Atualmente, a prevalência das doenças respiratórias cresceu substancialmente, tendo grande importância no quadro de morbidade e mortalidade da população de modo geral. De todas essas, o agravo mais comum é a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).
Considerado um problema de saúde pública, a DPOC foi no ano de 2015, a quarta causa de morte no mundo. No Brasil, ela atinge mais de 7 milhões de pessoas. E mais problemático que isso, é o fato que somente 12% dos pacientes são diagnosticados e desses apenas 18% recebem tratamento.
Predominam mortes por doenças cardiovasculares, demência, diabetes, câncer e doença pulmonar obstrutiva.
A taxa de mortalidade em consequência da DPOC tem aumentado nas últimas duas décadas. E muitos fatores de risco que podem contribuir para essa mortalidade tem sido identificado. Como por exemplo, tempo de tabagismo, hipertensão pulmonar, diminuição do estado funcional e outras morbidades associadas.
O Banco Mundial prevê que, para o ano de 2020, a DPOC seja considerada ainda no ranking das maiores mortalidades, sendo a terceira maior causa.
Dada essa importância vamos falar mais sobre como ocorre essa patologia, quais as principais causas e tratamentos. E principalmente: Como o Método Pilates ajuda na prevenção e tratamento das Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas.
Causas da DPOC
Uma das causas que merece ser levada em consideração no desenvolvimento da DPOC é a poluição atmosférica. Especialmente o dióxido de enxofre e as partículas suspensas de combustíveis de veículos.
Embora não seja responsável diretamente pelo desenvolvimento da DPOC, o aumento da poluição aumenta a incidência desta doença em indivíduos fumantes.
Indivíduos que trabalham em locais onde há fumaça constante ou partículas de substâncias químicas em suspensão também parecem ter maior risco de desenvolver DPOC.
Além disso, o uso do tabaco é a principal causa de muitas doenças mortais do mundo, incluindo a doença cardiovascular, Câncer e DPOC.
O consumo de tabaco é responsável pela morte de cerca de 1 em cada 10 adultos no mundo inteiro. Com as campanhas de prevenção do uso do cigarro tiveram queda se comparado as últimas décadas.
A fumaça do cigarro é o principal fator que predispõem ao desenvolvimento de DPOC. Entretanto, apenas a minoria dos grandes fumantes desenvolve a doença, cerca de 15% apenas.
As alterações causadas pelo tabagismo
O uso do cigarro traz diversos malefícios, entre eles:
- Diminui a movimentação ciliar
- Aumenta o número de células caliciformes
- Provoca hipertrofia das células mucosas
- Favorece a inflamação das paredes brônquicas e alveolares
- Condiciona o broncoespasmo, reduz a atividade macrofágica
- Contribui para as infecções respiratórias
- Limita a produção de surfactante
- Inibe a atividade enzimáticas antioxidantes
- Provoca a fibrose, espessa e rompe as paredes alveolares.
O que são as Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas?
A DPOC é uma doença crônica, tratável e de prevenção.
Ela caracteriza pela presença de obstrução crônica do fluxo aéreo, que não é totalmente reversível. Está intimamente ligada ao tabagismo, podendo ter outras causas.
A obstrução do fluxo aéreo é geralmente progressiva e está associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões à inalação de partículas ou gases tóxicos, causada primariamente pelo tabagismo.
Embora a DPOC comprometa os pulmões, ela também produz consequências sistêmicas significativas. O processo inflamatório crônico pode produzir alterações dos brônquios (bronquite crônica), bronquíolos (bronquiolite obstrutiva) e parênquima pulmonar (enfisema pulmonar).
Além disso, a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica pode se agravar sem o tratamento adequado, comprometendo significativamente a qualidade de vida.
O conhecimento sobre a DPOC sofreu um grande avanço nos últimos anos, o que permitiu compreender que esta é uma doença inflamatória das pequenas vias aéreas, representando, assim, novas perspectivas para sua abordagem terapêutica.
Diagnóstico
O diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento efetivo da doença pulmonar obstrutiva crônica. Por isso, já diante dos primeiros sinais de cansaço, catarro ou tosse, um pneumologista deve ser procurado.
