Estatísticas atuais apontam que os problemas posturais estão cada vez mais frequentes entre a população. Esses problemas levam a alterações nas curvaturas da coluna – por exemplo a escoliose – e como consequência torna a coluna mais suscetível a tensões mecânicas e traumas.
A maioria das vezes, essas alterações posturais começam na infância, podendo elas se tornar definitivas se não forem corrigidas. Aquela mochila pesada, a mesa da escola que está alta demais, a bolsa que carregamos de um lado só do ombro, e até mesmo aquelas compras do supermercado que carregamos tudo em um braço…
São hábitos que vem desde a infância e passa pela adolescência sem darmos muita importância, e chegamos então na fase adulta sentindo na coluna o resultado destes desajustes que tiveram início a tempos atrás.
E como o Pilates na reabilitação da escoliose pode ajudar?
Os exercícios do Método Pilates têm como um dos principais objetivos desenvolver a musculatura estabilizadora da coluna. Além disso, promove o fortalecimento, alongamento, melhora da flexibilidade, mobilidade das articulações e consciência corporal.
Por esse motivo, vamos através desse artigo, esclarecer, auxiliar e desmitificar o Pilates na reabilitação da escoliose, que muitas vezes o resultado é lento, porém, muito gratificante. Vamos lá?
O que é Escoliose?
No embrião, uma das primeiras estruturas a se formar é a coluna vertebral. Através dela, formam-se os demais membros e segmentos corporais.
Por estar anatomicamente ligada aos membros superiores e inferiores, bem como as cinturas pélvica e escapular, a coluna vertebral sofre influência e influencia qualquer posicionamento ou esforço realizado. Além disso, qualquer afecção ocorrida na coluna tem consequências sobre os demais sistemas.
A coluna vertebral possui, no plano sagital, curvaturas fisiológicas que auxiliam na absorção de impacto, permitem maior amplitude de movimentos, estabilizam as articulações, protegem os órgãos. Essas curvaturas são essenciais para nos manter em equilíbrio e alinhados.
As curvaturas fisiológicas presentes na coluna são:
- Lordose cervical;
- Cifose torácica;
- Lordose lombar;
- Cifose sacral.
As lordoses permitem maior movimentação e as cifoses tem a função principal de proteger nossos órgãos.
As lordoses e cifose são curvas normais de toda coluna vertebral, apenas quando há um aumento exagerado nessas curvas que é preciso investigar, pois são consideradas anormais.
Vista no plano frontal, a coluna deve manter-se alinhada, sem curvas. Quando essas curvas aparecem, temos as escolioses, ou seja, a escoliose é sempre uma curva anormal da coluna vertebral.
Uma curva escoliótica pode se manifestar desde a infância, sendo mais comum em mulheres, e evoluir até os 18 anos. No entanto, deve ser realizado pelo médico responsável um exame que verifica a idade óssea e se ainda há crescimento. Enquanto houver crescimento a curva poderá evoluir.
Como a coluna não pode se flexionar lateralmente sem rodar, a escoliose envolve tanto a flexão lateral quanto a rotação. E segundo Kendall ainda, existem muitas causas conhecidas de escoliose, ela pode ser congênita ou adquirida, e resultar de doença ou lesão, entretanto, muitos casos de escoliose não têm causa conhecida, sendo então denominados idiopáticos.
Inicialmente as pessoas com escoliose não apresentam sintomas de dor, por isso muitas vezes a escoliose passa despercebida. Porém, escolioses podem causar alteração na marcha, dores na coluna e musculares, formigamentos. E esses sintomas podem progredir de acordo com o avança da escoliose.
Escolioses que apresentam graus muito elevados, além de problemas posturais, podem causar problemas de estética e psicossociais graves (a pessoa fica com alterações/deformidades visíveis da postura, trazendo desconforto estético, principalmente para os adolescentes). Além de problemas respiratórios (por causa das grandes rotações vertebrais e consequente rotação das costelas, comprimindo os pulmões).
Para realizar o diagnóstico de escoliose, é necessária uma avaliação clínica e radiológica. Nessa avaliação deve conter a avaliação postural, parte importante na escoliose.
