*Este conteúdo é científico e pode ser utilizado para pesquisas* Já faz algum tempo que não escrevia aqui no Blog Pilates, mas decidi retomar a escrita para tratar de um assunto muito pertinente, a relação entre duas áreas de conhecimento e atuação profissional: Dança e Educação Física.
Uma das minhas motivações foi uma curiosa e questionável autuação do CREF em meu perfil profissional de dança. Nele fui questionada sobre atuar com “atividades próprias dos profissionais de Educação Física”.
A atividade em específico é voltada para a preparação corporal de dançarinos (profissionais e estudantes), utilizando abordagens somáticas para o desenvolvimento desse preparo, sendo uma delas os princípios e exercícios do Método Pilates.
Por muito tempo ouvi que profissional graduado em Dança não poderia atuar com o Método Pilates. Graças a essa autuação busquei informações e encontrei a luz dada pelo CNPP.
O Conselho Nacional de Normas-Padrão do Método Pilates (CNPP) busca regularizar a atividade livre, protegida pelo Artigo 5 inciso XIII da Constituição Federal, agindo em defesa de profissionais que atuam exclusivamente com o Método Pilates.
Uma das principais atuações do conselho acontece por conta da fiscalização assídua de órgãos como o CREF/CONFEF e CREFITO, que por vezes direcionam habilidades de quem pode atuar com o Método Pilates. Isso acontece, mesmo nos textos originais destas áreas que regulamentam as profissões, não sendo mencionado a exclusividade das habilitações que Pilates só pode ser praticado por estes profissionais. Ou seja, indica a possibilidade de certo abuso de autoridade destes órgãos acerca da regulamentação do Pilates.
Não quero aqui retirar a capacitação das áreas, mas sim te convidar para percepção das diferenças e intersecções que existem. Vamos lá?
A minha experiência com a Dança
A aula questionada pelo CREF nasceu de uma necessidade pessoal, de quem trabalha com Dança, que compreende a necessidade do ganho de resistência, flexibilidade, mas precisa integrar outras necessidades próprias de quem pratica, trabalha e vive da linguagem.
Muitas vezes, optar por academia e/ou musculação se insere como uma questão de custo e benefício. Porém, pouco refletimos sobre o quanto esse tipo de prática impacta na nossa ferramenta de trabalho, que é o corpo expressivo.
Por três anos frequentei academia de musculação, em certo período acompanhada por Personal Trainer, mas sentia meu corpo pesado, cansado, dolorido e menos flexível. Com o aumento de carga comecei a notar dores que antes não existiam, como aparecimento de fascite plantar.
Era direcionada a utilizar de complementos alimentares como Whey, creatina, BCAA e indutores de energia para estimular o músculo e o ânimo. Outra questão muito desconfortável em treinar era o assédio e a falta de privacidade enquanto realizava algum alongamento.
Por todos esses motivos a academia virou um local associado ao desprazer. Meu corpo expressivo não estava sendo preparado da maneira que eu precisava.
Isso porque nós, atuantes da dança, necessitamos de um foco diferenciado na preparação corporal pois, enquanto ferramenta de expressão, ao encararmos o corpo como meio de linguagem, passamos por questões que vão além da mecânica corporal enquanto sua manutenção estrutural. Por esse motivo, há a necessidade de separar o “Joio do Trigo”, ou seja, o que concerne a Dança e Educação Física.
Muitas questões serão abordadas, que isoladamente já renderiam muitos artigos. Espero que essa matéria, que se inicia por meio de minha trajetória pessoal, possa ajudar com alguns gatilhos sobre a relação entre Dança e Educação Física, principalmente sobre o que seriam as “atividades próprias de educadores físicos” para reflexão.
Preparação Corporal, o que entendemos?
Quando falamos sobre a preparação corporal de um corpo cênico [1], podemos mencionar aqui diversos teóricos e métodos que se debruçaram em refletir sobre uma estruturação e educação do corpo para pensar o ser movente em ação.