A tosse é o sintoma mais encontrado, pode ser diária ou intermitente e pode preceder a dispneia ou aparecer simultaneamente a ela. O aparecimento da tosse no fumante é tão comum que muitos dos pacientes associam como pigarro considerado ao uso do cigarro.
A dispneia é o principal sintoma associado à incapacidade, redução da qualidade de vida e pior prognóstico.
O diagnóstico da DPOC é realizado por meio da espirometria. Um exame simples que pode até ser realizado no próprio consultório médico, e que mede a capacidade pulmonar (velocidade do ar ao entrar e sair dos pulmões). O resultado pode indicar um quadro de DPOC.
Outros exames confirmatórios também podem ser solicitados para complementar o diagnóstico. Tais como raios-x de tórax, tomografia e avaliação de gases sanguíneos.
Teste para a Aula de Pilates
Mas há um teste simples, com algumas perguntas que você mesmo pode aplicar durante as aulas de Pilates e ter uma visão melhor da situação do seu aluno/paciente.
São as perguntas:
- Tem mais de 40 anos?
- Tem tosse na maior parte dos dias?
- Tem expectorado muco ou catarro na maior parte dos dias?
- Se cansa mais facilmente que outros de sua idade?
- É ou foi fumante?
Se seu aluno/paciente disse SIM em pelo menos 3 perguntas talvez ele tenha a DPOC. O indicado é que você aconselhe a procurar um médico pneumologista para fazer alguns exames e fechar diagnóstico.
A presença de sintomas respiratórios crônicos no paciente com hábito tabágico (cigarro, cigarrilha, cachimbo, charuto, maconha) deve levar à suspeita clínica de DPOC.
Quanto maior a intensidade do tabagismo, maior a tendência ao comprometimento da função pulmonar, embora a relação não seja obrigatória. Aproximadamente 15% dos fumantes desenvolvem DPOC.
A exposição à fumaça de combustão de lenha, a poeiras e à fumaça ocupacional deve ser pesquisada e pode ser encontrada no paciente com DPOC.
Tratamento
Há, atualmente, grande número de terapias úteis no processo de reabilitação de indivíduos com DPOC.
O tratamento deve ser direcionado para o estágio da doença em que se encontra o paciente, e à condição geral do mesmo. Quanto mais grave a condição clínica, mais atenção merece o indivíduo.
O programa terapêutico do bronquítico crônico é extremamente semelhante ao tratamento do enfisematoso. E inclui diversas medidas, desde as de caráter profilático ou geral, até as mais específicas, destinadas à correção das múltiplas alterações.
Geralmente, o tratamento é feito a longo prazo, envolvendo a participação de médicos, de pessoal da enfermagem, fisioterapeutas e nutricionistas.
A qualidade de vida pode ser entendida como a diferença entre aquilo que é desejável pelo paciente perante aquilo que pode ser alcançado.
O tratamento, farmacológico e não farmacológico, é de extrema importância para o portador da doença.
Nesse sentido, a reabilitação pulmonar de pacientes com DPOC tem surgido como uma recomendação padrão dentre os tratamentos não farmacológicos.
Habitualmente, um programa de reabilitação pulmonar tem, entre seus objetivos: Melhorar os sintomas da doença; melhorar a qualidade de vida; e promover a melhora física dos pacientes para as atividades de vida diária.
Os exercícios físicos
O treinamento com exercícios físicos é um componente essencial do programa de reabilitação pulmonar.
Os exercícios aeróbicos com uso de caminhadas, bicicletas ergométricas e ou esteiras são muito utilizados no programa de reabilitação. Isso porque promovem um aumento nas atividades das enzimas oxidativas mitocondriais, aumento no tamanho das fibras musculares do tipo I e no número de capilares musculares. Seus benefícios são observados independentemente do estádio em que o paciente se encontra.
O treinamento físico em geral tem por objetivo melhorar a eficiência e a capacidade do sistema de captação, transporte e metabolização dos gases respiratórios, ocorrendo aumento significativo do consumo máximo de oxigênio.
