Junte-se a mais de 150.000 pessoas

Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade!

Qual o seu melhor email?

A atividade de guarda vida (GV) é caracterizada por uma vida dinâmica e com diversas tarefas acumuladas. Isso tudo é necessário para garantir o bom andamento do serviço com seu público interno e externo.

Esse profissional pode realizar:

  • Sinalização da praia;
  • Auxílio aos companheiros para descer e subir em embarcações;
  • Salvamentos com arrasto, prancha, transporte de vítimas até uma viatura.

O ambiente onde tudo isso acontece varia, podendo ser em um ambiente controlado (dependências físicas de seus PBs) ou em ambiente não controlado como bocas de rios, costeiras e vias públicas.

Tudo isso só é possível graças à uma cultura de atividade física regular impregnada nesses profissionais e também a realização de um bom trabalho preventivo com guarda vidas

Quer conhecer mais sobre essa profissão e saber como aplicar aulas para esses profissionais? Então continue lendo e confira algumas dicas para incluir no trabalho preventivo com guarda vidas!

Ergonomia

É o estudo das relações entre o homem e seu ambiente de trabalho. Visamos a segurança e eficiência no desenvolvimento de suas atividades laborais minimizando o absenteísmo.

Exercícios laborais

São exercícios selecionados pelo profissional de Fisioterapia ou Educação Física destinados aos integrantes de uma determinada equipe, seção ou turno de trabalho para prevenção de lesões em suas tarefas. 

Os exercícios poderão variar de acordo com a formação do aplicador e sua formação como:

A OMS – Organização Mundial da Saúde – estima que aproximadamente 90% da população em algum momento da vida sentirá Dor Lombar.

Algumas possíveis causas são:

  • Deficiência no desenvolvimento e aprendizado motor das crianças e adolescentes que continua em seu crescimento e se torna comum;
  • Má postura;
  • Síndrome da coluna esquecida;
  • Hipermobilidade de membros superiores e inferiores (MMSSII);
  • Aumento da ativação do córtex voltado aos MMSSII;
  • Hipomobilidade de tronco;
  • Difícil domínio da coluna;
  • Estresse;
  • Falta de atenção;
  • Calor;
  • Frio;
  • Déficit de visão entre outras causas.

Relação entre área de atuação e trabalho preventivo com guarda vidas

Seção administrativa

Operadores de computador são um grupo que ficam por longos períodos sentados, o que leva a:

  • Punhos em extensão para manusear o mouse e digitar documentos;
  • Cervical tensionada em hiperextensão ou em flexão para olhar a tela do computador.

Essa situação leva a alterações da postura, que se somam à má postura do cotidiano e predisposição para quadros patológicos como:

Portanto, esses profissionais podem sofrer de males precocemente caso não sejam submetidos à um trabalho de prevenção.

A postura sentada é um fator preocupante. Ela diminui o retorno venoso pela compressão e descarga de pesos sobre o assento. 

Alguém que fica muito tempo dessa posição não ativa o músculo transverso do abdome e dos multifídios e tem baixa mobilidade do tornozelo. Esses problemas podem ser corrigidos de forma simples.

Os punhos em extensão e movimentos repetitivos na digitação podem desencadear alguns quadros patológicos enquadrados na DORT (Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho).

A cervical em extensão voltada à tela do monitor ou em flexão ao teclado por tempo estendido poderá sofrer tensão musculares e desencadear algias diversas.

Intervenção

Para evitar os problemas citados anteriormente, profissionais do movimento precisam tomar algumas atitudes quanto ao trabalho preventivo com guarda vidas da seção administrativa.

A primeira solução é promover promover intervalos para exercícios terapêuticos funcionais. Eles podem ser divididos em dois períodos sendo um matutino e outro vespertino.

Os exercícios desenvolvem aprendizado motor e melhora da mobilidade além do ganho de oxigenação dos tecidos nas posturas em pé e sentado por dez à quinze minutos cada sessão.

Sinalizando a praia

Como conhecedor de suas missões diárias, o guarda vidas irá retirar o cadeirão, placas e o guarda sol juntamente com seu EPI para iniciar a sinalização e escaneamento do local.

Vamos considerar algumas variantes que influenciam na atividade:

  • Areia dura ou fofa: no segundo caso poderá haver riscos de cortes por objetos enterrados. Também existe a instabilidade do solo em sua pisada podendo haver lesão ascendente em seu deslocamento até a zona de varrido. No caso dela dura ou batida esses riscos são minimizados diante da vantagem visual e terreno estável;
  • Arquitetura interna do posto: a forma de aproximação do equipamento do setor irá sofrer variações devidas suas diferentes configurações cabendo a experiência e adaptação do GV se adequar ao local;
  • Cadeirão em perfeito estado: nesse caso o cadeirão com placas e guarda sol será transportado possivelmente em apenas uma viagem para seu destino final;
  • Cadeirão sem uma ou duas rodinhas: nessa segunda situação o cadeirão com placas e guarda sol será transportado com dificuldade de transporte. Podem ser necessários um ou dois guarda vidas onde a ergonomia pode ser aplicada para poupar esforços e alcançar melhores resultados.