Avaliação Postural na reabilitação da escoliose
Na avaliação postural, costumam-se comparar os dois lados do corpo do paciente nas vistas anterior, posterior e lateral, a procura de diferenças e assimetrias.
Quando realizada a avaliação postural, percebe-se a presença de assimetria e o aparecimento de uma giba (quando um lado é mais alto do que o outro, devido à rotação das vértebras) quando é solicitado para o paciente fazer uma flexão de tronco com os membros inferiores estendidos.
Já o grau de escoliose é medido através do ângulo de Cobb. Para medir esse ângulo deve-se traçar uma linha paralela à parte superior do corpo vertebral da primeira vértebra da curva e uma linha na parte inferior do corpo da última vértebra da curva.
Após traçar essas duas linhas, coloca-se uma linha perpendicular em cada uma delas. O ângulo formado na junção das duas linhas perpendiculares é denominado ângulo de Cobb. Quanto maior for esse ângulo, maior a gravidade da escoliose.
Classificação de acordo com o ângulo de Cobb:
- Escoliose leve: menos de 20⁰. Abaixo de 10⁰, considera-se uma curva normal;
- Escoliose moderada: de 20⁰ a 40⁰;
- Escoliose grave: de 40⁰ a 50⁰ ou mais.
Para uma avaliação melhor da curva, o médico pode solicitar uma radiografia panorâmica da coluna, pois nas radiografias segmentadas não conseguimos observar a coluna totalmente e com isso não sabemos se há outras curvas compensatórias.
Porém apesar de ser considerado um tipo de método padrão, é muito discutido, devido à grande exposição à radiação.
Diferenças entre Má Postura e Escoliose
Em nossas avaliações diárias podemos observar que a maioria das alterações da coluna vertebral envolvem as regiões torácica e lombar.
Existem alguns fatores que influenciam a má postura, e dentre eles podemos citar o psicológico. O fator depressão tem estado presente no nosso dia a dia em decorrência do estresse, e por isso podemos levar em conta que a alteração postural desse paciente também pode ser conseqüência a este estado emocional que podemos considerar temporário.
No geral as causas que influenciam uma alteração postural são: a hereditariedade, a cultura, acessórios comuns no dia a dia (salto alto, sapatos apertados, entre outros), o hábito de carregar objetos pesados, diminuição da força muscular global, presença de patologias como o raquitismo, enfisema, osteoporose, artrite, artrose, entre outras, além de traumatismos e deficiências associadas.
Contudo, quando tais hábitos se tornam comum, observamos alterações na coluna que vão desde hiperlordose, hipercifose, até uma escoliose que podemos classificar em dois tipos: estrutural e não estrutural.
Tipos de Escoliose
Sendo então um dos distúrbios posturais mais graves que afetam a coluna vertebral, a escoliose ocasiona um desvio lateral com rotação, como já foi citado.
A escoliose pode ser classificada, de acordo com a sua causa, como:
- Idiopática: É a mais comum entre as escolioses. Nesse tipo de escoliose não se sabe como e nem o porquê ela se desenvolve, mas a relação com a hereditariedade é a mais forte.
A escoliose pode ser dividida em: infantil (do nascimento até os 3 anos de idade), juvenil (dos 3 aos 9 anos de idade), adolescente (dos 9 aos 18 anos de idade) ou adulta (acima dos 18 anos de idade), de acordo com a idade de surgimento.
- Congênita: causada antes do nascimento, por uma má vertebral, devido à ausência parcial (hemivértebras) ou total de determinadas vértebras, ou defeitos de segmentação, conhecidos como barras ósseas.
- Neuromuscular: ocorre devido a outras doenças musculares e neurológicas, como a paralisia cerebral, poliomielite, uma distrofia muscular. As deformidades da coluna são frequentes e geralmente graves nesses pacientes, principalmente naqueles que não conseguem andar.
Quanto à rotação, a escoliose pode ser classificada como:
- Estrutural: há uma rotação fixa dos corpos vertebrais em direção a convexidade e os processos espinhosos apontam em direção à concavidade. Clinicamente, ao se realizar uma flexão de tronco, nesse tipo de escoliose a curva persiste, além de serem aparentes elevações e depressões dorsais.
