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Você já ouviu falar de Pilates na água? Essa técnica visa melhorar o controle postural e a tonificação do Core ou também conhecido como Power House. Isso é feito através de movimentos fluidos baseados na respiração, adaptando o trabalho de solo do Pilates à água

O Método permite trabalhar qualquer parte do corpo sem riscos de lesão, devido aos princípios de segurança e do fato de estar na água e não ter de suportar o próprio peso.

Ao entrar na água, as sessões têm um benefício que se diferenciam das tradicionais: as calorias são queimadas mais rapidamente, já que a água aumenta a intensidade do exercício e ativa o metabolismo. 

Quer entender mais sobre as vantagens do Pilates na água e como a técnica proporciona mais energia aos atletas de alto rendimento? Continue a leitura!

Pilates na água e a técnica para aumentar a intensidade dos movimentos

A água fornece um extra muito importante: relaxamento, o que torna a atividade ideal para quem sofre de estresse ou ansiedade. Nas sessões de Pilates na água podem ser introduzidos diferentes elementos que ajudam a trabalhar com maior resistência. 

Dessa forma, podemos incluir o Pilates tanto submerso como na superfície. O compromisso com o equilíbrio, a ativação do centro do corpo e o nível de resistência é maior quando a pessoa está localizada na água. Quanto mais profundo o mergulho, maior o trabalho muscular e a queima de calorias.

Para aqueles com níveis intermediários e avançados, trabalhar na água pode fazê-los ultrapassar seus próprios limites para entrar em experiências tão extremas quanto prazerosas.

Como o ambiente aquático melhora a força muscular?

O sistema neuromuscular responde de acordo com a tensão produzida e a força aplicada em suas estruturas. A comunidade científica considera o treino “em terra ou a seco” com meios convencionais (pesos livres, máquinas de resistência variável, bandas elásticas, etc.) como uma forma útil e eficaz de melhorar as diferentes manifestações da força muscular. 

Sabemos que as atividades físicas no meio aquático têm sido tradicionalmente destinadas e prescritas para aquelas populações com algum tipo de deficiência ou patologia osteo-articular. 

Também tem crescido como modalidade apoiada por diversos estudos científicos com grande utilidade no campo da reabilitação, melhora da função cardiorrespiratória através de exercícios aeróbicos ou como complemento para potencializar o desempenho esportivo de corrida ou salto.

O treinamento por meio de exercícios no meio aquático deve ser considerado para melhorar a força muscular e/ou composição corporal, mesmo oferecendo benefícios que os meios tradicionais de treinamento não apresentam, como:

  • Menor estresse articular e risco de lesão; 
  • Aumento do gasto calórico;
  • Menos dores musculares tardias.

Poucos estudos foram realizados para determinar os efeitos que o treinamento por meio de exercícios de força no ambiente aquático pode ter na função neuromuscular e na seção transversal do músculo esquelético (massa livre de gordura).

A água sustenta o corpo empurrando-o para cima, conhecido como flutuabilidade. Dessa forma, qualquer movimento, velocidade ou direção é retardado pela resistência da água. 

A resistência tridimensional é criada quando o corpo empurra contra a água, pois é mais denso que o ar. Por consequência, os músculos são usados ​​com maior força do que se estivesse simplesmente movendo os braços e os pés no ar. A resistência oferecida pela água é sempre semelhante, desde que o movimento seja feito no mesmo ritmo e nas mesmas condições.

Resistência muscular através do Pilates na água 

Para aumentar a resistência oferecida pela água, deve-se aumentar a taxa por minuto ou a área da seção transversal do dispositivo/material aquático utilizado, de modo que ao dobrar a velocidade, o atrito produzido pela água seja quadruplicado.

Outra característica interessante e particular dos exercícios realizados no meio aquático é que as ativações musculares são fundamentalmente de tipo concêntrico para todos os movimentos, já que a água sempre exerce resistência em todos os planos e direções de movimento.

Por isso, o que se deve levar em consideração ao projetar um programa de treinamento de força no ambiente aquático? 

É essencial obter o controle combinado das seguintes variáveis:

  • Cadência do movimento ou ritmo/velocidade de execução (b/p/m);
  • Tamanho (seção transversal) dos dispositivos aquáticos que aumentam a força de arrasto: luvas, pranchas e/ou nadadeiras;
  • Comprimento do braço de alavanca da extremidade que exerce resistência na água;
  • Posição hidrodinâmica do segmento mobilizado e dos dispositivos aquáticos utilizados;
  • A realização de uma série específica de repetições e em função do objetivo pretendido;
  • A flutuabilidade da água permite correr, caminhar, pular, alongar e girar sem os impactos de fazê-lo em terra;
  • A água atua como uma almofada para as articulações;
  • Resistência tridimensional.

Pilates na água e a alternativa para atletas de esportes de alto rendimento

Clubes como o FC Barcelona, ​​​​Atlético de Madrid ou a seleção Inglesa já contam com profissionais do Pilates em suas equipes multidisciplinares, para utilizá-lo como mais uma ferramenta no treino com todos os jogadores, na reabilitação e na recuperação de lesões esportivas.

O Pilates na água proporciona que os músculos estabilizadores e as cadeias musculares sejam trabalhados por um período contínuo de tempo, se tornando benéfico como complemento ao treinamento, pois produz uma ativação de toda a musculatura. 

A técnica se concentra em alguns pontos-chave como o ganho de flexibilidade na cadeia posterior, favorecendo o jogador de futebol, por exemplo, que sofre com o encurtamento dessa parte do corpo.

Conclusão

Nós já sabemos que o Método tradicional oferece diversos benefícios à saúde do corpo, à potencialização na qualidade de vida e tratamento de muitas patologias. Dessa forma, quando o Pilates tradicional é transferido para o ambiente aquático, o desempenho é maximizado e o risco de lesões diminui. 

Cada movimento do Pilates na água mostra o déficit ou força de uma determinada região do corpo, o que nos permite focar em melhorar os pontos fracos dos alunos. Como a água é mais densa que o ar, os músculos são usados ​​com mais força e, consequentemente, o gasto calórico também é maior.

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