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O Pilates é um Método que visa a melhora das funções físicas e mentais. A gama de exercícios terapêuticos que o Método oferece tem grande aplicabilidade no tratamento de atletas, tanto amadores quanto de alto rendimento, visto que pode ser utilizada na prevenção de lesões ou até mesmo na recuperação do rendimento. O Pilates na reabilitação esportiva se mostra muito eficiente.

Por ser uma prática que aborda uma visão holística do homem, o Pilates atualmente tem sido utilizado como forma de complementar o treino esportivo, pois, assim como o esporte, ele busca a coordenação entre o físico e o mental. Afinal, um atleta de alto rendimento que não consegue se manter focado, não consegue chegar ao seu padrão ouro. “É a mente que esculpe o corpo”. 

Já o esporte é tão antigo quanto o próprio homem. O Conselho Europeu de Esporte define-o como uma forma de prática de atividade corporal, que se dá através de uma participação organizada e ocasional, que tem como objetivo aumentar a condição física e o bem-estar mental, tendo como resultado o aumento das relações sociais ou competições de diferentes níveis. 

Visto que ambas as práticas estão em ascensão significativa no Brasil, tanto o Pilates quanto o esporte, e que ambas as práticas podem ser associadas objetivando a melhora do desempenho global, no texto de hoje iremos abordar os benefícios do Pilates para a prevenção e reabilitação esportiva.

Esporte no Brasil 

A última pesquisa realizada pelo Ministério do Esporte, em 2013, concluiu que, felizmente, houve um aumento expressivo no número de praticantes de atividade de física no Brasil. Entre 2009 e 2013 ocorreu um aumento de 11% no número de praticantes de alguma atividade física durante seu tempo livre. 

Como o esporte é considerado uma forma de se praticar uma atividade física, é sensato afirmar que a prática de esportes também cresceu no país. O brasileiro atualmente tem mais ciência dos benefícios do esporte e dos malefícios do sedentarismo. 

Nessa mesma pesquisa realizada em 2013, cerca de 40% dos entrevistados afirmaram que praticavam esporte “para melhorar a qualidade de vida” e 37% “para melhoria do desempenho físico”. Isso nos mostra que os objetivos atuais da prática vão muito além da melhora da estética corporal. 

Outro fato, que é um tanto alarmante, tem relação com a orientação recebida para a prática de esportes, apenas 9,7% dos entrevistados afirmaram que receberam alguma orientação em relação à prática. Isso nos leva a refletir sobre a necessidade de intervenção para a melhora do desempenho dos atletas, visto que uma prática não orientada pode ser considerada um fator de risco para possíveis lesões associadas. 

E é aí que entra o Pilates como forma de prevenção e tratamento de lesões esportivas. Devido à vasta quantidade de exercícios que podem ser realizados no ambiente de um estúdio, o gesto esportivo pode ser facilmente simulado durante a prática do Pilates, objetivando assim o retorno aos treinos ou até mesmo a prevenção de futuras lesões. 

Importância da prática de esportes para a saúde

A prática de esportes tem benefícios globais para a saúde do indivíduo. Por ser um tipo de atividade física que demanda a interação com outros sujeitos, seus benefícios vão muito além do bem estar físico. A saúde mental também é favorecida devido à prática esportiva. Tendo resultados na prevenção e tratamento da depressão, devido à liberação de endorfinas proporcionada pela prática.

A Federação Internacional de Medicina do Esporte afirma que a prática de esportes, quando feita na intensidade adequada do paciente, auxilia na prevenção da doença coronariana, contribuindo para a diminuição da mortalidade e incapacidade relacionada à sua incidência. Melhora o perfil lipídico sanguíneo, auxilia na manutenção da pressão arterial, no controle ponderal, entre outros fatores de risco para doenças cardiovasculares. 

Devido ao quadro de envelhecimento populacional, e ao aumento da incidência de patologias crônico-degenerativas, a prática esportiva pode favorecer também para o controle do diabetes mellitus, prevenção de suas incapacidades, na prevenção e controle da depressão, na manutenção da densidade mineral óssea no idoso e outras alterações musculoesqueléticas relacionadas ao envelhecimento. 

Esportes mais praticados no Brasil hoje 

Quando se pensa no Brasil um esporte já vem a nossa mente logo de cara: Futebol. Já não é segredo para ninguém, a paixão nacional pelo futebol é conhecida internacionalmente. O futebol é a estrela nacional entre os esportes, mas não é único praticado pelos brasileiros. Iremos citar nesta seção os cinco esportes mais praticados no Brasil. 

Futebol: o queridinho dos brasileiros. Em uma pesquisa realizada em 2013, constatou-se que por volta de 66% dos homens que praticam algum esporte, têm o futebol como modalidade. E não é sem motivo que somos penta campeões da Copa do Mundo, exportamos jogadores para os principais times do mundo. Estudos comprovam que as lesões têm associação com o esquema tático adotado pelo técnico. 

