A diabetes é uma patologia que aumenta os níveis de glicose no sangue.
A manifestação ocorre quando o organismo não consegue utilizar ou não utiliza de maneira adequada os nutrientes que provém da digestão alimentar (derivados de proteínas, gorduras e carboidratos).
O organismo utiliza-os para produzir energia e/ou mover o corpo, podendo ser armazenados em órgãos como o fígado, músculos e células de gordura (www.brasilescola.com.br).
Tipos de Diabete
TIPO 1
O diabetes do tipo I é uma doença crônica que se caracteriza pela destruição parcial ou total das células, das ilhotas pancreáticas, resultando assim na incapacidade de produzir insulina.
O Pâncreas perde sua capacidade de produzir insulina devido a uma falha do sistema imunológico, fazendo assim com que as células responsáveis ataquem as células produtoras de hormônio.
Dessa forma, a diabetes de tipo 1 é conhecida como dependente de insulina. Será necessário aplicar insulina exógena diariamente para que se possa controlar os níveis glicêmicos.
Esse tipo de diabetes ocorre em cerca de 5% a 10% dos pacientes com diabetes. Podendo ocorrer em qualquer idade, mas predomina em crianças, adolescentes e adultos jovens.
Os principais sintomas desse tipo de diabetes são:
- Poliúria
- Polidipsia
- Polifagia
- Astenia
- Perda de Peso
O diagnóstico pode ser feito de forma simples, tem-se um resultado positivo quando a glicemia plasmática em jejum está igual ou superior a 126mg%, ou glicemia casual, aquela medida em qualquer momento do dia, maior de 200mg% (fonte: www.diabetes.org.br).
TIPO 2
É a forma mais comum, afeta normalmente indivíduos com obesidade e síndrome metabólica, pessoas acima do 40 anos e pessoas com histórico familiar.
Acredita-se que a causa do diabetes tipo 2, seja a produção insuficiente de insulina, ou a dificuldade de utilizá-la. Nesses casos os receptores de insulina estão com baixa sensibilidade e apesar dela estar sendo produzida o corpo não consegue utilizá-la.
Portanto, esse tipo de diabetes pode ocorrer por uma incapacidade do organismo de usar a insulina de forma correta e essa é uma caracteriza adquirida ao longo da vida, principalmente por mal hábitos como o sedentarismo e o sobrepeso.
Há também a possibilidade de causa desconhecida, porém observa-se que o envelhecimento, obesidade e hereditariedade se associam à ela com mais frequência.
Pré Diabetes
Condição em que o açúcar no sangue está elevado, mas não o suficiente para ser classificado como diabetes do tipo 2. Nesses casos devemos permanecer atentos e tomar medidas para evitar o desenvolvimento da doença.
Diabetes Gestacional ou DMG
É uma intolerância aos carboidratos (sendo a glicose um deles), diagnosticada pela 1ª vez durante a gestação, podendo ou não persistir após o parto. É o problema metabólico mais comum na gravidez.
Fatores de Risco
- Obesidade
- Ingestão de Gordura e Açúcar em Excesso
- Sedentarismo
- História Familiar e Herança Genética
- Idade
- Stress
- Alcoolismo
Prevenção do Diabetes
- Monitorar os níveis de glicemia no sangue
- Realizar trocas inteligentes como gorduras e açúcares, por sementes oleaginosas
- Beber muito líquido, priorizando água e sucos naturais sem açúcar
- Tomar medicação quando prescrita pelo médico
Pilates e o Diabetes
Temos no Pilates um aliado a pacientes com diabetes, sendo que se deve observar o tipo de exercício mais indicado e a intensidade do mesmo.
Muitas vezes não é classificado como uma alternativa específica para o emagrecimento, de acordo com o ritmo da sessão e do metabolismo praticante, embora podendo ter queima calórica significativa. (CRAIG, 2006)
A contribuição do Pilates para pacientes diabéticos ocorre da seguinte maneira:
A prática de exercícios físicos, como o Método Pilates, promove o aumento da massa muscular, do gasto energético diário, ajuda no controle da ansiedade, que pode ser prejudicial ao diabético devido à compulsão alimentar, contribui para aceleração do metabolismo e melhora o bem-estar do aluno, reduzindo seu nível de estresse.
Apesar das evidências mais fortes para o tratamento da diabetes tipo 2 serem encontrados em exercícios aeróbios já se sabe que treinamentos contra resistência, como o Pilates e a musculação também podem contribuir no manejo dos níveis de glicose no sangue, que é o principal objetivo da aplicação de exercícios físicas nas diferentes formas de manifestação desta doença.
O exercício age basicamente aumentando a capilarização, diminuindo a gordura visceral, combatendo a obesidade e aumentando a captação de glicose pelos músculos esqueléticos.
Vale lembrar que o instrutor deve adequar suas aulas com volumes, frequência e intensidades adequadas para conseguir impacto sobre a glicemia do seu aluno a longo prazo e principalmente não utilizar intervalos de recuperação superiores à 72h, uma vez que os níveis glicêmicos voltam ao normal após a rotina de exercícios físicos ser interrompida.
Lembrando sempre que o Pilates é indicado para os diabéticos que devem evitar exercícios que promovam tensão excessiva que possam contribuir para o aumento dos níveis de açúcar no sangue.
Concluindo…
Por ser um problema de saúde pública mundial, há uma estimativa de que dentro de 2 décadas mais da metade dos adultos do planeta apresentarão algum sobrepeso.
Por este motivo, cada vez mais há uma procura por um estilo de vida saudável, com hábitos corretos em vista de diminuir o risco do desenvolvimento de doenças metabólicas, como a diabetes tipo 2.
Controlando a insulina e praticando uma atividade física adequada e indicada corretamente, é possível adequar-se à um estilo de vida mais saudável e com menos restrições impostas pela doença.
Lembre-se que para a melhora da sensibilidade à insulina pelos receptores exercícios físicos são fundamentais, associados à uma dieta controlada. Nesse ponto uma sessão de Pilates planejada para esse fim pode ser um grande aliado.
Referências Bibliográficas
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www.diabetes.org.br\sociedadebrasileiradediabetes.
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Brasilescola.uol.com.br
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Revista Pilates &Saúde. Temas diversos, Editora Minuano, SP, 2017.
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CRAIG, Collen. Pilates com a bola