E o Pilates é um método de condicionamento prático e seguro para tratarmos esse tipo de paciente.
O objetivo é proporcionar a diminuição das incapacidades física e psicológica causadas pela doença respiratória através da melhoria da aptidão física, mental e consequentemente da performance dos pacientes. Proporcionando a reintegração social máxima deste paciente com menor incapacidade possível.
Algumas medidas a serem tomadas
1. Suspensão do fumo
Todos os fatores que agravam a bronquite crônica devem ser afastados ou combatidos. Nesse sentido, é vital a supressão do fumo e todas as medidas para que isto ocorra podem ser tentadas, tais como as gomas de mascar ou o uso dos adesivos, ambos contendo nicotina.
2. Evitar as infecções respiratórias
Também é outra medida que deve ser adotada devido ao fato das infecções serem uma das causas mais frequentes de piora do quadro respiratório nestes pacientes.
Desta forma, eles devem ser colocados à distância de potenciais fontes de infecção (por ex., evitar aglomerados públicos quando houver uma “onda” de gripe, etc.). E devem ser tratados imediatamente após o aparecimento dos primeiros sinais de infecção, viral ou bacteriana, em qualquer local do trato respiratório (portanto, está recomendação também é válida para o aparecimento de sinusites, laringites, faringites, amigdalites, etc.).
3.Vacinação contra o vírus da gripe
Podem ser administradas vacinas contra o vírus da gripe, bem como contra as bactérias que mais frequentemente provocam infecção pulmonar, na tentativa de evitar que o paciente adquira infecções respiratórias.
4. Umidificação do ar
É sempre recomendável promover-se a adequada umidificação do ar inspirado por meio de vaporizadores ou umidificadores.
Porém, cuidado: Não use por muito tempo (horas) o umidificador. Ele pode favorecer o aparecimento de fungos devido ao excesso de humidade no ambiente. Isso pode causar alergias e agravar o quadro clinico do paciente.
Use preferencialmente na parte da tarde; onde normalmente a humidade do ar cai e durante a madrugada para melhorar a via aérea enquanto dorme.
Vale lembrar que, o paciente com bronquite crônica deve estar sempre bem hidratado, não deixando nunca de tomar a quantidade de água recomendada por seu médico.
O objetivo destas duas medidas é conservar as secreções brônquicas as mais liquefeitas possíveis. Dentro da mesma linha de raciocínio, estes pacientes devem ser orientados a evitar aparelhos de ar condicionado, que ressecam o ar ambiente.
5. Fisioterapia Respiratória
A Fisioterapia Respiratória é de grande valor no tratamento da DPOC. Isso porque ela promove programas de exercícios respiratórios, treinamento muscular, exercícios de tosse, técnicas para promover uma maior saída das secreções brônquicas, exercícios para coordenar a atividade física com a respiração, etc., orientados por um fisioterapeuta e pelo médico do paciente.
O objetivo desta medida é promover uma melhora no “funcionamento” do pulmão.
6. Reabilitação Psicológica
A Reabilitação Psicológica do paciente com Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas é importante para que ele faça o tratamento medicamentoso adequadamente.
7. Suplementação Nutricional
O tratamento do paciente com Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas deve ser multiprofissional e a intervenção nutricional deve fazer parte do tratamento do paciente.
A intervenção nutricional no paciente com DPOC deve ser realizada assim que é feito o diagnóstico da doença para prevenir e minimizar os problemas relacionados ao estado nutricional.
O tratamento da DPOC inclui uma série de medidas, que vão desde as de caráter profilático até as destinadas à correção das alterações causadas pela doença.
8. Praticar atividades físicas
Importante para condicionar o musculo e sair do sedentarismo.
9. Medicamentos
- Broncodilatadores: Vão ajudar a abrir a via aérea e facilitar a passagem do ar.
- Agentes Mucolíticos e Fluidificantes: O objetivo desta terapêutica é diminuir a viscosidade da secreção brônquica e, com isto, evitar que se formem “rolhas” de secreção que irão obstruir mais ainda os brônquios. Com a diminuição da viscosidade da secreção, haverá melhora da atividade ciliar, do transporte do muco e, consequentemente, melhora da obstrução.
