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A conexão entre Pilates e equilíbrio emocional é um caminho para recuperar o controle sobre o corpo e a mente. Imagine passar dias, semanas, meses, ou até anos, com uma angústia, uma dor que vai e volta, e aquela sensação de viver numa montanha-russa de emoções e acontecimentos.

Quando tudo parece estar indo bem, surge algo que abala, desestrutura e fere. Tudo fica travado, patinando… e não se desenvolve. Os projetos ficam parados e o progresso caminha a passos lentos.

Quantas vezes as oscilações de humor dominam a tomada de decisões, nos empurrando para atitudes precipitadas? É nesse momento que se torna essencial reconhecer a importância do estado de presença que a respiração proporciona. Inspirar e expirar de forma consciente, controlada e calma traz equilíbrio emocional, mental e físico.

A seguir, vamos entender melhor como a conexão entre Pilates e equilíbrio emocional acontece na prática, explorando a neurociência, a programação neurolinguística e a neuroplasticidade para promover um bem-estar completo. Também veremos como a respiração, o olhar e a linguagem usados nas aulas influenciam esse processo. Boa leitura!

Neurociência como o controle remoto que comanda corpo e mente

Imagine um portão de garagem grande, moderno e cheio de tecnologia, com diversas funções. Esse portão representa o corpo. Agora, visualize o controle remoto que aciona esse portão, permitindo a entrada do carro.

Neste controle, há um pequeno botão que acende a luz da garagem e, ao clicar duas vezes, ativa a câmera de segurança e o sistema de vigilância virtual.

O controle remoto é o cérebro. Os comandos acionados por ele funcionam como transmissões dos sinais de dor percebidos pelo cérebro. O portão, ou seja, o corpo, responde conforme os sinais que recebe.

Isso é neurociência: o estudo científico das comunicações neurais enviadas do cérebro para a medula espinhal. Funciona assim: os botões do controle são como áreas específicas do cérebro que, ao serem ativadas, enviam mensagens ao corpo.

Quando falamos em Pilates e equilíbrio emocional, estamos explorando exatamente essa ponte entre mente e corpo. O cérebro decide, com base em um tripé emocional, cognitivo e ambiental, qual área será acionada, se será acionada, e com que intensidade. É isso que define, por exemplo, a percepção da dor.

Emoção, cognição e ambiente em sintonia

Os fatores que influenciam na percepção da dor são o emocional, o cognitivo e o ambiente. Isso porque, ao estar inserido em um ambiente tóxico, com contato diário com assuntos, pessoas e temas que abordam dor, doença, traumas, morte e afins, cria-se uma espécie de nuvem invisível. É uma atmosfera densa, perceptível, é possível senti-la no ar, mas não se pode vê-la com os olhos.

Ainda assim, é notável nas expressões faciais e corporais de quem está em tratamento.

Se você pesquisar artigos científicos sobre tratamentos que utilizam conhecimentos da neurociência da dor, encontrará muitos resultados que apontam “sem alterações”. Isso acontece, em grande parte, porque não foi considerado o tripé: emocional, cognitivo e ambiental.

É por isso que propostas que envolvem Pilates e equilíbrio emocional ganham tanta força dentro dos processos de reabilitação, elas não tratam apenas o físico, mas todo o ambiente interno e externo do aluno.

Como sempre digo nos cursos: “se você montar as peças de sushi na barquinha de forma coerente e bem distribuída, cada barquinha terá sua finalidade”. Trazendo isso para o contexto do Pilates, uma representa os exercícios respiratórios, que conectam com o seu interior e com o momento presente; outra representa a conexão com o ambiente e os acessórios; e a terceira, os exercícios cognitivos.

De nada adianta propor um tratamento sem esse tripé. Por isso, é fundamental um ambiente limpo, organizado e conduzido por um líder positivo, que saiba promover diálogos voltados ao positivismo, com o uso de Programação Neurolinguística. Assim, dia após dia, é possível eliminar o vitimismo, a lamúria e a reclamação, que são extremamente tóxicos e desfavorecem qualquer processo terapêutico.

Identificando desequilíbrios emocionais

Ao aplicar um exercício, observe para onde o olhar do aluno se direciona. Pessoas que enfrentam abalos emocionais, conscientes ou inconscientes, costumam manter o olhar voltado para baixo da linha do horizonte.

Para estimular o equilíbrio emocional, oriente o olhar para um ponto fixo, um objeto ou mesmo para a visualização de algo específico à frente, na linha do horizonte ou em uma diagonal acima.

Inclua exercícios que elevem os braços, ampliem a abertura do peitoral e promovam a sensação de espaço na região do pescoço. Uma referência prática e certeira é imaginar o pescoço de uma girafa, enxergando por cima das árvores.

Os resultados se tornam visíveis com a prática diária dessa proposta por, pelo menos, 90 dias. Esse tempo é suficiente para provocar uma quebra de padrões posturais e comportamentais. 

O corpo, então, responde com novas posturas e gestuais, reflexos das ramificações neurais que foram sendo construídas, dia após dia, por meio dos estímulos específicos da Programação Neurolinguística e da Neuroplasticidade.

Pilates e equilíbrio emocional com o poder da linguagem

Você concorda que, antes de uma tomada de ação, existe uma emoção e um pensamento? Eis a pergunta: quem nasce primeiro, a emoção ou o pensamento?

