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Uma dúvida frequente que recebo dos instrutores de Pilates que possuem experiência prática e clínica com o método é sobre a correta ativação do Power House e hoje vamos aprofundar melhor no tema.

Nesse texto vamos falar sobre a importância da ativação do Power House e principalmente da contração do assoalho pélvico. Além disso várias dicas para você começar a aplicar hoje mesmo com seus alunos! Continue lendo para saber mais

O que é Power House?Power-House-2

O Power House é uma nomenclatura utilizada no método Pilates que se refere ao conjunto de músculos profundos que estabilizam a coluna (lombar, torácica e cervical).

Infelizmente muitos instrutores de Pilates estão apenas preocupados com exercícios avançados e “desafiadores”, muitas vezes submetendo seus alunos à risco de lesão durante a prática.

E só estamos praticando Pilates, se houver estabilização vertebral correta, associado à respiração que o método proporciona.

Relembrando, os músculos que fazem parte do Power House, também conhecido como a casa de força, fazendo uma analogia com uma casa seriam:

  • Transverso do abdome (TRA): paredes externas da casa
  • Multífidos representados como a viga de sustentação posterior
  • Assoalho pélvico que é a base de sustentação
  • Diafragma sendo o teto.

Alguns também consideram outros músculos mais superficiais como os oblíquos internos e externos, glúteo máximo, quadrado lombar compondo o Power House.

Estes músculos quando ativados corretamente diminuem episódios de dores na coluna, incontinência urinária, melhora a postura e o equilíbrio e por isso o método Pilates é tão efetivo nas diversas queixas que recebemos nos estúdios de Pilates e proporciona os diversos benefícios que sempre citamos.

O Pré Pilates deve ser feito antes de qualquer exercício e, este inclui a ativação do Power House, não importa a terminologia que o instrutor utilize nas suas aulas, o importante é que esta contração seja feita corretamente.

Como ativar corretamente o Power HousePower-House-3

Uma das técnicas que utilizo e que aprendi no curso de estabilização segmentar e RPG é:

  1. Posicionar o paciente em decúbito dorsal (pode ser feito em qualquer decúbito dependendo da consciência corporal do aluno)
  2. Com a coluna neutra (manutenção de todas as curvaturas fisiológicas – lordose cervical e lombar e cifose torácica e sacral)
  3. Mantendo o crescimento axial, o aluno palpa as espinhas ilíacas anterossuperiores, desliza os dedos dois dedos para dentro e dois dedos para baixo, ali palpará superficialmente o TRA (cabe ressaltar que a palpação não é diretamente sobre o músculo, acima tem o m. reto do abdome e oblíquos)
  4. Durante a expiração forçada o paciente deve realizar a depressão do abdome afastando o abdome dos dedos e associada à contração do assoalho pélvico, ambas contrações sutis (aproximadamente 30% da contração voluntária máxima).

*Caso seu aluno não saiba contrair o TRA adequadamente mostre a ele como é realizada em você, não esqueça que seu aluno pode ser visual, sinestésico ou auditivo.

Quando o aluno empurra o abdome para cima não ocorre a ativação do Power House e sim dos músculos oblíquo externo e reto do abdome.

Estes músculos por sua vez não estabilizam a coluna como o TRA, multífidos e assoalho pélvico, comprovado por estudos que utilizaram a ultrassonografia para observar a contração.

 

A Contração do Assoalho PélvicoPower-House-1

Outro ponto a ser observado é que muitos instrutores de Pilates falam apenas de contrair o abdome e esquecem de solicitar a contração do assoalho pélvico.

Quando isso ocorre é realizada apenas a contração do abdome, a pressão intra-abdominal aumenta e os órgãos abdominopélvicos são deslocados inferiormente, o que pode aumentar ou até desencadear a incontinência urinária.

O assoalho pélvico quando ativado, estabiliza a coluna e a articulação sacroilíaca, estes músculos vão desde a sínfise púbica até o sacro. Há estudos que mostram que por mecanismo de contração quando ativamos este músculo é feita também a contração de TRA e multífidos.

Nos alunos com queixa lombar crônica é comum a hipoativação do assoalho pélvico, TrA e multífidos.

Um dos primeiros estudos realizado por Hogdes & Richardson (1999) concluíram que estes músculos são ativados antes de qualquer movimento – mecanismo conhecido como feedfoward ou pré ativação. Caso ocorra um déficit neuromotor na ativação muscular a queixa de dor na coluna é frequente nestes indivíduos.

Os homens têm mais dificuldade na contração do assoalho pélvico, e há maneiras do seu aluno entender como contrair o assoalho pélvico.

Particularmente solicito a contração do elevador do ânus, este é o músculo mais forte que compõe o assoalho pélvico, também permito que o aluno contraia os músculos glúteo máximo e adutores – por exemplo com o uso de overball entre os membros inferiores) apesar de alguns instrutores de Pilates não concordarem com estas contrações, acredito que não há contraindicação para a contração destes músculos associado ao assoalho pélvico e que neste caso tudo é válido (desde que com bom senso) durante a fase de aprendizagem motora.

Outra maneira do aluno entender como é a contração do assoalho pélvico é imaginar que estes músculos são como um elevador que está no térreo e que terá de subir para o primeiro, segundo ou terceiro andar.

Quanto mais alta a subida, maior contração muscular será necessária, lembrando que 30% da ativação muscular máxima já estabiliza a coluna.

Concluindo…Power-House-4

Como dizia o mestre Joseph Pilates “Os benefícios do Pilates só dependem da execução dos exercícios. As instruções devem ser seguidas com fidelidade” Concluo com a frase “Nem muito pouco, nem em excesso”.

Desejo que vocês pratiquem com seus alunos/clientes/pacientes o método na sua essência e embasado nas comprovações científicas para um melhor resultado e satisfação!

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