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A tireóide é uma glândula responsável pela secreção hormonal e controle de diversas funções do organismo. Os principais hormônios produzidos são triiodotironina (T3) e tiroxina (T4). Quando estes hormônios são secretados em quantidade insuficiente ocorre o hipotireoidismo e em contrapartida quando é secretado em excesso ocorre o hipertireoidismo.

Ambas as alterações causam vários sintomas clínicos que podem comprometer a função de outros sistemas do corpo e diminuir a qualidade de vida se não tratado.

O primeiro passo para solucionar estes problemas é consultar um médico, pois ele saberá indicar os tratamentos mais adequados. Porém, para prevenir estas doenças, a prática regular de exercícios físicos pode auxiliar o estímulo da glândula tireóide.

Vamos conhecer através deste texto como o exercício físico atua na prevenção das disfunções da tireóide? Acompanhe a seguir!

Tireóide: o que é e quais suas funções

A tireóide é uma glândula que secreta dois hormônios importantes para a regulação do metabolismo: A Tiroxina (T4) e a Triiodotironina (T3). Estes dois hormônios são essenciais para a promoção do crescimento e desenvolvimento normal. Esta glândula está localizada juntamente à traquéia, logo abaixo da laringe. 

Ela é constituída por dois cubos achatados e são unidas por um istmo. Um outro hormônio é secretado por células separadas por toda glândula, a Calcitonina. Este hormônio tem a função de regular os níveis plasmáticos de cálcio.

O que é o Hipotiroidismo?

O hipotireoidismo é quando a glândula tireóide é incapaz de produzir quantidades suficientes dos hormônios T3 e T4. As causas podem ser diversas como: doenças infecto contagiosas, estado nutricional e alterações hormonais.

Com quantidades insuficientes de hormônios tireóideos, há uma redução da inibição da secreção do TSH, pela adeno-hipófise por feedback negativo.

O resultado desta secreção incomum de TSH é o aumento anormal da glândula conhecida como bócio por deficiência de iodo ou bócio endêmico.

Sintomas clínicos:

  • Inchaço facial e edemas oculares;
  • Pele fria e seca;
  • Queda dos cabelos (alopecia);
  • Sensibilidade ao frio;
  • Ganho de peso corporal devido a diminuição do metabolismo basal;
  • Constipação;
  • Letargia;
  • Diminuição da memória;
  • Unhas quebradiças.

No diagnóstico clínico há uma redução do metabolismo basal e do consumo de oxigênio, hipotermia, diminuição da frequência cardíaca e do débito cardíaco. Em exames laboratoriais, observa-se diminuição de T3 e T4 na corrente sanguínea por causa da concentração elevada de TSH.

O tratamento do hipotireoidismo consiste em reposições hormonais para que os níveis fiquem adequados e o controle periódico com o médico é essencial para este monitoramento.

O que é o Hipertireoidismo?

O hipertireoidismo ocorre devido à secreção excessiva do hormônio tireóide nos tecidos. Existem várias causas, mas a mais comum é a doença de Graves. Pessoas com esta patologia possuem na corrente sanguínea anticorpos anormais que imitam o TSH. 

As manifestações constituem em aumento da glândula tireóide (bócio), protrusão dos bulbos oculares e retração das pálpebras.

Há um aumento do consumo de oxigênio e da energia metabólica e, consequentemente, aumento do metabolismo basal e da atividade do sistema nervoso simpático.

Os principais sintomas são:

  • Diminuição acentuada de peso corporal;
  • Sudorese excessiva;
  • Taquicardia e batimentos cardíacos irregulares;
  • Irritabilidade.

Pelo diagnóstico clínico, observa-se aumento do metabolismo basal e consumo de oxigênio, dos batimentos cardíacos e da pressão arterial. Através dos exames laboratoriais é confirmado pelos níveis elevados de T3 e T4 na corrente sanguínea.

O tratamento consiste no uso de fármacos e ainda cirurgia, removendo a glândula tireóide por completa ou uma parte. Há ainda a ingestão de iodo radioativo que destrói as células tireóideas mais ativas.

Quais são os efeitos corporais dos hormônios tireóideos?