- Não estrutural: não existe rotação fixa das vértebras. As escolioses não estruturais podem ser posturais, quando é corrigida na posição deitada, ou compensatórias, quando há, por exemplo, uma diferença de comprimento de membros ou uma dor ciática.
Pode ser classificada em relação ao tipo de curvatura em:
- “C”: quando possui apenas uma curva, podendo ser à direita ou a esquerda. A denominação da escoliose é feita levando-se em conta o lado da convexidade da curva.
- “S”: quando possui duas curvas. Normalmente ela inicia em “C” e progride por compensação para uma nova curva para o lado oposto para manter a cabeça verticalmente acima da pelve.
Principais Causas da Escoliose
As principais causas da escoliose são:
A congênita que se entende por anormalidade estrutural que pode ser prontamente identificada pelo mal desenvolvimento do embrião. Pode acontecer de uma vértebra não se desenvolver por completo, originando uma hemivértebra, ou também quando uma vértebra se funde a outra, ambas comprometem o crescimento vertebral.
Neuromuscular, é secundária a dano neurológico ou muscular, como a poliomielite que é uma anormalidade que acontece em músculos e nervos, frequentemente observada na infância, e normalmente essas crianças possuem uma grande curvatura em formato de C. Dentre algumas doenças podemos citar a paralisia cerebral, distrofia muscular e espinha bífida.
Idiopática, que são aqueles casos onde a etiologia não esta clara, podemos dessa forma levar em conta os hábitos de má postura citados, onde maus hábitos e a falta de prática de atividade física são relevantes para uma futura escoliose.
Um dos mecanismos causais são devidos ao tensionamento dos músculos multifidos contralaterais, na tentativa de manter o alinhamento ao carregar uma mochila, por exemplo, causando assim, fadiga e dores musculares.
Adicionado a isso, poderá ocorrer o comprometimento de outros músculos relacionados ao alinhamento látero-lateral da coluna, como os oblíquos abdominais. Estes músculos se contraem juntamente com o quadrado lombar em uma ação unilateral, produzindo uma inflexão do tronco do lado da sua contração (KAPANDJI, 2000).
A escoliose costuma ser assintomática, contudo, em alguns casos mais graves os pacientes referem dores de um modo geral sobre a região da coluna, parestesias, limitações dos movimentos, diminuição da força muscular, cefaléia, câimbras, tensão muscular, e ainda podemos citar a dispneia e a pré-disposição para secreções brônquicas alguns casos mais raros.
Tipos de Tratamento para Escoliose
As variáveis de tratamento para escoliose baseiam-se, por exemplo, na idade, na flexibilidade, na gravidade da curva e na sua etiologia principalmente, envolvendo então a correção das deformidades, com tratamento conservador, que inclui fisioterapia e utilização de coletes, adaptação de palmilhas posturais que auxiliam na eficácia do tratamento ou o tratamento cirúrgico.
Para graus mais leves (de 10⁰ a 20⁰), o tratamento pode ser feito apenas com fisioterapia e exercícios posturais, entre eles o RPG (Reeducação Postural Global) e o Pilates na reabilitação da escoliose.
Na opção de tratamento conservador a fisioterapia utiliza-se dos benefícios da R.P.G., como método que corrige ou minimiza a escoliose através da identificação da causa do problema.
O tratamento consiste em alguns ajustes na postura para reorganização dos segmentos do corpo humano, permitindo maior equilíbrio do sistema muscular resultando em uma melhor a postural. E ainda na fisioterapia convencional, é usado eletroterapia e exercícios como, série de Williams, Exercícios de Cailliet e Exercícios de Risser.
À medida que vai agravando a escoliose, além da fisioterapia, pode-se fazer uso de coletes (de 20⁰ a 40⁰) e até mesmo a realização de cirurgias em casos mais graves (acima de 40⁰) onde há comprometimento estético e compressão de órgãos vitais dependendo da localização da curva.
Colete de Milwaukee, indicado para curvaturas entre vinte e quarenta graus, e crianças acima de 4 anos, tem como objetivo corrigir a postura através de uma força constante e corretiva.
Colete de Boston, confeccionado em plástico ou gesso, tem indicação para escolioses lombares ou toracolombares, com ele é possível corrigir não só o desvio como também a rotação de coluna vertebral.