Klauss Vianna, Rudolf Laban, BMC, Eutônia, Béziers, Ivaldo Bertazzo, dentre outros, oferecem percepções sobre preparos e ações corporais que contribuem tanto com a melhoria do movimento consciente para o cotidiano, como também práticas para acessar estados e movimentos que introduzem o corpo nas práticas de dança e teatro.
Tais teóricos buscaram uma melhor forma de educar o corpo para a expressividade, a fim de evitar diversas lesões causadas pela dança, principalmente nas práticas de alto rendimento. O que todos eles têm em comum, além da preparação do corpo, é a busca pela integração do movimento, uma visão holística [2] entre corpo, mente e vida.
Esta proposição, preocupada com pensar o corpo em sua totalidade, muito se aproxima da abordagem de Joseph Pilates para a Contrologia (equilíbrio de corpo e mente para uma vida sustentável) ou, como hoje é conhecido por nós, como Pilates.
E isso não é à toa! Joseph Pilates compartilhou de muitas discussões e estudos sobre melhorias partindo do seu interesse pessoal para o movimento integrado do corpo. Seu público, inicialmente da Dança e do Teatro, atingiu a Defesa Pessoal, Yoga, Circo e Reabilitação [3].
Os 6 princípios do Pilates – respiração, fluidez, precisão, controle, centro e concentração – possuem intensa relação com a Dança e sua busca por procedimentos de preparo do corpo.
Essa integração entre corpo e mente na dança, é conhecida como abordagens ou estudos somáticos. Nestas práticas, são consideradas não apenas o desenvolvimento do corpo físico do sujeito, mas também relações de afeto [4] e subjetividade [5].
Estas práticas atendem não só a um público especializado ou específico que trabalhe com as linguagens do corpo. As abordagens somáticas são ferramentas que podem ser trabalhadas juntamente com processos de reabilitação, entendendo a corporalidade como algo amplo.
Ivaldo Bertazzo [6], por exemplo, bailarino e pesquisador brasileiro, possui um vasto diálogo com as áreas da educação física e fisioterapia, sendo muitas vezes requisitado por profissionais destas áreas para o desenvolvimento de trabalhos de consciência corporal e reeducação pelo movimento.
Experiência pessoal (dança) na formação em Pilates
Na formação pela VOLL Pilates, em 2016, sobre a orientação da fisioterapeuta Erika Batista [7], experimentamos um exaustivo período, prático e teórico, para compreensão do método. O objetivo do relato de minha formação é mencionar sobre minhas observações acerca das diferenças entre profissionais de diferentes áreas no período de aprendizado.
Nas aulas teóricas, no cuidado com o corpo e na observação daquilo que poderia contribuir na busca de tratamento de possíveis lesões patológicas, a prática associada aos meios clínicos uso na reabilitação, os fisioterapeutas tinham maior destaque.
Já os profissionais de Educação Física possuíam maior resistência, força e firmeza na qualidade e execução dos movimentos. Já eu, atuante da Dança, me relacionava melhor com a integração dos princípios do Pilates e na execução dos exercícios, por conta de experiências com algumas abordagens somáticas.
Pude perceber que, inicialmente, para as outras áreas, que trabalham saberes do corpo de maneira isolada, foi difícil relacionar o cuidado do corpo com o uso do tônus necessário da prática.
O que, para mim, enquanto profissional da dança, que venho de uma formação que integra esses saberes, justamente pela abordagem somática, me ajudou a perceber uma série de situações que havia experimentado na faculdade, assim como o desenvolvimento do exercícios do curso com boa execução ao ponto de, muitas vezes, ser usada como modelo de prática.
Instigada pela experiência com o Método Pilates, iniciei um trabalho de pesquisa envolvendo os Princípios do Pilates para o preparo do corpo na Dança, reconhecendo-o como um diálogo possível com a abordagem somática.
