No início das aulas de Treinamento Funcional, o aluno conhece cada um dos benefícios dos exercícios e como podem ajudá-lo. Com o tempo, a perspectiva de atingir os objetivos vai ficando menos motivadora e o instrutor precisa buscar métodos para montar aulas de Treinamento Funcional mais interessantes.
Pensando nisso, preparamos 8 dicas que irão te ajudar a planejar boas aulas de Treinamento Funcional. Continue lendo esta matéria e descubra cada uma delas!
Dicas para montar aulas de Treinamento Funcional
1. Individualização
Para uma aula de Treinamento Funcional ser realmente boa, é preciso individualizar a sessão, ou seja, o instrutor não deve adotar um protocolo único para todos seus alunos. Essa padronização não gera bons resultados e podem deixar os alunos insatisfeitos.
O Treinamento Funcional trabalha com aulas que se adaptam às necessidades e dificuldades dos alunos, buscando por resultados mais otimizados de condicionamento físico, flexibilidade, força e agilidade.
Outro fator individual importante a se considerar na hora de preparar as aulas são os desequilíbrios corporais. Mesmo que o principal foco das aulas de Treinamento Funcional não seja a reabilitação, as atividades devem ser realizadas para corrigir as compensações e padrões de movimento.
Para quem trabalha com aulas em grupo, a dificuldade é ainda maior, já que o trabalho é realizado com diversos tipos de corpo ao mesmo tempo e, muitas vezes, é impossível separar a turma por nível de habilidade.
Ter aulas individualizadas significa ter exercícios que todos podem fazer e que auxiliam nas dificuldades individuais.
2. Objetivo
É recomendado que objetivos sejam incluídos ao planejar o período de atividades do aluno. Dessa forma, ele terá algo para alcançar e motivá-lo a praticar e priorizar a ordem dos exercícios.
Os objetivos, tanto das aulas quanto do aluno, auxiliam a guiar cada aula de Treinamento Funcional e a estabelecer o que deve ser trabalhado e melhorado naquela sessão de exercícios.
Ter um objetivo não impede o aluno de realizar outros tipos de exercícios e desenvolver outras partes do corpo, por isso, o instrutor precisa passar as orientações corretas no decorrer das aulas.
3. Acessórios
Existem muitos acessórios que podem ser utilizados nas aulas de Treinamento Funcional. Cada acessório acrescenta novidades aos movimentos, podendo ser de instabilidade, força, potência ou agilidade.
Os acessórios não são elementos lúdicos, utilizados somente para deixar a aula mais “legal”. Na verdade, para utilizá-los, é necessário pensar nos objetivos propostos.
Alguns acessórios que podem ser utilizados durante as aulas:
- Fitball: equilíbrio, estabilidade;
- Fita de suspensão: força, estabilidade, equilíbrio;
- Balance pad: estabilidade, equilíbrio:
- Bosu: estabilidade, equilíbrio:
- Escada: agilidade, condicionamento cardiovascular;
- Cone: agilidade:
- Foam Roller: equilíbrio, estabilidade:
- Medicine ball, kettlebells, halteres e outros pesos: carga.
4. Progressão
A progressão é a maneira mais clara de mostrar que o aluno está próximo de alcançar os objetivos propostos. Caso contrário, ele ficará desmotivado.
O planejamento das aulas de Treinamento Funcional tem que ser pensado para que, na prática, o aluno perceba os resultados, a eficiência e as soluções geradas por aqueles exercícios.
Com o tempo, será possível notar a progressão do Treinamento Funcional para níveis mais avançados, com exercícios mais elaborados e, consequentemente, novas metas.
5. Aquecimento
Como tudo no Treinamento Funcional, o aquecimento deve ser específico e ajudar com os objetivos da aula que será realizada. No aquecimento, o corpo fica preparado para se mover, melhora o alongamento e a flexibilidade das fibras musculares, além de contribuir para o bom funcionamento articular e prevenir diversas lesões.
O aquecimento não deve ser somente uma corrida de 5 minutos e sim a preparação de todas as articulações que serão trabalhadas durante as aulas de Treinamento Funcional.
6. Ordem dos exercícios
Muitas vezes o aluno não consegue executar um movimento ou encontra alguns problemas no decorrer do exercício. Provavelmente essas dificuldades estão relacionadas a um planejamento ruim. Planejar aulas de forma incorreta é comum e pode ser evitado.
Depois de decidir quais exercícios serão usados numa aula, seja ela em circuitos ou convencionais, é necessário pensar em qual será a ordem de execução.
Ou seja, cada exercício precisa ser preparado em uma sequência lógica, com cuidados para que o aluno não fique tão cansado ao ponto de não conseguir mais se exercitar.
7. Outras técnicas
Durante as aulas de Treinamento Funcional, não é necessário manter somente os exercícios relacionados a essa modalidade. É possível combinar o Treinamento Funcional com o Pilates, por exemplo.
O Método Pilates é um complemento, já que possui objetivos similares e os seus exercícios também são globais. Equipamentos e acessórios do Pilates podem ser utilizados no Treinamento Funcional e, assim, deixar a aula ainda mais completa.
8. Variações
Além de deixar as aulas mais interessantes, as variações devem ser usadas, principalmente, com um propósito, seja ele melhorar o fortalecimento do corpo, adicionar estabilidade, entre outros.
Durante as aulas de Treinamento Funcional, as variações dos exercícios precisam ter motivos para estarem lá com frequência e facilitar a aula para alguém menos ou mais avançado. As variações também podem ser preparadas como alternativa caso ocorram imprevistos.
Conclusão
É muito difícil atingir a perfeição durante as aulas de Treinamento Funcional. Contudo, podemos sempre aprimorar e chegar perto. Tudo é uma questão de planejamento, levando em consideração as características individuais de cada aluno e os objetivos da modalidade.
O Treinamento Funcional não é exclusivo para atletas ou já praticantes de atividades físicas. Por isso, caberá ao instrutor analisar se é possível complementar os exercícios com outros métodos e acessórios e, em casos positivos, adicionar novos desafios e objetivos para que o aluno continue se motivando a realizar os movimentos.