Colete gessado de Risser, é equivalente ao colete de Milwaukee no sentido biomecânico, com a vantagem de ser de baixo custo e permitir várias retiradas ao dia.
Vale lembrar que o uso de colete não funciona para escolioses neuromusculares e as congênitas. Os coletes não reduzem a gravidade da curva, apenas auxiliam para retardar a progressão da escoliose. De maneira geral, os coletes utilizam, para alinhar a coluna, mecanismos de pressão dentro do aparelho. Com o crescimento, é necessário ajustar o colete. A melhor opção de colete será determinada entre médico e paciente de acordo com a causa e a gravidade da curvatura.
Com o agravo da curva, as rotações vertebrais ficam maiores e causam problemas musculares e estruturais mais graves, podendo inclusive causar sérios problemas respiratórios. Nesses casos, a cirurgia pode ser indicada. Como tratamento cirúrgico, podemos citar a artrodese vertebral, utilizando “haste de Harrington”, que consiste em dois ganchos que tem a função de distender a curvatura através de princípios biomecânicos.
Porém atualmente, os melhores tratamentos são os conservadores, e é onde o Pilates na reabilitação da escoliose entra com toda força, fazendo a diferença naqueles que buscam um melhor equilíbrio postural.
Como o Pilates na reabilitação Escoliose pode auxiliar?
Para as patologias da coluna, o Pilates é um dos tratamentos mais utilizados, pois promove a mobilidade sem sobrecarga e de forma segura, trabalhando a musculatura abdominal profunda (transverso abdominal), que ajudam a estabilizar a coluna lombar. Como já sabemos e estudamos, o Método possui princípios, e no tratamento o Pilates na reabilitação da escoliose não vai ser diferente.
Os benefícios do Pilates na reabilitação da escoliose são variados, já que o Método promove o fortalecimento muscular, a flexibilidade, a consciência corporal, para um melhor alinhamento da coluna. Além de estimular a circulação e melhorar o condicionamento físico.
Devido à curvatura patológica ocorrida na escoliose, o corpo pode passar a sofrer maiores tensões musculares e compressões de estruturas. Como vimos, com Pilates na reabilitação da escoliose conseguimos aumentar a flexibilidade e promover o relaxamento de alguns grupos musculares, aliviando as tensões e reduzindo o agravamento da curvatura.
Com a prática, as pessoas passam a perceber melhor seu corpo, aumentando a consciência corporal em diversas situações do cotidiano, além de aprender a manter uma postura correta em ações como sentar, agachar, caminhar.
Lembrando que devemos separar um bom tempo com o aluno para ensinar a concentrar e a centralizar a força, para que o Power House seja usado em seu máximo. Pois uma das funções mais importantes do reto abdominal, oblíquos e transverso, é a estabilização da coluna, e manutenção da postura agindo como antigravitacional.
Para que o Pilates na reabilitação da escoliose seja eficiente devemos ser fiéis aos princípios e focar nos desequilíbrios musculares, buscando promover o alongamento, fortalecimento e aumento de tônus muscular (dos músculos estirados ou enfraquecidos), acrescentando ainda uma melhora da mobilidade da coluna como um todo.
Em uma pesquisa realizada sobre os efeitos da intervenção do Pilates sobre a postura e a flexibilidade em mulheres sedentárias, demonstrou que, após a realização das 20 aulas, ocorreu uma melhora no alinhamento postural com relação ao fio de prumo, nos diversos pontos observados e um aumento na amplitude de movimento dos músculos isquiotibiais e iliopsoas.
Sendo assim, diante dos efeitos positivos do Pilates na reabilitação da escoliose, vamos ver uma lista de exercícios para você aplicar com seus alunos. Confira!
Restrições de exercícios de Pilates na reabilitação da escoliose
Como vimos, há diversos exercícios de Pilates na reabilitação da escoliose para os alunos, porém ainda assim há algumas restrições.
Os principais casos de restrições são em casos cirúrgicos, ruptura de tendão, luxação em fase aguda, entre outros. Porém, quando o professor é bem instruído, a aula terá uma evolução progressiva e com total dependência da desenvoltura do aluno.