Princípios do Pilates aplicado a Dança
Não é inovador aplicar os princípios do Pilates à Dança. Já existem estudos e métodos que relacionam a conscientização dos princípios ao condicionamento físico pela repetição de exercícios de Dança. Experimentei a certificação em um desses métodos que associam Pilates à dança pelo Ballet clássico.
Atuando com o código da dança árabe, minha pesquisa pessoal se direcionou com a relação entre os princípios do Pilates e a Dança do Ventre. Esta foi a tese que defendi no meu trabalho de conclusão na graduação em Dança [8].
A prática somática
Mas afinal, o que são as abordagens somáticas?
As abordagens somáticas, basicamente, como já mencionado, são estudos de técnicas do corpo que integram a preparação do corpo, reeducação do movimento, consciência, percepção e sensibilização ao movimento e gesto expressivo.
Entende-se o corpo como ferramenta ativa, viva, integrada, mutável, flexível e espaço de linguagem.
O pensamento somático teve como precursores, no princípio do século XX, Rudolf Von Laban, François Delsarte e Émille Jaques-Dalcroze.
A partir deles muitas questões acerca da apropriação do corpo expressivo surgiram e ainda surgem, se tornando fonte de constante pesquisa.
Condicionamento do corpo na Dança e suas particularidades
A Dança, lida com questões trazidas pelo corpo de forma investigativa e poética [9]. Mas é por meio dela, também, que acontece a busca por um condicionamento físico ideal para sua prática, e isso é muito particular.
Cada processo criativo exige do corpo do bailarino uma determinada maneira de lidar com a fisicalidade. Para cada um haverá um determinado tipo de preparação. E nisso consiste parte de nossa investigação.
Quando nos preparamos ou pensamos o preparo de corpos, lidamos com diversas questões da corporalidade. Isso exige que muitos profissionais da dança tenham a preocupação de estudar, pesquisar, e desenvolver métodos próprios de preparo do corpo, tanto para produções coreográficas quanto para ensino de alguma técnica em sala de aula.
Quais as problemáticas e o peso de definir atividades próprias de cada profissão?
Infelizmente, a Dança não possui nenhum órgão regulador que permita um diálogo entre as áreas e habilidades, de maneira que estas contribuam entre si.
Faz-se necessário, a todo tempo, legitimar nossas habilidades e comprovar nossa aptidão para o desenvolvimento de determinados trabalhos. Porém, muitas vezes somos interditados por conta da estruturação do Órgão regulador CREF/CONFEF.
O órgão que regula a Educação Física, CREF (Conselho Regional da Educação Física), é encarregado de autuar pessoas ou profissionais não habilitados em oferecer serviços com as nomenclaturas (muitas vezes genéricas): Ginástica, Atividade Física, Preparação Corporal, Condicionamento Físico, Alongamento, aula Fitness ou Workout, como forma de regularizar e proteger a atuação do profissional de educação física.
Quando definimos atividades próprias e não lidamos com órgãos reguladores equivalentes, alguém será injustiçado!
O que penso disso, como profissional graduada em Dança?
Eles estão corretos ao zelar pelo perfeito direcionamento da condução dos exercícios físicos por um profissional e barrar possíveis práticas equivocadas de pessoas não habilitadas nas áreas que envolvem técnica e saúde do corpo. Mas isso não significa reduzir a prática da atividade física apenas ao profissional de Educação Física, já que há entre elas situações que envolvem linguagens artísticas, manifestações culturais, entre outras.
Como atuante na área de Dança, coloco algumas questões que precisam ser seriamente revistas.