- Corticosteróides: O objetivo de sua utilização, por via inalatória, é de diminuir a resposta inflamatória que ocorre na árvore brônquica.
- Antibióticos: Seu uso encontra-se mais reservado para casos onde há infecção associada.
Ainda não existe mundialmente um protocolo específico para o tratamento do portador de DPOC, o que torna a prescrição de exercícios diversificada e os parâmetros de monitorização variados.
Programas de reabilitação pulmonar podem ser considerados importantes ferramentas no arsenal do tratamento da DPOC, merecendo atenção dos gestores em saúde para a implementação de políticas públicas que os incluam como rotina nos serviços de saúde.
Prognóstico
O prognóstico depende muito do histórico do paciente. De modo geral a média de sobrevida do paciente com DPOC severa é de aproximadamente 4 anos, podendo ter variações. O grau da disfunção pulmonar é um importante preditor de sobrevida.
A dispneia severa também torna um mecanismo para avaliarmos o quadro de evolução e de prognostico desse paciente. Cessar o tabagismo auxilia na diminuição da taxa de declínio da função pulmonar.
A intolerância a exercícios físicos
A intolerância ao exercício é uma característica e uma manifestação problemática da DPOC. Os pacientes com DPOC, de moderada a grave, são comumente limitados em suas habilidades de realizar tarefas usuais, tais como atividades de trabalho, exercício recreacional e seus hobbies.
Quando submetidos a testes de laboratório, os pacientes com DPOC tipicamente têm um maior consumo de oxigênio (VO2) no repouso. Isso pode ser explicado pelo aumento do trabalho mecânico respiratório ou pela redução da eficiência muscular ventilatória, ou ambas, quando comparados a pessoas saudáveis de mesma idade.
O mecanismo fisiológico da intolerância ao exercício na DPOC envolve os seguintes achados: perda alveolar e do recolhimento elástico, que contribui para o aumento da complacência pulmonar e para o prejuízo da perfusão pulmonar.
Tipicamente, essas alterações resultam de prolongada inalação de fumaça de cigarro que irrita as vias aéreas, aumentando, assim, a produção de muco e a resistência das vias aéreas.
A disfunção muscular esquelética é outro fator importante que pode contribuir para a intolerância ao exercício.
Esta é caracterizada pela redução na massa e na força muscular, atrofia de fibras musculares tipos I e II, redução na capilarização das fibras e na capacidade das enzimas oxidativas e redução na resistência muscular.
O metabolismo muscular é prejudicado tanto no repouso quanto no exercício. Além disso, fatores circulatórios, nutricionais e psicológicos podem afetar a performance ao exercício. A dispnéia é a queixa precoce universal e é a causa mais comum de limitação ao exercício.
Essa intolerância pode ser melhorada?
Embora a DPOC seja caracterizada por alterações estruturais irreversíveis na arquitetura pulmonar, a tolerância ao exercício dos pacientes com DPOC pode ser melhorada.
Terapia medicamentosa e estratégias respiratórias, como respiração com freno labial podem melhorar as limitações ventilatórias. Oxigênio e intervenção nutricional podem melhorar a performance ao exercício.
Suporte psicológico e respirações lentas e profundas podem reduzir a ansiedade e minimizar a hiperinsuflação pulmonar. E finalmente, o treinamento de exercício tem se mostrado altamente benéfico para os pacientes com DPOC.
Dificuldade para iniciar ou manter o sono e sonolência diurna excessiva são queixas frequentes em pacientes com DPOC. Estas manifestações provavelmente ocorrem por fragmentação do sono, devido, principalmente, aos sintomas tosse e dispneia durante a noite.
Diversos estudos consideram que a hipoventilação é a principal causa de hipoxemia noturna nos pacientes portadores de DPOC.
A hipoventilação pode ser ainda maior na fase do sono de movimento rápido dos olhos (REM), quando ocorre uma acentuação da hipotonia da musculatura acessória e intercostal da respiração. Resultando em diminuição da contribuição da caixa torácica para a ventilação e tornando o diafragma o principal responsável pela ventilação.
