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A anatomia do joelho é um dos assuntos que precisam de uma atenção especial para instrutores do Pilates, que recebem muitos pacientes relatando incômodos nesta região. 

Devido às atividades de vida diária e às mudanças na composição corporal das pessoas, como a prática não supervisionada de atividade física, aumento do IMC e ausência de um trabalho preventivo de lesões na prática esportiva, algumas articulações do nosso corpo sofrem mais durante nossa rotina. É o caso do tema de hoje: o joelho

Tem dúvidas sobre essa articulação tão importante do nosso corpo? Então continue lendo este texto e tire todas as suas dúvidas sobre a anatomia do joelho. Vamos lá?

Como é a Anatomia do Joelho?

A anatomia do joelho pode ser considerada a mais complexa do corpo humano.

Isso porque, ao mesmo tempo em que ela deve ser extremamente estável, também tem que permitir mobilidade para que o indivíduo possa se locomover, saltar, agachar, e isto deve acontecer simultaneamente de forma harmônica. Vamos aprender mais sobre a anatomia do joelho?

A articulação do joelho é do tipo dobradiça, composta basicamente por três ossos: fêmur, tíbia e patela. Podendo ser dividida em outras duas articulações:

  • Fêmoro-patelar (entre a área anterior da patela e a parte anterior-distal do fêmur);
  • Fêmoro-tibial (entre a epífise distal do fêmur e a epífise proximal da tíbia).

Estes ossos são unidos por algumas estruturas que vamos citar abaixo:

Cápsula Articular

É uma membrana fibrosa, resistente e reforçada em quase toda sua extensão por ligamentos intimamente aderidos a ela.

Fixada nos côndilos femorais e debaixo dos côndilos tibiais, formando uma “manga” que reveste tudo e servindo de “cabide” para todas as estruturas que se fixam nela.

Ligamento Patelar

É um forte feixe ligamentoso, vindo da porção central do tendão do quadríceps e vai até a tuberosidade da tíbia.

A parte posterior do ligamento patelar está separada da membrana sinovial por um coxim gorduroso infrapatelar e da tíbia por uma bolsa sinovial.

Ligamento Poplíteo Oblíquo

É um feixe fibroso, que na verdade é uma extensão do tendão do músculo semi-membranoso.

Ligamento Poplíteo Arqueado

Sai do côndilo lateral do fêmur à face posterior da cápsula articular, unindo processo estilóide da cabeça da fíbula.

Estruturas extra capsular 

Na anatomia do joelho, o ligamento colateral tibial e o colateral fibular são considerados extra capsulares pois estão isolados da cápsula articular. Vamos entender a função de cada um:

Ligamento Colateral Tibial (Medial)

É um feixe membranáceo, largo e achatado que se prolonga para a parte posterior da articulação. Insere-se no côndilo medial do fêmur e no côndilo medial da tíbia. É intimamente aderente ao menisco medial. Tem por função inibir o movimento de afastamento dos côndilos mediais do fêmur e tíbia ou simplesmente o genu valgum.

Ligamento Colateral Fibular (Lateral)

É um cordão fibroso, arredondado e forte, inserido no côndilo lateral do fêmur e na cabeça da fíbula.

Ele, diferentemente do colateral tibial, não se insere no menisco lateral. Contudo também impede o movimento de afastamento dos côndilos laterais do fêmur e tíbia ou simplesmente o genu varum.

Ambos os ligamentos têm uma função muito importante na estabilidade de rotação da articulação do joelho e impedem o movimento passivo do joelho no plano frontal.

Estruturas Intracapsulares

São os ligamentos cruzados anterior e posterior, a eles são atribuídos o controle e estabilização anterior e posterior do joelho quando nós realizamos o movimento completo da articulação em extensão e em flexão.

Ambos ficam dispostos no centro da articulação do joelho, mais precisamente dentro da fossa intercondilar femoral. Eles lembram o formato de uma cruz quando olhamos de frente ou lateralmente.