Vôlei: nessa mesma pesquisa realizada em 2013, foi observado que cerca de 8% da população de atletas brasileiros pratica o vôlei. Mesmo sendo uma modalidade esportiva mais tímida no país, não deixa de nos dar orgulho. As seleções feminina e masculina de vôlei são hexacampeãs. Sendo que a seleção masculina de vôlei conquistou o ouro olímpico em 2016. O vôlei possui duas modalidades, de praia e quadra, cada um com suas peculiaridades e lesões características. 

Corrida: com berço na Inglaterra, a corrida de rua está entre um dos esportes mais praticados pelos brasileiros. Provavelmente, devido à facilidade de se iniciar a prática, que não requer grandes aparatos ou locais de treino específicos. No passado, dava-se muita atenção ao tipo de tênis utilizado para a prática, falava-se até mesmo entre diferenças entre “tênis de corrida” e “tênis de caminhada”, mas atualmente, à luz dos estudos científicos atuais ainda não foi possível provar que o uso de calçados durante a prática minimize o número de lesões. 

Natação: mesmo sendo uma atividade não muito comum para o homem, a natação tem registros milenares, mas demorou a ser considerada uma prática olímpica. No Brasil ela é um esporte relativamente recente, com surgimento oficial em 1897, com a fundação da União de Regatas Fluminense. De lá para cá, a natação vem ganhando destaque no âmbito nacional, sendo que atualmente o país possui 14 medalhas Olímpicas. Suas principais lesões estão relacionadas à articulação do ombro, devido ao arco de movimento demandado durante as braçadas. 

Atletismo: é considerada a forma organizada mais antiga de competição. Especula-se que o atletismo tenha suas raízes na fuga do homem primitivo contra seus predadores. Composto pelas provas de salto, lançamento e corrida. Suas lesões variam, devido à própria variedade de atividades que a modalidade possui. Nas Olimpíadas Rio 2016, fomos ouro nessa modalidade.

Quais os riscos de lesões no esporte? 

Conforme mencionado anteriormente, a população brasileira que pratica esportes, em sua maioria, não recebe, ou recebeu, nenhum tipo de orientação profissional. Esta pode ser uma condição considerada fator de risco para lesão durante a prática. Pois, o atleta leigo desconhece vários fatores de prevenção de lesão, aumentando assim as chances de intercorrências durante a prática. 

As lesões esportivas estão relacionadas a dois fatores principais: intensidade além do condicionamento do atleta e lesões traumáticas devido a esportes de contato. Levando em conta que o atleta amador dificilmente se submete a intervenções de prevenção, como o fortalecimento muscular de estabilizadores centrais, por exemplo, é sensato afirmar que, mesmo que esta população não tenha o mesmo risco de lesões que um atleta competitivo, eles não estão ilesos das afecções decorrentes da prática esportiva. 

A seguir iremos explicar um pouco mais sobre cada tipo de lesão e explanar sobre quais são as mais comuns nos atletas brasileiros, profissionais ou não. 

Principais lesões no esporte 

Estima-se que 30 a 50% das lesões no esporte sejam causadas por lesões de tecidos moles. E esse fato não é difícil de ser comprovado. Ao se observar os tipos de lesões sofridas pelos jogadores de futebol do campeonato brasileiro da série A, percebe-se que as fraturas têm uma incidência relativamente baixa em relação às outras lesões, já as lesões ligamentares e musculares têm uma incidência consideravelmente maior. 

Entorse de tornozelo em inversão: é a lesão mais comum no esporte. Os fatores de risco são a ocorrência prévia de entorse na mesma articulação e fraqueza de eversores de tornozelo. Comum em esportes que demandam velocidade, mudança de direção, salto e contato. Sua gravidade é classificada de acordo com o nível de acometimento dos ligamentos da região lateral do tornozelo, principalmente o talofibular; em casos de uma gravidade mais importante, podem ser acometidos também os ligamentos calcaneofibulares, talofibulares posteriores e subtalares. Sendo que no grau 1 ocorre alongamento do ligamento, sem ruptura macroscópica, discreto edema e sensibilidade, com perda mínima ou sem perda funcional; nas lesões de grau 2 ocorre a ruptura macroscópica ligamentar parcial, com dor, edema e sensibilidade moderados na região envolvida, com instabilidade articular de leve a moderada; a lesão de grau 3 é causada pela ruptura ligamentar completa, com edema, hemorragia e sensibilidade importantes. Ocorre a perda da função articular, instabilidade e aumento da mobilidade articular. 

