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Os desequilíbrios posturais são super comuns e cada vez mais frequentes devido aos hábitos dos dias atuais, principalmente em jovens, não é mesmo?!

Algumas pessoas têm alterações na postura, porém não possuem dores e elas não interferem na sua execução das atividades da vida diária.

Por outro lado, a grande maioria das pessoas apresentam uma postura que causam dores e incapacidades, afetando a qualidade de vida e a funcionalidade.

Todos nós sabemos que o exercício físico é o melhor remédio para o combate às dores musculoesqueléticas, para melhorar a postura, a qualidade de vida e ainda combater o mau humor.

O treinamento funcional é uma das modalidades que trabalha o condicionamento físico através de planos de movimentos. Seu foco é o desenvolver as capacidades físicas através de movimentos integrados, o que pode ser muito benéfico para a melhora da postura.

Saiba, através deste texto, quais são os principais desequilíbrios posturais e como melhorá-los com o treinamento funcional. Boa leitura!

Quais são os desequilíbrios posturais

1. Escolioses

A escoliose é classificada como uma deformidade tridimensional da coluna. Ela pode ser de dois tipos: em C ou em S. O tipo mais comum é a escoliose em S, já que o corpo busca se reequilibrar de um desvio criando outro desvio para o lado oposto.

As escolioses que encontramos no dia a dia, assim como muitos desequilíbrios posturais, variam de forma e de ângulo. Alguns casos são tão sutis que mal percebemos a existência da escoliose. Outros são exagerados e afetam a aparência do aluno diretamente.

Para realizar o diagnóstico correto da escoliose, precisaremos fazer uma avaliação postural cuidadosa, e podemos nos orientar também por exames de imagens. Porém, nunca devemos realizar um diagnóstico baseado somente nos exames. 

Por isso a avaliação é tão importante, pois é com ela que iremos verificar como está a função do nosso aluno e a partir daí, traçar uma conduta.

Existem algumas possíveis causas da escoliose, mas cerca de 80% dos casos são idiopáticos, ou seja, sem causa definida.

A etiologia da escoliose é dividida em:

  • Estrutural: possui uma curva rígida e fixa que não desaparece quando tratamos a causa. Pode ser idiopática, congênita, degenerativa, neuromuscular e outros;
  • Não estrutural: possui algumas causas e quando é corrigida o desvio da coluna desaparece. Pode ser causada por discrepância de membros inferiores, espasmos e dores na coluna.

Alguns alunos desenvolvem escoliose estrutural por causa de degeneração nas estruturas da coluna. As pessoas podem apresentar desvio por vários motivos. Desvios no olhar, mordida cruzada, aumento da pressão no maxilar por uso de aparelhos e outros fatores que influenciam no posicionamento da coluna.

Há casos em que a pessoa desenvolve o desvio na coluna como uma adaptação para conseguir se mover em casos de dor. Pegue alguém com uma hérnia de disco que sofre de dor aguda na coluna lombar. 

Aos poucos a coluna desenvolve um desvio para evitar a dor durante o movimento. Em casos assim deveremos começar resolvendo a dor. Quando conseguirmos aliviar a dor conseguiremos tratar a escoliose.

A maioria dos casos de desequilíbrios posturais podem ser resolvidos com tratamento conservador, usando exercícios e alguns métodos complementares como a palmilha para quem tem discrepância de membros. 

Acima de 35º de desvio é preciso aliar a cirurgia ao tratamento conservador para resolver o problema.

2. Hiperlordose lombar

A hiperlordose lombar aumenta a curvatura fisiológica na região da coluna lombar. Ela acontece no plano sagital e seu diagnóstico acontece através de avaliações e exames complementares. 

Alunos com hiperlordose lombar costumam apresentar uma anteversão pélvica. A falta de mobilidade da pelve pode estar entre os motivos do surgimento da hiperlordose.

E quais são as causas desta alteração? Os hábitos de vida como sedentarismo, má postura no trabalho e até em momentos de lazer.

Existem outras causas, como:

  • Gravidez;
  • Obesidade;
  • Genética;
  • Movimentos repetitivos;
  • Lesões e traumas;
  • Hérnia de disco;
  • Fraqueza e encurtamentos musculares;
  • Espondilolistese.

Assim como na escoliose, dores causadas por outras patologias também podem ocasionar em hiperlordose lombar. O corpo sempre cria adaptações para continuar se movendo e escolher a maneira que lhe dá mais conforto.

Isso acontece mesmo que signifique sacrificar a estabilidade da coluna lombar através de um desvio.

3. Hipercifose Torácica

A hipercifose torácica é um desvio de postura bastante comum. Ela pode ser causada por patologias (especialmente em idosos) ou outros fatores. Um exemplo são alunos idosos que apresentam osteoporose, por exemplo.

Essas patologias fazem com que a estrutura das vértebras fique alterada. Com essas alterações biomecânicas fica impossível sustentar uma postura correta e o idoso desenvolve a hipercifose.

Apesar disso, muitos dos casos de hipercifose torácica possuem causas não patológicas. A maioria dos alunos que encontramos possuem o que chamamos de hipercifose postural. Ela acontece devido a posição que a pessoa adota nas suas atividades diárias. Características psicossociais também estão entre as causas do problema.

Pessoais tímidas, com características depressivas ou com sentimentos de fragilidade costumam aumentar os números de casos com desequilíbrios posturais, como a cifose torácica. Isso acontece como uma ação de proteção.

Nesse caso precisaremos agir com o tratamento físico, mas ele também precisará de um apoio psicológico.

