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Você realiza o tratamento para Hérnia de Disco de algum paciente que sofre com essa patologia? A resposta provavelmente é sim!

De acordo com pesquisas, pelo menos 85% dos brasileiros sofrem de algum problema na coluna. E a hérnia é bastante frequente entre esses pacientes.

Quando a pessoa resolve ir ao médico descobrir a origem de sua dor provavelmente o caso não é mais algo simples. E isso só piorará quando ele levar os exames de imagem para o ortopedista e descobrir que é um herniado.

Nessa hora começa o desespero de precisar fazer cirurgia, ficar sem se mexer e sentir dor pelo resto da vida.

Mas nós sabemos que a vida de alguém com hérnia de disco não precisa ser assim. Grande parte dos casos que encontramos são tratáveis com métodos de reabilitação conservadores. Ou seja, não é preciso fazer cirurgia para o tratamento da hérnia de disco.

Cabe a nós, profissionais, passar segurança para o aluno, fazendo com que ele melhore sua perspectiva e fique mais positivo em relação aos resultados do tratamento. E a única maneira de fazer isso é mostrando resultados.

Sei que muitos de vocês estão sempre em busca de exercícios para essa ou aquela patologia. Dessa vez venho trazer 10 exercícios para o tratamento para hérnia de disco que te ajudarão a realizar uma reabilitação ainda mais eficiente para seus pacientes.

O que é hérnia de disco?

A hérnia de disco acontece quando o núcleo do disco intervertebral escapa de sua posição normal, atingindo alguma estrutura nervosa próxima. Quando em sua função normal, o disco intervertebral ajuda a proteger as estruturas da coluna, porém essa função é perdida em casos de hérnia.

Mesmo que essa patologia de coluna esteja relacionada a desgastes no disco intervertebral, nem todo desgaste nos discos é patológico. Na verdade, é comum que os discos desgastem conforme envelhecemos.

Com os discos intervertebrais desgastados, seria mais fácil que eles escapassem de seu lugar. Alguns fatores fazem com que esse escape torne-se mais provável:

Os hábitos de nossos alunos também estão entre os culpados pelo aparecimento de uma hérnia. Alguém que costuma carregar peso com a postura errada, praticar pouco exercício ou está com sobrepeso é muito mais propenso a desenvolver esse problema.

Um trauma na região lombar ou cervical pode levar a uma hérnia de disco, contanto que seja intenso o suficiente para isso. Em outros casos, a hérnia pode surgir devido a um desgaste natural causado pela idade combinado a diversos desequilíbrios musculares.

Muitos alunos chegam para nós com o exame de imagem na mão e o diagnóstico que o médico deu. Não estou te incentivando a ir contra o que o médico disse, mas o paciente precisa entender que não é só a imagem que define sua patologia.

Para reabilitar alguém de maneira eficiente, você precisa descobrir a origem da patologia.

Tratamento para hérnia de disco

Assim que o aluno chega ao ortopedista com seu exame de imagem e recebe a notícia da patologia, ele tem dois tipos de tratamento para hérnia de disco para escolher. Esses podem ser conservadores ou invasivos.

Os conservadores são aqueles onde nós, profissionais do movimento, podemos ajudar. Eles incluem fisioterapia, R.P.G., Pilates, Treinamento Funcional e outros métodos.

É sobre essas técnicas que falarei nesse artigo, dando dicas de exercícios para ajudar seus pacientes. Vem comigo para conferir mais!

Metodologias usadas no tratamento para hérnia de disco

Os tratamentos para hérnia de disco conservadores são muitos, como o uso de analgésicos e repouso para aliviar a dor, crioterapia (uso de gelo para analgesia) e termoterapia (uso do calor).

Também utilizamos métodos do movimento para recuperar o paciente e incentivar sua volta a uma vida normal. O Pilates e a fisioterapia são muito usados nestes tipos de paciente, podendo também incorporar alguns exercícios do Treinamento Funcional no processo de reabilitação.

