Na atualidade muitos pacientes chegam ao estúdio, com o objetivo de diminuir os sintomas que interferem na realização das atividades de vida diária. Então, por este motivo vamos falar do Pilates na fibromialgia, uma síndrome musculoesquelética que vem afetando muitos indivíduos.
A fibromialgia é caracterizada por uma síndrome dolorosa, de longa evolução, associada a vários sintomas. Ela pode ser confundida com outras doenças reumáticas e não reumáticas, porém não apresenta quadro inflamatório.
De acordo com a Previdência Social (2015), cerca de 15 milhões de brasileiros tem a qualidade de vida comprometida devido ao reumátismo, sendo a segunda causa de afastamentos do trabalho.
A associação da fibromialgia e outras comorbidades, como a depressão, são fatores que contribuem para o sofrimento e a piora da capacidade funcional destes pacientes.
O conjunto de sintomas e o impacto psicológico geram incapacidade funcional e social, o que interfere negativamente no seu dia a dia, podendo prejudicar seu desenvolvimento no trabalho e levá-lo ao afastamento.
Muitas pessoas não acreditam na fibromialgia, e acham que tudo não passa de fingimento, devido o paciente queixar-se de tanta dor. Entretanto, nós instrutores de Pilates, sabemos como esses pacientes sofrem, e por este motivo temos que ajudá-lo a restaurar suas funções fisiológicas, a diminuir do impacto dos sintomas.
A partir dos ganhos terapêuticos do Método Pilates na Fibromialgia podemos lhe proporcionar o bem estar e qualidade de vida prolongada.
Mas antes de falar como o Pilates pode auxiliar na reabilitação dos pacientes com fibromialgia, precisamos nos aprofundar e entender melhor essa síndrome clínica.Vamos lá!?
Entendendo a Fibromialgia
A fibromialgia é estudada há mais de 100 anos, mas antigamente era comum usar o termo “fibrosite”. Já em 1990, o termo fibrosite foi abandonado, pois “ite” se refere há uma inflamação e na fibromialgia isso não ocorre.
A partir daí os critérios de diagnóstico sobre a fibromialgia e modificou, e foi o que fez aumentar o número de diagnóstico pelo mundo. De cada 10 pacientes com fibromialgia, 9 são mulheres com idade entre 30 e 50 anos.
A fibromialgia é uma síndrome crônica que incomoda diariamente o individuo portador. Ela é caracterizada pela dor neuromuscular, afetando diretamente de forma funcional, pois envolve músculos, ligamentos e tendões. Isso acontece devido disfunções neurofisiológicas envolvendo, principalmente, o sistema nervoso central (SNC).
Ela pode ser prejudicial no desempenho funcional de uma pessoa, por exemplo, o indivíduo pode vir a apresentar déficit de locomoção, equilíbrio e limitação da amplitude de movimento articular.
Essa síndrome deteriora significativamente a qualidade de vida de seus portadores. Pois, além de ser um importante problema de saúde, também se torna um problema sócio-econômico.
Estudos recentes mostram que sua prevalência varia de 1% a 4% da população geral, sendo a segunda afecção reumatológica mais frequente, superada apenas pela osteoartrite degenerativa. (BATISTA, BORGES E WIBELINGER; 2012).
Ao ouvir reumatismo, muitas pessoas acham que a fibromialgia pode afetar as articulações e gerar deformidades. Neste caso ela está classificada dentro do grupo de “reumatismo de partes moles”, isto é, que não afeta as articulações.
As doenças reumáticas geralmente são de caráter crônico, no entanto, podem ser controladas com o uso de medicações e a prática regular de exercícios físicos.
O diagnóstico muitas vezes é difícil, pois não existem exames laboratoriais que confirmem o quadro de fibromialgia. Os critérios para diagnóstico é a anamnese e exame físico, que é realizado através da digito-pressão em 18 pontos específicos do corpo. O critério de resposta dolorosa, em pelo menos 11 desses 18 pontos, é considerado como um dos critérios de diagnóstico.
Muitos pacientes não conseguem distinguir o local da dor, se ela é muscular ou articular, pois referem que não há um lugar no corpo que não doa. Isso acontece porque os pacientes com fibromialgia apresentam uma sensibilidade à dor maior, do que pessoas sem a condição.
Sabe por que isso ocorre?
