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O lipedema é uma doença crônica progressiva caracterizada basicamente pela deposição anormal de gordura nos membros inferiores e, com menor frequência, nos membros superiores. 

Apesar de não ter uma causa definida (considerada então idiopática), o lipedema acomete mais mulheres do que homens e tem início na puberdade – o que nos dá indícios de uma causa hormonal.

A gordura apresentada no lipedema é diferente da presente na obesidade, pois é um componente inflamatório importante e tende a formar granulações no tecido subcutâneo.

Você já ouviu falar sobre o lipedema? Se ainda não, te convido a ler esse texto e ficar por dentro dessa doença que tem acometido cada vez mais mulheres. Boa leitura!

Como é feito o diagnóstico do lipedema?

É clínico e percebe-se o acúmulo de gordura em região glútea, coxas, joelhos e pernas – o que determina uma desproporção entre a parte inferior da superior do corpo. Mas não é regra que apenas o inferior do corpo seja comprometido – braços, tronco, mãos e pés também podem ser acometidos. 

O sinal clássico é o acúmulo de gordura na região do tornozelo, conhecido como sinal do manguito.

Quais as queixas mais frequentes?

  • Dor (principalmente a palpação);
  • Dificuldade de mobilidade;
  • Edema (inchaço);
  • Hematomas frequentes;
  • Sensibilidade ao toque;
  • Sensação de pele fria.

O paciente pode apresentar associação com outras doenças, como insuficiência venosa crônica, linfedema e obesidade.

Lipedema possui classificação?

Sim! Classificamos a doença em cinco tipos, de acordo com a área afetada (variação anatômica):

Tipo I: acometimento do umbigo até os quadris;
Tipo II: acometimento até os joelhos com presença de tecido gorduroso na parte lateral e inferior dos joelhos;
Tipo III: acometimento até os tornozelos com formação de “manguito” de gordura logo acima dos pés;
Tipo IV: acometimento dos braços – geralmente associado aos tipos II e III;
Tipo V: apenas do joelho para baixo.

Existe ainda a classificação funcional, que se refere a evolução ou a gravidade da doença:

Estágio 1: a superfície da pele é normal, há o aumento da gordura no tecido subcutâneo e presença de nódulos ou bolinhas de gordura, como se fossem “pérolas” por baixo da pele;

Estágio 2: a pele é irregular, um pouco mais flácida do que o esperado para a idade e com aspecto de celulite, e os nódulos palpáveis ficam cada vez maiores;

Estágio 3: a pele é significativamente mais flácida, com a presença de dobras de pele. Isso pode causar dificuldade para caminhar e se movimentar – ou seja, afeta a mobilidade do paciente. Além dos nódulos, podemos palpar também áreas de fibrose, que são como cicatrizes por baixo da pele causadas pela inflamação crônica;

Estágio 4: todas as alterações descritas no estágio 3, mais o comprometimento do sistema linfático. O linfedema (comprometimento dos vasos linfáticos) ocorre em qualquer estágio, mas é mais frequentemente encontrado em mulheres com lipedema a partir do estágio 3, quando é chamado de lipo-linfedema ou no estágio 4.

Como é feito o tratamento do lipedema?

Realizado de forma multidisciplinar. Vamos falar um pouco sobre cada um:

Nutricionistas

Aqui vale ressaltar o que foi dito anteriormente – lipedema e obesidade NÃO são a mesma coisa, portanto o trabalho nutricional deve ser focado na patologia. 

Busque um profissional capacitado que possa entender a rotina do seu paciente e indicar o melhor tratamento com uma dieta balanceada com alimentos que evitem inflamação – não focando apenas na perda de peso.

Psicólogos

Muitas pessoas acreditam que o terapeuta se enquadraria na vida do paciente com essa patologia a partir do diagnóstico, mas a verdade é que os primeiros sinais apresentados já deveriam ser trabalhados em terapia, e não permitir que a ansiedade pelo resultado, ou que a frustração por um diagnóstico ocorra para que depois o psicólogo entre para o tratamento.

Médicos

Aqui percebemos que são diversas especialidades envolvidas:

Dermatologistas: geralmente a que diagnostica o lipedema, proporciona diversos tratamentos funcionais e estéticos (importantes também quando prescritos de forma responsável para melhora da autoestima da mulher);

Cirurgião Vascular: a cirurgia do lipedema, realizada por lipoaspiração tumescente, é uma saída aos casos mais graves ou com sintomas resistentes, principalmente a dor. Mesmo assim, o tratamento clínico é indispensável — tanto no pré-operatório, para que a paciente esteja preparada, como no pós, para que os sintomas não retornem.

Cirurgião plástico: essa especialidade pode estar também atuando com a lipoescultura, que é uma técnica cirúrgica que combina a lipoaspiração com a transferência de gordura para outras áreas do corpo. 

É utilizada para o tratamento do lipedema em estágios iniciais ou moderados, e tem como objetivo diminuir o excesso de gordura nos membros inferiores e melhorar a aparência geral do corpo.

Massoterapeutas: devido ao sobrepeso e a tensão pelo próprio diagnóstico, sempre indico aos meus alunos a ida a um massoterapeuta, pois as técnicas manuais irão auxiliar no relaxamento e promover a melhora do desempenho nas atividades de vida diária do paciente em questão.

Qual a função do fisioterapeuta no tratamento de lipedema?

O fisioterapeuta trabalha toda a parte de pele: uso de bandagens, drenagem linfática, meias de compressão de uso a domicílio, tratamento com botas de compressão e cuidados com a pele.

Neste ponto, enquadramos o Pilates como o Método mais indicado para o portador de lipedema, pois ele não apresenta impacto e é um exercício orientado e individualizado. 

Vamos falar mais sobre ele?

Pilates no tratamento de lipedema

Ao ler todo esse texto, você consegue enquadrar o Pilates como auxílio ao portador de lipedema?

O Método auxilia o paciente tanto no pré-operatório quanto no pós. Por ser uma atividade sem impacto, não causa queixas articulares. Outro benefício é a melhora da circulação sanguínea auxiliando no controle do edema. 

Associado a uma dieta nutricional, atua como regulador de peso, com exercícios voltados para esse fim – aumentando a frequência da prática semanal. 

O trabalho de mobilidade articular é sempre presente em qualquer aula planejada de Pilates – nem sempre o mais importante é a força de seu aluno, mas sim a capacidade que ele apresenta em poder se movimentar.

Dentre todo o apresentado, podemos concluir que o Pilates é uma das atividades mais benéficas contra o avanço do lipedema, promovendo melhora da qualidade de vida do paciente. 

Conclusão

O lipedema é uma condição médica crônica que afeta principalmente mulheres, descrita pelo acúmulo excessivo de gordura nas pernas e, em alguns casos, nos braços. 


Embora não exista cura definitiva para o lipedema, existem várias abordagens terapêuticas que podem ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas que sofrem com essa condição. Entre essas abordagens, o Pilates surge como uma opção valiosa.

O Pilates, um Método de condicionamento físico que enfatiza o fortalecimento dos músculos centrais do corpo, a flexibilidade e a postura adequada, pode ser benéfico para pessoas com lipedema.


























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