Na hora que alguém ouve que está com uma hérnia de disco já começa a pensar em cirurgia. Mas ter uma hérnia não significa necessariamente cirurgia. Caso a reabilitação com métodos conservadores tenha sucesso, o paciente poderá recuperar todos seus movimentos funcionais e se livrar da dor sem passar por um cirurgião.

Na verdade, uma hérnia nem é sinônimo de dor. Muitos pacientes são assintomáticos e se recuperam de seu problema sem chegar a sofrer. O que causa a dor são os desequilíbrios musculares associados à hérnia. E é exatamente isso que corrigiremos com o tratamento para hérnia de disco.

Diagnóstico e a mentalidade do aluno

Mesmo sendo uma patologia extremamente comum e tratável sem cirurgia, a maioria dos pacientes se desespera ao descobrir uma hérnia. Sempre digo que temos dois grandes obstáculos na hora de tratar um paciente com qualquer patologia.

O primeiro deles é o próprio médico (não estou generalizando, mas existem casos onde esse é o problema). Não estou desvalorizando a medicina, ela é ótima e salva muitas vidas. Porém alguns médicos nos encaminham pacientes traumatizados e com medo de se mover porque o próprio profissional falou que ele nunca mais poderia fazer esse movimento.

Nosso segundo problema é mais conhecido como Google. A pessoa pega o exame de imagem, lê e joga no Google o resultado antes mesmo de consultar um médico. Nessa hora ela encontra vários artigos pouco especializados falando de todas as limitações e riscos que aquela patologia trás.

Comecemos falando do primeiro problema: o exame de imagem não mostra exatamente qual é o problema do aluno.

Mesmo que pesquise o diagnóstico, a pessoa não sabe se essas informações se aplicam ao seu caso. Por isso tantos alunos chegam assustados pensando que precisam passar por cirurgia, perder a mobilidade e a independência. Mas sabemos que essas não são necessariamente a consequência do tratamento para hérnia de disco.

Depois de ver tantos resultados negativos da sua patologia o aluno está com medo e pouco confiante. Sabe o que isso quer dizer?

Que será bastante difícil trabalhar com essa pessoa. Sua visão negativa influencia no tratamento, fazendo com que ele progrida de maneira mais devagar. Também encontraremos dificuldades em convencer tal pessoa a fazer os exercícios. Algo que abordarei no tópico a seguir.

1. Tire o medo do aluno

Alguns tratamentos são apenas o repouso e medicamentos. A ideia é aliviar a dor do paciente evitando estimular regiões sensíveis.

E realmente, ficar em repouso, especialmente deitado, alivia a dor da maioria dos pacientes herniados. Mas isso é uma solução temporária, que nos trará muitos problemas na hora de tratar essas pessoas.

Quem fica sem fazer movimentos durante uma fase de dor aguda acaba criando um medo excessivo de se movimentar. Além disso, ele deixa de fortalecer musculaturas importantes para a coluna herniada que evitariam outros quadros de dor.

Você pode estar me perguntando: Mas a fase aguda não vai gerar muita dor, como trabalho com esse aluno?

Sim, mas os movimentos podem ser bem suaves, principalmente para melhorar a circulação de energia que vai ajudar bastante no tratamento.

Por fim, você estará lidando com uma pessoa insegura e com um medo enorme.

Algum aluno já chegou para se tratar com você e falou “Eu estou proibido de agachar”.

Claro que sim, isso já aconteceu comigo também. Muitas vezes o próprio profissional da saúde responsável pelo paciente nos atrapalha. Ao tentar diminuir a dor, alguns deles recomendam certas restrições e criam um bloqueio mental que impede o paciente de se mover.

A pessoa espera sentir dor ao abaixar porque ela ouviu falar que era algo que ela não poderia fazer. Portanto, na hora de sentar numa cadeira ela vai sentir a dor porque era isso que estava esperando.

Qual será o primeiro passo no tratamento de alguém nessa situação? Certamente precisamos nos livrar desse bloqueio mental que o está impedindo de se mexer. O aluno precisa ser convencido de que o movimento será capaz de curá-lo e que você é um profissional capacitado para fazer isso.

