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Uma das principais queixas nos estúdios de Pilates, as patologias do ombro são comuns na população em geral, sendo a terceira desordem musculoesquelética mais comum.

Ficando atrás apenas das patologias cervicais e lombares – incidindo em 15 a 25% dos pacientes com idade entre 40 e 50 anos.

Os problemas no ombro afetam as atividades da vida diária e do trabalho, comprometendo a qualidade de vida de muitas pessoas.

Nesta publicação você vai encontrar:

  • Entendendo o Complexo do Ombro
  • Principais Patologias do Ombro
  • Como o Pilates pode auxiliar no tratamento de Patologias do Ombro

Quer saber quais as principais patologias do ombro e como tratá-las com o Método Pilates? Continue lendo esse texto pra entender!

Entendendo o Complexo do Ombro

O ombro é uma estrutura extremamente complexa, com um design que provê máxima mobilidade e amplitude de movimento.

Quando percebemos todos os movimentos capazes e posições realizadas todos os dias, compreendemos como é árdua nossa vida com um ombro que não está funcionando bem ou dolorido.

O complexo do ombro é um termo utilizado para incluir todas as estruturas envolvidas com o movimento do ombro.

Consistem em escápula, clavícula, esterno, úmero e caixa torácica e inclui a articulação esternoclavicular, a articulação acromioclavicular, a articulação glenoumeral e a “articulação escapulotorácica”.

Em suma, trata-se do cíngulo do membro superior (escápula e clavícula) e a articulação glenoumeral (escápula e úmero). Embora a escápula e o tórax não possuam ponto de fixação, a escápula se move sobre a caixa torácica.

A escápula e o tórax não estão fixados diretamente, mas estão ligados indiretamente através da clavícula e de diversos músculos. A articulação escapulotorácica proporciona movimento e flexibilidade ao corpo.

Outra estrutura muito importante para o complexo do ombro é denominada manguito rotador, formada pelos músculos supra espinhal, infra espinhal, subescapular e redondo menor, que se originam na escápula e possuem inserção no úmero, com função primordial de estabilizar a cabeça do úmero na rasa cavidade glenoide da escápula.

A articulação glenoumeral, uma estrutura de bola e soquete que permite praticamente movimentos em todas as direções, é a articulação formada pela junção do úmero com a escápula, mais precisamente da cabeça do úmero com a cavidade glenoide da escápula.

Esta articulação possui muitos graus de liberdade, sendo uma das mais móveis no corpo humano, porém, como a cavidade glenoide da escápula é uma estrutura articular pouco profunda e que não abriga totalmente a cabeça do úmero.

É necessário que outras estruturas deem estabilidade a essa articulação, ou seja, os músculos do manguito rotador estabilizam a dinâmica da articulação glenoumeral.

O músculo subescapular é o principal estabilizador dinâmico anterior da cabeça do úmero, enquanto o músculo infraespinhal é responsável pela estabilização dinâmica posterior.

Já o músculo supraespinal proporciona uma restrição estática à migração superior da cabeça do úmero, enquanto que os músculos infraespinhal, redondo menor e subescapular exercem ação primária na depressão da cabeça do úmero.

Em razão do sentido oblíquo de suas fibras em direção ao úmero, o que gera um vetor de força no sentido caudal sobre sua cabeça.

Principais Patologias do Ombro

O complexo do ombro pode ser alvo de várias patologias. Portanto, faz-se necessário uma avaliação médica e fisioterapêutica adequada para identificar o tipo de acometimento, o grau e estágio, em busca da melhor alternativa de tratamento e consequentemente a otimização da recuperação.

A avaliação fisioterapêutica é a chave principal na condução de um tratamento, em que podemos explorar o atual estado físico do paciente, compreendendo e correlacionando o que diz e demonstra sobre a sua patologia.

Os acometimentos musculoesqueléticos são avaliados nas esferas da função articular (mobilidade e força muscular) e seu funcionamento, complementando a anamnese prévia e o diagnóstico médico.

Sendo assim, apresentamos aqui as principais patologias do ombro:

Inflamação da bursa subacromial, tendinopatias e síndrome do impacto subacromial

A inflamação da bursa subacromial, popularmente conhecida como bursite do ombro, surge através de uma inflamação na bursa subacromial subdeltóidea.

Pode ser associada à síndrome do impacto subacromial, na qual não apenas a bursa apresenta-se inflamada, mas também os tendões dos músculos que passam pelo espaço subacromial, apresentando sinais de tendinopatia.

Podem ser provocados por traumas ou movimentos repetitivos do ombro, recorrentes em atletas (nadadores, tenistas, ginastas, jogadores de vôlei, entre outros), bem como em outros tipos de atividades (jardinagem, limpeza, etc.) que apresentem movimentos repetitivos do ombro.

Lesões dos tendões do manguito rotador

Trata-se de rupturas nos tendões dos músculos que compõem o manguito rotador. Podem ocorrer por traumas, microtraumas, doenças inflamatórias ou processos degenerativos associados ao envelhecimento.

