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Hoje em dia muitas mulheres, quando ficam grávidas, ainda se perguntam “será que devo praticar o Pilates para grávidas?”.

Em alguns lugares do mundo, as mulheres ficam grávidas e continuam com seus afazeres diários, mesmos os que são fisicamente muito exigentes, como por exemplo, lavar roupa, tirar leite da vaca, pegar água no poço, entre outros.

E, apesar de todas essas atividades, elas têm uma gravidez plena e tranquila.

Em muitos estudos já foram comprovados os benefícios da atividade física durante essa fase da vida da mulher, e também a relação com um parto saudável.

Não se pode afirmar que uma mulher ativa terá com certeza um parto normal, mas há uma grande chance disso acontecer, em comparação com uma gestante sedentária.

Dessa forma, criamos um conteúdo, para que você instrutor possa ajudar suas alunas gestantes a passar por esse período da melhor forma possível, apresentando as principais e indispensáveis  vantagens na prática do método nessa fase.

Por que Pilates para grávidas?

Existem muitas atividades indicadas durante esse período, cada uma com a sua restrição.

Entre as mais procuradas estão a musculação, natação, Yoga, e também o Pilates para grávidas que é uma excelente escolha já que trabalha de uma maneira global tanto o fortalecimento, como o alongamento além de utilizar a respiração durante todos os exercícios, o que facilita a oxigenação do bebê e a conexão da mulher com as transformações do seu corpo.

Mas durante o período de gestação, o corpo da mulher passa por diversas mudanças físicas e hormonais que necessitam de uma atenção maior nos cuidados com a saúde, essas mudanças podem gerar dores e desconfortos para a mãe.

Os exercícios do Pilates para grávidas são adaptados de acordo com cada trimestre,  para a condição física de cada mulher, e executados de forma lenta e controlada. Ou seja, respeita a individualidade de cada uma, o que faz com que o método se torne ainda mais seguro.

Para a perfeita execução e resultado do Método Pilates é indispensável ter em mente o seguinte questionamento:

O Método Pilates para grávidas, é o que eu tenho como objetivo durante essas semanas que elas estarão sob os nossos cuidados, ou seja, a cada escolha de exercício é parar e pensar, qual é o objetivo deste movimento? Em que ele estará contribuindo para a condição desta minha aluna?

Apesar de todas essas vantagens na escolha desta modalidade, o profissional deve estar capacitado para lidar com esse público, para aproveitar os benefícios do método sem expor a gestante ao risco.

Benefícios do Pilates para grávidas

Os principais benefícios são:

  • Auxílio ao controle de peso;
  • Melhora de qualidade do sono;
  • Alívios a problemas circulatórios;
  • Prisão de ventre;
  • Fadiga;
  • Dores musculares e articulares que possam surgir devido as alterações do centro de gravidade e mudanças no metabolismo;
  • Estabilização da coluna lombar;
  • Diminuindo as dores;
  • Fortalecimento de assoalho pélvico;
  • Não sobrecarrega as articulações; é de baixo impacto.

É por esses e outros tantos benefícios, que o Pilates tem se tornado uma das modalidades preferidas das gravidinhas.

Contraindicações

Em minha opinião, durante a prática de Pilates na gestação, eu contraindico exercícios em que exigem muita força de sustentação, como por exemplo, algo que vejo bastante, que são os suspensos no Cadillac.

Por mais que essa gestante tenha um bom controle e resistência, na gestação podem ocorrer influências que ela não espera, e o que antes ela tinha muita facilidade para executar, pode levá – la a queda, por um pequeno descuido.

Outro posicionamento que acredito ser totalmente contra – indicado durante a prática de Pilates na gestação, são as posições invertidas (de cabeça para baixo), já vi e ouvi falar de muitas pessoas que fizeram até 32 semanas de gestação e que não aconteceu nada, mas penso assim, qual seria o benefício?

Devemos ter cuidado também com os exercícios que apoiem o peso sobre os punhos. Devido à hiperfrouxidão ligamentar causada pela relaxina.

As isometrias prolongadas também devem ser evitadas, pois podem levar ao aumento da pressão arterial e frequência cardíaca, o que não seria interessante para as gestantes.

Vale lembrar que quando digo ISOMETRIA  me refiro aos  exercícios iguais a prancha de quatro apoios mantida, que é um  movimento que exige de muitos grupos musculares ao mesmo tempo.

Decúbito dorsal, até quando?

O decúbito dorsal é um posicionamento que falamos bastante sobre o cuidado, principalmente no final do segundo trimestre.

Segundo a literatura, nesta posição o bebê fica pesando sobre a veia cava, prejudicando a circulação e consequentemente a nutrição do bebê.

Na verdade, a literatura diz para que não ultrapassar mais do que cinco minutos nesta posição, mas em minha experiência clínica, por volta de 25 semanas ou mais eu continuo utilizando o decúbito dorsal por um tempo maior, porém com a utilização de uma cunha de posicionamento para elevar o tronco e assim evitara compressão da veia cava.

O mesmo vale para o decúbito lateral direito,  que  são importantes de serem executados por essas gestantes, mas como devemos realizar de ambos os lados, podemos realizar uma sequência menor de exercícios antes de trocar o lado.

Algumas gestantes relatam formigamento em membro inferior, assim que ficam nesta posição, nestes casos, devemos evitar e encontrar outras formas de trabalhar estes grupos musculares.

Os exercícios de rolamento para cima e para trás (roll up/roll over) devem ser evitados, principalmente a partir do segundo trimestre.

Isso porque mesmo que a barriga ainda não esteja muito grande, este tipo de movimento vai aumentar a pressão intra-abdominal, o que não é recomendado para as gestantes, que pode ter uma consequência importante para o assoalho pélvico e para o risco de diástase dos retos abdominais.

Assim como as famosas flexões de tronco, ou abdominais tradicionais, que também vão aumentar muito essa pressão intra-abdominal. Esse aumento da pressão pode empurrar o assoalho pélvico que já estará enfraquecido devido às ações hormonais e posteriormente o peso do bebê.

Concluindo…

Nesse artigo vimos o quanto é importante o Pilates para grávidas, e para nós, instrutores do método já que cuidar desse grupo é muito especial.

Primeiro porque precisamos preparar o corpo da nossa aluna para a chegada do bebê utilizando os princípios da Contrologia.

Recomendo sempre uma avaliação completa das alunas antes de iniciar as aulas, lembre-se de acompanhar as fases da gestação para saber quais são os movimentos mais indicados.

Compartilhe se achou útil esse artigo, qualquer dúvida deixe nos comentários. Até a próxima!

linha-gestante

Patrícia de Andrade Valeriano
Fisioterapeuta e Instrutora de Pilates na WP Pilates & Saúde
Integrante do grupo das idealizadoras do Projeto Mamãe Saudável 
Responsável pelo curso de Pilates para Gestantes


























Grupo VOLL

Formação Completa em Pilates (Presencial)

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