Vale lembrar que em caso de escoliose, o aluno, na maioria das vezes, vai chegar com muitas restrições de exercícios devido aos encurtamentos e fraqueza muscular, dessa forma seria negligência trabalhar uma extensão de coluna, ou forças excessivas de coluna certo?
Instabilidade, movimentos acrobáticos, suspensos, por exemplo são restrições temporárias, pois dependendo do aluno, futuramente poderá realizar esse tipo de exercício sem causar nenhum dano.
Existem contraindicações absolutas de exercícios em caso de artrodese, e cirurgias com fixação na coluna, devido a limitação mecânica existente, exceto esses casos, podemos dizer que qualquer exercício pode ser realizado na presença de escoliose desde que bem supervisionado.
Contudo devemos respeitar o aluno, e propor exercícios que resultam em diminuição da dor, melhora do equilíbrio postural, como também da qualidade de vida.
Cuidados que devem ser tomados durante o tratamento da Escoliose
Em qualquer que seja o exercício de Pilates na reabilitação da escoliose, devemos ter precaução na escolha das molas, pois elas podem facilitar ou dificultar o movimento. Sempre que solicitado, o aluno deve realizar o enrolamento da coluna para não haver prejuízo nos exercícios.
Evitar movimentos em bloco, e pela metade (quando o aluno não finaliza corretamente) e sempre checar a superfície para que não esteja escorregadiça.
Devemos estar sempre atentos quanto ao posicionamento dos ombros, alongamento axial, na velocidade da execução do movimento, movimentos compensatórios.
Por exemplo, é preciso estar atendo, pois pacientes com cadeia posterior encurtada tendem a flexionar os joelhos para conseguir realizar um movimento.
Evitar também sobrecarga e dor, sendo a dor a condição limitadora de execução dos exercícios. É importante frisar que na escoliose há um desequilíbrio muscular entre os dois lados da curva e um desalinhamento vertebral, o que pode causar lesões como hérnias de disco e dores musculares.
Sendo assim, é essencial que a aula de Pilates na reabilitação da escoliose contemple exercícios que trabalhem para um reequilíbrio dessas musculaturas e realinhamento articular para melhorar as compressões assimétricas causadas na coluna.
Conclusão
A escoliose é um termo muito amplo, onde podemos observar que quanto mais cedo for o diagnóstico, melhor o prognóstico.
Haja vista que para ter uma postura saudável é preciso ter bons hábitos, como evitar sobrecargas constantes e posturas incorretas ao realizar alguma tarefa, e quando não temos cuidado com a coluna ela de alguma maneira reage. Dessa forma podemos prever que uma má postura acarreta em um desalinhamento postural.
O Pilates na reabilitação da escoliose por sua vez, como forma de tratamento conservador, tem ampliado o tratamento para desvios posturais, demonstrando bons resultados.
Como diz a pesquisa de QUADROS; FURLANETTO que foi abordado sobre os efeitos da intervenção do Pilates sobre a postura e a flexibilidade em mulheres sedentárias. A pesquisa demonstrou que após a realização das 20 aulas, ocorreu uma melhora no alinhamento postural com relação ao fio de prumo, nos diversos pontos observados e um aumento na amplitude de movimento dos músculos isquiotibiais e iliopsoas.
E como todo tratamento, o Pilates na reabilitação da escoliose requer cuidados quanto a execução dos movimentos, respeitando sempre os princípios do método e as limitações do paciente, deve se levar em conta a escolha certa do exercício, das molas e dos acessórios utilizados.
Podemos concluir também que devemos observar cada caso individualmente, levando em conta cada particularidade do paciente.
É preciso fazer uma avaliação minuciosa do paciente, incluindo a avaliação postural. Na avaliação postural poderemos observar as assimetrias e o aparecimento ou não da gibosidade.
O Pilates na reabilitação da escoliose, quando usado como recurso terapêutico para o tratamento promove o fortalecimento, alongamento, ganho de flexibilidade e mobilidade das articulações, além de proporcionar uma melhora na postura e no bem-estar geral do paciente.
Sendo assim, teremos bons resultados com esse tratamento e o nosso aluno ficará satisfeito com os resultados e da forma que seu corpo responde a essa técnica que é muito eficaz.
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Bibliografia
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