1. A Dança e Educação Física precisam coexistir
As modalidades, Dança e Educação Física, devem coexistir entendendo a seguinte discriminação:
PREPARAÇÃO CORPORAL
Profissional de Educação Física –> para Atletismo
Dança e Teatro –> para Expressão
2. Dança na grade curricular de Educação Física
A estrutura curricular do curso de Educação Física ministra um semestre de “Dança”, que pouco tem relação com os métodos de pesquisa, conceitos e crítica da graduação de quem efetivamente estuda Dança ou Artes do Corpo. Proponho pensar uma reestruturação da nomenclatura para essa disciplina.
Isso colaboraria com a elegibilidade do profissional atuante em Dança pois, como nós não possuímos habilidades de profissional de Educação Física, o profissional de Educação Física (não formado em Dança) não possui habilidades em Dança.
3. Órgão regulador da Dança como CREF/CONFEF e CREFITO
A necessidade de elaborar um órgão que defenda nossa profissão, ainda desmerecida, e que precisa estar sempre atrelada a outras funções para possuir maior credibilidade.
Com isso acabamos com o “efeito pavão”, do narcisismo da Dança, que acaba adquirindo esse rótulo por agir em uma auto defesa em nome da sua profissão, sem órgão regulador.
4. Reconhecer singularidades e intersecções
O profissional de Educação Física possui habilidades específicas, assim como a Dança. Ao não serem a mesma coisa, ou parte da mesma coisa, reconhecer o que é competência de cada uma das áreas, assim como os pontos de intersecção.
5. Exigência de graduação em Dança ao profissional de Dança
Existem considerações e contrapartidas na graduação em Dança que valorizam o tempo atuando como bailarino, pesquisador, coreógrafo, diretor de trabalhos como algo, em muitos momentos, até mais relevante do que a própria graduação.
Agora, enfrentamos um sério problema de falta de graduação nos profissionais de Dança. Pseudo-profissionais, que atuam com pouco tempo de prática, formação inconsistente, e que, atuando de maneira irresponsável, acabam por fragilizar a situação do profissional da dança enquanto um trabalho legítimo, com saberes e habilidades específicas.
Com um órgão atuante, poderíamos articular melhor estas situações, de maneira a pensar a regularização do profissional em dança.
Alguns teóricos somáticos
Para encerrar o texto, compartilho com os leitores alguns excertos de pesquisadores, bailarinos e professores de Dança, como forma de trazer referências que me movem enquanto bailarina e pensadora do assunto, além de apresentar olhares sobre a potência dos estudos do corpo em expressão e movimento, marcando o lugar do nosso discurso, o que envolve as nossas práticas, e a Dança como uma área de pesquisa e produção de conhecimento.
Luis Pellegrini (2005) na introdução do livro de Klauss Vianna:
Este é um livro de Vida, e não apenas de Dança. É produto acabado de um trabalho de observação, experimentação, estudo e reflexão sobre o corpo humano e suas implicações anatômicas, funcionais, emocionais, psicológicas, afetivas e espirituais (A Dança, Klauss Vianna – São Paulo 2005, pag. 17).
Marie-Madeleine Béziers, no Prefácio do seu livro sobre a Coordenação Motora:
(…) Assim, a análise fenomenológica da percepção e a psicologia da forma abriram, graças as teorias da estruturação do espaço e do “corpo vivenciado”, perspectivas que permitem ultrapassar o antigo conceito de corpo como máquina, como órgão executor ou como objeto de propriedade (A coordenação motora – São Paulo, segunda edição, 1992, pag. 9)
Na apresentação do livro Sentir Perceber e Agir – Educação somática no método Body-mind centering (BMC) de Bonnie Bainbridge Cohen, Susan Aposhyan, professora praticante de BMC, nos lembra de autores que estudam a reeducação do movimento e fala:
De um ponto de vista prático, O Body-Mind Centering é uma abordagem para a análise e reeducação do movimento. No início do século XX, o trabalho pioneiro de Rudolf Laban, F.M. Alexander, Mabel Todd e outros tornou essa área acessível e, no final do século, surgiram ótimos discípulos, todos trazendo contribuições excepcionais. Para mim, o aspecto mais precioso do BMC é a firme crença de que a consciência permeia TODO O CORPO. Isso nos leva a uma experiência muito intima, quase microscópica, do corpo (Sentir, Perceber e Agir – São Paulo, 2015, pag. 13).
