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Antes de entendermos como o Pilates e Crossfit se complementam nos benefícios aos praticantes, vamos falar um pouquinho sobre flexibilidade.

A flexibilidade é uma valência física que pode ser definida como a capacidade de realizar movimentos em certas articulações, com amplitude de movimento adequada (BARBANTI, 2003).

Segundo Heyward (2004), a flexibilidade é a capacidade de uma articulação estirar-se com mais facilidade em determinada amplitude de movimento.

De acordo com Gajdosik (2001), flexibilidade é a máxima amplitude articular e representa o maior comprimento muscular. Ela é determinada pelo cálculo da força aplicada somada à amplitude articular alcançada (WRIGHT e al., 2000).

A flexibilidade é testada por meio da articulação, o que gera alguma confusão na literatura. Por exemplo, a flexibilidade dos músculos isquiotibiais pode ser referida como alcance do movimento em flexão de quadril ou em extensão de joelho, porque os músculos cruzam duas articulações.

Relacionar flexibilidade a um músculo que não cruza a articulação não permite a diferenciação de qual componente esta causando os limites (HARVEY; CRAIG, 2000).

De acordo com Cornu et al. (2003), a flexibilidade é avaliada quando se testam o ângulo rígido articular passivo e o ângulo articular alcançado pela contração rígida articular ativa devido ao amplo alcance de movimento.

Ocasionalmente, essa valência física é mensurada pelo maior alcance articular. A alteração nos níveis de flexibilidade pode ser decorrente da rigidez do tecido.

Alguns fatores dificultam a aceitação dessa definição, como o uso da expressão mobilidade passiva e o fato de os autores não caracterizarem quais seriam os outros tecidos que restringem a flexibilidade.

Ainda existe uma conotação de que se afere em graus a articulação em vez do comprimento da unidade músculo-tendínea (ACHOUR JUNIOR, 2009).

Os principais métodos para o desenvolvimento da flexibilidade são balístico, alongamento, estático e proprioceptivo.

Pilates e Crossfit

Assim sendo, outros meios de treinamento da flexibilidade, como o Pilates, vêm surgindo como novas opções a serem estudadas, testadas e comprovadas. Este método recebe esse nome por causa do seu criador, Joseph Hubertus Pilates.

Os primeiros praticantes do método foram atletas, bailarinos e dançarinos.

O Pilates vem se tornando um tratamento eficaz para reabilitação e fitness. O método Pilates pretende melhorar a flexibilidade do corpo e a aptidão física através do fortalecimento do centro de força (Power House), melhorando a postura e a coordenação da respiração com o movimento (LATEY, 2001).

Por outro lado, o Crossfit tem como objetivo forjar um condicionamento físico amplo, geral e inclusivo, buscando criar um programa que melhor prepararia os praticantes para enfrentarem qualquer desafio físico; prepará-los tanto para o desconhecido como para o desconhecível.

O modelo de treinamento foi criado em 1995 por Greg Glassman.

A prescrição dos exercícios do Crossfit é de movimentos funcionais constantemente variados e de alta intensidade, acreditando-se que o preparo desportivo para desafios físicos aleatórios está em discordância com regimes físicos, previsíveis e rotineiros.

Isso explica a ampla variedade de exigências esportivas atendidas pelo Crossfit, algumas atividades originadas do levantamento de peso olímpico, ginástica, como demonstrado em diversos movimentos derivados dos esportes que formam esta ferramenta (TIBANA et al., 2015).

O programa Crossfit não é um programa de condicionamento físico especializado, mas sim, uma tentativa intencional de aperfeiçoar a competência física de cada ser humano em um dos variados domínios de condicionamento físico:

  • Resistência Cardiovascular e Respiratória
  • Resistência Muscular
  • Força
  • Flexibilidade
  • Potência
  • Velocidade
  • Coordenação
  • Agilidade
  • Equilíbrio
  • Precisão

Estudo de Caso sobre Pilates e Crossfit

Todavia, existe uma escassez de estudos na literatura científica sobre esses temas, Pilates e Crossfit.

Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi comparar os efeitos agudos de sessões de treino de atividades de Pilates e Crossfit sobre os níveis de flexibilidade e equilíbrio de sujeitos fisicamente treinados.

Participaram da amostra dois grupos de 10 pessoas cada, com idade de 25 a 55 anos, de IMC normal, com massa corporal de 60 kg a 100 kg e que praticavam as atividades a pelo menos seis meses.

Os dois grupos foram submetidos a uma sessão de 1 hora de cada atividade, com movimentos distintos para desenvolvimento de equilíbrio, força, resistência muscular e flexibilidade. Foi utilizado o teste de flexibilidade sentar e alcançar para aferir o nível de flexibilidade pré e pós-treino.

Para aferir o nível de equilíbrio foi utilizado o teste de equilíbrio uni podal. Com base nos resultados, foi observado que tanto os praticantes de Pilates como os de Crossfit obtiveram ganhos significativos de flexibilidade pós-sessão.

Não foram observados ganhos de equilíbrio, já que os praticantes de Crossfit diminuíram os níveis de equilíbrio após a atividade.

Os resultados do estudo apontaram que os ganhos dos níveis de flexibilidade foram atingidos nas duas atividades com apenas uma sessão de treinamento de Pilates.

Já os praticantes do Crossfit, devido à maior intensidade das séries de treinamento de força, reduziram o equilíbrio corporal. Houve também um aumento significativo da flexibilidade do grupo Crossfit no que diz respeito à flexibilidade, mesmo o Crossfit não sendo uma atividade especifica para esse aumento.

Já os praticantes do método Pilates obtiveram ganhos significativos na flexibilidade e equilíbrio corporal estático.

Na realização de certos exercícios no método Pilates, a coluna vertebral ativa grupos musculares estabilizadores estáticos e dinâmicos. Já no Crossfit é trabalhado exclusivamente movimentos compostos e sessões cardiovasculares mais curtas e com maior intensidade.

Nas ultimas décadas tem havido um crescimento constante de praticantes de Pilates, porém este número não é proporcional ao de praticantes de Crossfit, uma atividade que está em alta em menos de 10 anos (TIBANA et al., 2015).

Até o presente momento, as pesquisas sobre esse método são muito escassas ou deixam lacunas metodológicas para maiores investigações.

A avaliação antropométrica e visual é importante em qualquer atividade uma vez que a composição corporal influencia diretamente no desempenho (MARTINEZ et al., 2011).

Concluindo…

Apesar dos praticantes do estudo de Pilates e Crossfit caracterizarem-se em atividades distintas, uma das atividades “vende” o bem-estar e a outra, o alto rendimento.

Os participantes praticam a pouco tempo (entre seis meses a um ano), não sendo suficiente para promover maiores ganhos.

A flexibilidade é uma das capacidades físicas nestas modalidades muito importante em vários exercícios que utilizam os elementos da ginástica e levantamento de peso (GLASSMAN, 2010).

Ambas as atividades em questão tem de equivalente o âmbito de vender e promover saúde, qualidade de vida, e melhorar o condicionamento físico dos seus praticantes.

No que tange o equilíbrio corporal há uma necessidade de maiores estudos específicos para um resultado mais coerente, já que foi observado que o grupo Crossfit teve uma perda relevante nessa valência física proporcionada pelo estresse muscular pós-treino.

E você, já trabalhou com esse público? Deixa aí nos comentários!


























Grupo VOLL

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