2. Incentive o movimento em alunos herniados

Um paciente com hérnia perde movimentos funcionais, criando limitações para seu dia a dia. Mas não adianta você dizer para seu aluno que ele não pode abaixar.

Imagine que estamos tratando uma mulher que tem dois filhos e trabalha num escritório. Mesmo que alguém diga que ela não pode abaixar, ela vai chegar em casa e abaixar para limpar a casa. Depois vai fazer o mesmo movimento no escritório para pegar algo que caiu no chão. E assim segue seu dia.

É impossível restringir seus movimentos na prática porque a vida de uma pessoa exige que eles se mexam. Então devemos incentivá-los a se mover em aula, ensinando o padrão correto que evitará lesões e dores, para que eles possam transferir isso para seu cotidiano.

Claro que isso não significa que vamos forçar nosso aluno a fazer movimentos dolorosos em uma fase de dor aguda. Pelo contrário, devemos respeitar essa dor e evitar trabalhar a região por um tempo. O que faremos é trabalhar regiões próximas que auxiliem na sustentação da coluna e manutenção postural.

Conforme o aluno evolui no tratamento, podemos introduzir exercícios com flexão e extensão de tronco. Mas tudo aos poucos e levando em consideração o estado do aluno.

3. Faça um trabalho global para hérnia de disco

Quando falamos em hérnia de disco lombar a primeira região que vem à mente são as musculaturas da coluna. Realmente, elas provavelmente estarão enfraquecidas e desequilibradas, precisando de exercícios para se corrigirem.

Porém não devemos nos focar somente nessa região, mesmo que importante no tratamento para hérnia de disco. Musculaturas relacionadas à cintura pélvica também precisam de trabalho, assim como aquelas de membros inferiores.

É sempre importante lembrar que o corpo trabalha em cadeias musculares e fasciais. Portanto, quando uma região está tensionada essa tensão se espalha pelo resto da cadeia. Olhar somente para a região onde originou-se aquela tensão é um erro no tratamento.

4. Tome cuidado com exercícios no pós-operatório

Durante um período pós-operatório o profissional deve tomar cuidado extremo com o paciente. Ele está fragilizado pela cirurgia e provavelmente sentindo dor e desconforto para se mover.

O principal guia que temos para seguir durante esse período são as recomendações médicas. Mesmo que o exercício seja um movimento funcional, se o médico pediu que o aluno não o realize por algum tempo é preciso respeitar.

Durante o pós-operatório nossa intenção é fortalecer as musculaturas da coluna através dos exercícios. Também precisamos recuperar a mobilidade da região e ensinar padrões de movimento funcionais para o aluno.

5. Inclua exercícios de Core no tratamento para hérnia de disco

O Pilates foca muito no fortalecimento do centro do corpo, chamado de Core ou Power House. Esse é um dos muitos motivos porque exercícios da modalidade são tão indicados para tratar essa patologia.

O core contém os principais músculos do tronco, responsáveis pela boa postura, mobilidade e estabilidade do tronco. E não é exatamente a região da coluna que fica afetada no caso de uma hérnia, em especial hérnia lombar?

Portanto, queremos que nossos alunos fortaleçam muito bem o core para conseguirem se recuperar da patologia e conquistar maior liberdade de movimento.

Claro que seu paciente não será capaz de fazer várias séries de abdominais na aula, especialmente se ele estiver com dor.

Quem trabalha com Pilates já sabe que abdominais não são a única maneira de treinar a região do core. Portanto, na hora de montar uma aula para seu aluno herniado, insira alguns exercícios com essa finalidade específica.

Também podemos utilizar exercícios que exigem a contração do core, mesmo que tenham outros objetivos como treinar membros inferiores ou superiores.

6. Lembre de exercícios de membros inferiores

O aluno chega na aula com dor aguda, não consegue realizar qualquer movimento com o tronco e acha a maioria dos exercícios relacionados à coluna difíceis de fazer. Você desiste e manda ele para casa descansar?

Claro que não. Fazer exercícios será benéfico para seu aluno, mesmo que não trabalhe a patologia.