Tendinite: a tendinite está relacionada ao overuse. A demanda aumentada de uma mesma região causa fadiga e, eventualmente, pode levar à falência tendínea, devido às microlesões que ocorrem nas estruturas colagenosas. Os esportes que necessitam de um grande arco de movimento de membros superiores estão susceptíveis à tendinite do supraespinhoso. Já os esportes de salto e corrida estão mais relacionados à tendinite dos tendões patelar e calcâneo. 

Lesões musculares: as lesões musculares, ou também conhecidas com distensões musculares, são lesões que acarretam a descontinuidade das fibras musculares, muito comuns no esporte. São classificadas em graus 1, 2 e 3. No grau 1 ocorre rompimento de algumas fibras musculares; no grau 2 ocorre o rompimento de uma maior quantidade de fibras e hemorragia moderada no local; já no grau 3 ocorre o rompimento total do músculo, sendo este mais incomum. 

Lesão de LCA: a lesão do ligamento cruzado anterior está intimamente ligada com esportes de contato, com mudança de direção e salto. Seus dois mecanismos de lesão principais são a fixação do pé associada à rotação sobre o joelho; e um trauma de alta energia, na parte posterior da tíbia, com o pé fixo, que provoca a anteriorização da tíbia em relação ao fêmur.  O tratamento em atletas de alto rendimento, em sua maioria, é cirúrgico, com a reabilitação fisioterapêutica sendo realizada no período pós-operatório. 

Luxação articular: define-se como a perda da continuidade entre os contatos ósseos da articulação. Na maioria das vezes é resultado de um trauma de grande energia cinética. Mais comuns no voleibol, devido ao impacto da bola, principalmente durante os bloqueios. Daí a importância das bandagens nas articulações interfalangeanas como forma de prevenção desta afecção.

Principais causas de lesões no esporte 

As lesões no esporte estão relacionadas a dois fatores principais: a sobrecarga de certa região ou estrutura corporal, devido ao excesso de uso  e a traumas de alta energia relacionados a impactos entre atletas, quedas e mudanças bruscas de direção. 

A deficiência de força de estabilizadores centrais já foi alvo de vários estudos e provou ser um fator de risco para lesões, principalmente nas categorias de alto rendimento. Estudos mostram também que o esquema tático adotado, específico de cada técnico, tende a levar os jogadores do mesmo time a terem lesões parecidas, devido à similaridade das movimentações e demandas durante as competições. 

Conhecer o histórico de lesões de um time pode ter grande valia, pois auxilia no traçar de estratégias de prevenção específicas para as lesões mais recorrentes. 

Quais tipos de tratamento para as lesões no esporte? 

O tratamento mais adequado é baseado na gravidade e fisiopatologia da lesão. 

Rupturas ligamentares, tendinosas e musculares de alta gravidade são tratadas primeiramente através de procedimentos cirúrgicos. A necessidade de repouso pós-operatório varia de lesão para lesão. 

Por exemplo, o pós-operatório de uma reconstrução do ligamento cruzado anterior, muito comum no futebol, já é iniciado com o tratamento fisioterápico ainda no leito.

Mas, em caso de lesões que não demandem o reparo cirúrgico, o tratamento fisioterápico é a primeira linha de tratamento. E, após o tempo de reabilitação adequada, o preparo físico realizado pelo profissional de educação física é extremamente importante, desta forma o atleta poderá retornar ao esporte com seu desempenho próximo ao estado pré-lesão. 

Como o Pilates na reabilitação esportiva pode ajudar nas principais lesões no esporte? 

O atleta é um tipo de paciente que tem uma recuperação muito positiva, devido ao seu quadro ativo pré-lesão e ao seu quadro psicossocial (motivação) que funciona como um facilitador da reabilitação. A sede de retorno às competições funciona como um propulsor do tratamento. E devido a gama de exercícios possíveis através da execução do Método, o Pilates na reabilitação esportiva tem uma grande aplicabilidade também na prevenção das diversas lesões esportivas. 

A diversidade de movimentos possíveis no Método Pilates torna a simulação do gesto esportivo lúdica e sem riscos de agravamento da lesão, possibilitando um retorno ao esporte mais precoce. 

Devido à distinção de gravidade nas diferentes lesões, cada atleta atendido deve ter o tratamento adequado ao seu nível de desempenho e recuperação, sendo assim, as “receitas de bolo” não são indicadas como forma de intervenção. Cada atleta deve ser atendido na sua individualidade, baseado no seu quadro funcional. E o Pilates na reabilitação esportiva é um Método que pode, e deve, ser adaptado para cada sujeito atendido, na reabilitação, ou na prevenção, podendo trazer resultados extremamente positivos. 

O fisioterapeuta deverá enxergar o paciente a partir do seu contexto biopsicossocial. Não é indicado que o atenda baseado apenas “na tendinite”, “na entorse”, “na luxação”. É imensamente importante que o terapeuta baseie seu tratamento nas limitações funcionais que aquela lesão está gerando para o atleta. 

