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Você já deve ter feito vários cursos para aprender exercícios novos ou exercícios específicos para determinada patologia do seu aluno. Hoje em dia, as mídias sociais estão cheias de vídeos com vários exercícios diferentes. Mas, será que seu aluno precisa somente de uma variedade enorme de movimento?

O que seria mais importante: exercícios novos ou planejamento de aulas? Como você prepara as aulas dos seus alunos? Nesse artigo vou te ajudar a responder essas perguntas e sugerir um estilo de planejamento. Vem comigo!

O Método Pilates e todas as suas variações: suspenso, aéreo, acrobático, ballet entre outras, evoluiu muito nos últimos tempos. O que antes parecia ser uma metodologia nova encontrada apenas em grandes cidades, hoje é comum e pode ser encontrado em qualquer lugar. Difícil encontrar alguém que nunca tenha experimentado. 

Com isso é preciso inovar as aulas para poder se manter em um mercado competitivo como o de hoje. Se você é uma pessoa preocupada com a satisfação e bem-estar do seu aluno, com certeza deve se preocupar em melhorar cada vez mais seu atendimento. E, é aí que eu reforço a pergunta: será que seu aluno precisa apenas de exercícios diferentes toda aula?

O que é importante para a aula?

Vamos começar a responder esses questionamentos juntos. A primeira pergunta é simples. Não, o aluno não precisa de uma variedade enorme de exercícios para sentir que você se preocupa com treino dele.

É claro que todo mundo gosta de variar, é difícil encontrar alguém que goste de fazer sempre os mesmos movimentos. O que quero deixar claro é que, não adianta ter uma gama de exercícios se eles não fizerem sentido. Isso leva a resposta da segunda pergunta: não adianta nada variar os exercícios se você não tem planejamentos de aulas para cumprir.

Você ficou mais confuso? Vou explicar melhor: você pode sugerir exercícios diferentes em todas as aulas, mas em nenhum deles o aluno observará um propósito. Pode ter certeza que sua aula ficará sem sentido e sem objetivo. Mas então você deve sugerir sempre os mesmos exercícios? Não.

A variedade de exercícios é essencial para não deixar a aula ficar monótona. Apenas quero chamar atenção para exercícios sem propósitos e falta de  planejamentos de aulas. Essas duas coisas levam o aluno a “andar em círculos” e não sentir sua evolução.

Vou dar dois exemplos diferentes para ilustrar melhor o que estou falando.

Exemplo 1: Você ensina seu aluno a realizar um exercício com a banda elástica. É um movimento que ele nunca tinha feito e ele acha muito legal experimentar uma variação. Aí ele te questiona sobre o porquê desse exercício. E você responde que é para trabalhar o glúteo médio. Mais uma vez ele pergunta, por quê? Sua resposta é simples e direta: porque todo mundo precisa fortalecer essa região.

Exemplo 2: Você ensina o mesmo exercício com a banda elástica. E antes dele executar o movimento, você explica o seguinte: “Você precisa fortalecer o glúteo médio, pois percebo que ele não está ativado quando você vai fazer determinados movimentos. A prancha lateral é um exemplo disso. Isso explica o incomodo que você sente nos joelhos e pode ser por isso que você não consegue estabilizá-los quando realiza o agachamento. Então hoje vamos dedicar uma parte da sua aula para ativar essa musculatura”.

Consegue perceber a diferença entre os dois exemplos?  É isso que estou falando. É preciso ter um propósito, um  planejamentos de aulas!

Por isso, a terceira pergunta: como você faz o planejamento de aulas dos seus alunos? Vou responder a seguir, onde proponho alguns passos para melhorar seu planejamento de aulas. Me acompanhe até o final.

Passo 1: determinar o tipo de aula para o planejamento

É de extrema importância determinar o tipo de aula que será realizada no seu Studio.  O Pilates clássico é fantástico. A combinação dos exercícios de Mat Pilates com os exercícios nos aparelhos criados por Joseph proporciona uma aula completa.

Em contrapartida, as versões contemporâneas também são excelentes formas de trabalho. Usando o Pilates clássico como base, essas variações usam tecidos e aparelhos que geram instabilidade e desafiam o corpo. Existem também as aulas em duplas e as acrobáticas. Todas elas proporcionam ganham de força e flexibilidade melhorando assim o funcionamento do corpo como um todo.

Reproduzindo gestos do dia a dia como, agachar, empurrar, puxar, entre outros o Treinamento Funcional é um excelente método de trabalho para aumentar a força, a flexibilidade, tratar patologias e melhorar o bem-estar do aluno através de aulas dinâmicas.

Não importa qual metodologia você utiliza. O importante é deixar claro para seu aluno qual tipo de aula que ele está fazendo. Muitas pessoas mesclam as técnicas. Eu, particularmente, acho muito válido. Quando utilizamos vários métodos, um supre pequenas deficiências do outro.

Apenas considero de extrema importância deixar o aluno ciente do seu planejamento de aulas. O que vemos por aí, são muitas pessoas criticando a mistura das técnicas. Por isso reforço a importância do esclarecimento prévio com o aluno em relação ao tipo de método que você usa.