A secreção destes hormônios estimula cada órgão para desempenhar funções específicas, como:

  • Aumento do metabolismo de carboidratos e gorduras;
  • Aumento da necessidade de vitaminas;
  • Aumento do metabolismo basal;
  • Diminuição do peso corporal;
  • Aumento do fluxo cardíaco e do débito cardíaco;
  • Regulação da frequência cardíaca;
  • Aumento da força cardíaca;
  • Regulação da pressão arterial;
  • Regulação da frequência e profundidade da respiração;
  • Regulação da motilidade gastrintestinal;
  • Excitação do sistema nervoso central.

Para que a tireóide funcione adequadamente e mantenha a atividade metabólica normal, é necessário que os hormônios sejam secretados na quantidade apropriada e de maneira contínua. 

Sendo assim, existem mecanismos de feedback que funcionam por meio do hipotálamo e hipófise anterior para controlar a secreção da glândula tireóide.

O hormônio secretado pela hipófise anterior é chamado de tireotrofina ou TSH que atua na diminuição ou aumento da secreção de Tiroxina (T4) e Triiodotironina (T3). A secreção do TSH, por sua vez, é controlada por um hormônio hipotalâmico chamado de hormônio de liberação tireotrofina, ou TRH. 

O TRH é transportado até a hipófise anterior pela corrente sanguínea, através do sistema porta hipotalâmico-hipofisário e quando há um aumento dos hormônios tireóideos nos líquidos corporais, há uma diminuição da secreção de TSH pela hipófise anterior.

Quando há uma desregulação da secreção hormonal por estes órgãos, ocorrem algumas manifestações clínicas conhecidas por doenças da tireóide.

Como a atividade física pode ajudar a não desenvolvê-las?

Alguns estudos mostram que o exercício físico atua no aumento da secreção de TSH que pode ser explicada pelo aumento do metabolismo ao realizar um esforço físico.

Após a prática de uma atividade física, o TSH permanece elevado por diversos dias e ainda promove um aumento tardio da liberação de T3 e T4, ou seja, em exercícios submáximos e prolongados os níveis de T4 permanecem 35% mais elevados do que os níveis de repouso.

Após o pico inicial no começo do exercício, os níveis de T3 também aumentam.

Então, em resumo, a prática de exercícios físicos com objetivo de melhora da qualidade de vida e saúde influenciam na manutenção das dosagens hormonais da glândula tireóide

Porém, este fato parece não ocorrer em atletas. Mulheres atletas quando realizam um treinamento de endurance de alta intensidade, podem ter uma diminuição da função tireoidiana, com níveis diminuídos de T3 e uma hiper resposta do TSH ao estímulo com o TRH. 

Outro fato é que as mulheres atletas com perda de peso excessivo e amenorréia decorrentes da intensidade imposta pelos treinos físicos podem apresentar supressão dos hormônios tireoidianos, levando a síndrome do T3 baixo.

Portanto, níveis adequados de hormônios, bem como a boa função da glândula tireóide dependerá de intensidades adequadas de exercício físico e bom controle nutricional.

E quais são os melhores exercícios?

O melhor exercício será aquele em que você se sentir confortável e de acordo com seu nível de condicionamento físico. Se a pessoa estiver sedentária há muito tempo, deverá começar com exercícios de baixo impacto como caminhar, andar de bicicleta, subir escadas, Yoga, Tai-chi, hidroginástica, dança e natação. 

À medida que o corpo for condicionando, pode-se aumentar a intensidade do treinamento, aumentando o número de vezes da semana ou tipo de atividade.

Se a pessoa já for mais condicionada, realizar exercícios de alto impacto como pular corda, saltar, corrida, treino intervalado de alta intensidade e ciclismo são ótimas escolhas.

Conclusão

O exercício físico pode ser muito benéfico para a regulação da tireóide e ainda prevenir suas disfunções.

Porém, antes de iniciar um programa de treinamento, o ideal é passar por uma consulta médica e ainda uma avaliação com um profissional do movimento, fisioterapeuta ou profissional de educação física, para que o exercício físico seja realmente seguro e traga benefícios em relação à função endócrina.


























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