Quando falamos de método Pilates, é preciso que ensinemos logo nas aulas iniciais aos nossos alunos/pacientes a importância da ativação do Power House.
Em resumo:
Joseph Pilates denominou o Centro de Força (“Power House”) que existe em nosso corpo, o qual, segundo ele, é o local de origem dos nossos movimentos. Esses músculos devem manter-se em contração isométrica durante os exercícios de Pilates.–
O Power House é composto dos seguintes músculos:
- Parede abdominal anterior (músculos flexores) – reto abdominal, oblíquos externos e internos e o transverso abdominal;
- Parede abdominal posterior (músculos extensores) – eretores da coluna, transversoespinhais e quadrado lombar;
- Extensores do quadril – glúteo máximo, isquiotibiais e cabeça posterior do adutor magno;
- Flexores do quadril – iliopsoas, reto femoral, tensor da fáscia lata e adutores da região anterior da coxa;
- Assoalho pélvico (períneo) – levantador do ânus, coccígeo, perineais transversos profundos.
Sabendo disso, devemos ensiná-los como realizar a ativação do Power House. Mas lembre-se: é muita informação para ensinar de uma vez só! O melhor a fazer é utilizar em torno de quatro aulas para que ele consiga absorver bem esse conhecimento. A partir do momento que estiver internalizado, é só dar o comando e ele o executará com maior consciência.
Outro aspecto importante a ser visto é fazer com que o aluno faça uma contração leve dos músculos abdominais inferiores somados à co-ativação do assoalho pélvico, aplicando uma contração voluntária de 20% a 30% da contração máxima (Sapsford 2001, Queiroz 2010) em conjunto a contração do transverso abdominal. Com essas contrações, ajudaremos nossos alunos a melhorar sintomas como a dor lombar, por exemplo.
A ação do assoalho pélvico também foi descrita por Joseph Pilates como essencial durante seus exercícios. Ele ensinava que o Power House deveria ser ativado através de uma contração abdominal extrema. No entanto, em 2001, Sapsford verificou que essa contração extrema causa uma pressão excessiva sobre o assoalho pélvico podendo, em alguns casos, provocar o surgimento de incontinência urinária por esforço.
Deve-se somar a isto todos os outros princípios que regem o método, fazendo com que os movimentos tenham um melhor refinamento durante a execução dos exercícios propostos nas aulas. Quanto mais aulas ele fizer, melhor ele ficará e, o melhor de tudo, indicará você para seus amigos e conhecidos.
Através de uma conscientização deste princípio, o aluno terá um melhor rendimento e, em consequência, melhores resultados do método.
Comece já a aplicar em seus alunos e veja os resultados.