comportamental da pessoa: irritabilidade, tristeza, confusão mental e desmotivação, uma verdadeira montanha-russa emocional, favorecendo a instalação de transtornos mentais.

Como o Pilates pode auxiliar a melhorar a saúde mental?

É notório que o exercício físico contribui para a saúde física e mental. Independente da modalidade, tipo e método escolhido para se exercitar, um fato vai ocorrer: o aumento da temperatura corporal. 

O mesmo acontece quando fazemos uma sessão de Pilates bem orientada, pensada e organizada para promover respostas fisiológicas interessantes e importantes para a saúde de quem o está praticando.

Esse aumento de temperatura corporal provoca uma cascata de efeitos fisiológicos: a sudorese, mesmo leve, aumenta o aporte sanguíneo para todo o corpo. 

No cérebro, o aumento da vascularização através de vasos de calibre muito pequeno, os capilares, distribui mais oxigênio para os neurônios e mitocôndrias, melhorando a geração de energia aeróbica e facilitando a circulação de substâncias como os neurotransmissores.

O resultado é uma sensação de bem-estar, felicidade e alegria que podem durar muitas horas ou mesmo o dia inteiro, blindando o indivíduo de pensamentos sombrios e sensações ruins. A qualidade dos pensamentos eleva e influência até mesmo o sistema imune da pessoa.

Também vai ocorrer a neurogênese, ou seja, o processo de criação de novos neurônios, a melhora da qualidade das sinapses e o aumento da quantidade delas, além da conexão entre neurônios que antes não se comunicavam, melhorando a rede neuronal (plasticidade).

Tudo isso decorrente do aumento da temperatura corporal. E o que falar dos princípios do Método Pilates? Entre eles a respiração e a concentração, que exercem influência direta quando o assunto é cérebro e saúde mental.

Conclusão

Atualmente a saúde mental vem sendo um dos temas principais na população mundial. Os afastamentos de trabalho hoje, por conta de ansiedade e depressão, são os maiores números no Brasil. 

Praticando atividades físicas, o corpo libera endorfina, que é o hormônio responsável pela sensação de bem-estar, ajudando o cérebro a ficar com uma saúde mental com qualidade. 


























Grupo VOLL

Formação Completa em Pilates (Presencial)

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