Porque há um desequilíbrio na produção dos neurotransmissores cerebrais. A redução da serotonina e a elevação da substancia P, provoca uma hipersensibilidade a estímulos que normalmente não causariam dor. Sendo assim o paciente sente dor com maior intensidade.
Por isso é importante o instrutor realizar uma avaliação/anamnese com o seu aluno no inicio da reabilitação, e também é importante requisitar o laudo médico que confirme o diagnóstico. Assim será mais eficiente a evolução do paciente, pois o profissional de Pilates na fibromialgia estará preparado para atender as necessidades de cada aluno.
Causas da Fibromialgia
O motivo pelo qual algumas pessoas desenvolvem a fibromialgia e outras não, ainda são desconhecidos. Porém, seu surgimento está associado à alguns fatores:
- Genética: Em pessoas da mesma família é comum encontrar outros portadores da doença;
- Indivíduos portadores de lúpus, artrite reumatoide ou espondilite anquilosante estão susceptíveis a ter fibromialgia.
- Fatores como sedentarismo, situações de estresse e eventos traumáticos, também são associados à Fibromialgia.
Portanto, fique atento se algum aluno seu sentir dores por todo o corpo, cansaço frequente, e já foi a vários médicos e não acharam um diagnóstico exato, pode-se suspeitar que este problema seja fibromialgia.
Sintomas da Fibromialgia
Os sintomas mais comuns na fibromialgia são as dores difusas e a hipersensibilidade ao toque nos pontos gatilhos, a frequência, o grau e a localização da podem variar de um dia para o outro. Além destes existe outros sintomas e aspectos que afetam o dia a dia do indivíduo portador de fibromialgia:
- Fadiga
- Distúrbio do Sono – Sono Superficial e/ou Interrompido, Apneia do Sono
- Cefaleia
- Ansiedade
- Tontura
- Mudanças de Humor
- Depressão
- Dificuldade para Raciocinar e Memorizar
- Síndrome das Pernas Inquietas
- Cólon Irritado (Diarreia e/ou Prisões de Ventre)
- Rigidez Matinal
- Contratura Muscular
- Formigamento e Dormência na Face, Braços, Mãos, Pernas e nos Pés
- Déficit de Equilíbrio
Dessa forma, o diagnóstico é realizado através de alguns destes sintomas que são referidos pelo paciente, mais o exame físico para ajudar a excluir doenças semelhantes.
Riscos para Pacientes com Fibromialgia
Apesar de a fibromialgia não ser uma doença progressiva, seus prejuízos são enormes, o que traz riscos e consequências na vida do portador, que destacamos a seguir.
- Cerca de 70% dos pacientes diagnosticados com fibromialgia podem vir a ter a Síndrome do Intestino Irritável (SII), que é uma alteração funcional caracterizada por dor abdominal, diarreia, constipação e outros sintomas que podem se agravar devido ao estresse e eventos fatigantes.
- A depressão é muito frequente na vida dos portadores, estudos mostram que 30 a 40% dos pacientes com fibromialgia apresentam depressão no início do diagnóstico e 60% no decorrer das suas vidas. Por este motivo, o tratamento psicológico é essencial, pois alguns pacientes podem vir a apresentar transtornos psiquiátricos e de humor, o que pode levar ao suicídio.
- Com uso de medicações fortes e por longos períodos, o portador pode vir a apresentar outras patologias que não são identificadas no início devido o uso de medicação constante, o que pode mascarar os sintomas de outra patologia, e quando ele perceber o quadro já está avançado o que pode leva-lo à morte.
Como vimos acima a fibromialgia deve ser levada a sério.
Apesar de não ter cura, o paciente deve realizar o tratamento certinho, sendo necessárias algumas mudanças no estilo de vida, que vão auxiliar a reduzir as manifestações que trazem sofrimento a esses pacientes e assim promover uma boa qualidade de vida.
Formas de Tratamento da Fibromialgia
Devido ao paciente apresentar dor generalizada e limitações funcionais, o tratamento consiste em terapia medicamentosa e não medicamentosa.
A terapia medicamentosa consiste em analgésicos, ansiolíticos e antidepressivos, além de relaxantes musculares que são usados de acordo com a necessidade do paciente e conforme a prescrição médica.