Ivaldo Bertazzo:
Quer entender seu corpo? Então fique perto dos seus sentidos. Quanto tempo demorou para você aprender a escutar música? Afinar os ouvidos leva anos! Quantos concertos é preciso frequentar até aprender a ouvir? E, mesmo assim, vira e mexe nos embrutecemos, deixamos de notas as nuances dos instrumentos. Temos de renovar continuamente os sentidos para música. (…) Com o gesto é a mesma coisa, devemos constantemente afiná-lo, temos de construir, devagar, a cultura do corpo, passar por diversas experiências corporais (Cérebro Ativo – São Paulo, 2012, pag. 24 e 25).
Rudolf Laban, pelo olhar de Ciane Fernandes:
Um observador de uma pessoa em movimento fica imediatamente consciente, não apenas dos percursos e ritmos de movimento, mas também das atmosferas que os percursos carregam em si, já que as formas do movimento através do espaço são tingidas pelos sentimentos e ideias. E o conteúdo dos pensamentos e emoções que temos ao nos movermos ou ao observarmos o movimento podem ser analisados tanto quanto as formas e linhas traçadas no espaço (Rudolf Von Laban – O Corpo em movimento/Ciane Fernandes, São Paulo, 2006 pag. 22).
Para concluir os excertos de algumas referências bibliográficas dos teóricos do movimento expressivo, encerro com Martha Grahan [10] .
Às vezes, quando estou no estúdio, penso no momento do movimento, no que os bailarinos estão fazendo atualmente, no que estive então fazendo. Vejo o que o corpo faz quando respira. Quando inspira, é uma liberação, quando expira, é uma contração. Inspira-se e expira-se, para dentro e para fora. É a utilização física do corpo em ação. A minha técnica é fundamentada na respiração. Tenho baseado tudo que faço na pulsação da vida, que é para mim a pulsação do fôlego. Toda vez que se inspira ou se expele vida, realiza-se uma liberação ou uma contração.
Conclusão
Levantar os pensamentos dos autores é procurar a conexão que existe em todos eles, independente da época, se alimentando da mesma fonte que integra o movimento expressivo.
A ideia da Dança enquanto linguagem é justamente ser a soma daquilo que nos atravessa (Larrosa 2014), e pela SOMA somos as experiências que tivemos. Uma soma que a todo tempo se questiona, buscando novas possibilidades de problematizar e, assim, potencializar a expressividade.
A educação física, fisioterapia ou quem pretende monopolizar a questão saúde do corpo em movimento, precisa compreender a grandiosidade das possibilidades do corpo. O Pilates é uma das várias abordagens somáticas que a Dança já pratica.
Por muito tempo a Dança ficou calada, em muitos momentos velada, “disciplinados”, só atuando politicamente através da ARTE, mas isso não nos impede de compreender e respeitar a magnitude trazida pelo corpo. Corpo que vai além do movimento mecânico. O preparo dele, as abordagens, e o que o compõe deve ser visto de interdisciplinar.
Ao invés de militar na fiscalização de algo que mal compreendemos vamos potencializar o espaço que conseguimos! Existe muito a ser feito! Existe espaço para todos nós!
NOTAS DO TEXTO
[1] Corpo cênico – O corpo atuante pela Arte.
[2] Holismo – Ou não reducionismo, termo da metafisica, entende, no caso do corpo, sua totalidade, não só a soma das partes. Integra o ser a tudo o que nele se compõe.
[3] Joseph Pilates – Criador da Contrologia, método que depois ganha seu nome, nasceu em 1880 na Alemanha uma criança frágil, asmática, raquítica e com febre reumática, usou destas situações para pensar uma técnica que pudesse melhorar sua condição física.