Guarda vidas no cadeirão de alumínio sentado

Quando o profissional procura um breve descanso ele ainda precisa ficar atento e voltado ao público. Dessa forma atenua a ação da gravidade sobre seu corpo na postura em pé. 

Este cadeirão não possui apoio para os membros superiores para repouso e diminuir a tensão dos ombros. Este desconforto perdura por longos períodos e a ausência de apoio para os pés mantém o tendão patelar tensionado e demais estruturas da articulação do joelho.

Intervenção

A adaptação de apoio para os MMSS e para os MMII, podendo utilizar com pedais que possibilitem a dorsi e plantiflexão plantar, são medidas necessárias no trabalho preventivo com guarda vidas

Assim melhoramos o retorno venoso através do tríceps sural e promovemos estímulos proprioceptivos do tornozelo.

Além disso, o profissional fica pronto para qualquer eventualidade de corrida e ainda realiza a busca e salvamento com mínimo de riscos de lesões.

Guarda vidas no cadeirão de alumínio em pé

O guarda vidas geralmente encontra-se em pé e descalço no seu setor de prevenção, busca e salvamento. 

Assim nenhum tipo de calçado protege o pé do impacto durante seus deslocamentos, membro que também está sujeito a friagem.

Em relação ao impacto é possível observar queixa por parte do efetivo de dor nas pernas e na região lombar podendo irradiar para membros superiores.

Intervenção

Incluir no trabalho preventivo com guarda vidas a utilização de calçado, chinelos ou tênis nos dias mais frios e de baixo fluxo de banhistas. 

Quando isso for inviável diante do aumento da demanda de público é importante que o guarda vidas esteja informado através do TIB ou EAP presencial EAD CB.

Assim ele pode executar com margem de segurança os pilares do Exercícios Terapêuticos Funcionais (ETF) em seu setor e dessa maneira prevenir os desconfortos sem que haja prejuízo ao serviço. 

O guarda vidas também obtém resultados satisfatórios para o término de suas atividades laborais com saúde e disposição para o reencontro familiar.

No trabalho preventivo com guarda vidas pode-se também realizar os Exercícios Terapêuticos Funcionais em pé utilizando o cadeirão como apoio para:

  • Alongar tibial anterior;
  • Alongar tríceps sural;
  • Mobilizar tornozelos;
  • Alongar em 360 graus musculatura da coxa;
  • Alongar e mobilizar ombros;
  • Alongar cervical;
  • Alongar e mobilizar grupos musculares do tronco.

Guarda vidas no cadeirão de madeira

Este equipamento de setor é considerado como muito bom e atende a expectativa do conforto para o guarda vidas. 

Ele possui o degrau mais avançado e largo, assim o guarda vidas consegue repousar os MMII. Só existe uma ressalva, o cadeirão de madeira não possui pedais para realizar movimentos articulares dos tornozelos.

Porém é possível realizar esses movimentos com os MMII extendidos e suspensos alcançando resultados semelhantes. O apoio para os MMSS corresponde às necessidades biomecânicas do ombro.

Embarcações

O socorrista durante o patrulhamento geralmente fica com as mãos e braços tensionados para se manter em pé e transpor. 

A arrebentação, seu tronco e membros inferiores sofrem carga irregular e contínua sendo grande o desgaste no decorrer do seu serviço efetuando prevenção, salvamentos e no seu envolvimento com a manutenção e transporte destas embarcações.

O condutor permanece todo tempo sentado com o tronco rodado à esquerda. Seu membro superior esquerdo é utilizado para a condução do BSI, o MSE dá os comandos e direção durante todo deslocamento e operações sendo o membro superior direito responsável pelo equilíbrio e estabilidade do condutor nesta embarcação.

Durante as atividades notamos que a musculatura axial é tão exigida quanto apendiculares.

A ênfase em fazer o trabalho preventivo com guarda vidas para que possa suportar as cargas impostas nas atividades laborais deveriam ser intensificadas a fim de condicionar o aprendizado motor melhorando a consciência corporal e aumentar a resistência e força muscular.

Moto Aquática

O condutor/socorrista é mais privilegiado em suas operações. Mesmo assim, o desgaste físico é natural devido seu empenho nos bastidores para sua atividade fim (prevenção e salvamento).

Intervenção

Importante quebrar paradigmas de quando um indivíduo tem uma lesão, exemplo no ombro, deve-se tratar apenas este segmento.

Algumas correntes médicas sugerem anular os respectivos movimentos para sanar o problema. Isso é o mesmo que se omitir ao trabalho de reabilitação. 