Já a terapia não medicamentosa consiste em:
- Adquirir uma alimentação saudável
- Realizar massagem e técnicas de relaxamento
- Praticar atividades físicas (exercícios de baixa intensidade)
- Ter uma boa noite de sono (evitar a ingestão de cafeína e álcool)
- Realizar tratamentos alternativos como o método de Acupuntura, tem sido um grande aliado, pois tem demonstrado a melhora importante dos sintomas
- Buscar apoio psicológico (distúrbios psiquiátricos)
Como vimos acima infelizmente não existe um tratamento específico para a fibromialgia, porém há diversas formas que auxiliam a minimizar os sintomas e a melhorar a qualidade de vida do paciente, como o Pilates na Fibromialgia.
Benefícios do Pilates na Fibromialgia
Antigamente quem tinha dor generalizada não era levada muito a sério, hoje em dia há vários recursos que auxiliam o paciente a adquirir melhor qualidade de vida. Entre eles está o Pilates, que cada dia mais vem conquistando novos adeptos à praticar o Método, principalmente os portadores de fibromialgia.
Geralmente as pessoas que sofrem de fibromialgia tem a musculatura tensa e fadigada, o que propicia a ter algumas alterações posturais desencadeadas pelo desequilíbrio muscular.
O Pilates na fibromialgia é aplicado nesses pacientes com exercícios de baixo impacto, o que traz benefícios à saúde do praticante, como:
- Fortalecimento Muscular Global
- Melhora as Funções Neuromusculares
- Correção Postural
- Melhora a Circulação e Oxigenação das Fibras Musculares
- Diminui as Contraturas através do Relaxamento Muscular
- Aumenta e mantém a Flexibilidade Muscular
- Aumenta a Coordenação e Equilíbrio
- Melhora a Mobilidade Articular
- Melhora a Capacidade Respiratória
- Garante melhor Condicionamento Físico e Mental
- Alivia o Estresse e a Ansiedade
Estes são alguns dos benefícios do Pilates na Fibromialgia, que ajudam a manter os músculos condicionados e saudáveis, diminuindo a intensidade da dor e, deste modo, facilitando na realização das atividades do dia a dia.
Por este motivo é muito importante a prática regular de Pilates na fibromialgia, pois quando realizado o organismo reage estimulando a liberação de endorfinas que atua como efeito analgésico, proporcionando a sensação de bem estar ao praticante.
Isso é comprovado no estudo de Komatsu et al. (2016), que teve como objetivo avaliar os efeitos do Pilates em relação a dor, em 20 mulheres com diagnóstico de fibromialgia. 13 delas foram aleatoriamente para o grupo de tratamento (GT) e 7 para o grupo controle (GC).
O GT realizou uma hora de Pilates, sendo 2x na semana, por 8 semanas. Já o GC manteve o tratamento inicial sem realizar aulas do Método Pilates.
Os resultados obtidos neste estudo demostraram resultados significativos na intensidade da dor, na qualidade de vida e no número de regiões dolorosas (p<0,05) no GT, ao passo que não há diferenças estatísticas para o GC (p>0,05).
Para garantir esses resultados é indicado que o paciente realize Pilates pelo menos 2x na semana. Também é importante lembrar que o instrutor deve estar ciente quanto aos limites de cada paciente, sempre respeitando a fisiologia do músculo e a biomecânica articular.
Além de amenizar os sintomas, o Pilates na Fibromialgia promove ao praticante a sensação de bem estar, aumenta sua auto estima e proporciona uma boa noite de sono o que consequentemente irá reduzir o uso de medicações.
Exercícios de Pilates para Fibromialgia
A avaliação inicial já faz parte do tratamento de Pilates na fibromialgia, então neste caso é o primeiro passo a ser tomado. Busque anotar todas as informações obtidas através do relato do seu paciente, mais as alterações funcionais e posturais avaliadas no momento.
Os exercícios devem ser prescritos com cautela e não devem ser extenuantes. Deste modo, o instrutor deve prescrever exercícios iniciais com intensidade leve e aumentar gradativamente, de forma que seja tolerada pelo paciente.
Os princípios do Pilates (respiração, centro, concentração, fluidez, precisão e controle) devem ser ressaltados durante a prática dos exercícios, pois são essenciais para a biomecânica do movimento.
No início é capaz do aluno referir dor, porém com a prática regular de exercícios esse desconforto vai amenizando. O importante é ter cuidados durante a realização dos movimentos, e vale lembrar que o seu aluno deve sentir prazer ao realizar os exercícios e não maiores desconfortos.
Durante as aulas de Pilates na fibromialgia você pode estar associando séries de flexibilidade, fortalecimento e liberação miofascial. Abaixo vamos entender um pouquinho de cada série.
