Junte-se a mais de 150.000 pessoas

Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade!

Qual o seu melhor email?

Atualmente, a dor na coluna é queixa comum entre os nossos amigos, conhecidos, familiares e também entre os pacientes e alunos que nos procuram.

Existe uma infinidade de causas que desencadeiam dor, desde algias miofasciais de simples resolução até importantes alterações estruturais da coluna que podem não ser tão fáceis de tratar.

A retificação da coluna é uma alteração óssea, o que muitas vezes não podemos mudar, com causa ou consequências musculares, e nisso sim podemos interferir.

As curvas fisiológicas da coluna não se formam por acaso, elas estão ali para auxiliar a coluna a suportar mais peso. Representando em números, a coluna retificada suporta dez vezes menos pressão que a coluna com curvas.

A retificação da coluna, para algumas pessoas pode representar um desconforto diário, e para outras pode nem se manifestar em termos de dor, mas, de uma forma ou de outra, para a funcionalidade da coluna, não é bom.

O que é a Retificação da Coluna?

Para sustentar aproximadamente dois quintos do peso corporal, a coluna não é reta, ela possui suaves curvas que se formam durante o desenvolvimento, reação do corpo contra a ação da gravidade. São elas:

  1. Lordoses: Cervical e Lombar
  2. Cifoses: Torácica e Sacral

A alteração na formação dessas curvas é o tema que abordaremos nesse artigo.

A retificação da coluna é caracterizada pela perda de uma ou mais curvaturas da coluna, ou seja, pela diminuição dos ângulos das curvas fisiológicas, e pode ocorrer em qualquer porção da coluna vertebral.

Esse desequilíbrio pode ocorrer por diferentes motivos, entre eles fatores hereditários, hábitos diários e laborais, vícios posturais e encurtamento muscular ou alteração de força dos músculos envolvidos com a estrutura da coluna.

Quando relacionamos com encurtamento e força muscular, a retificação pode surgir como forma compensatória, por exemplo: uma retificação da coluna lombar pode acontecer em função de um desequilíbrio nos músculos rotadores de quadril.

A partir desse conceito, vamos observar na nossa prática clínica diferentes situações de retificação, podendo aparecer em um ou dois segmentos ou, ainda, em toda coluna.

Anatomia da Coluna Vertebral

Lá na graduação, e também na formação do Pilates, aprendemos que a coluna é a estrutura óssea localizada entre o crânio e a pelve, responsável por sustentar nosso tronco, proteger a medula espinhal e estruturar o corpo.

Bom, relembrando um pouco: são 7 vértebras cervicais, 12 vértebras torácicas, 5 vértebras lombares, 5 vértebras sacrais (fusionadas) e o cóccix (quatro vértebras fusionadas).

O tamanho das vértebras que compõem a coluna aumenta de cima para baixo. Elas precisam ser maiores embaixo, pois absorvem mais impacto nessa região. O corpo vertebral está localizado à frente na coluna e suporta a maior parte do peso corporal, já os processos posteriores regulam os movimentos.

Peça chave para absorção do impacto são os discos intervertebrais, que em função das suas características teciduais amortecem o impacto gerado.

Até aí está fácil e habitual. Mas a coluna não é somente ossos, ela é composta, ainda, por ligamentos, tendões, nervos (que passam pelo canal vertebral) e músculos. E são os músculos que nos interessam, porque é com eles que a intervenção do Pilates tem maior ação. Mais adiante vamos conversar sobre isso.

Os ligamentos são responsáveis, assim como em qualquer outra articulação, por dar estabilidade. Atuam em conjunto com os músculos para isso. Os nervos que passam pelo canal vertebral estão dispostos em um feixe, oriundo do cérebro para formar o sistema nervoso central.

Antes de encerrarmos essa revisão anatômica, vamos ainda relembrar que a função da coluna, além de sustentar o tronco, é de proteger os nervos e a medula, que passam pelo canal vertebral, auxiliar na locomoção e dar flexibilidade e mobilidade ao tronco.

E é essa última função que vai ter maior relação com os problemas que abordaremos a seguir.

Patologias e Sintomas decorrentes da Retificação da Coluna

A retificação da coluna faz com que ocorra sobrecarga em determinados pontos da coluna.

Essa má distribuição da carga pode ocasionar dor. Mas a dor não surge somente porque a coluna está reta, ela aparece porque juntamente com a retificação surgem alterações compensatórias dos músculos, estruturas vertebrais e dos discos.

Uma coluna retificada tende a ter mobilidade reduzida, e em alguns casos até pode se tornar rígida. Essa falta de mobilidade pode levar ao encurtamento e à fraqueza muscular, restringindo, por sua vez, os movimentos do tronco. Pode ainda tensionar a musculatura e formar contraturas musculares, que como sabemos, são bem incômodas.

