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Inauguro minha participação aqui, no Blog Pilates, com um assunto que vem fazendo parte de meu cotidiano. Toda semana escuto, aqui ou ali, questionamentos por parte  de algum instrutor de Pilates em relação as aulas, e também ao funcionamento do Studio.

Dúvidas como: que estratégias usar para fidelizar meus clientes? Como ensinar Pilates usando apenas o método Pilates, sem outras técnicas ou terapias, e satisfazer todos os objetivos do meu aluno? Como usar regressões ou progressões? Como aumentar, aos poucos, o valor da mensalidade?

Esses profissionais se queixam, ainda, que seus clientes enjoam das aulas, e que constantemente buscam inovações e variedades. E assim vejo, a cada dia, um número crescente de instrutores de Pilates em busca de “inovações” para suprir uma suposta necessidade do cliente quase que inesgotável de variedade de repertório de exercícios ou novas metodologias para tentar sanar esses problemas.

Para conhecer melhor e aprender as dicas do manual do instrutor de Pilates, continue lendo!

Instrutor de Pilates que não pratica o método

No início, pensei que isso fosse apenas alguns casos isolados em determinadas regiões. Mas esses questionamentos vêm ocorrendo em ambientes distintos – não apenas em consultorias, mas em palestras, cursos, pós-graduações e até mesmo em conversas informais  pelas redes sociais.

Bem, na verdade, tais questionamentos poderiam gerar vários outros temas para discorrer aqui, mas vamos ao ponto principal – que, a meu ver, todo o resto gira em torno dele: o instrutor de Pilates que não pratica o método.

O instrutor que não pratica Pilates desconhece, gradativamente, o seu verdadeiro e efetivo benefício, indicações ou contraindicações e precauções. Não praticar implica, muitas vezes, em levar o instrutor a improvisar suas aulas – muitos desses dizem nunca planejar uma aula, inclusive, já que não sentem necessidade disso.

O manual do instrutor de Pilates é acreditar naquilo que ele ensina, e isso também demanda a prática do Pilates.

A busca incessante por novidades

Talvez para você isso pareça até estranho, negligente – mas, infelizmente, mais comum do que parece a primeiro momento. Quando questiono algum instrutor de Pilates sobre como  conduzem e fazem o planejamento de suas aulas, o treino pessoal e  se já leram os livros do método – as respostas são 99% as mesmas: a maioria não vê necessidade de planejar aulas, alguns  instrutores nunca fizeram plano de aula, tão pouco uma avaliação básica; não treinam alegando falta de tempo para tal.

Grande parte nunca leu os livros  essenciais : A obra completa de Joseph Pilates: Sua saúde e O Retorno a vida pela contrologia. Alguns dizem terem lido outros livros, mas desconhecem a obra que o criador do Método escreveu – leem, principalmente, revistas e textos da internet. Tudo o que tenha mais e mais exercícios são os escolhidos, mas justificam dizendo fazer algum curso que o ajude a aumentar seu repertório.

Pensam sempre em ter “novidades” alegam que seus clientes pedem isso, criando assim um ciclo vicioso e a “obrigatoriedade” de ter sempre uma novidade para que esse cliente permaneça, caso contrário, o cliente sai do seu Studio ou clínica, gerando uma desconforto em ambos. Claro, é importante o instrutor de Pilates se manter atualizado e buscar inovação, mas há um equilíbrio entre buscar o novo constantemente – e ficar escravo disso – a ponto de abandonar a base teórica e o propósito do método.

Vendendo valor e não preço

Essa busca interminável do instrutor de Pilates por novas modalidades, novos exercícios e inovações sem fim acarreta, muitas vezes, na grande armadilha do preço baixo. O instrutor acha que, dessa forma, ele vai resolver o problema e atrair clientes.

Então ele decide, como alternativa extrema, baixar o valor de suas mensalidades. O que pode provocar um situação em que o instrutor de Pilates não consegue mais  manter a saúde financeira do Studio, o que rapidamente acarreta o fechamento do local.