[4] Afetação, relações de afeto – Aquilo que nos é sensível, a manifestação do fenômeno enquanto aquilo que sentimos.
[5] Subjetividade – Processo pelo qual algo se torna constitutivo e pertencente ao indivíduo de modo singular. Processo básico de construção de consciência de si no mundo.
[6] Ivaldo Bertazzo – Brasileiro, Paulista, nasceu em 1949 filho de pai Italiano e mãe Libanesa. Desde os 16 anos é bailarino e estudante do movimento. Terapeuta do movimento fundou sua Escola do Movimento onde ministra seu Método.
[7] Erika Batista – Fisioterapeuta, instrutora no curso formador de Pilates.
[8] TCC – BellyCentro – Preparação do Corpo: Acionamento do centro de força. Apropriação da região pélvica e trajetórias no espaço relacionado a contextualização histórica do universo sonoro pertinente a Dança Árabe. – Tatyana Carla de Souza
[9] Poética – Estudo de procedimentos do pensamento artístico
[10] Martha Grahan – Foi uma figura emblemática na Dança Moderna. Seus trabalhos eram viscerais, intensos e por muito tempo trabalhou só com mulheres por conta da habilidade feminina de acionar a região do assoalho pélvico, para Dança. Sua principal técnica é conhecida como contraction and realese (Contração e Relaxament) que basicamente aciona a região para o movimento expressivo.
Discorro um pouco sobre a famosa bailarina para falar de sua relação direta com Joseph Pilates. Arrisco mencionar que sua técnica possui forte relação com o acionamento do Powerhouse do Pilates.
Aproveito também para mencionar o artigo de Cecilia Panelli que fala de um hábito de Grahan, onde solicitava aos seus alunos a prática do Pilates para melhoria em suas performances.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERTAZZO, Ivaldo. Cérebro Ativo: Reeducação do movimento. Editora Manole e SESC – São Paulo, 2012.
BÉZIERS, Marie-Madelaine. A Coordenação Motora: Aspectos mecânico da organização psicomotora do homem. Editora Summus – São Paulo, 1992.
COHEN, Bonnie Bainbridge. Sentir, perceber e agir: Educação Somática pelo Método Body – Mind Centering. Editora Sesc – São Paulo, 2015.
FERNANDES, Ciane. O Corpo em movimento: O Sistema Laban/Bartenieff na formação e pesquisa de artes Cênicas. Editora Annablume – São Paulo, 2006.
GRAHAN, Martha. Memória de Sangue. Editora Siciliano – São Paulo, 1993.
HAAS, Jacque Greene. Anatomia da Dança. Editora Manole – São Paulo, 2010.
ISACOWITZ, Rael and CLIPPINGER, Karen. Pilates Anatomy. Editora Human Kinetics – United States, 1955.
LARROSA, Jorge. Tremores – Escritos sobre experiência. Editora autêntica – Belo Horizonte, 2014
VIANNA, Klauss. A Dança. Editora Summus – São Paulo, 2005.
AGRADECIMENTO AOS COLABORADORES
Paloma Durante (Artista, Educadora e Pesquisadora): Revisora e organizadora do Artigo
Robson Alcova (Diretor CNPP): Colaborador de conteúdo
Cecilia Panelli (Instrutora de Pilates, Profissional da Dança e Colunista BlogPilates):Colaboradora do conteúdo
Suellem Morimoto (Bailarina, Professora, Jurada do Dança dos Famosos e Ex Bailarina do Faustão): Colaboradora do conteúdo
Denise (SindiDança): Colaboradora do conteúdo
Felippe Farsetti (Empresário e Parceiro): Apoiador do Artigo
Essa publicação traduziu o que sempre pensei e sinto na pele. Obrigada pela clareza e compartilhamento.