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Os desvios posturais são muito comuns, especialmente com os hábitos de vida atuais. Por serem tão comuns, é importante conhecer bem os principais deles e aprender algumas técnicas para o tratamento.

Aqui falaremos sobre:

  • Escoliose;
  • Hiperlordose lombar;
  • Hiperlordose cervical;
  • Hipercifose torácica;
  • Retificação da coluna.

Também daremos algumas dicas importantes para garantir um bom tratamento dos desvios da coluna mais comuns. Continue lendo para estudar todos.

Escolioses

A escoliose é classificada como um desvio tridimensional da coluna. Ela pode acontecer em dois tipos: em C ou em S. O tipo mais comum é a escoliose em S, já que o corpo busca se reequilibrar de um desvio criando outro desvio para o lado oposto. 

As escolioses que encontramos nos nossos studios, assim como muitos desvios posturais, variam de forma e de ângulo. Alguns casos são tão sutis que mal percebemos a existência da escoliose. Outros são exagerados e afetam a aparência do aluno diretamente.

Para realizar o diagnóstico correto da escoliose precisaremos fazer uma avaliação postural cuidadosa e podemos nos orientar também por exames de imagens. Porém, nunca devemos realizar um diagnóstico baseado somente nos exames. 

Através deles conseguimos até identificar os desvios na coluna, porém não conseguimos ver todas as compensações encontradas no corpo.

Existem algumas possíveis causas da escoliose, mas pelo menos 80% dos casos são idiopáticos, sem causa definida.

A etiologia da escoliose é dividida em:

  • Estrutural: possui uma curva rígida e fixa que não desaparece quando tratamos a causa. Pode ser idiopática, congênita, degenerativa, neuromuscular, etc;
  • Não estrutural: possui algumas causas e quando é corrigida, o desvio da coluna desaparece. Pode ser causada por discrepância de membros inferiores, espasmos e dores na coluna.

Alguns pacientes também desenvolvem escoliose estrutural por causa de degeneração nas estruturas da coluna. Para entender qual é o motivo mais provável para o aparecimento da escoliose você precisa investir numa boa avaliação. 

Atenção: seu aluno pode ter desenvolvido o desvio por vários motivos. Desvios no olhar, mordida cruzada, aumento da pressão no maxilar por uso de aparelhos, ou seja, vários fatores influenciam no posicionamento da coluna.

Tratamento da Escoliose

Viu que na lista de possíveis causas colocamos a dor? Alguns alunos desenvolvem o desvio na coluna como uma adaptação para conseguir se mover em casos de dor. Pegue alguém com uma hérnia de disco que sofre de dor aguda na coluna lombar. 

Aos poucos a coluna desenvolve um desvio para evitar a dor durante o movimento. Em casos assim deveremos começar resolvendo a dor. Quando conseguirmos aliviar a dor conseguiremos tratar a escoliose.

Todo desvio na coluna é uma escoliose?

Não. Praticamente todos os seus alunos têm pequenos desvios da coluna, mas a não ser que essas alterações sejam acima de 10º elas não são consideradas patológicas. E mesmo essas alterações anormais só precisam de tratamento quando são acima de 20º. 

A maioria dos casos pode ser resolvido com tratamento conservador, usando exercícios e alguns métodos complementares como a palmilha para quem tem discrepância de membros. Acima de 35º de desvio é preciso aliar a cirurgia ao tratamento conservador para resolver o problema.

Hiperlordose Lombar

Cada vez mais encontramos alunos com alterações nas curvaturas fisiológicas da coluna. Essas alterações levam a um desvio, exagero e até apagamento das curvaturas essenciais para um movimento funcional. A hiperlordose lombar está entre eles e precisa ser tratada através do movimento.

Chamamos de hiperlordose lombar um desvio patológico na região da coluna lombar que aumenta a lordose dessa parte. Ela acontece no plano sagital e seu diagnóstico é feito através de radiografias e avaliações

Pacientes com hiperlordose lombar também costumam apresentar uma anteversão pélvica. A falta de mobilidade da pelve também pode estar entre os motivos do surgimento da hiperlordose.

Podemos citar diversos motivos para desenvolver a hiperlordose lombar. Casos bastante comuns são aqueles causados por hábitos de vida como sedentarismo e má postura no trabalho e até momentos de lazer. 

Considerando que boa parte das pessoas passa o dia em frente a uma tela, é bastante provável que a postura adotada durante essas horas leve a um desvio na coluna lombar (ou outros desvios posturais que veremos mais tarde).

Existem outras causas, como:

  • Gravidez;
  • Obesidade;
  • Genética;
  • Movimentos repetitivos;
  • Lesões e traumas;
  • Hérnia de disco;
  • Fraqueza e encurtamentos musculares;
  • Espondilolistese.

Assim como na escoliose, dores causadas por outras patologias também podem causar hiperlordose lombar. O corpo sempre cria adaptações para continuar se movendo e escolherá a maneira que lhe dá mais conforto. Isso acontece mesmo que signifique sacrificar a estabilidade da coluna lombar através de um desvio.