Flexibilidade
Os exercícios de flexibilidade devem ser enfatizados em pacientes com fibromialgia, pois permitem aumentar a a amplitude de movimento articular e liberdade de movimento.
A flexibilidade auxilia na melhora do equilíbrio muscular e coordenação motora, amenizando as restrições de movimento. Deste modo ajuda os pacientes a desempenhar a maioria das tarefas cotidianas com maior funcionalidade.
No estudo de Bressan et al. (2008), foram avaliadas 15 mulheres com diagnóstico de fibromialgia, ambas foram divididas em dois grupos: G1 com 8 pacientes, realizaram o tratamento por meio de alongamentos musculares e o G2 com 7 pacientes teve como tratamento a caminhada.
O tratamento durou 8 semanas, sendo uma sessão semanal com duração de 40 a 45 minutos. Neste estudo concluiu-se que grupo que treinou flexibilidade foi impactado com diversos benefícios à qualidade de vida.
As regiões mais comuns de rigidez é a coluna lombar e cervical. Porém é importante lembrar que a prescrição dos exercícios deve ser realizada conforme a necessidade de cada paciente. A seguir vamos citar 8 exercícios de alongamento muscular, voltados para o desenvolvimento da flexibilidade, que você pode repassar para seu aluno.
1) Stretches Front no Barrel
Objetivo: Alongamento do Músculos do Piriforme
2) Stretche Side no Barrel
Objetivo: Alongamento do Bíceps Femoral, Semitendíneo e Semimembranásceo
3) Relax Series no Barrel
Objetivo: Alongamento de Cadeia Anterior
4) Rolling Back no Cadillac
Objetivo: Alongamento de Cadeia Anterior/Posterior e Mobilização da Coluna Vertebral
5) Stomach Massage Hands Back no Reformer
Objetivo: Alongamento do Reto Femoral, Vasto Lateral, Vasto Intermédio e Vasto Medial
6) Side Splits no Cadillac
Objetivo: Alongamento de Adutores do Quadril
7) Running no Reformer
Objetivo: Alongamento de Tríceps Sural e Gastrocnêmios
8) Stretching with the Bar no Cadillac
Objetivo: Alongamento de Peitoral e Região Lombar
Lembre-se que os alongamentos dinâmicos devem ser realizados de acordo com a amplitude fisiológica, evitando estiramento e distensões musculares.
Liberação Miofascial
A técnica de liberação miofacial (Stick (bastão), foam rollers (rolo de espuma, bolas de tênis e soft ball) também deve ser realizada, pois tende a eliminar os “pontos gatilhos” e diminuir as barreiras de restrição dos movimentos, auxiliando na reabilitação neuromuscular. A seguir oito exercícios com auxílio do Foam Roller.
1) Piriformes: Sentar sobre o rolo cruzando um membro inferior sobre o outro. Ao sentir o ponto gatilho do músculo piriforme realizar 10 rolamentos, após trocar o lado.
2) Isquiotibias: Na posição sentada, mantenha um membro inferior com quadril e joelho fletidos e o pé apoiado no solo. O outro membro inferior deve estar com joelho estendido e com o foam roller posicionado na região dos isquiotibias. Após, estenda o quadril e realize lentamente o rolamento. Realizar 10 repetições para cada lado.
3) Banda Iliotibial: Em decúbito lateral, posicione o rolo na parte lateral da coxa, se necessário realizar uma leve rotação do quadril. Realiza 10 rolamentos.
4) Quadriceps: Em decúbito ventral, posicione o foam roller abaixo do músculo quadríceps, se necessário realizar uma rotação interna ou externa do quadril para achar o ponto gatilho. Realize 10 rolamentos no local.
5) Adutores: Em decúbito ventral, posicione o foam roller na parte interna da coxa. Realize 10 rolamentos na diagonal.
6) Panturrilhas: Na posição sentada, mantenha um membro inferior com quadril e joelho fletidos tendo o pé apoiado no solo. O membro inferior contralateral deve estar com o foam roller posicionado abaixo da panturrilha, mantendo o joelho estendido. Após estender o quadril e lentamente realizar 10 rolamentos.
7) Coluna torácica: Em decúbito dorsal, mantenha joelhos em flexão e braços sobre o tórax. Posicione o foam roller na coluna torácica, mantendo o quadril baixo porém sem encostar no solo e lentamente execute 10 rolamentos garantindo a mobilidade torácica.
