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De acordo com o último censo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) Cerca de 45 milhões de pessoas possuem alguma deficiência física ou mental no Brasil, dessas estima-se que 300 mil tenham Síndrome de Down, uma prevalência de 1 a cada 600 nascimentos.

E como sempre uma das melhores alternativas de tratamento é a pratica de atividade física, para auxiliar na inclusão social e melhorar o equilíbrio emocional e auxiliar nas deficiências motoras. E como uma alternativa de atividade, o Método Pilates pode ser utilizado como uma alternativa positiva que trabalha o desenvolvimento global na Síndrome de Down.

Nesse texto vamos abordar todos os aspectos relevantes que você como instrutor deve se atentar para um aluno com Síndrome de Down e dicas para montar uma aula com todos os benefícios que o método pode proporcionar para alunos nessa condição.

A Síndrome de Down

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A Síndrome de Down não é uma doença, é uma condição. Segundo a explicação da Fundação Síndrome de Down, é uma deficiência gerada pela alteração genética produzida pela presença de um cromossomo a mais, o par 21, por isso também conhecida comotrissomia 21. Essa alteração genética afeta o desenvolvimento do indivíduo e determinando algumas características físicas e cognitivas.

A Síndrome de Down tem uma probabilidade maior na idade materna, a partir dos 35 anos, e aumentam progressivamente os riscos de gestar um bebê com essa deficiência. Porém o nascimento de crianças com a síndrome é mais frequente com mulheres com menos de 35 anos.

Portadores podem estar sujeitos a uma maior incidência de doenças, sejam eles crianças ou adultos. Porém mesmo que as alterações no cromossômicas geradas pela Síndrome de Down sejam comuns em todas as pessoas eles apresentam personalidades e características diferentes um dos outros, a única característica em comum é o déficit intelectual.

Vale lembrar que não existe graus, e as características e personalidades entre os portadores são as mesmas que as pessoas que não tem. Cerca de 50% das crianças portadoras apresentam problemas cardíacos, algumas vezes graves, necessitando de cirurgia nos primeiros anos de vida.

Segundo a ONG Movimento Down, as principais características físicas associadas a Síndrome são os olhos amendoados, propensão ao desenvolvimento de doenças, hipotomia muscular e deficiência intelectual. Além disso, pessoas com Síndrome de Down comumente estão mais vulneráveis a uma maior incidência de algumas doenças, como cardiopatias e problemas respiratórios.

 Aspectos da Síndrome de Down

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Antes de qualquer técnica específica para Síndrome de Down, a convivência saudável deve ser uma das prioridades da estimulação, pois é a partir dela que ocorre o desenvolvimento.

O desenvolvimento é manifestação eminentemente motora, por isso o programa nessa área é fortemente desenvolvido respeitando os níveis de rendimento. Dependendo das deficiências específicas, alguns exercícios são aplicados para inibição de reflexos patológicos e alterações.

Uma das características principais da Síndrome de Down, e que afeta diretamente o desenvolvimento psicomotor, é a hipotonia generalizada, presente desde o nascimento.

A hipotonia origina-se no sistema nervoso central e afeta toda a musculatura e a parte ligamentar, causando atraso nas aquisições de marcos motores básicos.

Outros aspectos relevantes que devemos ficar atentos e avaliar, pois, podem ou não estar presentes e influenciar na escolha do exercício:

  • Hiperfrouxidão ligamentar – Pode levar a instabilidade importante das articulações. (Durante as aulas de Pilates devemos ter cuidado com a amplitude de movimento exageradas).
  • Displasia do desenvolvimento do quadril – Cerca de 5% dos indivíduos com Síndrome de Down apresentam.
  • Escoliose – Cerca de 50% de pessoas com Síndrome de Down apresentam.
  • Genuvalgo importante dos joelhos;
  • Luxação recidivante patelo-femoral;
  • Pés planos, valgos e flexíveis;
  • Instabilidade craniovertebral – Muitas pessoas com síndrome de Down, estimadas entre 15 e 30% – apresentam instabilidade no pescoço. Ela engloba a instabilidade atlanto-axial, a mais comum, e a instabilidade atlanto-occipital.

De qualquer forma, é importante observar que as Diretrizes de Atenção à Pessoa com Síndrome de Down do Ministério da Saúde ressaltam que devem ser evitados movimentos de flexão e extensão total da coluna cervical, especialmente no caso de portadores que apresentam sintomas, porque podem colocar pressão sobre o pescoço.

Aplicando o método Pilates

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O Pilates trabalha com exercícios que podem ser adaptados para o desenvolvimento global. Os principais benefícios são:

Trabalho respiratório e fortalecimento do transverso abdominal, pois é de fundamental importância relevar que a presença da anormalidade cromossômica em si, pode aumentar o risco de certas complicações, como a predisposição a comprometimentos respiratórios.

Trabalho de equilíbrio estático e dinâmico, que normalmente é afetado devido a hipotonia muscular e atrasos nos marcos motores. Além disso, o atraso na maturação cerebelar, o tamanho pequeno do cerebelo e tronco cerebral e também o retardo de maturação das vias corticais a partir do córtex motor ocasionam um déficit de equilíbrio importante, podendo persistir até a adolescência das pessoas com Síndrome de Down;

Trabalho de propriocepção e controle postural, pois eles podem apresentar dificuldade para captar as informações sensoriais que determinam a posição do corpo no espaço e a velocidade em que o corpo está se movendo.

Treino de marcha, por meio desse treinamento, a pessoa com síndrome de Down adquire melhor coordenação motora e ritmo para acelerar a sua marcha.

Melhorar a interação com pessoas e ambiente. Na Síndrome de Down pode haver diminuição da interação do indivíduo com o meio ambiente e dificuldades de adaptação social, limitando oportunidades derivadas de experiências sensoriais como visuais, vestibulares, táteis e proprioceptivas.

O Pilates no caso, contribui muito, pois promove liberdade dos movimentos e aumenta a sociabilização, uma vez que representa ser um ambiente agradável e rico em estímulos, onde são realizados exercícios lúdicos que envolvem objetivos terapêuticos, de forma individual ou em grupo.

Em minha opinião é de primordial importância que os profissionais envolvidos com os portadores de Síndrome de Down tenham total conhecimento sobre a síndrome, com o objetivo de fornecer informações precisas e atualizadas, bem como se aprimorarem constantemente no que tange ao tratamento específico multidisciplinar e suporte emocional.

Concluindo…

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Então o Pilates pode ser sim maravilhoso, uma atividade personalizada que leva a inclusão na atividade física com segurança e obtenção de melhor qualidade de vida. O importante é respeitar a individualidade das características da Síndrome de Down e determinar a linha de exercícios a partir disso!

Tem alguma dica ou experiência para acrescentar? Deixe aqui seu comentário!

 


























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