Ligamento Cruzado Anterior (LCA)

Sua inserção é na eminência intercondilar da tíbia e vai se fixar na face medial do côndilo lateral do fêmur. Ele impede o movimento de deslizamento anterior da tíbia ou deslizamento posterior do fêmur.

Além da hipertensão do joelho, caso ocorra uma ressecção do mesmo, acontece a luxação anterior da tíbia sobre o fêmur, o chamado sinal de gaveta anterior.

Ligamento Cruzado Posterior (LCP)

Insere-se na fossa intercondilar posterior da tíbia e na extremidade posterior do menisco lateral e vai para frente e medialmente, e sua fixação anterior é na face medial do côndilo medial do fêmur.

É ele que impede o movimento de deslizamento posterior da tíbia ou o deslocamento anterior do fêmur, o chamado sinal de gaveta posterior.

Além dos ligamentos, cápsula articular, o joelho possui também outra estrutura importante para sua estabilização: os meniscos.

O que são os Meniscos?

Parte essencial da anatomia do joelho são duas lâminas de fibrocartilagens que tem por função aumentar a congruência articular e distribuir a pressão, considerados como verdadeiros coxins cartilaginosos.

O Menisco Medial, tem um formato parecido com a letra ¨C¨, enquanto que o menisco lateral forma um círculo praticamente completo.

  • Ligamento Transverso – une a margem anterior e convexa do menisco lateral, à extremidade anterior do menisco medial e às vezes pode ser ausente;
  • Ligamentos Coronários – São porções da cápsula que unem a periferia dos meniscos com a margem da cabeça da tíbia.

Distalmente à articulação do joelho, porém, ainda nas porções proximais da fíbula e da tíbia, encontramos outra articulação importante: a articulação tibiofibular proximal e distal.

A articulação tíbio-fibular proximal fica entre a cabeça da fíbula e côndilo lateral da tíbia, constituindo então, uma articulação do tipo plana.

Esta articulação permite apenas movimentos de deslizamento da cabeça da fíbula. Já a união distal da fíbula com a tíbia é feita na forma de uma junção fibrosa e suas estruturas ósseas ficam unidas fortemente por um ligamento interósseo.

Menisco Medial

Tem formato de meia-lua, um pouco alongado e mais largo posteriormente. É firmemente fixado à fossa intercondilar posterior da tíbia diretamente anterior à inserção do LCP.

Tem função de suportar as cargas compressivas da articulação, distribuí-las e aumentar a superfície articular.

Por ser mais fixo, apresenta um índice maior de lesão, quando comparado ao menisco lateral.

Menisco Lateral

Também possui formato de meia-lua e recobre uma extensão da face articular maior do que a recoberta pelo menisco medial.

Sua extremidade anterior fixa-se na eminência intercondilar anterior da tíbia e a posterior na eminência intercondilar da tíbia.

A fixação do menisco lateral é interrompida pelo hiato poplíteo através da qual passa o tendão do músculo poplíteo. Possui a mesma função do menisco medial.

Articulação Patelofemoral

Na anatomia do joelho, a patela é um osso sesamóide que fica acomodado dentro da cápsula da articulação do joelho para articular-se com as superfícies anterior e distal nas superfícies trocleares.

Tem por finalidade aumentar o torque do músculo do quadríceps e o distanciamento do braço de força.

Ou seja, distância do eixo de movimento oferece também a proteção óssea das superfícies articulares quando o joelho está fletido, diminuindo a pressão que pode ser exercida sobre o fêmur.

Além de prevenir forças de compressão lesivas no tendão do quadríceps no caso de flexões profundas do joelho, sua estabilização é feita através do mecanismo de extensão do joelho guiando o movimento da patela e do fêmur.

Lembre-se bem o quanto então o quadríceps é importante para manutenção e prevenção de lesões nesta articulação.

Quando ocorre alguma não conformidade no ângulo desta articulação nós já podemos prever o que virá consequentemente?

Claro que sim, situações que geram desalinhamento articular, levando a um aumento, por exemplo, do genu varum ou genu valgum podem acarretar em longo prazo o aumento das pressões e gerar as famosas lesões articulares e estados patológicos.

