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Você já teve um aluno com hérnia cervical?  Você sabe quais exercícios para o tratamento da hérnia cervical utilizar?

Muitos são os casos de patologias que acabam chegando nos Studios, por isso, é importante que você esteja preparado para trabalhar em cima de cada um desses.

Pensando nisso, preparamos este texto com um protocolo de aula para alunos que possuem hérnia cervical, demonstrando como pode ser realizado este tratamento. 

Lembrando que não existe “receita para o bolo”, por isso, nem todos os alunos/pacientes podem ser tratados da mesma maneira. 

Sendo assim, é muito importante realizar antes uma avaliação para então verificar se estes exercícios podem ser utilizados em todos casos de hérnia cervical.

Para entender mais sobre exercícios para o tratamento da hérnia cervical, continue lendo!

Como iniciar o tratamento da hérnia cervical?

A primeira coisa que precisamos entender para reabilitar um aluno com hérnia cervical, é que a avaliação é muito importante. 

Por isso, você, como profissional, deve primeiro avaliar a dor que ele está sentindo na cervical e descobrir se esse incômodo realmente acontece por conta da hérnia. 

Às vezes, a dor pode vir do ombro ou de outras estruturas. Por isso que é importante essa avaliação.

Normalmente é muito comum que as pessoas com problema no ombro, sintam dor cervical e acabem não realizando um exame específico de ombro, achando que o problema encontra-se apenas na cervical. Desta forma, é preciso que você avalie ambos e descubra então de onde realmente vem esta dor.

Ao fazer a avaliação, você consegue analisar o problema de ombro e depois, fazer o passo a passo, caso essa pessoa tenha dor vindo da região cervical.

Desta forma, a primeira coisa a fazer é fazer a palpação na região do trapézio, para verificar se o paciente sente dor do lado que está sendo tocado, você pode verificar também se existe algum ponto gatilho, fazendo uma palpação na região do elevador da escápula que também costuma ficar tensionado.

Depois de feita a palpação de trapézio, você passa a realizar a palpação do trapézio inferior, trapézio médio e escápula, assim sucessivamente. 

Porque fazer isso? Para que você possa encontrar pontos de tensão para então relaxar essa região.

É importante também realizar a palpação da musculatura do pescoço e peitoral menor, observando o ombro do paciente através da 3ª, 4ª e 5ª costela, para verificar se existe ponto gatilho nesta região.

Avaliando o aluno/paciente

Após fazer a palpação, você pode realizar uma avaliação simples de ombro, para verificar se o aluno/paciente sente algum desconforto. 

Um teste muito comum para ser feito neste caso é o teste de Apley, onde você pede para o aluno tentar alcançar as mãos cruzando-as nas costas.

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Mesmo que o aluno consiga encostar um dedo no outro, é importante verificar a posição da escápula. 

Caso a escápula do paciente esteja saindo muito do seu devido lugar, pode ser uma disfunção, por isso, neste momento, é importante perguntar ao aluno se ele sente algum tipo de dor no ombro.

No caso de haver dificuldades para encostar uma mão a outra, pode ser um indício de tensão de cadeia anterior e peitoral menor. 

Então para verificar se realmente existe essa tensão, você precisa apalpar os dois lados do peitoral menor verificando se um dos lados está mais tenso que o outro.

 Outro exercícios simples é pedir para o aluno ficar de joelhos e em seguida sentar sobre os calcanhares e levar as mãos para frente, apoiando no chão. 

Em seguida, pedir para o mesmo posicionar as mãos com os polegares para cima e levantar uma mão de cada vez, o máximo que conseguir.

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Ao finalizar o movimento, você deve perguntar ao paciente se um dos braços foi mais difícil de erguer que o outro. Após ter a resposta, você pode ter a conclusão se existe, ou não, um lado com maior tensão.

Protocolo de tratamento para hérnia cervical

Com a diagnóstico pronto, você inicia o trabalho com exercícios para o tratamento da hérnia cervical através de 6 passos: 

  • alívio de dor;
  • mobilização da escápula e região torácica;
  • alongamento de cadeia anterior; 
  • fortalecimento dos dorsais; 
  • mobilização da região cervical;
  • lição de casa;

Passo 1: Alívio de Dor

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Neste primeiro passo, você deve realizar o alívio da dor, independente se ela vem do ombro ou da cervical.

