Dor lombar crônica é uma ocorrência tão comum nos Studios que a maioria dos profissionais já está acostumado com ela. Mesmo assim, nem sempre sabemos quais exercícios para tratar dor lombar devemos trabalhar para conseguir resultados eficientes.
Alunos com dor lombar, especialmente quando ela é inespecífica (sem causa aparente), tem alguns complicadores no seu caso. Eles esperam sentir a dor a todo movimento ou em alguns movimentos específicos, com o tempo seu psicológico torna-se condicionado a sentir o desconforto e ter medo da dor.
E é justamente assim que ele começa a evitar o movimento e deixa seu corpo perder todas as características funcionais.
O instrutor precisará passar confiança para que esse aluno aprenda a se mover. Isso cria diversos desafios para o instrutor, que terá dificuldades para passar exercícios e também para conseguir um tratamento eficiente.
Falta de segurança em si mesmo e incapacidade para mostrar essa segurança para o aluno é uma das maiores dificuldades no tratamento de alguém com dor. Outra grande dificuldade de boa parte dos profissionais é escolher os exercícios ideais para cada aluno.
É sempre bom ter um bom repertório para escolher, contudo, é fundamental saber alinhar os objetivos e aplicá-los corretamente. Quero te ajudar nessa tarefa, então confira nesse artigo os 4 melhores exercícios para tratar dor lombar!
E se o aluno estiver sem dor?
Alguns alunos com dor crônica só sentem dor durante suas crises, que são períodos onde a limitação do movimento chega ao máximo. Fora desse período eles tem um corpo aparentemente normal.
E o que devo fazer quando o aluno está neste período de alívio? Quem pensa que essa é a hora de relaxar e esquecer dos exercícios para tratar dor lombar, está completamente errado.
Precisamos aproveitar o tempo que nosso paciente passa sem dor para tratar de maneira ainda mais focada a disfunção.
Outra maneira de usar o tempo fora da crise é avaliar seu aluno. Isso é especialmente importante para quem trabalha com alguém que não tem um diagnóstico clínico fechado.
Sei que algumas vezes os alunos já vêm com todos os exames e indicação médica, mas a nossa avaliação, a forma que olhamos a pessoa se movimentar será muito eficiente para garantir o tratamento certo.
Avaliação de alunos com lombalgia
Antes de começar qualquer exercício você deve fazer uma avaliação cuidadosa em seu aluno. Mesmo que ela tenha dor aguda, é pouco provável que só uma musculatura esteja tensionada. Em casos de dor crônica então, você pode ter certeza que existe uma série de problemas afetando o corpo.
Através da avaliação conseguimos determinar onde está a origem, ou ao menos chegar perto disso, para conseguir direcionar o tratamento. Nessa hora preciso lembrar a todos vocês que a avaliação não deve ser só de como seu aluno se move em aula.
Dentro do Studio a pessoa está num ambiente controlado, sem ou com pouco estresse e com um profissional observando seus movimentos. Mas como ele é fora dali?
Talvez esse problema lombar tenha a ver com a posição que ele adota durante o trabalho, ou com algum movimento errado que está fazendo ao praticar atividades físicas. Precisamos saber de todos os fatores externos que estão influenciando a lombalgia do paciente.
No caso de atletas, o ideal é fazer a avaliação usando os movimentos que a pessoa realiza nessa atividade. É provável que seus movimentos influenciam na lombalgia ou que estejam sofrendo compensações devido a isso, descubra como ele se move na atividade para conseguir corrigir eventuais problemas em aula.
Uma pergunta frequente que recebo: é melhor fazer avaliação dinâmica ou estática?
Em geral prefiro fazer avaliação dinâmica no paciente. Pense nas atividades que a pessoa faz durante o dia: todas elas envolvem movimento. Ela está se movendo enquanto trabalha, enquanto limpa a casa, enquanto dirige. Então precisamos conseguir realizar uma avaliação através do movimento.
No caso de dores lombares a avaliação é de extrema importância para conseguir estimar a causa. Várias fáscias podem influenciar na lombalgia, portanto esse processo será capaz de determinar os resultados do tratamento.
Trabalho de mobilidade vs. Trabalho de estabilidade
Você já avaliou seu aluno, conheceu seus desequilíbrios e decidiu como realizar o tratamento. Nessa hora te pergunto: você começará com trabalho de mobilidade ou de estabilidade?
Antes de qualquer coisa saiba exatamente onde o corpo precisa de mobilidade e onde a estabilidade será mais importante. Não quero dizer que uma característica é mais importante que a outra. Se seu paciente tiver mobilidade, mas faltar com estabilidade ele estará muito propenso a lesões.
Vou dar um exemplo: na torácica precisamos ter mobilidade, caso essa mobilidade esteja comprometida, a estabilidade da lombar, que também é uma necessidade primária, ficará prejudicada, ou seja, a perda da mobilidade torácica vai afetar a estabilidade da região lombar. Isso significa que o aluno terá mais dor, que é exatamente o que precisamos consertar numa fase inicial de tratamento.
Outra região que devemos trabalhar a mobilidade é o quadril, principalmente o músculo psoas. Provavelmente seus pacientes com esse problema apresentarão muita rigidez nessa musculatura e essa tensão pode aumentar ainda mais as compensações e dificultar o alívio da dor.
Outro detalhe importante para lembrar é: nunca trabalhe carga elevada nos seus alunos com disfunção. Não importa se eles são atletas buscando melhoria de desempenho, se existe uma patologia ou desequilíbrio, precisamos consertar esse problema primeiro.
Imagine que você recebeu um nadador no consultório que está tentando melhorar seu desempenho nos treinos. Esse paciente já passou por uma avaliação e você diagnosticou que ele sofre de lombalgia com desequilíbrios musculares em diversas partes do corpo.
Se começar a fazer exercícios com carga, o que acontecerá com os desequilíbrios encontrados? Ele continuará se movimentando de forma pouco eficiente, então mesmo que exista um alívio da dor, a patologia não deixou de existir.
Quem trabalha com pacientes mais avançados ou atleta pode encontrar muitas dificuldades para começar com trabalho de mobilidade. Alguns deles talvez considerem um passo atrás em seu treinamento e se recusem a fazê-lo.
Mas entenda, algumas vezes é preciso dar um passo para trás para conseguir dar vários passos para frente. Outra vez, se a confiança que seu paciente tem em você for grande, isso não será tão difícil.
Mas e se meu aluno se recusar a “voltar atrás” com exercícios de mobilidade? Você precisa convencê-lo mostrando na prática como essa falta de mobilidade está piorando seu desempenho no esporte ou durante a aula mesmo.
Esse trabalho inicial será responsável por livrar o corpo do aluno da rigidez, criando um movimento mais eficiente e fluido.
Exercícios para tratar Dor Lombar
Abaixo você pode conferir os 4 melhores exercícios para tratar dor lombar em seus alunos. Comece usá-los agora mesmo e obtenha resultados mais rápidos e satisfatórios.
Conclusão
O trabalho com exercícios para tratar dor lombar nem sempre é fácil! Muitos alunos têm dificuldade para realizar extensão de coluna e alguns até acham difícil realizar exercícios para fortalecimento do Core.
Tudo vai depender de uma avaliação completa e eficiente e da escolha dos exercícios. Você pode usar todos os exercícios que mostrei nesse artigo para tratar seu aluno, mas sempre considerando suas características individuais.
Ótimo. É meu caso.
Obrigado.