Importante então lembrar:

Podemos mensurar o ângulo do joelho do nosso paciente para sabermos onde ele tem um maior desalinhamento e corrigir essa deformidade do joelho antes que se torne uma lesão. Afinal, não queremos contribuir para que isto venha a ocorrer, não é mesmo?

Avaliação do Joelho

Com o joelho estendido na vista anterior, pode ser observado uma abertura lateral entre as diáfises do fêmur e da tíbia, o normal é que este ângulo seja em torno de 170° (medindo do eixo longitudinal de cada osso).

Pode ser variável, mas encaramos este grau como uma média. Se o ângulo for menor que 170° chamamos de geno valgum, e se o ângulo se aproximar a 180° chamamos de genu varum.

Existe também outro ângulo a ser mensurado no joelho que é formado pela junção do tendão do quadríceps da coxa e o ligamento patelar no centro da patela, o ângulo Q.

Está descrito pela literatura que ângulos Q acima de 20° podem ter uma incidência mais alta para anormalidades da articulação patelofemoral, a exemplo disto a condromalácia patelar.

Assim como o excessivo desvio lateral da patela ou fraqueza do vasto medial oblíquo levam, há alterações nas áreas de contato e pressões em lugares indevidos, causando dor e disfunção articular.

Apesar de mais técnica e talvez até meio chato para alguns, esta parte é extremamente necessária para que não deixemos passar nada.

Precisamos fazer uma avaliação e depois colocar em prática toda esta teoria na montagem e execução da aula de Pilates.

Anatomia do Joelho: Músculos

Vamos agora falar um pouquinho dos músculos que estão envolvidos nesta articulação e que papéis eles fazem dentro deste processo. Basicamente temos os músculos extensores, flexores e rotadores de joelho.

Extensores

O quadríceps é composto por quatro músculos: reto da coxa, vasto lateral, vasto medial e o vasto intermédio.

É um músculo bi articular. O reto da coxa participa da flexão do quadril, os outros participam da extensão do joelho.

Vale ressaltar o quão forte este músculo é, pois quando em cadeia cinética fechada, tem força o suficiente para levantar e abaixar o nosso corpo.

Flexores

Isquiotibiais, composto pelos bíceps da coxa, semitendinoso e semimembranoso. O músculo gastrocnêmio, plantar, poplíteo, grácil e o sartório.

Os isquiotibiais também são músculos bi articulares, participam da flexão e rotação externa da tíbia, extensão e rotação externa do quadril, flexão e rotação interna do quadril e também na flexão e rotação interna do joelho.

Estão presentes nos movimentos de cadeia aberta de flexão e rotação do joelho e também em cadeia fechada.

Isso significa que todo nosso corpo tem que apresentar um equilíbrio, alinhamento e sinergismo articular e muscular.

Por fim, temos o músculo poplíteo que participa da rotação medial e flexão do joelho.

Para lembrar: temos cinco músculos monoarticulares, ou seja, que atuam somente nos movimentos do joelho, são eles: os vastos (temos três), o poplíteo e a cabeça curta do bíceps da coxa.

E todos os outros músculos ou cruzam o quadril e o joelho, incluindo o trato iliotibial do tensor da fáscia lata, ou cruzam o joelho e o tornozelo.

*Exemplo da ação dos músculos bi articulares: flexão do joelho associada à extensão do quadril. Já podemos pensar em exercícios mais complexos e combinados.

Agora vamos ver quais as patologias que podem vir a acometer a articulação do joelho.

Quando ocorre o excesso de uso da articulação, sobrecargas excessivas, fraqueza muscular e encurtamentos musculares, podem gerar dores e causar lesões.

Conclusão

É importante que o profissional não foque apenas na articulação do joelho, visto que a eficiência do fortalecimento global e principalmente de centro já está mais do que comprovada.

Tirou todas as suas dúvidas sobre a anatomia do joelho? Conta para a gente nos comentários!


























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