Você certamente já ouviu alguém dizer que está com transtorno de ansiedade, depressão, bipolaridade ou síndrome de Burnout. Todas essas doenças afetam a saúde mental do indivíduo e das pessoas à sua volta. 

Cuidar da saúde mental é tão importante quanto cuidar do corpo. Como diz o ditado: “mente sã, corpo são”. Mas infelizmente não vemos essa frase sendo vivida com a mesma intensidade que ela emprega.

Mas afinal, o que seria saúde mental? Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) a definição para esta pergunta é: “Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença”. 

Se a nossa mente não se encontrar em equilíbrio, não somos totalmente saudáveis. Pensando nisso, podemos afirmar que, se negligenciarmos os problemas da saúde mental, teremos consequências danosas a curto, médio e longo prazo.

Isso sem mencionar os prejuízos sociais, no trabalho, nos relacionamentos de forma geral, causados pelos distúrbios que impedem a pessoa de interagir normalmente ou de ter uma vida produtiva.

Um dos maiores desafios da pessoa que enfrenta algum distúrbio na saúde mental é vencer o estigma associado a ela. Essas pessoas temem ser excluídas da sociedade ou ser taxados como loucos.

O Brasil tem a maior população depressiva da américa latina. 

A relação da saúde mental com a ansiedade

A ansiedade pode afetar qualquer pessoa e geralmente está acompanhada por alguma expectativa. A ansiedade em si não é uma doença, ela começa a ser um distúrbio quando permanece por um período de tempo prolongado, sem que haja um motivo.

Pessoas com distúrbio de ansiedade estão sempre em estado de tensão, acreditando que a qualquer momento algo de ruim possa acontecer.

O tratamento para ansiedade envolve a psicoterapia, meditação, atividade física e, nos casos mais graves, ansiolíticos controlados.

Síndrome do Pânico

A ansiedade quando não tratada corretamente, pode levar a ataques de pânico, em que muitos desses medos são irracionais, surgindo de forma repentina e muito intensa, afetando fortemente o corpo e levando a várias contraturas musculares e, consequentemente, dores intensas.

Geralmente esses ataques de pânico estão relacionados com uma preocupação doentia com o futuro e com o que está ao seu redor. Pessoas ansiosas e depressivas estão mais suscetíveis aos ataques de pânico.

Algumas reações físicas são percebidas durante o ataque, como: sudorese, taquicardia, dores localizadas e tonturas. O tratamento pode ser realizado através da psicoterapia, prescrição de medicamentos como os benzodiazepínicos e meditação.

Depressão

A depressão pode estar ligada a ansiedade, porém é uma doença distinta que a principal característica é a falta de disposição, até para as tarefas simples do dia a dia. Dessa forma, a depressão é um potencial agente de incapacitação social e laborativa, já que impede o indivíduo de levar uma vida normal.

A depressão não afeta apenas a falta de energia, ela também interfere no apetite, libido, sono e raciocínio, impactando diretamente na qualidade de vida dessa pessoa.

O tratamento para a ansiedade pode ser através da terapia com psicólogo e ou medicamentoso.

Transtorno de estresse pós-traumático

A ansiedade e a depressão não tem uma causa primária específica, diferente do transtorno de estresse pós-traumático, que tem sua origem bem definida.

Quando a pessoa passa por algum evento traumático de forte impacto emocional, geralmente surge o transtorno de estresse pós-traumático, por exemplo, quando não conseguimos superar o luto de um familiar, acidentes de várias ordens, sequestros, abusos etc.

Síndrome de Burnout

Também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, a síndrome de Burnout acomete pessoas que são submetidas a situações de estresse ou exigência constante no ambiente de trabalho, às vezes impostas por si mesmas.

Saúde mental X Saúde física

Nosso corpo reflete muito mais os problemas da nossa mente do que imaginamos. Existe um grupo de estudo entre a psicologia e a medicina, chamado de psicossomática que estuda como as emoções podem aumentar o risco do surgimento de doenças graves e como afetam os processos orgânicos.

As doenças psicológicas podem interferir na imunidade, porque as células de defesa do organismo são prejudicadas pelas alterações hormonais.

Estradiol, cortisol, T3 total e T4 livre, pode-se encontrar alterado no exame de sangue. Os problemas não param por aí, a falta da saúde mental altera a flora intestinal que, por sua vez, é importantíssima para a manutenção da saúde por inteiro.

Sendo assim, o desequilíbrio da saúde mental pode interferir nos sistemas:

• Imunológico: prejudicando as defesas do organismo;
• Endócrino: diminuindo ou aumentando a produção de alguns hormônios;
• Nervoso: interferindo na produção de neurotoxinas;
• Entre outros.

Os benefícios do Pilates na saúde mental

As aulas de Pilates trabalham o domínio da mente e corpo, não adianta o aluno estar com o corpo torneado se a mente não estiver bem. A superação em cada exercício e evolução nas aulas motivam o aluno a alcançar seus objetivos, fortalecendo a autoestima.

A prática do Método ajuda a elevar os níveis de GABA, um neurotransmissor de natureza inibitória que controla os níveis de estresse, tensão e nervosismo. A serotonina é um neurotransmissor regulador do sono, humor e apetite. Já a dopamina, em níveis elevados melhora o entusiasmo, o otimismo e a motivação.

O Pilates foi feito para todos os tipos de corpos e personalidades, sendo muito democrático pois respeita os limites de cada praticante.

Conclusão

A falta da saúde mental altera não apenas a vida, mas também o seu entorno. Infelizmente muitas vezes a pessoa não é compreendida pelos sintomas que está apresentando, sendo interpretada de maneira errônea. 

Os problemas da saúde mental afetam o corpo e as funções orgânicas, tornando-se mais difícil sair dessa situação sem ajuda profissional.

O Método Pilates tem grande importância nesse processo, porque permite a pessoa se autoconhecer através dos exercícios que necessitam principalmente da concentração para sentir a ativação muscular e o movimento, além de trabalhar a respiração. 

Vários estudos já comprovaram os benefícios da atividade física para tratamento de dores musculares e liberação de neurotransmissores.