Podemos aproveitar esse período de crise e iniciar o trabalho ganhando mobilidade de tornozelo, depois vamos tentando subir aos poucos para a parte mais proximal.

7. Corrija a postura do aluno

Um episódio de dor aguda como uma hérnia deixará seu aluno com padrões de postura alterados. O primeiro motivo provavelmente é o medo de retorno da dor.

Depois de sofrer com a dor da hérnia ao fazer certos movimentos seu aluno terá medo de retornar a essas posições. Isso influencia na postura e pode levá-lo a alterar as lordoses fisiológicas da coluna.

Durante o tratamento de alguém herniado, é necessário que você recupere a postura do aluno. Para isso precisamos incorporar exercícios de fortalecimento de core (onde encontram-se musculaturas eretoras de tronco) e também incentivar a estabilidade articular da região.

Desafios durante o tratamento para hérnia de disco

Um dos maiores problemas que enfrentamos na hora de tratar um paciente com hérnia sintomática é a dor.

Ela limita os movimentos e impede que nosso paciente realize os exercícios essenciais para sua reabilitação. Por causa do desconforto ele também se torna uma pessoa pouco segura e com prováveis problemas emocionais.

No pós-operatório esse fator piora. A dor e a dificuldade da reabilitação depois da cirurgia podem desestimular muita gente.

Portanto, seu primeiro papel é aliviar a dor através do método que preferir. Pode ser liberação miofascial, terapia manual, uso de gelo ou calor, qualquer coisa. O que importa é livrar seu aluno da dor aos poucos para que ele volte a se mover com eficiência.

Uma vida sedentária com muito tempo de repouso pode até melhorar a dor a curto prazo. Mas precisamos lembrar que o sedentarismo e o sobrepeso estão entre os fatores de risco para o desenvolvimento de lombalgias.

Dessa maneira, alguém que não se movimenta porque quer aliviar sua dor eventualmente terá problemas com a região afetada pela hérnia. Convencer o aluno da importância dos movimentos é parte da reabilitação.

Também teremos problemas com a falta de mobilidade desenvolvida pelos alunos após uma cirurgia. O tratamento dessas pessoas em especial exige cuidados para que o local possa cicatrizar sem maiores complicações, ao mesmo tempo em que precisamos recuperar seus movimentos funcionais.

Por último, quero falar sobre um desafio do qual nunca podemos desistir. Que é fazer uma avaliação extremamente precisa. Algumas informações serão essenciais na hora de determinar o tratamento como:

  • Histórico de dor lombar do paciente;
  • Desenvolvimento da hérnia de disco;
  • Fase da hérnia;
  • Quando as dores são mais frequentes;
  • Movimentos que provocam dor;
  • Outras disfunções de movimento;
  • Atividades cotidianas do paciente;
  • Hábitos de vida.

Através desse conhecimento você conseguirá determinar as musculaturas desequilibradas e tensionadas que precisam de trabalho.

Conclusão

Apesar de uma hérnia de disco não causar dor em todos os casos, encontramos muitos alunos com dor, desconfortos e movimentos limitados. Além disso, muitos pacientes chegam a nós já com traumas e medos de se mexer, tornando seu tratamento mais desafiador.

Para garantir que conseguiremos melhorar o quadro precisaremos começar com dois fatores: tirar o medo do aluno e sua dor. Ao eliminar tais limitações, você será capaz de trabalhar mais livremente.

Também lembre-se de prestar atenção a outros desequilíbrios musculares quando escolher os exercícios. Mesmo que eles aparentemente não estejam relacionados à hérnia, será necessário trabalhá-los para garantir ao aluno um movimento funcional de qualidade.

Até a postura do aluno precisa de atenção. Você sabe que uma postura incorreta está relacionada à lombalgia. Então, se realmente quer melhorar a dor do aluno esse é um ponto importante.

Espero que as dicas aqui apresentadas sejam úteis no tratamento para hérnia de disco de seus pacientes. Você tem mais alguma dúvida? Então deixe nos comentários e tentarei responder as mais pedidas no próximo artigo sobre o tema.


























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