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No Brasil, segundo informações divulgadas pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), entre os anos de 2011 e 2018 o número de bariátricos aumentou 84,7%, que traduzido em registros de procedimentos realizados representa um total de 29,3 mil a mais do que quantidade ocorrida em 2011.

Este dado aparentemente não tão expressivo nos traz um alerta sobre um índice nacional que só vem crescendo, o que significa que, em algum momento de nossa carreira profissional poderemos nos deparar com alunos bariátricos.

Isto se dá, principalmente, pelo fato de que nesses casos os médicos recomendam fortemente a prática de atividade física, tanto como forma de contribuir para a redução de peso como pela questão de que muitos desses indivíduos têm outro(s) problema(s) de saúde associado(s), sendo este(s) normalmente de origem metabólica.

Dessa forma, os bariátricos podem apresentar algumas doenças como:

  • Diabetes tipo 2;
  • Colesterol e triglicerídeos aumentados;
  • Cardiovascular, como hipertensão arterial, e em casos mais graves, acidente vascular cerebral (AVC);
  • Infarto do miocárdio;
  • Sobrecarga nos ossos, articulações e músculos, causada pelo excesso de peso e lesões provocadas por quedas.

Problemas ortopédicos são preocupações para bariátricos 

Falando especificamente das alterações relacionadas à parte ortopédica, devemos considerar que comparadas com a população em geral, pessoas que se encontram na faixa de sobrepeso têm cerca de 15% mais chances de sofrer lesões articulares e/ou musculares. A porcentagem sobe para 48% em indivíduos obesos.

Isso significa que, essencialmente no início do processo ou mesmo após uma perda de peso considerável, não se pode ignorar as condições anteriores dos bariátricos.

Portanto é muito comum encontrar indivíduos com este perfil, como:

  • Lombalgias;
  • Dores pelo corpo;
  • Compensações posturais, como escolioses, hiperlordoses, alterações de pisada e joelho valgo;
  • Hérnias de disco cervical e/ou lombar;
  • Osteófitos “bico de papagaio”;
  • Tendinites no ombro, joelho, punho e cotovelo;
  • Artrites;
  • Artroses na coluna, quadril e/ou joelho;
  • Esporão de calcâneo;
  • Fascite plantar.

Estas alterações podem aparecer de forma isolada ou acompanhadas de outros problemas osteoarticulares e até mesmo musculares, pois outro fator agravante que está correlacionado a situação de obesidade é o sedentarismo. 

A inatividade física reduz substancialmente a quantidade de massa magra e contribui para a perda de força, gerando prejuízos na questão da proteção dos ossos e articulações, e trazendo limitações funcionais que promovem dificuldades para executar até mesmo as tarefas da vida diária como sentar e levantar, caminhar e restabelecer o equilíbrio corporal.

Ao decidirem iniciar sua rotina de exercícios, além de se envolver em atividades que visem emagrecimento, alguns bariátricos procuram o Pilates para melhorar, principalmente, os aspectos relacionados às dores que sentem devido a essas alterações já citadas.

Assim como para indivíduos que não realizaram esse procedimento gástrico, o Pilates pode ser igualmente benéfico na recuperação da funcionalidade desses bariátricos, aumentando sua qualidade de vida, proporcionando mais mobilidade e devolvendo autonomia, pois é uma potente ferramenta de condicionamento, reabilitação e tratamento da dor.

Porém, antes de mais nada, é preciso:

  • Conhecer bem o histórico dos bariátricos, procurando identificar hábitos/problemas anteriores à cirurgia e verificar seu nível de condicionamento;
  • Saber quais profissionais compõem a equipe que o acompanham para entender melhor suas necessidades e ter um suporte multidisciplinar;
  • Identificar e pesquisar sobre o tipo de cirurgia realizada.

5 tipos de cirurgias bariátricas

1. Bypass gástrico

Grampeamento de parte do estômago e desvio intestinal, é feito para aumentar a secreção de hormônios da saciedade.

2. Gastrectomia vertical (sleeve)

O estômago é transformado em um tubo com capacidade de 80 a 100 ml.

3. Duodenal Switch

60% do estômago é retirado e há desvio intestinal para redução da absorção de nutrientes.

4. Banda gástrica ajustável

Anel de silicone ao redor do estômago, a menos utilizada hoje, pois pode apresentar complicações futuras pela inserção de um corpo estranho na cavidade abdominal.

5. Cirurgia laparoscópica 

Realizada por vídeo, com a utilização de pinças ou laparotomia, uma abertura de 10 a 20 cm.

Para a realização das aulas para os bariátricos recém-operados, o instrutor deve ter o conhecimento das seguintes informações do paciente:

  • Certificar-se de que este aluno/paciente recebeu alta para praticar atividade física ou, no caso de ter sido liberado se há ou não restrição de alguns movimentos;
  • Ter conhecimento da dieta nutricional correspondente à fase que o aluno/paciente se encontra, para observar a necessidade de ajustes de intensidade;
  • Observar a cicatrização, principalmente em caso de laparotomia, e ficar atento a qualquer desconforto sinalizado que não esteja dentro do esperado;
  • Avaliar as condições físicas e funcionais para escolher a melhor conduta de exercícios;
  • Atentar-se a sobrecarga abdominal, principalmente nos primeiros meses após a cirurgia, dando preferência para exercícios de contração isométrica ou anti-rotacionais;
  • Seguir orientações do médico quanto a liberação para exercícios em decúbito ventral;
  • Levar em conta que nos primeiros meses os bariátricos podem ter episódios de vômito ou refluxo, portanto, deve-se manter uma comunicação constante para verificar a presença ou não desta condição, e em caso positivo evitar períodos prolongados em decúbito dorsal.

Asseguradas essas questões e respeitando cada fase deste processo, a prática do Pilates para os bariátricos pode proporcionar:

  • Aumento de mobilidade;
  • Melhora da postura;
  • Diminuição de dores;
  • Reabilitação de lesões;
  • Bem-estar físico, social e mental.

Conclusão

Além de melhorar o pós-operatório dos bariátricos, o Pilates também melhora a qualidade de vida do aluno, pois a atividade física libera endorfina e ainda ajuda a eliminar as dores apresentadas no corpo em inúmeras patologias. 

No caso do Brasil, que é um país onde houve um aumento considerável de bariátricos, ser um instrutor com experiência e desenvoltura nesses casos pode ser um diferencial para atrair novos clientes ao Studio.


























Grupo VOLL

Formação Completa em Pilates (Presencial)

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