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Historicamente a prática do método Pilates proporciona muitos benefícios a seus praticantes. Entre eles os mais citados são a definição e o alongamento muscular, o realinhamento postural, associados a um condicionamento físico e mental.

Segundo Joseph Pilates tais benefícios só dependem da execução dos exercícios com fidelidade a seus princípios.

 Além disso, hoje também é utilizado como recurso terapêutico por profissionais habilitados (fisioterapeutas) auxiliando na prevenção e reabilitação de diversas lesões e patologias, dentre elas as patologias do quadril.

Essa uma articulação comumente acometida por patologias que têm como fator causal alterações congênitas, a degeneração articular decorrente do uso excessivo da mesma e desequilíbrios musculares.

Além da degeneração relacionada à idade, o treinamento de alto rendimento e o aumento da prática de atividade física não orientada pode interferir na incidência de patologias do quadril em adultos jovens.

Que tal saber como utilizar o método Pilates na reabilitação do quadril? Leia mais!

O Pilates na Reabilitação do Quadril

Foi após a morte de Joseph Pilates que o método, anteriormente denominado por ele Contrologia, se popularizou. Porém em sua maioria os praticantes buscavam o condicionamento físico e a integração entre corpo e mente.

Alguns anos depois o Pilates começou a ser utilizado também na reabilitação como técnica da fisioterapia dado os muitos benefícios observados com sua aplicabilidade em estudos que aconteceram na época.

O Pilates é um grande aliado na reabilitação e na prevenção de novas lesões do quadril, mesmo durante a fase aguda da lesão.

Nessa fase é muito importante que os exercícios sejam realizados em amplitudes que não gerem e não aumentem a dor.

Uma revisão sistemática realizada por Silva e Marrinch (2009), afirma que quando o Pilates é aplicado como forma de reabilitação precoce, tanto no período pré-operatório quanto no pós-operatório de artroplastia de quadril.

O método ajuda a aumentar força, mobilidade e amplitude de movimento da articulação acometida e das adjacentes, priorizando a função e flexibilidade.

Após artroplastia, o método pode ser utilizado com os mesmos objetivos do período pré-operatório, e é eficaz por permitir exercícios precoces que respeitam os limites de movimentação – como flexão do quadril até 90º – como também auxiliar no aumento de resistência dos músculos de todo o corpo.

Os exercícios são seguros, devem ser individualizados e adaptados quando necessário respeitando as limitações de cada paciente, como a dor e amplitudes articulares.

Adequando também a resistência a ser vencida, seja ela da força da gravidade ou a resistência das faixas e molas, quando são utilizados aparelhos e acessórios.

Com o método podemos atuar na manutenção da amplitude do movimento, no fortalecimento da musculatura estabilizadora não só do quadril, como do corpo como um todo.

E treinos de propriocepção e equilíbrio, fundamentais para biomecânica do movimento.

A reabilitação com o Pilates também preconiza a correta ativação e fortalecimento dos músculos do power house (centro de força) que somados aos músculos do quadril são responsáveis pela sustentação do corpo.

Sugestões de Exercícios para Reabilitação do Quadril

Os exercícios do mat Pilates são ótimos para iniciar o tratamento, favorecendo a consciência corporal e oferecendo baixa resistência em uma abordagem inicial.

Single Leg Circle

Além do exercício original, duas variações podem ser realizadas para dar início à reabilitação:

Variação 1: manter o joelho flexionado do membro a ser reabilitado. Nessa posição é possível controlar o movimento do quadril sem a preocupação com o alongamento da cadeia posterior e também diminui a sobrecarga para os músculos flexores do quadril.

Variação 2: manter o membro inferior contra-lateral flexionado para melhor posicionamento da pelve neutra durante o exercício e, diminuindo assim, o desconforto ocasionado pelo encurtamento da cadeia posterior, quando houver.

Assim que possível, evoluir o exercícios mantendo ambos os membros em extensão. Atentar para amplitude de movimento que não deve exceder a ponto de perder a estabilidade do membro apoiado no chão.

Side Kick

O decúbito lateral (DL) pode ser desconfortável em alguns estágios ou em patologias, porém quando possível esse exercícios torna-se excelente para ativação muscular como um todo, com foco no posicionamento do quadril.

Os músculos abdominais e glúteos devem estar ativos para manter o DL e a cabeça pode repousar sobre o membro superior apoiado no chão oferecendo maior estabilidade ao aluno.

Shoulder Bridge

Realizado no mat, a ponte fortalece os músculos posteriores da coxa e glúteos, alonga o ileopsoas e o quadríceps, proporciona o equilíbrio do quadril e trabalha a mobilidade da coluna.

Na versão bipodal é possível observar se há desequilíbrios musculares através do alinhamento do quadril, retificação da coluna lombar e distensão abdominal.

Variando para o apoio unipodal podemos buscar o equilíbrio de forças entre os membros.