A retificação da coluna não é causa direta de uma patologia específica, mas pode ser fator contribuinte para diversos processos patológicos que acometem a coluna.

Em função da pressão excessiva em um ponto específico, o paciente com retificação pode desenvolver protusão discal, e, em casos mais graves, hérnia de disco.

Pode ainda acelerar um processo já instalado de artrose, ou iniciar processo de desgaste, que em longo prazo também desencadeia artrose. A artrose pode ocorrer em estruturas da própria coluna ou em estruturas vizinhas, como, por exemplo, no quadril.

Os sintomas da retificação podem variam de acordo com cada paciente. Em alguns casos, o paciente não tem desconforto e não sabe que possui essa alteração. Em outros casos esse problema gera muita dor, localizada ou irradiada, pois pode estar sendo compensada mais acima ou abaixo do ponto de origem.

Vale lembrar aqui que como a coluna está interligada em suas porções, uma retificação da torácica pode levar a alterações estruturais da cervical e da lombar também. Em função disso, além da dor, o paciente pode referir, ou podemos perceber na avaliação, modificação da postura e limitação de mobilidade, em função da rigidez.

Para você compreender ainda mais as principais patologias de Coluna e como o Método Pilates pode contribuir neste tratamento, te convidamos a participar de 4 aulas online e gratuitas nos dias 23 a 26 de março. Clique aqui e se inscreva agora!

Como o Método Pilates pode auxiliar no Tratamento?

Para o paciente que nos procura com alterações posturais o Pilates só vai gerar benefícios, pois serão trabalhados pontos importantes para o equilíbrio postural e muscular.

Especificamente para o pacientes com retificação da coluna, que estão com a coluna rígida, vamos focar na mobilidade. Então, para montar nossa sequência de exercícios vamos pensar em mobilidade! Muuuuita mobilidade!

Joseph Pilates afirmava que devemos ter uma coluna rígida e flexível. Mas o que isso representa?

Quer dizer que a coluna deve ser estável para exercer a sustentação corporal e ao mesmo tempo móvel para o desenvolvimento dos movimentos, ou seja, deve haver harmonia para uma boa funcionalidade.

Através do Método podemos trabalhar exercícios para atingir esse equilíbrio.Vamos retomar um pouco a biomecânica da coluna para entendemos a forma da nossa abordagem durante a sessão.

As vértebras se articulam através de pequenos movimentos, exercidos pelos multífidos. Esses músculos estabilizam a coluna, e fazem com que a articulação esteja na posição correta para receber a carga de forma segura.

Os músculos maiores que envolvem a coluna, quando contraídos inibem a ação dos músculos menores. O equilíbrio entre os músculos pequenos (estabilização) e os músculos grandes (mobilidade) é o que determina a harmonia que o Joseph nos falava.

Se analisarmos tudo isso, fica fácil de entender como o Pilates auxilia no tratamento para a retificação da coluna: os exercícios irão promover a mobilidade que o paciente precisa, sem gerar risco para a estabilidade da coluna. Então o paciente que pratica Pilates vai perder a retificação e vai voltar a ter a curva fisiológica? Não é bem assim…

Sabemos que o crescimento ósseo ocorre até os vinte e um anos, e depois dessa idade se torna difícil alterar estrutura óssea a partir de uma intervenção externa.

Dessa forma, possivelmente não revertermos o quadro estrutural, mas com o Pilates, podemos condicionar a musculatura para obter a mobilidade e estabilidade necessária para que o paciente não tenha dor, não tenha restrições de movimento e, o mais importante, não tenha risco de desenvolver possíveis compensações permanentes.

Para não errarmos no tratamento, não é novidade que precisamos fazer uma boa avaliação. Para os casos de retificação da coluna, o relato do paciente e a nossa avaliação física são muito importantes, mas devemos ter exames de imagens também, porque às vezes essa alteração só é confirmada com evidências mais detalhadas.

Então aí vai uma dica importante: peça uma radiografia ao seu paciente para ter certeza qual o segmento afetado e o que isso está fazendo com a coluna.

Exercícios de Pilates para Retificação da Coluna

Feita a avaliação, vamos aos exercícios!

Direcionar os exercícios que melhor atenderão as necessidades do nosso paciente é imprescindível. Definida a sequência que iremos trabalhar, é muito importante observar a forma como o exercício será executado.

Precisamos ficar de olho se o nosso paciente não está aumentando a retificação durante o movimento. Lembrando: buscamos curvaturas fisiológicas.