Assim, independente de você trabalhar somente Pilates clássico, contemporâneo, Treinamento Funcional, um dia de cada técnica ou várias técnicas juntas na mesma aula, seu aluno está ciente do que está fazendo. E, tenha certeza, conscientizar o cliente é um passo para alcançar a satisfação do mesmo.

Assim que você determinar o tipo de aula que vai trabalhar no seu espaço já pode passar para o próximo passo.

Passo 2: avaliação e objetivo

É impossível obter a satisfação do cliente sem saber qual seu objetivo. Por isso é essencial que você esclareça as necessidades do aluno logo na primeira aula. 

Sabemos que praticar  atividade física melhora a postura, força, flexibilidade, alivia dores, entre outros benefícios. Mas é preciso ter em mente qual benefício seu cliente está querendo atingir realizando suas aulas.

Esse é um passo fundamental para montar seu planejamento de aulas.

E se trabalhar apenas em grupo e cada aluno tiver um objetivo diferente? Preciso fazer o planejamento de meus atendimentos para ter grupos com alunos que possuem o mesmo objetivo?Minha resposta é: não. É claro que seria muito mais fácil se conseguíssemos concentrar as mesmas patologias e necessidades em grupos.

As aulas seriam mais fáceis de planejar porque teríamos o grupo do emagrecimento, o grupo de patologias da lombar, grupo da osteoporose, enfim, seriam grupos específicos. Mas, sabemos que o dia a dia não funciona dessa maneira.

Você deve montar as escalas de aula de acordo com o horário que seu cliente pode ir. A rotina de todo mundo é corrida, por isso é inevitável pensar de outra maneira.  Mas, acredite, é possível atender necessidades diferentes dentro da mesma aula. Para isso você vai precisar de um bom planejamento de aulas. Mas esse não é um assunto para esse tópico.

A avaliação também é importante. Selecione alguns exercícios que você considera importante para analisar cada articulação. Passe esses exercícios para seu aluno e avalie o que ele precisa melhorar em cada parte do corpo.

Por exemplo: você pode passar um exercício clássico do Pilates para avaliar se ele tem força abdominal e mobilidade na coluna. Faça isso com cada articulação. Tome nota das dificuldades do seu aluno, você vai precisar disso para montar as aulas.

Depois de um período (estabelecido por você), faça a avaliação novamente para acompanhar sua evolução.  É importante deixar claro para o aluno os pontos que ele precisa melhorar. Assim o comprometimento dele com os treinos será maior.

Passo 3: programação mensal, semanal e diária

Tenho certeza que seu trabalho ficará bem mais fácil quando você passar a realizar o planejamento de aulas.Para ficar mais fácil, vou usar aqui, programação mensal, semanal e diária. Explicarei agora como funciona cada uma delas.

Programação Mensal

Na programação mensal procuramos programar o tipo e aula que o aluno vai fazer em cada semana. Assim evitamos o risco de dar sempre o mesmo tipo de aula para o aluno.

Para ficar mais claro vou dar dois exemplos:

Exemplo 1 (somente para Pilates clássico)

  • 1 semana do mês: Mat Pilates + 30 minutos em um aparelho
  • 2 semana do mês: 20 minutos em um aparelho + 20 minutos em outro aparelho + 20 minutos dos 34 clássicos.

Exemplo 2: Misturando as técnicas

Nesse exemplo estou supondo que o professor trabalhe com Pilates clássico e Treinamento Funcional.

  • Semana 1: 30 minutos de exercícios corretivos + 20 minutos de circuito + 10 minutos de alongamento.

* Lembrando que tanto os exercícios corretivos, quanto o circuito são montados de acordo com as necessidades e condicionamento físico de cada aluno.

  • Semana 2: 40 minutos de exercícios corretivos + 10 minutos de HIIT + 10 minutos de alongamento.

Usei dois exemplos diferentes durante duas semanas do mês. É sempre melhor e mais fácil fazer uma programação semana a semana para poder trabalhar melhor com seu aluno.

Programação semanal

Na programação semanal programamos qual musculatura e articulação iremos trabalhar naquela semana. E, também, o material e aparelho que vamos usar.

Vamos ao exemplo. Vamos continuar nos mesmos exemplos anteriores para dar continuidade

Exemplo 1 (levando em consideração alunos que treinam 3x na semana)

Semana 1

Aluno 1: Mobilidade de tornozelo, mobilidade de quadril, mobilidade torácica

Aluno 2: Fortalecimento de glúteo médio, mobilidade torácica, core

  • Segunda-feira: 

Aluno 1: Reformer

Aluno 2:Chair

Mat Pilates com Bola.

  • Quarta-feira:  

Aluno 1: Barrel

Aluno 2: Cadilac

Mat Pilates com Thera Band

  • Sexta-feira: 

Aluno 1: Chair

Aluno 2: Barrel

Mat Pilates: Bola + Thera Band

Semana 2:  

Aluno 1: fortalecimento quadríceps , adutores e glúteos

Aluno 2: fortalecimento quadríceps, adutores e tríceps

  • Segunda-feira: 

Aluno 1: Reformer + Cadillac

Aluno 2: Cadillac + Reformer

34 clássicos: dar preferência para os exercícios com fortalecimento do core.

