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Acho que nem vou esperar chegar ao fim desse artigo para responder a resposta do título. É, já vou deixar bem claro aqui a ideia que estou apresentando: treinamento funcional para sedentários não é uma boa ideia, é excelente!

Os problemas causados pela falta de atividade física são amplamente discutidos na mídia e na internet atualmente. Parece que as musas fitness do Instagram estão aumentando cada vez mais sua influência. Todos querem ter o corpo perfeito, e isso exige exercícios. Mesmo assim, muita gente continua sentada o dia inteiro, se mexe só para ir trabalhar e voltar.

Isso é um problema grave que em alguns países é considerado fator que influencia na saúde pública. Por isso, devemos começar a utilizar o treinamento funcional como solução e melhorar a vida de nossos alunos.

O que é sedentarismo?

O sedentarismo é um problema atual que não para de crescer. Provavelmente você já percebeu isso, mas boa parte das pessoas realiza pouca ou nenhuma atividade física. 

Há algumas décadas nossos pais e avós andavam para todo lugar, brincavam na rua e saíam para jogar bola com amigos. Aos poucos, esses costumes foram substituídos pelas facilidades da vida moderna.

Podemos considerar que o sedentarismo é a falta ou quantidade reduzida de atividade física. O primeiro resultado disso, os próprios sedentários já sabem: diminuição do gasto calórico do corpo. Não é à toa que a obesidade vem se tornando um problema cada vez mais presente na sociedade moderna.

Devemos entender o sedentarismo porque essa é uma tendência atual. Um estudo realizado em 15 países da União Europeia identificou falta de atividade física em 43,3% a 87,8% das populações. No Brasil, os números ainda são menores, cerca de 30% da população é sedentária.

Apesar de ser um número menor, não deixa de ser alarmante. 30% dos brasileiros pratica pouca ou nenhuma atividade física. Esse é um dado extremamente alarmante para nós, que trabalhamos com movimento.

Problemas causados pelo sedentarismo

Como profissionais que trabalham com Treinamento Funcional, podemos ir além da obesidade ao analisar os danos causados pela falta de atividade física. Existem diversas doenças relacionadas ao sedentarismo, como:

  • Hipertensão;
  • Diabetes;
  • Câncer;
  • Osteoporose;
  • Ansiedade;
  • Infarto do miocárdio;
  • Problemas musculoesqueléticos.

Imagino que você já percebeu onde quero chegar ao ver problemas musculoesqueléticos e osteoporose na lista. A falta de atividade física afeta diretamente nosso trabalho e os problemas que encontramos em alunos.

Em especial, o sedentarismo gera uma série de tensões e fraquezas musculares no corpo do indivíduo. Ele também perde muitas de suas habilidades funcionais, como equilíbrio, coordenação motora e mobilidade. 

Já percebeu que seus alunos que eram inativos antes de começar o treinamento funcional tem muita dificuldade em alguns exercícios?

Um bom exemplo é o agachamento. Pessoas não treinadas raramente conseguem realizar um agachamento profundo corretamente. Caso elas consigam chegar até a posição apresentarão problemas como calcanhares levantados ou desvios na coluna lombar.

Isso acontece porque a combinação entre falta de atividade física e tempo excessivo na posição sentada fizeram esses indivíduos perderem a mobilidade articular de quadril e tornozelo.

A incidência de lesões nesses indivíduos é bem maior. Eles também tendem a desenvolver mais patologias articulares que pessoas que praticam atividades físicas regularmente. Se contarmos a obesidade, o problema de lesões é ainda maior.

Em indivíduos com sobrepeso, combinamos o agravante de excesso de carga sobre as articulações que já estão pouco estabilizadas por causa da fraqueza muscular.

Também podemos destacar os problemas causados pelo sedentarismo em idosos. Esse público em especial sofre uma grande perda de qualidade de vida quando não pratica atividades físicas. Preste atenção: sedentarismo é um fator de risco para desenvolver osteoporose. Ele também aumenta os efeitos do envelhecimento, que incluem perda de coordenação motora e estabilidade.

Ou seja, o indivíduo aumenta as chances de ter osteoporose e de sofrer uma queda. Isso quer dizer que o idoso também tem probabilidades muito mais altas de ter fraturas por causa de quedas significativamente pequenas.

Alterações do corpo com Treinamento Funcional para sedentários

Na primeira sessão de Treinamento Funcional para sedentários, o indivíduo sente muito desconforto. Ele se cansa rápido, fica com dores musculares mesmo em exercícios sem carga e não consegue realizar alguns movimentos. É compreensível e precisamos incentivar nosso aluno a superar essa fase e continuar o treinamento.

O Treinamento Funcional é capaz de alterar diversas características do corpo. Inicialmente, precisamos lembrar que ele realiza adaptações neuromusculares para melhorar os movimentos do indivíduo. Isso tem um impacto direto na vida cotidiana porque o TF é funcional.

Por utilizar padrões de movimento que imitam atividades diárias, a modalidade possui exercícios que são transferíveis. Isso significa que o aluno não está só aprendendo a carregar cargas durante a aula. Ele também está adaptando seu corpo para realizar tais atividades no seu dia a dia.

Após as primeiras semanas de treinamento, o indivíduo também consegue uma alteração na composição corporal. Ou seja, consegue diminuir a quantidade de gordura e aumentar a quantidade de massa magra.

Esse fortalecimento muscular possui importâncias estéticas para o aluno, mas para nós é ainda mais importante: ajuda a prevenir e tratar lesões articulares

Quem realiza atividades laborais que aumentam o risco de desenvolver LER recebe ainda mais benefícios. Eles conseguem evitar as lesões por causa de overuse da articulação e melhorar seu desempenho no trabalho.

Devemos trabalhar com o Treinamento Funcional para sedentários com o objetivo de melhorar seus movimentos e realizar prevenção de lesões. É importante lembrar que esse público é bastante diferente de pessoas treinadas.

Conclusão

O Treinamento Funcional é uma modalidade excelente para o aluno que nunca praticou atividades físicas anteriormente. Ele auxilia a melhorar a composição corporal (contanto que esteja aliado a uma dieta correta) e ainda melhora os padrões de movimento.

Ou seja, um aluno que pratique a modalidade consegue melhorar seus movimentos mesmo fora da aula. Ele torna-se capaz de prevenir lesões que prejudicam sua independência e até capacidade de trabalhar.

Praticar o funcional é capaz de prevenir diversos tipos de LER e até lombalgia, um dos problemas mais comuns em nossos pacientes. Já está na hora de incentivar a atividade física, especialmente uma que consiga melhorar sua qualidade de vida.


























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