E como o Método Pilates pode contribuir com o tratamento?
Sabemos e já está provado cientificamente que Pilates melhora a qualidade de sono. Pode ser uma excelente arma para a insônia.
A reabilitação pulmonar dentro do Studio de Pilates, melhora a capacidade para o exercício, reduz a dispneia e melhora a qualidade de vida, a fadiga, a função emocional, reduzindo os níveis de depressão e ansiedade e aumentando a capacidade do paciente em controlar a própria doença, de forma que seus benefícios superam qualquer outra terapia.
Além disso, a reabilitação pulmonar aumenta a capacidade funcional para o exercício, reduz o número de hospitalizações e reduz o custo com o tratamento.
Antes de iniciar a pratica do Pilates, o paciente deve passar por uma avaliação clínica para se verificar a gravidade da doença e se há a presença de comorbidades que o coloque em risco para realizar exercícios propostos.
Como vivencia na área da pneumologia, eu sempre uso um oxímetro de pulso antes, durante e ou depois das aulas. Pois fica fácil para sabermos a saturação de oxigênio do aluno.
O oxímetro pode ser comprado facilmente em lojas de venda de produtos hospitalares ou por lojas virtuais.
O intuito nas aulas é de melhorar a qualidade de vida, aumentar a tolerância ao exercício, aliviar a dispneia e melhorar a capacidade funcional.
Dicas para sua Aula de Pilates
Sempre devemos trabalhar o DPOC como um todo. Respeitando a individualidade de cada um, temos que melhorar esses sintomas e sabemos dar um suporte psicológico ao portador.
O treinamento de membros superiores e inferiores tem por finalidade a melhora da performance ao exercício. Facilitando aos pacientes seu desempenho nas AVDs, podendo ser realizados com apoio dos membros superiores, onde o paciente faz o exercício em cadeias cinéticas fechada e aberta.
O desempenho em muitas tarefas de vida diária requer não apenas as mãos, mas na ação coordenada de outros grupos musculares que controlam o tórax superior e o posicionamento dos braços.
Alguns músculos do tórax superior e da cintura escapular servem a funções respiratórias e posturais, têm pontos de fixação torácicos e extratorácicos, como os Trapézios Superior, Inferior, Grande Dorsal, Serrátil Anterior, Subclávio e Peitorais Maior e Menor.
Nos pacientes com DPOC, à medida que ela se agrava, o diafragma perde sua capacidade de gerar força, e os músculos da caixa torácica tornam-se mais importantes na geração de pressões inspiratórias.
Para manter uma ventilação efetiva durante a elevação de MMSS, os indivíduos normais recrutam predominantemente o diafragma, enquanto pacientes com DPOC usam mais os músculos acessórios da inspiração e os expiratórios abdominais.
Já a relação com os membros inferiores, temos uma grande relação com m.m Quadríceps que é constituído por quatro músculos (reto femoral, vasto lateral, intermédio e medial). Ele é fundamental em várias AVD’s.
Usamos o quadríceps a todo momento. Ele por si só, gasta muito oxigênio para realizar todas essas atividades. Daí se torna necessário a atenção para o programa de treinamento desse musculo. É importante passar exercícios concêntricos e excêntricos.
Musculatura intercostal ficam excessivamente estiradas devido ao arcabouço do tórax em barril. Deve se trabalhar o fortalecimento com exercícios que a biomecânica é de “fechar as costelas”.
Concluindo…
O treinamento de Pilates pode tornar muito importante em um programa de reabilitação pulmonar para pacientes com DPOC. É preciso trabalhar em conjunto com outros profissionais, nunca esquecendo do conjunto multidisciplinar. Não existe uma forma protocolada no Pilates.
Cabe ao instrutor de Pilates, trazer a melhora na autonomia social e física, no sentido de tornar o paciente mais independente, mais ativo fisicamente e, portanto, mais seguro. Isso o ajudará na aceitação da condição clínica e com isso maior encorajamento as aulas.
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muito bom o seu artigo
Gostei.
Parabéns!
Bom artigo.