Sabia que você, como instrutor de Pilates, deve praticar seus exercícios físicos constantemente?
Seja sincero: você tem um tempo do dia separado para a prática da sua modalidade?
Mesmo que a resposta seja não, espero que esteja trabalhando para resolver esse problema. Todos nós sabemos que a rotina de um instrutor de Pilates é extremamente corrida.
Mesmo assim, não podemos nos dar ao luxo de fazer como nossos alunos e inventar desculpas para não praticar.
A prática da nossa modalidade é um ponto essencial para ter uma carreira promissora no Pilates ou em qualquer outro Método que envolva movimento.
Sabe por quê? Para conseguir ensinar alguém a se mover de maneira correta precisamos saber fazer isso nós mesmos.
Nesse artigo queremos dedicar um tempo exclusivo para te dar uma dica vital para quem quer ser um bom profissional e te convencer a segui-la.
Neste texto você irá entender porque o instrutor de Pilates deve praticar seus exercícios para ensinar melhor seus alunos e melhorar os resultados das aulas. Confira abaixo!
Por que o instrutor de Pilates deve praticar seus exercícios?
Preparar a aula, cuidar do Studio, cuidar da casa e da família, dar várias aulas no dia que vão até tarde da noite. Dá para entender que a rotina do instrutor de Pilates é corrida.
Parece que nunca sobra tempo para cuidarmos de nós mesmos e colocarmos em prática tudo que falamos para o aluno.
Mas deixa nós te alertarmos: isso é essencial.
Sem praticar você não pode se considerar um bom instrutor. O primeiro motivo é: precisamos estar sempre preparados para demonstrar o movimento para o aluno.
Muitos dos que estão na nossa aula não conseguem entender o exercício só ouvindo uma explicação. Eles precisam ver para compreender melhor. E como conseguirão isso se seu próprio instrutor está com o corpo despreparado?
Imagine, você está ensinando uma variação de agachamento com salto, mas você, o instrutor, está com dificuldades para agachar.
Como esses alunos conseguirão entender a posição correta do agachamento se ninguém conseguiu mostrar para eles?
Por causa dessa falta de preparação do corpo você precisará realizar um número muito maior de correções durante o exercício.
Isso significa uma aula bem mais chata e irritante para o aluno e com menores resultados para você.
Perceba a importância de ser um instrutor praticante. Isso mudará completamente sua aula, seu jeito de ensinar e maneira de lidar com o aluno.
Tipos de aprendizado que encontramos
Existem diversos tipos de alunos nas nossas sessões de Pilates.
Nenhum aluno é igual a outro e, portanto, não aprendem da mesma maneira. Alguns são mais visuais, outros mais auditivos e alguns mais cinestésicos.
Sabe o que isso quer dizer? Que precisamos encontrar uma maneira de ensinar a todo mundo, mesmo que sejam diferentes.
E o que isso tem a ver com ser um praticante?
Nós também temos certos tipos de aprendizado. Ao fazer o exercício conseguimos entender como ele funciona para nosso corpo e como será mais fácil de passar para o aluno.
Praticar te deixa com um feeling mais aguçado para explicar cada movimento para seu aluno.
Claro que isso não te dispensa de um conhecimento aprofundado sobre o movimento, a região do corpo trabalhado e o próprio exercício.
Combinando o conhecimento prático e teórico conseguimos melhorar nossa maneira de lecionar e os resultados com o aluno.
Caminho sensorial do corpo
Você sabe por acaso por que o Treinamento Funcional trabalha com padrões de movimento? O corpo não entende todas as ações individuais que fazemos para realizar certa ação.
No agachamento, por exemplo, ele não entende quando e quais musculaturas ativar, qual movimento articular deve acontecer e informações afins. Mesmo estudando biomecânica por anos ele continuará sem entender porque o movimento funciona por padrões.
O aprendizado de movimentos envolve uma série de caminhos sensoriais que estão ligados a tudo que vemos e sentimos. Eles criam reflexos que ajudam a realizar certa ação sem precisar se concentrar e pensar nela.
Cada um tem seu próprio caminho sensorial, o seu não será igual ao do aluno. Mas realizar o movimento ainda te dá o caminho sensorial parcialmente pronto. Praticar te ajuda a entender:
- Quais musculaturas são ativadas;
- Como o corpo se sente em determinada posição;
- Qual é a fase mais difícil ou complicada;
- Possíveis dificuldades que o aluno pode ter.
Veja: você já consegue ter várias ideias para ensinar o exercício só de praticar. Cada aluno seu consegue aprender muito mais com a experiência passada pelo seu próprio instrutor de Pilates ou funcional.
Praticar não é o suficiente
Praticar te ajuda a preparar uma aula melhor e a ensinar com mais precisão, mas não é o suficiente.
Precisamos ir além como profissionais do movimento e nos dedicar ao estudo da nossa modalidade e do corpo em geral. Separe um tempo do seu dia para estudar, fazer seus cursos ou até ler.
Sabe o tempo que você passa aqui no blog lendo sobre reabilitação, dicas de exercícios e assuntos relacionados? Ele também é essencial para seu aperfeiçoamento.
Também devemos sempre ir atrás de cursos e outros conteúdos que possam melhorar seu atendimento. Todo conhecimento é útil e será um adicional na hora de atender e tratar clientes.
Conclusão
Movimento é necessário não importa sua idade, profissão ou objetivo de vida.
Todos nós precisamos de um corpo com movimento funcionais e livres de compensações. Mas alguns de nós precisam focar nisso mais do que outros.
Se você pretende ensinar alguém a realizar exercícios corretamente deve primeiro ensinar a si mesmo.
Sempre seja um praticante da sua modalidade. Mesmo um instrutor de Pilates que está na área há 10 anos deve utilizar o Método para continuar seu aperfeiçoamento.
Fazendo isso você realizará um bem incrível para seu próprio corpo e para seus alunos, que começam a usufruir do seu conhecimento mais aprofundado na área.
Também te damos uma dica extra nesse artigo: estude e muito. Quanto mais conhecimento você tiver a respeito do corpo e de suas compensações e patologias mais completas serão as aulas.
Tempo gasto estudando nunca é perdido!