Utilizar movimentos de menor amplitude, isometria entre outros recursos acessórios são fundamentais para alcançar os resultados e vislumbrar o indivíduo como um ser macro.

Postura do guarda vidas no atendimento de vítimas

Atendimento de vítimas na areia exige:

  • Flexibilidade desde a musculatura anterior para se manter de forma confortável na ocorrência;
  • Força e coordenação para prosseguir no transporte.

A ação conjunta dos MMII com quadril casual é necessária para todas as atividades cotidianas. Nota-se a falta de destreza nas ativações musculares corretas destas articulações aumentando riscos de lesões .

Exercícios Terapêuticos Funcionais para trabalho preventivo com guarda vidas

Quando falamos de sobre aplicabilidade de Exercícios Terapêuticos Funcionais no trabalho preventivo com guarda vidas é preciso considerar parâmetros de segurança diante do quadro de aprendizagem motora e traçar estratégias para evoluir os exercícios em questão. Os ETF se graduam em vários níveis de dificuldade.

A base do ETF será o Pilates Clínico que tem como seus pilares alguns princípios fundamentais como:

  • Concentração: programar o movimento;
  • Respiração: utilizar o ciclo respiratório a favor do movimento;
  • Centralização: ativar Power House, glúteos e assoalho pélvico através de contração;
  • Fluidez: movimento solto e contínuo;
  • Controle e precisão do início ao fim;

Buscar o autocrescimento da coluna, evitar tensão nos ombros, cervical e trapézio são muito importantes e o instrutor deverá estar atento para auxiliar e corrigir o grupo.

Listamos abaixo algumas sugestões de Exercícios Terapêuticos Funcionais para você incluir no trabalho preventivo com guarda vidas. Confira a seguir!

Em pé:

  1. Movimento de báscula;
  2. Mobilização de ombro com rotações;
  3. Rotação de tronco;
  4. Inclinação lateral de tronco;
  5. Mobilização de tornozelo, elevação de quadril e mobilidade de coluna;
  6. Agachamento funcional em 2 fases;
  7. Avanço com dissociação de membros superiores;
  8. A fundo com dissociação de membros superiores;
  9. Adutores;
  10. Avião.

Sentado, dois, quatro e seis apoios:

  1. Gato manso e gato bravo;
  2. Cão de caça;
  3. Seis apoios com mão na nuca ou MS livre;
  4. Ala com mergulho de cabeça e MS;
  5. Prancha com MI alternados;
  6. Flexão;
  7. Prancha lateral;
  8. Apoio de flexão com dissociação de MMSSII;
  9. Lagarto;
  10. Sentado com rotação de tronco.

Deitado:

  1. Polichinelo em decúbito ventral;
  2. Mãos no ombro;
  3. Escorpião em ambos decúbitos;
  4. Ponte isométrica;
  5. Ponte concêntrica uni ou bilateral;
  6. Elevação de quadril;
  7. Abdominal com enrolamento de tronco até a posição sentado;
  8. The Hundred;
  9. Alongamento piriforme;
  10. Alongamento do iliopsoas uni e bilateral.

Liberação miofascial + mobilidade e relaxamento

Após toda instrução onde são exigidos os princípios fundamentais como citados anteriormente pode haver uma compensação que cairá muito bem. 

Algumas técnicas e acessórios combinados podem acelerar a recuperação muscular.

São elas:

  • Foam roller;
  • Bolinha de tênis;
  • Bola de Pilates;
  • Terapia corporal em duplas;
  • Alguma atividade lúdica, exemplo o giro no quadrado.

Conclusão

A análise ergonômica se trata em identificar pontos sensíveis para efetuar correções e realizar o trabalho preventivo com guarda vidas a fim de minimizar possíveis riscos e assim diminuir o afastamento de trabalho por causas ocorridas em seus períodos de atividades laborais. 

Mas numa ótica mais ampla sabemos que essas práticas em seus respectivos turnos de trabalho se multiplicam nos lares destes funcionários através de informações compartilhadas durante o reencontro familiar.

A intervenção ergonômica é uma nobre maneira, além de vantajosa forma de prestigiar aqueles que passam anos de suas vidas se dedicando para prevenir e salvar pessoas e equipamentos numa relação meramente profissional, mas que um possível acidente poderá mudar tragicamente sua história no seio familiar e em seu ambiente de trabalho.

Através destas práticas e informações compartilhadas nota-se que há um macro ganho com o trabalho preventivo com guarda vidas, por ambas as partes e sem custos, chegando a excelentes resultados.

A profissão de guarda vidas possui diversos riscos ergonômicos para seus profissionais. Por isso é importante saber quais exercícios recomendar.


























Grupo VOLL

Formação Completa em Pilates (Presencial)

O nome deve ter no mínimo 5 caracteres.
Por favor, preencha com o seu melhor e-mail.
Por favor, digite o seu DDD + número.