Junte-se a mais de 150.000 pessoas

Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade!

Qual o seu melhor email?

Quase todas as modalidades de atividades físicas usam o agachamento de alguma maneira. Ele é um exercício bastante comum no Pilates e no Treinamento Funcional, por isso, devemos nos esforçar para compreendê-lo. 

Realizar o agachamento com perfeição consegue melhorar os resultados do treinamento e até deixá-lo mais seguro. Confira este texto para entender como funciona a biomecânica do agachamento!

A biomecânica é uma área dedicada ao estudo do movimento que envolve diversas variáveis. Para realmente entender a biomecânica do agachamento devemos entender alguns fatores, que incluem:

  • Articulações envolvidas;
  • Movimentos articulares;
  • Planos e eixos do movimento;
  • Tipo de contração;
  • Músculos que atuam no movimento.

Ou seja, basicamente, um movimento só acontece através da interação de forças de dois corpos. Essas forças fazem com que ocorra uma mudança no estado dos corpos envolvidos, gerando o movimento. A análise biomecânica ajuda o profissional a compreender como as forças atuam em um corpo durante certo movimento.

Ao estudarmos a biomecânica do agachamento conseguimos adquirir uma compreensão mais completa das forças que atuam sobre as articulações envolvidas. Assim, conseguimos indicar o melhor tipo de agachamento para cada aluno e evitar dores ou lesões.

Articulações envolvidas no agachamento

Definimos articulações como a área onde ocorre a junção entre ossos. Elas possuem funções vitais no corpo e garantem o movimento. 

Você provavelmente lida com elas diariamente no seu Studio. Quase todos nossos alunos possuem lesões ou dores articulares que precisam de trabalho. Tais lesões tornam-se mais frequentes quando o indivíduo realiza atividades de maneira incorreta.

O mesmo se aplica ao agachamento. Por acaso você já ouviu alguém reclamar que não quer agachar porque da última vez ficou com dor lombar ou nos joelhos? Tenha certeza que ele fez o exercício da maneira incorreta.

No Treinamento Funcional, por exemplo, trabalhamos com a abordagem joint by joint (articulação por articulação). Nesse princípio, cada articulação possui uma necessidade específica, que pode ser mobilidade ou estabilidade. Essas necessidades primárias geralmente estão em desequilíbrio. O joelho, por exemplo, precisa de estabilidade, por isso, costuma estar instável.

Quem possui rigidez ou excesso de instabilidade causa diversas compensações no seu sistema musculoesquelético. Ou seja, surgem desequilíbrios e dores nas articulações afetadas e até próximas. Voltando ao exemplo do joelho, se ele estiver instável também pode desenvolver problemas no quadril e nos tornozelos.

Algumas pessoas realmente têm medo de agachar. Isso acontece especialmente com quem já tem lesões ou dores no joelho. Esses indivíduos pensam que agachar pioraria seus problemas e algumas vezes foi até instruído por médicos ou outros profissionais da saúde a evitar o movimento. Na verdade, não existem riscos no agachamento se ele for realizado corretamente.

Movimentos articulares envolvidos no agachamento

Durante o agachamento, existem três articulações principais envolvidas. Eles são:

  • Joelho;
  • Tornozelo;
  • Quadril.

As três articulações também estão bastante relacionadas à lesões e dores quando o agachamento é feito da maneira errada. Geralmente, quando isso ocorre, os desequilíbrios já existiam nessas articulações e são exacerbados por um movimento problemático. Por isso, sempre damos ênfase a realizar uma avaliação eficaz antes de qualquer treinamento.

Caso você perceba que existem desequilíbrios nessas articulações principais, é importante começar com uma preparação adequada para o agachamento. É possível incluir exercícios de fortalecimento e mobilidade para deixar sua aula um pouquinho mais completa e melhorar a segurança do aluno.

Confira a seguir o papel dessas três articulações na biomecânica do agachamento:

  • Quadril: auxilia no movimento de agachar e leva ao movimento das outras articulações envolvidas. Possui também a função de proporcionar mobilidade.
  • Joelhos: realizam um movimento de flexão enquanto o corpo abaixa e tem função de proporcionar estabilidade.
  • Tornozelo: sofre dorsiflexão devido à flexão dos joelhos e do quadril e ainda, tem função de mobilidade.

Joelho

Conhecemos o joelho por ser uma das articulações mais complexas do corpo humano. Ele é formado através da junção dos seguintes ossos:

  • Fêmur;
  • Tíbia;
  • Fíbula;
  • Patela. 

E para garantir sua estabilização existem estruturas dinâmicas e estáticas. Os ligamentos são algumas das estruturas de estabilização estática. No joelho, eles são os dois ligamentos cruzados e dois colaterais, que impedem o deslocamento errado da articulação durante o movimento.

Os movimentos do joelho ocorrem em dois planos: sagital e horizontal. O sagital é o principal deles, no qual ocorrem os movimentos de flexão e extensão. Quando o joelho está em flexão ele realiza os movimentos no plano horizontal, que são rotação lateral e rotação medial.

Na maior parte das variações de agachamento o joelho utiliza os movimentos no plano sagital, ou seja, flexões e extensões. Suas amplitudes mudam de acordo com a variação, o que também altera a pressão exercida sobre a articulação.

Quadril

A mobilidade do quadril é um fator essencial para a realização do agachamento. Ela realiza movimentos em 3 eixos e 3 graus diferentes, tanto de liberdade quanto em planos de movimento.

Esses são os eixos de movimento do quadril:

  • Eixo lateral: fica localizado no plano sagital. Ocorrem movimentos de flexão e extensão;
  • Eixo ântero-posterior: localiza-se no plano frontal e passa pelo centro da articulação. Seus movimentos são de abdução e adução;
  • Eixo vertical: realiza os movimentos de rotação medial e lateral. Ele também possui movimentos de circundução.

No agachamento, o quadril realiza uma flexão durante a fase excêntrica no movimento, isso é, na descida. O movimento aproxima a coxa do tronco durante a realização do exercício. 

No decorrer da fase concêntrica acontece também uma extensão de quadril, que leva o membro inferior para trás do plano sagital.

Tornozelo

Chegamos finalmente ao tornozelo. Não se engane pela aparência funcional dessa articulação, muitos dos nossos alunos possuem desequilíbrios relacionados a ela que, normalmente, demoramos a perceber. Ele consegue realizar oito tipos de movimentos:

  • Flexão plantar;
  • Flexão dorsal;
  • Inversão;
  • Eversão;
  • Rotação externa;
  • Rotação interna.

Durante o agachamento, o tornozelo realiza a dorsiflexão e posteriormente uma flexão plantar para voltar à posição neutra. Esse segundo movimento acontece durante a fase concêntrica.

Conclusão

O agachamento é um movimento extremamente benéfico para as nossas aulas. Só precisamos estar atentos aos desequilíbrios que o aluno pode realizar e que possivelmente levam ao surgimento de dores e lesões.

Quer realmente manter seu aluno livre de dores após o agachamento? Então, conheça muito bem a biomecânica do agachamento! Ele traz diversos benefícios para o corpo quando bem realizado e não é prejudicial para joelhos, quadril ou coluna lombar.


























Grupo VOLL

Formação Completa em Pilates (Presencial)

O nome deve ter no mínimo 5 caracteres.
Por favor, preencha com o seu melhor e-mail.
Por favor, digite o seu DDD + número.