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O Método Pilates foi criado pelo alemão Joseph Hubertus Pilates (1880 – 1967), durante a Primeira Guerra Mundial. Ele possui seis princípios essenciais: respiração, centralização, concentração, controle, precisão e fluidez, esses devem estar presentes durante toda a sessão do Método Pilates.

O Método tem sido amplamente utilizado por profissionais habilitados para promover a reabilitação de pacientes e a prevenção de doenças. Promovendo o alívio da dor, a melhora da flexibilidade, a melhora da mobilidade articular, a melhora da força muscular, dentre outros diversos benefícios. Continue lendo para entender!

Exercícios Adaptáveis

O Método Pilates promove diversos benefícios para o praticante e as contraindicações do Método são relativas, pois mesmo que existam as contraindicações, os exercícios podem ser adaptados para outras posturas e assim serem executados.

Portanto, sempre devemos observar nosso paciente/aluno como único, e elaborarmos a sessão de acordo com as necessidades dele, observando as suas maiores dificuldades e quais os principais objetivos a serem alcançados com este praticante.

Por exemplo, as gestantes, que apresentam diversas contraindicações relativas que modificam a cada trimestre e, até mesmo a cada semana.

Dessa maneira a sua sessão deve ser elaborada por um profissional capacitado que possa adaptar toda a sessão para essa paciente/aluna, observando cada nova alteração no corpo da praticante.

Método Pilates e a Gestação

Este Método, durante a gestação, possui como finalidade promover uma boa postura. Prevenindo, assim, o surgimento de dores lombares e proporcionando o relaxamento muscular.

Além de melhorar o fortalecimento dos músculos dos membros inferiores protegendo as articulações de quadril, joelhos e tornozelos durante o aumento da sobrecarga. Gera o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico promovendo melhor apoio para o útero e diminuição da pressão sobre a bexiga.

Promove a facilitação no momento do parto e também a melhora da recuperação no pós-parto, melhora o equilíbrio, melhora a aptidão aeróbica, melhora a coordenação, melhora a circulação sanguínea, melhora a respiração, entre outros diversos benefícios.

Durante a gestação ocorrem diversas modificações no corpo da gestante, como por exemplo, no sistema respiratório, no sistema cardiovascular e no sistema músculo-esquelético.

Dentre essas modificações que ocorrem no corpo da gestante, podemos ter a ocorrência da diástase do músculo reto abdominal. E todas essas mudanças devem ser levadas em consideração ao se elaborar uma sessão do Método Pilates para esta paciente/aluna.

Diástase do Músculo Reto Abdominal

A diástase do músculo reto abdominal ocorre em cerca de dois terços das gestantes. O útero em crescimento e as alterações hormonais causadas pela relaxina, progesterona e estrógeno promovem o estiramento e a separação do músculo reto abdominal.

Isso deixa um espaço de mais ou menos 1 a 2 cm entre os dois feixes do músculo, e a incidência da diástase é maior no terceiro trimestre de gestação.

A diástase do músculo reto abdominal de até 2 cm é considerada como normal nas regiões supra, infra e umbilical, e após a gestação o retorno da musculatura ocorre de maneira espontânea, sem ocorrência de complicações.

Esta diástase não provoca desconforto nem dor, porém devido a distensão excessiva do músculo reto abdominal pode ocorrer a diminuição na estabilização do tronco, aumentando assim a predisposição a dor lombar.

A diástase do músculo reto abdominal é considerada patológica quando esta acima de 2,5 cm, pois interfere na estabilização do tronco, prejudicando a boa postura, a defecação, o parto e a contenção visceral.

Como fatores predisponentes para diástase do músculo reto abdominal estão a obesidade, a multiparidade, a flacidez da musculatura abdominal pré-gravídica que levará a uma maior distensão do músculo reto abdominal durante a gestação e gestações múltiplas.

Alterações Biomecânicas durante a Gestação

E durante a gestação ocorrem alterações biomecânicas que podem contribuir para a ocorrência de diástase do músculo reto abdominal.

Por exemplo, a anteversão pélvica acompanhada ou não do aumento da lordose lombar, ocorrendo mudança do ângulo de inserção dos músculos abdominais e pélvicos, promovendo uma distensão desta musculatura.

Avaliação da Diástase em Gestantes

Para realizar a avaliação da diástase do músculo reto abdominal é preciso solicitar que a gestante se posicione em decúbito dorsal e flexione o tronco mantendo as duas mãos atrás da cabeça, então o profissional de saúde irá palpar a região da diástase podendo avaliar o seu tamanho.

Ou então utilizar algum instrumento para realizar essa avaliação, como por exemplo, o paquímetro. Um medidor de espessuras e diâmetros, de uso comum na engenharia funciona como um método viável para auxiliar na verificação da diástase.

Ele permite examinar a redução da mesma após a intervenção com fisioterapia ou com o Método Pilates, e este instrumento realiza a medição precisa da espessura da diástase podendo dessa maneira avaliar a evolução do tratamento.

Pilates na Diástase do Músculo Reto Abdominal

A execução de exercícios de maneira correta podem promover a prevenção e a diminuição da diástase do músculo reto abdominal. O Método Pilates pode ser utilizado como tratamento preventivo de diástase do músculo reto abdominal, promovendo um fortalecimento da musculatura abdominal antes da gestação.

Durante a gestação, ao se ter diagnosticada, a diástase do músculo reto abdominal deve-se ser evitado os exercícios do Método Pilates que trabalham a flexão lateral de tronco.

Exercícios, estes, que giram o quadril ou o tronco, pois podem provocar um aumento da diástase, portanto exercícios como Sit Up, Roll Up, e Criss-Cross devem ser evitados.

Fortalecimento do Core

Os exercícios utilizados durante a pratica do Método Pilates após a gestação e a ocorrência da diástase do músculo reto abdominal devem focar no fortalecimento na musculatura profunda do “Core”.

Como por exemplo, a musculatura do assoalho pélvico, e o músculo transverso do abdômen, pois apresentam resultados positivos na diminuição da diástase do músculo reto abdominal após o parto.

Os exercícios prescritos pelo profissional durante a gestação e durante o pós-parto devem ser selecionados com muita cautela, pois os exercícios abdominais mal executados podem provocar um aumento da pressão intra-abdominal, piorando a diástase.

Dessa maneira a escolha dos exercícios a serem utilizados deve ser realizada por um profissional capacitado a atender isso tipo de paciente/aluna.

Observa-se em mulheres que não praticaram atividade física durante a gestação ou que nunca praticaram nenhuma atividade a ocorrência de uma maior dificuldade no retorno da diástase do músculo reto abdominal.

Concluindo…

O Método Pilates apresenta ótimos resultados tanto na prevenção da diástase do músculo reto abdominal quanto na reabilitação pós-diástase. É importante que o profissional que atenderá esse tipo de paciente/aluna, esteja ciente de todos os cuidados que deverão ser tomados.

O que determinará o sucesso do tratamento será a escolha correta dos exercícios a serem utilizados durante a sessão e a sua correta execução.

 

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