  • Quarta-feira: 

Aluno 1: Barrel + Chair

Aluno 2: Chair + Barrel

34 clássicos: dar preferência para os exercícios com grau de dificuldade maior.

  • Sexta-feira: 

Aluno 1: spine corrector + Cadillac

Aluno 2: Cadillac + spine corrector

34 clássicos: dar preferência para os exercícios que exijam estabilidade da coluna.

Exemplo 2 (considerando que o aluno treine 2x na semana)

Semana 1: 

Aluno 1: estabilidade joelhos, fortalecimento glúteo médio e tríceps

Aluno 2: fortalecimento quadríceps e tríceps, mobilidade tornozelo

Alongamento: focar em cadeia posterior para os dois

  • Terça-feira: 

Aluno 1: Corretivos com Banda elástica

Aluno 2: Corretivos com TRX

Circuito sem utilizar material para os dois.

  • Quinta-feira: 

Aluno 1: corretivos com bola + circuito Chair

Aluno 2: corretivos no Reformer + circuito Cadillac

Semana 2: 

Aluno 1: mobilidade torácica, fortalecimento glúteo e pranchas

Aluno 2: mobilidade torácica, fortalecimento core e peitoral

Alongamento: focar na região cervical para os dois.

  • Terça-feira: 

Aluno 1: corretivos com TRX + HIIT usando espaldar

Aluno 2: corretivos com bola + HIIT usando banda elástica

  • Quinta-feira: Aluno 1: corretivos com bastão

Aluno 2: corretivos halteres

HIIT sem material para os dois.

Programação diária

A programação diária nada mais é que a aula e si. Os exercícios que você vai usar e o número de repetições que dará.

Para não desviar o assunto programação, vou dar apenas um exemplo para cada tipo de aula.

Exemplo 1

Um aparelho (Reformer) + Mat Pilates (Bola). Aluno 1: mobilidade tornozelo, quadril e torácica.

Reformer: Foot work, running, ponte, front splits, cat, arms circle, amrs up and down.

Mat com Bola: Roll up, rolling like a ball, side kick kneeling, spine stretch, elephant, prancha, agachamento.

Exemplo 2

Exercícios corretivos com banda elástica + circuito sem utilizar material. Aluno 1: estabilidade de joelhos, fortalecimento de glúteo médio, tríceps.

Banda elástica: passo para frente com joelhos fletidos (banda elástica no tornozelo), passo para o lado com joelhos fletidos (banda elástica acima dos joelhos), agachamento até sentar em uma caixa ou cadeira (banda elástica acima dos joelhos), flexão do cotovelo acima da cabeça (segurando banda elástica com as duas mãos e movimentando apenas uma), extensão de ombros (banda elástica nas mãos, fazendo força para abrir).

Circuito: 45 segundos de execução para 15 segundos de descanso, recuperação de 2 minutos e repete. Avião, prancha, flexão, sit up, agachamento, afundo, burpee.

Dúvidas frequentes e conclusão

Este artigo foi apenas uma sugestão para você realizar o planejamento de aulas. Quando seguimos uma programação, evitamos repetições de acessórios, aparelho e exercícios. E, consequentemente deixamos nossos alunos mais satisfeitos.

Sei que você pode ter várias dúvidas, por isso vou responder algumas que considero que sejam as mais frequentes:

  • O que fazer quando um aluno chega com alguma dor ou cansado na aula? A programação é uma orientação prévia que você tem para guiar suas aulas. Em qualquer momento você pode adaptar e alterar os movimentos para satisfazer a necessidade do aluno naquele momento.
  • Cada aluno tem um planejamento de aulas diferente? Sim e não. Se você dá aula em grupos pode fazer a programação em conjunto. Por exemplo, programe cada aparelho que o aluno irá usar em dias específicos e use o tempo do Mat para dar exercícios iguais para todos. Se alguns alunos necessitarem dos mesmos corretivos e tiverem o mesmo condicionamento físico, eles podem fazer a mesma aula, usando o mesmo material se possível.
  • Todos os professores do studio usam a programação? Normalmente sim meu studio sim. A programação mensal é feita por mim. A programação semanal é feita cada semana por uma professora e a programação diária é feita por cada professor. Mas cada Studio tem uma forma de trabalho.

O objetivo desse artigo era levantar questionamentos sobre a forma de programar as aulas de Pilates. E, sugerir uma maneira de fazer a mesma. Esclareci acima algumas dúvidas frequentes, mas você pode ter outras. Se quiser me consultar me coloco a disposição pelo instagram: @fabipilatesepersonal.

Existem várias maneiras de se trabalhar. O importante é você descobrir qual é a sua maneira, respeitar os limites do seu aluno e fazer tudo com dedicação. Nesse texto, mostrei um pouco da minha maneira, espero que você tenha gostado. Até a próxima.


























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