Antes de abordar os exercícios do método, vamos descrever alguns exercícios que podem ser usados para iniciar a conscientização da mobilidade com seus pacientes. São eles:

Mobilidade Cervical

O SIM: Em decúbito dorsal, percebendo o apoio da região occipital, das escápulas e do cóccix no chão, membros inferiores com joelhos e quadril flexionados, pés apoiados no chão e ombros relaxados. O paciente irá “arrastar” a cabeça levando o queixo para cima (direção do teto), estendendo a cervical, na inspiração e para baixo (direção do peito) na expiração, flexionando-a, sem tirá-la do apoio, simulando o movimento do “sim”.

O NÃO: Na mesma posição inicial do exercício anterior, o paciente fará rotação da cervical para um lado ao inspirar, e para o outro ao expirar, sem tirá-la do apoio, simulando o movimento do “não”.

Mobilidade Torácica

CAT STRETCH: Em quatro apoios, o paciente fará o movimento do exercício CatStretch, mas, ao invés de mobilizar a coluna lombar, ele tentará mobilizar a porção torácica. Então, ao inspirar ele levará o peito para direção do chão, aproximando as escápulas ao estender a coluna, e ao expirar, ele levará a coluna torácica para o teto, aproximando as escápulas flexionando a coluna.

Mobilidade Lombar

BÁSCULA: Em decúbito dorsal, com os joelhos e quadril flexionados, coluna neutra, membros superiores ao longo do corpo. Ao inspirar o paciente fará a retroversão da pelve, tirando o cóccix do chão, e ao expirar fará anteroversão apoiando o cóccix no chão e tirando a lombar do apoio.

DICA: A nossa sugestão é de iniciar com dez repetições de cada exercício e, conforme percebemos que nosso paciente já está dominando o movimento, podemos aumentar a dificuldade dele, mudando a posição para execução do exercício ou inserindo acessórios. Essa sequência pode, inclusive, ser passada como “tema de casa” para os praticantes.

Com certeza, dentro da infinidade de exercícios que integram o Método, podemos selecionar uma infinidade de variações a ser trabalhadas. Quer um exemplo?

  1. Shoulder Bridge
  2. Roll Up
  3. Roll Over
  4. Monkey
  5. Half Roll Back
  6. Mermaid

Trabalham mobilidade? Sim! Trabalham estabilidade? Sim!

Restrições de Exercícios para Pacientes com a Coluna Retificada

As restrições de exercícios para os pacientes com retificação da coluna, de forma geral, vão depender das lesões associadas à alteração postural que o mesmo possa apresentar.

Assim como em qualquer outra situação, o exercício não deve ser executado se houver dor durante o movimento, ajustes e modificações precisam ser feitas caso isso ocorra.

A “retificação pura”, como já revisamos neste artigo, gera uma diminuição da mobilidade da coluna, portanto devemos sempre incluir exercícios que estimulem a mobilidade dos segmentos em todos os planos de movimento, e evitar exercícios que estimulem a estabilidade da coluna em extensão.

Lembre-se: queremos estimular a articulação da coluna e não hipertrofiar os músculos estabilizadores. Equilíbrio sempre.

Quando o paciente apresentar uma lesão associada, precisaremos observar suas restrições.

Por exemplo, quando houver hérnia de disco devemos priorizar exercícios que façam a extensão da coluna e evitar exercícios que flexionem o tronco, até que se obtenha condicionamento adequado para isso.

Já quando houver artrose, os exercícios para mobilidade precisam ter poucas repetições com desenvolvimento lento do movimento para evitar estressar mais ainda a articulação já rígida.

Enfim, a abordagem com os paciente que tem retificação da coluna é relativamente simples, desde que seja feita uma avaliação detalhada, que sejam respeitadas suas limitações e priorizadas suas necessidades, que sempre vão envolver MOBILIDADE.

Conclusão

A boa postura diminui o risco de lesões à coluna, melhora a funcionalidade e aumenta a disposição para as atividades do dia a dia.

A busca pela postura adequada nem sempre acontece antes de detectarmos um problema e nos incomodarmos com ele, mas sempre é tempo de investir em saúde.

O nosso corpo precisa estar em movimento, ativo e sem limitações para termos qualidade de vida. O

Pilates, mais uma vez, aparece como uma “carta na manga” e se torna nosso aliado na busca pelo bem estar dos nossos alunos e pacientes.

Quer ficar ainda mais por dentro do assunto de como tratar as principais patologias de coluna utilizando o Método Pilates? Então clique e se inscreva para participar do maior evento online, ao vivo e GRATUITO de Pilates e Funcional para Coluna para profissionais do Brasil. 

 


























Grupo VOLL

Formação Completa em Pilates (Presencial)

O nome deve ter no mínimo 5 caracteres.
Por favor, preencha com o seu melhor e-mail.
Por favor, digite o seu DDD + número.