A influência genética também pode ser uma das causas, assunto este ainda em estudo.

As lesões do manguito rotador são bem variadas, podendo ser parciais ou completas, com retração pequena, moderada ou grande e os músculos podem estar degenerados ou não.

Estes fatores podem determinar o grau de intensidade da contusão, ou seja, quanto maior a lesão, retração e degeneração, mais grave ela é.

Capsulite adesiva (ombro congelado)

A capsulite adesiva, também chamada de ombro congelado, é uma patologia comum na prática ortopédica geral, que acomete a cápsula articular que reveste a articulação do ombro, levando a uma severa incapacidade funcional.

O ombro congelado pode ocorrer em três diferentes fases: fase inflamatória (inicia-se com uma pequena dor, e esta evolui com o passar do tempo para uma dor mais intensa e limitante dos movimentos); fase de rigidez ou congelamento (perda progressiva dos movimentos do ombro); fase de descongelamento (melhora progressiva do ombro, com perda final de até 20% dos movimentos).

Discinesia da escápula (escápula alada)

A discinesia da escápula ocorre através da desestabilização da musculatura responsável pelo alinhamento da escápula junto ao tórax, durante o arco de movimento dos membros superiores.

Existem diversas causas para a alteração dos movimentos da escápula, inclusive o desuso ou enfraquecimento, principalmente, dos músculos romboides e do serrátil anterior.

As principais consequências da diacinese da escápula são: síndrome miofascial, perda de força no membro superior lesionado, tendinopatias causadas pelo impacto subacromial secundário e queda da escápula.

Percebe-se aqui, que as patologias do ombro podem ser gradativas. Um acometimento não tratado ou tratado de maneira arbitrária pode evoluir para um quadro mais grave de lesão e assim sucessivamente.

Isso se dá, muitas vezes, por conta da identificação tardia, na qual o paciente recebe o diagnóstico de bursite do ombro, enquanto o seu grau de acometimento encontra-se numa fase mais avançada de lesão, como ocorre na evolução das tendinopatias para a capsulite adesiva, por exemplo.

Sugere-se aqui, que os pacientes ao sentirem um determinado incomodo, procurem imediatamente ajuda médica e que este o encaminhe para o tratamento correto, dirimindo assim, as chances de evolução das patologias.

Como o Pilates pode auxiliar no tratamento de Patologias do Ombro

O método Pilates vem sendo utilizado no tratamento de patologias relacionadas ao complexo do ombro, trazendo entre outros benefícios a melhora das funções e da dor do paciente.

É essencial para o fortalecimento, relaxamento e consequente reequilíbrio da musculatura que envolve o complexo do ombro.

Além de atuar diretamente na melhoria da qualidade óssea, que pode ter sido prejudicada durante algum exercício ou prática de atividades que exigem maior empenho dessa região. Bem como auxiliar na melhoria da má postura, um dos vilões causadores das patologias do ombro.

Os objetivos do método Pilates são alcançar, através de seus exercícios, o reequilíbrio das estruturas corporais, as qualidades muscular e óssea, além da consciência respiratória e ativação da Power House.

Beneficiando o indivíduo com o fortalecimento muscular, melhoria da circulação sanguínea, bem como da amplitude de movimento e propriocepção dos membros superiores, agindo assim, diretamente na diminuição da dor.

Através da prática do Pilates, os benefícios para o complexo do ombro são: relaxamento e descontração, fortalecimento muscular, melhoria na circulação e oxigenação sanguínea, consciência corporal, melhoria na postura, entre outros.

Concluindo…

Este estudo mostra que o método pilates pode ser uma ferramenta eficaz para o fisioterapeuta na reabilitação e prevenção de lesões no complexo do ombro, apresentando benefícios variados e poucas contraindicações. Mesmo quando estas existem, os exercícios podem ser adaptados e realizados em outras posturas.

O método Pilates para o tratamento do complexo do ombro, então, assume papel fundamental, referenciada como uma das modalidades terapêuticas mais indicadas.

Entretanto, se faz necessário uma avaliação minuciosa de forma que a origem do impacto seja esclarecida o mais breve possível e o tratamento proposto conforme evolução da patologia, pois a conduta utilizada deverá respeitar a fase da doença.

Bibliografia

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Blog Pilates. (2016). Método Pilates aplicado nas Patologias do Ombro. Acesso em: 25/01/2017. Disponível em: https://blogpilates.com.br/pilates-nas-patologias-do-ombro/

Metzker, C. A. B. (2010). Tratamento conservador na síndrome do impacto no ombro. Fisioter. Mov., Curitiba, v. 23, n. 1, p. 141-151.

Santos OS, Bonamin C, Sobania LC, Otsuka N, Sobania RL. Síndrome do impacto: resultados do tratamento cirúrgico. Rev. Bras. Ortop. 1995;30(9):655-9.

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