O ideal é iniciar com uma liberação de escápula e trapézio, iniciando os movimentos de baixo para cima e em seguida, pressionando o ponto gatilho até o aluno não queixar-se mais de dor no local. 

Após a liberação, você pode realizar um deslizamento no trapézio para relaxar o que foi trabalhado no ponto gatilho.

Ainda no passo de alívio de dor, você pode usar o Cadillac e deitar o aluno, pedindo para ele segurar a barra torre e começar a fazer a terapia manual na região de ombro e pescoço, podendo realizar também a extensão cervical, no caso de não haver dor por parte do paciente.

Passo 2: Mobilização da Escápula e Mobilização da Região Torácica

Neste passo, você pode iniciar com o aluno em quatro apoios e pedir para ele “empurrar o chão”, fazendo uma mobilização escapular.

Em seguida, você deve pedir para o aluno empurrar mais uma vez o chão e elevar os ombros para frente, em direção às orelhas para depois voltar para a posição de braços e levar o ombro para o lugar, como se realizasse o movimento de círculo com os ombros.

Encerrando o passo de mobilização escapular, você pode realizar a mobilização torácica que pode ser feita com o auxílio de uma Tonning Ball. 

Para iniciar este movimento, você primeiro deve pedir para seu aluno deitar no Cadillac e colocar a Tonning Ball na coluna torácica dele. 

Em seguida, auxilie seu aluno para ele cruzar os braços no peito, com as mãos encostadas uma em cada ombro e depois, realizar uma extensão de torácica, para ao final voltar à posição inicial.

Para aumentar a amplitude, pode ser utilizado Roll Up no mesmo local em que estava a Tonning Ball, pedindo então para o aluno colocar as mãos na nuca, dobrar os joelhos e realizar uma flexão.

Passo 3: Alongamento de Cadeia Anterior

Este terceiro passo também pode ser realizado aproveitando o último movimento feito para mobilizar a região torácica.

Desta forma, continue com o Roll Up embaixo da coluna torácica do aluno, fazendo a extensão dessa região para assim alongar toda a região do peitoral (cadeia anterior).

Passo 4: Fortalecimento dos Dorsais

O fortalecimento dos dorsais podem ser aproveitados para ganhar mobilidade na região também. 

Então, para iniciar esses movimentos, você pode começar pedindo para o aluno ajoelhar-se no Cadillac e segurar as molas com as duas mãos puxando para si uma de cada vez.

No segundo exercício deste fortalecimento, o aluno puxa novamente a mola do Cadillac, porém, ao realizar este movimento, ele deve também rodar o corpo para o lado em que a mola está sendo puxada. Este movimento é conhecido como flecha.

Passo 5: Mobilização da Região Cervical

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Neste passo, você pode aproveitar o exercício do passo anterior e pedir para o aluno realizar uma puxada como a anterior, porém olhando para trás. 

Em seguida, o aluno deve realizar a mesma puxada, porém olhando para o lado oposto.

Para realizar o fortalecimento da cervical, pode ser utilizada a banda elástica, onde você irá solicitar para o aluno apoia-la atrás da cabeça, tensionando a mesma com as duas mãos e forçando o pescoço para trás, para fortalecer a musculatura posterior. 

Em seguida, o aluno deve fazer o mesmo movimento, porém lateralmente.

Passo 6: Lição de Casa

Peça para seu aluno colocar uma toalha na nuca e puxe com as duas mãos para o lado esquerdo e em seguida para o lado direito. 

Após realizar este exercício, ele deve posicionar a toalha mais para o alto da cabeça e pressionar com as duas mãos para baixo.

Em seguida, o aluno deve pressionar o pescoço na diagonal, realizando o movimento assim como foi feito os anteriores e para finalizar, o aluno deve colocar a toalha novamente no pescoço e elevar o pescoço para cima.

Conclusão

Apesar dos exercícios para o tratamento da hérnia cervical não serem uma “receita de bolo”, eles comumente dão resultados ótimos, trazendo uma alternativa segura e eficiente para seus alunos com hérnia cervical.

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