Hipercifose Torácica

A hipercifose torácica é um desvio de postura bastante comum. Ela pode ser causada por patologias (especialmente em idosos) ou outros fatores. Um exemplo são pacientes idosos que apresentam osteoporose, por exemplo. 

Essas patologias fazem com que a morfologia das vértebras fique alterada. Com essas alterações biomecânicas fica impossível sustentar uma postura correta e o idoso desenvolve a hipercifose. Essas patologias são tão comuns que estima-se que entre 20% e 40% dos idosos apresentam o desvio.

Apesar disso, muitos dos casos de hipercifose torácica possuem causas não patológicas. A maioria dos pacientes que encontramos possuem o que chamamos de hipercifose postural. 

Ela acontece devido a posição que a pessoa adota nas suas atividades diárias. Acho que você já pensou nas pessoas que passam o dia inteiro olhando para o computador numa posição típica da hipercifose.

Características psicossociais também estão entre as causas do problema. Pessoais tímidas, com características depressivas ou com sentimentos de fragilidade costumam aumentar a cifose torácica. Isso acontece como uma ação de proteção ou para “se esconder” dos outros. Nesse caso precisaremos agir com o tratamento físico, mas ele também precisará de um apoio psicológico.

O aluno sempre precisará de correção eficiente que o ajude a se livrar de tensões e desequilíbrios musculares.

Hiperlordose Cervical

A lordose cervical também é bastante afetada por desvios posturais. Esse tipo de hiperlordose acontece quando existe um exagero da lordose da coluna cervical. Ele pode ser causado por:

  • Má postura do aluno;
  • Fraquezas e desequilíbrios musculares;
  • Problemas e alterações das articulações temporomandibulares;
  • Deformidade com causa genética;
  • Hipercifose na região torácica.

Em pacientes com hiperlordose cervical vemos uma hipertrofia de musculaturas na parte anterior do pescoço. O oposto acontece com as musculaturas posteriores, que ficam enfraquecidas. 

A curvatura da cervical fica acentuada criando uma protrusão da cabeça. Pacientes com esse desvio frequentemente desenvolvem dor cervical, já que a posição da cabeça cria maior pressão nas estruturas cervicais.

Retificação da coluna vertebral

Acredite ou não, a perda das curvaturas da coluna vertebral é muito comum. Sabe quando sua mãe te fala para deixar essa coluna reta? Ela não estava te dando um conselho muito bom, mas muita gente o seguiu. 

Alguns alunos possuem um apagamento de uma ou mais curvaturas vertebrais. Isso acontece por um excesso de tensão e rigidez nas estruturas da coluna e prejudica muito o movimento. No Brasil esse problema é especialmente normal.

Um aluno retificado desenvolve esse desvio por:

  • Problemas hereditários;
  • Costumes de postura ou posição adotada no trabalho;
  • Encurtamentos, fraquezas e tensões musculares.

Precisamos corrigir esses desequilíbrios no corpo do aluno e ensiná-lo a adotar uma posição que respeite as curvaturas fisiológicas da coluna.

Tratamento dos Desvios Posturais

Desvios posturais são problemas complexos que alteram toda a mecânica de movimento do corpo. Como resultado eles também espalham compensações, tensões, fraquezas e desequilíbrios pelo corpo. Precisamos te avisar: o tratamento de um aluno com desvio postural exige uma avaliação constante.

Pense que esse aluno é feito de camadas. Cada vez que conseguimos consertar um desequilíbrio outro surge em outra região do corpo. Nosso foco durante o tratamento será:

  • Recuperar as curvaturas fisiológicas da coluna;
  • Aliviar ou evitar a dor;
  • Garantir estabilidade para as estruturas vertebrais;
  • Garantir mobilidade para as estruturas vertebrais;
  • Impedir o aumento das curvaturas patológicas (especialmente na escoliose).

Quando trabalhamos com uma coluna com curvas exageradas precisamos tomar cuidado para não criar uma retificação. Queremos manter as curvaturas fisiológicas que são importantes mecanismos de proteção do corpo. Trabalhar com estabilidade em excesso pode gerar o apagamento dessas curvaturas e impedir o movimento.

Deveremos criar uma harmonia entre exercícios de mobilidade e estabilidade. A coluna precisa ser móvel o suficiente para manter seus movimentos funcionais e estável o suficiente para evitar lesões. Parece complexo quando falamos dessa maneira, mas durante as aulas você perceberá que é bem mais simples.

Conclusão

Vimos como os desvios posturais em nossos alunos prejudicam toda a estrutura da coluna cervical e espalham desequilíbrios pelo corpo. 

Por isso, precisamos aprender a tratá-los de maneira global, priorizando estabilidade, mobilidade e recuperação dos movimentos funcionais. Também precisaremos tratar possíveis dores e desconfortos que o aluno apresenta. 

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