Quem trata doença são os médicos! Nós tratamos a funcionalidade dos nossos pacientes e o Método Pilates nos permite atingir os objetivos funcionais dos pacientes. 

Durante o tratamento preventivo, os aparelhos do estúdio permitem que os gestos esportivos sejam simulados de forma “exagerada”, para que durante a prática esportiva, o corpo esteja mais adaptado às diferentes demandas que o esporte lhe requeira. Devemos citar também a ênfase do Método no ganho de força de estabilizadores centrais, um dos seus princípios. A respiração própria do Método Pilates, e a exaustiva solicitação de ativação do transverso do abdômen durante os exercícios com articulações distais, propiciam um maior ganho de força de estabilização, habilidade tão importante para a prevenção de lesões esportivas. 

O Pilates na reabilitação esportiva pode atuar como um “laboratório esportivo”. Os aparelhos do estúdio permitem reprodução de movimentos realizados durante a prática esportiva, de forma segura e controlada. Os saltos, por exemplo, no momento apropriado, podem ser treinados na prancha de salto do reformer, com uma carga mínima, facilitando assim o treino de pliometria. O agachamento, movimento tão importante para qualquer esporte, pode ser realizado com o auxílio da barra da chair, minimizando a sobrecarga sobre os membros inferiores.

Além do mais, conforme anteriormente citado, devido à infinidade de exercícios que podem ser realizados durante o atendimento, o tratamento torna-se mais lúdico e atrativo. Visto que muitos pacientes reclamam da repetição diária dos mesmos exercícios durante alguns tratamentos. No Pilates não temos este problema. Podemos atingir o mesmo objetivo com exercícios diferentes, em diferentes posturas e em diferentes aparelhos. 

Cuidados que devem ser tomados durante a reabilitação de lesões no esporte 

O atleta, principalmente profissional, tem uma maior “vontade” de retornar à prática esportiva. Sendo assim, o principal cuidado que deve ser tomado durante o tratamento de Pilates na reabilitação esportiva e de lesões no esporte é em relação à educação sobre o momento do retorno adequado. 

Muitos atletas desejam e insistem em retornar para a prática de forma precoce. Mas, é importante deixá-los cientes que um retorno prematuro para o esporte pode levar à piora do quadro da lesão. O “sinal vital” que eles sempre levam em consideração é a dor. 

Ou seja: “Se estou sem dor, já estou melhor! Será que já não posso ‘bater uma bolinha?”. E é bem assim que eles falam mesmo! “Será que não posso dar uma corridinha?” “Será que não posso dar uma nadada?”. 

É claro que o retorno à prática, da forma mais rápida que for possível, é o esperado, tanto para o terapeuta, quanto para o atleta. Mas, o grande impasse é que essa “corridinha”, “nadadinha”, esse “bater uma bolinha” fora do ambiente ambulatorial, e controlado, pode sobrecarregar a lesão e assim resultar em um agravo. 

Sendo assim, é muito importante durante a reabilitação, principalmente no período crônico,  que o atleta seja informado sobre a importância de se seguir o tempo certo da estipulado durante o tratamento de Pilates na reabilitação esportiva. Uma forma de incentivar o atleta a “sossegar” é explicá-lo sobre os benefícios de não sobrecarregar a lesão antes da hora. 

Mas, lembrando que, como seu paciente trata-se de um atleta, você, como terapeuta, deve encontrar maneiras de manter o condicionamento cardiovascular do mesmo, de forma segura, durante o período de reabilitação. Pois, caso contrário, no momento do retorno ao esporte, será mais oneroso para o atleta retornar ao seu desempenho pré-lesão. 

Sendo assim, caso o atleta tenha lesionado o tornozelo e possa fazer uma bicicleta, coloque-o na bicicleta, para que ele não tenha uma perda muito significativa de condicionamento cardiovascular durante o período da utilização do Pilates na reabilitação esportiva.

Conclusão 

Diante de todas as informações expostas, é possível notar que o Pilates na reabilitação esportiva é um método efetivo e que pode ser escolhido também para a prevenção de lesões em atletas, tanto profissionais, quanto amadores. 

A ludicidade e a ausência de uma rotina engessada de exercícios torna o tratamento mais motivador, tanto para o atleta, quanto para o terapeuta. Além do mais, os princípios da técnica podem auxiliar durante a recuperação, pois estimulam uma integração entre o corpo e a mente visto que, principalmente para um atleta profissional ter um melhor desempenho, o foco é muito importante. 

Enfim, a possibilidade do treino do gesto esportivo durante o tratamento também só traz benefícios durante o tratamento.

Mas, e você? Já atendeu, através do Método Pilates, algum atleta que desejava melhorar o seu desempenho? Teve alguma dúvida durante o tratamento? Conta para gente nos comentários!

 

 

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