Vamos considerar que ambos surgem no campo mental, a partir de memórias e lembranças. A imagem gerada é enviada ao cérebro, enquanto o sentimento é conduzido ao sistema magnético, o coração.

O magneto cardiograma (MCG) tem a capacidade de medir o campo magnético do coração. Ao estimular o campo emocional, é possível identificar alterações com base nos estímulos gerados. Agora pense no poder das palavras, e na importância de como elas são pronunciadas: a entonação, a emoção, o ritmo com que são ditas.

Os comandos verbais têm o poder de estimular a imaginação, despertar alegria, medo, atenção, calma… Imagine o quanto aprender PNL voltada para o Pilates pode potencializar os resultados nos atendimentos.

E é justamente aí que entra a conexão entre Pilates e equilíbrio emocional: o uso consciente da linguagem transforma a experiência do aluno, reorganizando padrões mentais e corporais a partir do movimento.

Tratar uma dor ou uma doença envolve reprogramar a mente. Padrões antigos ganham um novo olhar, traumas e bloqueios passam a ser ressignificados, tanto nas emoções quanto nas percepções.

E antes que você pense que, para aplicar essas técnicas, são necessárias várias sessões terapêuticas, já adianto: tudo pode ser feito de forma sutil e imperceptível durante as sessões de Pilates para reabilitação da mente.

A PNL age por meio de palavras e frases específicas, associadas aos movimentos dos exercícios e à criação de imagens, reais ou imaginadas.

A junção dos comandos verbais com essas imagens mentais ativa conexões sinápticas que formam trilhos neurais. É esse caminho que promove mudanças em padrões comportamentais, posturais e emocionais.

Tudo está interligado em uma grande rede neural com diversas ramificações neuromotoras, neurônios sensoriais e neurônios-espelho. Visualize uma teia de aranha e seu ponto central. É uma metáfora bem próxima da realidade.

A neuroplasticidade é o que transforma de forma definitiva o tripé e o corpo.

Ela cria novas conexões por meio da repetição: dos gestos, das palavras, da respiração e das imagens evocadas.

Neuroplasticidade e transformação emocional

Uma caixa amplificadora de som tem a função de regular o volume e preencher um grande espaço com músicas ou com a voz de um palestrante, por exemplo. Essa também é a função da Neuroplasticidade: modelar, remodelar e amplificar as percepções de dor ao conectá-las aos neurônios, que as transmitem à medula espinhal.

Ela é como o tronco de uma grande árvore, que possui suas raízes, galhos e folhas.
As raízes sensoriais transmitem a dor e, em casos de compressão medular, a irradiação pode atingir os “galhos”, dependendo do ponto comprimido, essa dor irradia para os braços ou pernas.

As folhas representam a oxigenação das extremidades e, quando há déficit, pode surgir a parestesia, aquela sensação de formigamento ou dormência em um membro.

Por isso, a respiração consciente é fundamental na prática do Pilates, seja no Método contemporâneo, clássico ou outras variações, cada uma com seus diferenciais e benefícios.

De forma prática, vamos descobrir abaixo como equilibrar o emocional através do Pilates.

  • Som ambiente leve, positivo, com instrumentos como piano e sons da natureza;
  • Iniciar as sessões com exercícios de conexão interior, respiração consciente;
  • Comandos verbais e imaginários positivos e incentivadores;
  • Direcionar o olhar para a linha do horizonte ou ligeiramente acima;
  • Finalizar a sessão com comandos de ativação:  “Sinto agora o corpo alinhado, fortalecido e alongado. A cada inspiração, sinto saúde plena e vitalidade. Ao soltar o ar, solto as dores, sinto um leve flutuar e agradeço por aqui estar”.

A neuroplasticidade é o que possibilita ao cérebro e ao corpo se adaptarem e se renovarem. E o Pilates, com seus estímulos conscientes, se mostra uma ferramenta poderosa para essa transformação, especialmente quando o foco é integrar corpo e mente, unindo Pilates e equilíbrio emocional de forma verdadeira e duradoura.

Conclusão

Falar sobre Pilates e equilíbrio emocional é entender que corpo e mente caminham juntos e se influenciam o tempo todo. Ao longo desta matéria, vimos como essa conexão pode ser fortalecida por meio da neurociência, da programação neurolinguística e da neuroplasticidade.

Cada detalhe, da respiração consciente ao direcionamento do olhar, passando pelo uso de comandos verbais, atua para remodelar padrões físicos e mentais, favorecendo uma nova percepção do próprio corpo e das emoções.

Aplicar esse conhecimento nas sessões de Pilates é abrir espaço para uma transformação verdadeira, que vai além da postura e do movimento, alcançando uma sensação mais profunda de bem-estar e presença.

Sobre a autora

Hellena Müller é Treinadora VOLL, com pós-graduação em Pilates para Reabilitação e também em Avaliação e Reabilitação Neuropsicológica, com formação realizada em Miami. Seu trabalho é voltado especialmente para quem está começando na carreira como Instrutor de Pilates, oferecendo orientações práticas e conteúdos didáticos. Você pode acompanhar suas dicas e materiais no Instagram @Pilates_para_instrutores ou pelo site HellenaMuller.com.


























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