8) Latíssimo do dorso: Em decúbito lateral, cruze um membro inferior sobre o outro. Após posicione o foam roller na região do latíssimo do dorso e realize 10 rolamentos.
Além de eliminar os “pontos gatilho”, a liberação miofascial deixa os músculos mais flexíveis, fortes e resistentes a lesões.
Fortalecimento Muscular
Com o Método Pilates conseguimos fortalecer os músculos profundos, principalmente aqueles que estabilizam a coluna vertebral, prevenindo assim possíveis lesões.
Devido à fadiga ser recorrente nesses pacientes, o fortalecimento pode ser realizado no início com o auxilio das faixas elásticas e conforme a resistência pode ir progredindo com as molas.
Neste caso o instrutor não deve exigir muito do seu aluno, é necessário respeitar a dor e os limites de cada um, evitando os picos de fadiga e dor. Segue abaixo 8 exercícios para fortalecimento muscular:
1) Double Leg Stretch com Faixa Elástica
Objetivo: Fortalecimento do Core
2) Thigh Stretch com Faixa Elástica
Objetivo: Fortalecimento de Paravertebrais e Quadríceps
3) Squat One Leg com Faixa Elástica
Objetivo: Fortalecimento de Glúteos, Isquiotibiais e Quadríceps
4) Side Splits no Reformer
Objetivo: Fortalecimento de Adutores do Quadril
5) Punch no Cadillac
Objetivo: Fortalecimento de Deltóide Clavicular, Peitoral Maior Clavicular, Coracobraquial e Bíceps Braquial (porção longa)
6) Arms Up and Down no Cadillac
Objetivo: Fortalecimento de Tríceps
7) Pulling no Reformer
Objetivo: Fortalecimento de Rombóides, Bíceps Braquial e Latíssimo do Dorso
8) Adduction no Cadillac
Objetivo: Fortalecimento de Rombóides e Trapézio Transverso Peitoral Maior Esterno Costal e Latíssimo do Dorso e Redondo Maior
Esses são alguns dos exercícios propostos para amenizar os sintomas dos alunos de Pilates na fibromialgia. Além deste você pode realizar treinos de equilíbrio e propriocepção, promovendo assim maior estabilidade corporal.
Cuidados e Restrições em Pilates na Fibromialgia
O Pilates na Fibromialgia pode ser um grande aliado aos portadores, porém é importante enfatizar alguns cuidados, como:
- Evitar exercícios extenuantes (aéreos) e que levem a fadiga. O aluno esta lá para amenizar os sintomas e não para ir pra casa pior do que chegou;
- Evitar muitas repetições do mesmo exercício. Iniciar com pequenas repetições e ir progredindo sem exagero conforme a tolerância de cada aluno;
- É de extrema importância que o seu aluno não tenha dores musculares tardias relacionadas às microlesões dos exercícios. Comece com cargas baixas e progrida de forma lenta.
- Quando o aluno estiver com os sintomas mais intensos, diminua a intensidade e se necessário realizar algumas adaptações que tragam mais conforto, o importante é não parar de praticar.
- Não abandone seu aluno, sempre esteja por perto orientando e fazendo as correções necessárias, pois exercício bem feito e na medida correta, não deve ocasionar dor e lesão.
- Durante os exercícios também é importante valorizar este aluno, sempre estimulando e encorajando-o durante a prática. Seu aluno precisa se sentir seguro e confiante, não só durante as aulas de Pilates, mas também no seu dia a dia.
Concluindo…
O Pilates na Fibromialgia é uma excelente alternativa para os pacientes, pois atua tanto na prevenção de outras patologias, quanto no tratamento das dores reumáticas.
Os exercícios de alongamento, liberação miofascial e fortalecimento dos músculos envolvidos, ajudam a aliviar as dores, melhorando a qualidade do sono, promovendo maior resistência e capacidade funcional ao praticante, para que assim ele consiga desenvolver as atividades de vida diária da melhor forma possível.
Lembre-se: quando o Método Pilates é ministrado por um profissional que tem conhecimento daquilo que esta fazendo, com certeza o limite de cada praticante será respeitado e melhores resultados serão obtidos.
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Muito interessante tudo que foi explicado sobre a FIBROMIALGIA sofro há dois anos com dores intenças que tem tirado de mim a alegria e vontade de viver.