4. Hiperlordose Cervical

A lordose cervical também é bastante afetada por desequilíbrios posturais. Esse tipo de hiperlordose acontece quando existe um exagero da lordose da coluna cervical. Ele pode ser causado por:

  • Má postura do aluno;
  • Fraquezas e desequilíbrios musculares;
  • Problemas e alterações das articulações temporomandibulares;
  • Deformidade com causa genética;
  • Hipercifose na região torácica.

Em alunos com hiperlordose cervical vemos uma hipertrofia de musculaturas na parte anterior do pescoço. O oposto acontece com as musculaturas posteriores, que ficam enfraquecidas. 

A curvatura da cervical fica acentuada criando uma protrusão da cabeça. Alunos com esse desvio frequentemente desenvolvem dor cervical já que a posição da cabeça cria maior pressão nas estruturas cervicais.

5. Retificação da coluna vertebral

Acredite ou não, a perda das curvaturas da coluna vertebral é muito comum. Algumas pessoas possuem um apagamento de uma ou mais curvaturas vertebrais e isso acontece por um excesso de tensão e rigidez nas estruturas da coluna e prejudica o movimento. No Brasil esse problema é especialmente normal.

Um aluno retificado desenvolve esse desvio por:

  • Problemas hereditários;
  • Costumes de postura ou posição adotada no trabalho;
  • Encurtamentos, fraquezas e tensões musculares.

Precisamos corrigir esses desequilíbrios posturais no aluno e ensiná-lo a adotar uma posição que respeite as curvaturas fisiológicas da coluna.

Como o Treinamento Funcional auxilia a corrigir os desequilíbrios posturais?

Trabalhar o corpo de uma forma completa, sem isolar os movimentos de músculos e articulações, além do trabalho de força, vai exigir e garantir mais flexibilidade e equilíbrio para o corpo.

O treinamento funcional é uma alternativa segura com impactos positivos sobre a massa muscular, força e potência muscular, resistência cardiorrespiratória, flexibilidade, equilíbrio e cognição.

Trabalhando através dos princípios do método, é possível melhorar os desequilíbrios posturais com exercícios e orientações de maneira correta.

Um dos pilares do treinamento funcional é o fortalecimento dos músculos do abdômen e quadris. O indivíduo que não tem esta base pode comprometer os movimentos das pernas e braços.

Isso porque a maioria dos músculos são interligados à coluna ou à pelve. O core com instabilidade sem um tônus diminui a potência dos movimentos corporais, sua amplitude e controle, prejudicando a execução de todos os movimentos e, consequentemente, a postura.

O treinamento funcional é uma das portas para importantes modificações morfológicas, neuromusculares e fisiológicas com benefícios satisfatórios aos componentes da aptidão física em relação à saúde, sendo visível o desenvolvimento da aptidão muscular (força e resistência), aumento da massa muscular (hipertrofia) e melhoria da função postural para o desempenho das atividades diárias

Para a aquisição de autonomia de movimentos, é necessário amplitude de movimento, mobilidade articular, força e resistência muscular, bem como a habilidade de coordenar o movimento, alinhar o corpo e reagir quando o peso ou parte do corpo se desloca em uma variedade de planos.

É isso que o treinamento funcional proporciona através dos exercícios flexíveis, integrados, ilimitados e multiplanares.

Assim, devemos criar uma harmonia entre os exercícios de mobilidade e estabilidade. A coluna precisa ser móvel o suficiente para manter seus movimentos funcionais e estável o suficiente para evitar lesões.

5 exercícios de Treinamento Funcional para desequilíbrios posturais

1. Corretivo terraDesequilibrios posturais 1 Desequilibrios posturais 1

Posição inicial: Em pé, com um bastão nas costas, segurando uma mão por cima do bastão (linha acima da cabeça) e outra segurando por baixo (na linha da lombar). Importante é o bastão estar em contato em 3 pontos de referência: meio da cabeça (região occipital), entre as escápulas e o sacro.

Execução: Com os joelhos semi flexionados, realize a flexão do quadril, mantendo a coluna ereta e sem perder o contato do bastão com os 3 pontos iniciais. Retorne à posição inicial.

2. Flecha
Desequilibrios posturais 2 (1)

Posição inicial: Em pé, coluna ereta, segurando uma faixa elástica com os membros superiores em flexão de ombro a 90º.

Execução: Realize uma rotação do tronco com flexão de cotovelo alternado na linha do ombro e retorne à posição inicial. Alternar lado direito e esquerdo.

3. Mobilidade torácica com bola e bastão3 Desequilíbrios posturais (2) 3 Desequilíbrios posturais

Posição inicial: Com a coluna lombar apoiada na bola, joelhos flexionados, segurando um bastão.

Execução: Realize a flexão de ombro (levar o bastão para trás), fazendo uma extensão do tronco e retorne à posição inicial.

4. Anjo no chão4 Desequilíbrios posturais 4 Desequilíbrios posturais

Posição inicial: Em decúbito dorsal com os joelhos flexionados, cotovelos flexionados encostados no chão, formando a figura de um “W”. Pelve e cervical neutros.

Execução: Realize a extensão dos cotovelos sem perder o alinhamento postural e retorne à posição inicial.

5. Spike com rotação5 Desequilíbrios posturais 5 Desequilíbrios posturais

Posição inicial: Mantenha em posição de prancha com o tronco paralelo ao chão, mantendo as curvaturas fisiológicas da coluna e membros superiores em extensão.

Execução: Suba o quadril formando a figura de um “V” invertido, ao mesmo tempo que leva a mão na direção oposta à perna, rodando o tronco. Retorne à posição inicial e realize do outro lado.

Conclusão

Trabalhar a postura através do movimento é a melhor maneira de tratamento dos desequilíbrios posturais.

Porém, vale lembrar que a avaliação é um programa de treinamento específico para cada caso é fundamental para o sucesso do trabalho.


























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