Magic Circle

Os acessórios, como Magic Circle e faixas elásticas e a bola são ótimos aliados em um segundo momento de reabilitação.

O Magic Circle proporciona uma variedade de exercícios recrutando outros grupos musculares enquanto se realiza um padrão de movimento.

Por exemplo, quando posicionado na face medial da coxa podemos solicitar a adução dos membros durante uma ponte para estimular os músculos adutores e do assoalho pélvico.

Ou ainda, quando posicionado na face externa da coxa solicitamos a abdução do quadril com intuito de recrutar o glúteo médio.

Faixas

As faixas são ótimas para iniciar uma resistência elástica, porém de baixa/média intensidade o que proporciona melhor controle para o aluno/paciente.

Em alguns casos, a perda de força é acentuada e a resistência oferecida pelas molas não podem ser vencidas pelo aluno, tornando então as faixas uma ótima alternativa.

Bola

E a bola pode funcionar como base instável tanto para o paciente sentar e realizar um simples exercício como a extensão unilateral do joelho mantendo a estabilidade pélvica e lombar.

Como solicitar a ativação dos adutores mantendo-a entre os tornozelos durante a realização de um abdominal como o double leg strech.

Cadillac

No Cadillac, a sequência do ballet séries, é uma ótima escolha para promover o alongamento dos músculos do quadril e do membro inferior como um todo.

Com ela é possível iniciar o alongamento da cadeira posterior, adutores e flexores do quadril.

Também no Cadillac, podemos realizar a sequência de exercícios com alças de pés. Através dela podemos fortalecer os músculos estabilizadores de quadril, joelho e abdominais.

Reformer

A mesma sequência pode ser executada de maneira semelhante no Reformer, porém o carrinho é uma superfície instável o que pode ser um fator limitante para alguns alunos.

Já o footwork realizado no reforme oferece uma gama de posicionamentos que auxiliam no processo de reabilitação do quadril.

Os diferentes posicionamentos dos pés na barra propiciam diferentes estímulos ao aluno durante a execução dos movimentos, como rotações de quadril, apoio no antepé e no calcâneo.

Além de exercícios clássicos como a ponte que aqui ganha amplitude e instabilidade com o movimento do carrinho.

Também é interessante a dissociação de movimentos sem perder a estabilidade pélvica, como no single leg circle executado com o membro contralateral fazendo a extensão do joelho com o pé apoiado na barra.

Outro exercício muito utilizado no Reformer é o psoas streach para alongamento do músculo ileopsoas. Aqui  oferece uma posição confortável ao membro a ser alongado e um bom posicionamento do restante do corpo.

Chair

A chair é um equipamento que exige atenção redobrada do terapeuta pelo risco do aluno soltar o pedal em caso de dor ou se houver uma sensação de “travamento” comum em muitas patologias do quadril.

Excluindo-se esse fato, é um ótimo aparelho para o fortalecimento dos músculos estabilizadores de quadril, proporciona o treino de equilíbrio já que alguns exercícios podem ser realizados sem o auxílio das mãos na barra, como o front up, ou até mesmo estando o membro de apoio sobre o disco de rotação.

Nesse aparelho também podemos trabalhar de uma maneira diferenciada os extensores de quadril e adutores de maneira isométrica, como no swam dive.

Outra opção muito utilizada na chair é o alongamento do glúteo médio. Esse exercício muitas vezes é realizado no barrel, porém em alguns casos fatores limitantes como a altura do aluno dificultam a realização do exercício no barrel, tornando a chair uma opção mais confortável.

Barrel

Já no barrel também podemos realizar a série de alongamentos ballet séries sem os deslizamentos oferecidos no trapézio ou alça fuzy do cadillac.

E também o horse, que é um ótimo exercício para equilíbrio pélvico, além do fortalecimento de adutores exige contração dos glúteos, músculos abdominais e extensores do joelho.

Concluindo…

Sendo a articulação do quadril uma das maiores articulações do corpo, que proporciona o apoio para a estabilidade corporal, suporta uma forte carga e peso.

Quaisquer alterações no quadril vão afetar de forma significativa não só o próprio quadril, como as articulações adjacentes devido a sua interdependência durante a execução dos movimentos, como o caminhar.

Dessa forma sua reabilitação deve ser realizada visando a qualidade de vida e retorno a atividades o mais precoce possível.

E conhecendo os objetivos que devem ser alcançados durante esse processo, o método Pilates pode ser uma ferramenta eficaz para o fisioterapeuta na reabilitação das lesões de quadril, apresentando benefícios variados.

Quando aplicado de acordo com seus princípios, apresentando poucas contra-indicações. Sendo que a maioria delas não impede a aplicação do método, apenas exige algumas alterações e cuidados.

Enfatizando que o método seja individualizado, o que já faz parte da vivência dos instrutores do método.


























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