É cada vez mais comum, que o instrutor de Pilates que trabalhou em  Studios que duraram de 01 a 02 anos, tenha mudado totalmente de ramo profissional após o fechamento do espaço.

Qual a solução? Duas dicas valiosas

Planeje suas aulas. Viva o método diariamente em sua rotina. Entenda-o completamente. Venda valor, e não preço.

Ao longo desses pouco mais de 13 anos de experiência como Proprietária e Instrutora, entendo que o bom funcionamento de um Studio ou clínica diz respeito, principalmente, ao valor e não ao preço cobrado. 

Lembre-se que a fidelização do cliente está diretamente relacionada a qualidade da prestação do serviço oferecido, esta é uma regra muito importante no manual do instrutor de Pilates.

Como profissional de Educação Física, tive como ensinamento básico na área realizar planos de aula, então esse detalhe sempre fez parte da minha rotina. Também tenho o hábito praticar os exercícios de MAT (Solo) com frequência. Confesso que, inicialmente, foi difícil praticar 01 ou 02 vezes por semana. Mas, atualmente, realizo minha prática diariamente para manter o meu corpo e mente integrados.

Com o passar do tempo, também, fui percebendo a importância de vivenciar o Método no meu cotidiano. No caso do meu Studio, tal conduta era válida para todas as modalidades, em que cada profissional se dedicava não apenas ao Pilates, mas também achei necessário realizar estudos de caso com toda a minha equipe. Assim, mantemos a segurança no momento da escolha do repertório para os clientes, pois percebi que sentir em mim mesma o exercício me deixa mais segura para o planejamento das aulas.

Vocês não imaginam o quanto a prática e aplicação dos princípios faz a diferença na tão esperada fidelização do cliente e valor agregado a isso – ou seja, o cliente satisfeito não questiona valor.

Concluindo…

Percebo em muitos profissionais a busca de uma solução simples e rápida (as chamadas “receitas de Bolo”) e que 100% das reclamações e dúvidas surgem de profissionais que vivem no modelo “faça o que eu digo, mas, não faça o que eu faço”.

Ou seja, profissionais que anseiam em suprir as necessidades inerentes ao seu negócio e se esquecem do principal: cuidar de si próprio e sentir em si mesmo os benefícios desse cuidado – quais, e como, cada exercício e acessório seria mais adequado para si próprio e, assim, se tornando mais capacitado a escolher o que e como fazer com cada cliente.

A minha necessidade como instrutora em treinar o método está diretamente relacionada, em 1º lugar: a um momento dedicado a mim e a cuidados comigo mesma. Em 2º lugar: ao planejamento de minhas aulas; ao conhecimento contínuo e ao respeito que entendo ser um dever meu para com o cliente que está entregando uma hora do seu dia  e algumas vezes na semana, aos meus cuidados, acreditando que eu sei o que estou fazendo.

Convido a todos que se sentem em alguma das situações citadas acima a fazer uma reflexão, uma autoanálise e rever padrões, modificar alguns hábitos e adquirir outros. Saiba que você não está só nesta jornada de autoconhecimento.

Comece aos poucos com o que você tem, com o que você pode, se você ainda não leu a obra completa de Pilates sugiro que comece por ela e, ao mesmo tempo inicie a sua prática com o MAT, o solo você tem acesso em qualquer lugar e pode fazer a sua prática em qualquer horário.

Comece com poucos exercícios e vá aumentando a cada semana. Treine para si mesmo e, aí sim, será a cada dia um instrutor melhor para seu cliente!

E você? Ou sua equipe, como vivenciam a prática do Método e planejam suas aulas? Gostou  deste manual do instrutor de Pilates? Adoraria saber um pouquinho da sua rotina, sua opinião e sugestões, não esqueça de comentar.

Abraço e até breve


























Grupo VOLL

Formação Completa em Pilates (Presencial)

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